domingo, 13 de setembro de 2009

Caramuru reinventa o Descobrimento com bom humor
Comédia histórico-romântica, Caramuru - A Invenção do Brasil é, assim como O Auto da Compadecida, também dirigido por Guel Arraes, uma transposição para o cinema de um especial de televisão, concebido para comemorar os 500 anos do Descobrimento. Caramuru é também o primeiro filme brasileiro feito no sistema de alta definição de imagem (HDTV).
Utilizando como ponto de partida um triângulo amoroso verdadeiro - o programa da televisão também continha aspectos documentais - Caramuru narra, em ritmo televisivo, a história de Diogo Alvares (Selton Mello), jovem pintor português que, em 1500, é deportado.

Seu crime foi estar envolvido no desaparecimento de um importante mapa, ao qual tinha acesso por trabalhar para o cartógrafo do reino (um impagável Pedro Paulo Rangel). O mapa foi roubado pela sedutora Isabelle (Deborah Bloch), uma gananciosa cortesã a serviço de Vasco de Athayde (Luís Mello), que deseja chegar às Índias antes de Cabral.
Um naufrágio a caminho do exílio leva Diogo a um paraíso tropical, habitado pelos índios Tupinambás. Lá (ou melhor, aqui), o artista será rebatizado Caramuru e vai se apaixonar pelas irmãs Paraguaçu (Camila Pitanga) e Moema (Deborah Secco).
Por sinal, o desempenho sexual de Caramuru talvez tenha sugerido o famoso slogan da marca homônima de fogos de artifício. No papel de pai das moças e chefe da tribo, Tonico Pereira tem algumas das melhores piadas.
Caramuru - A Invenção do Brasil é uma produção caprichada, que alia texto (de Arraes e Jorge Furtado, com diálogos rápidos e humor sexual, político, social e cultural) e elenco inspirados. A loquacidade dos personagens poderia ter sido melhor dosada, mas nada que chegue a prejudicar o filme.
Sinopse: Em 1º de janeiro de 1500 um novo mundo é descoberto pelos europeus, graças a grandes avanços técnicos na arte náutica e na elaboração de mapas. É neste contexto que vive em Portugual o jovem Diogo (Selton Mello), pintor que é contratado para ilustrar um mapa e, por ser enganado pela sedutora Isabelle (Débora Bloch), acaba sendo punido com a deportação na caravela comandada por Vasco de Athayde (Luís Mello). Mas a caravela onde Diogo está acaba naufragando ele, por milagre, consegue chegar ao litoral brasileiro. Lá ele conhece a bela índia Paraguaçu (Camila Pitanga) com quem logo inicia um romance temperado posteriormente pela inclusão de uma terceira pessoa: a índia Moema (Déborah Secco), irmã de Paraguaçu.



Fonte: Fábio Massaine Scrivano
Reuters

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