Livro: O Que É Isso, Companheiro?
O Que É Isso, Companheiro?
Autor
Fernando Gabeira
nomes:
O Que É Isso, Companheiro?
Autor
Fernando Gabeira
Lançamento
1979
1979
O Que é Isso, Companheiro? é um livro escrito pelo jornalista, escritor e político Fernando Gabeira, em 1979, após seu retorno ao Brasil do exílio, e que conta sua experiência na luta armada contra a ditadura militar brasileira nos anos 1960, o sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, sua prisão, tortura, e posterior exílio na Europa durante os anos 1970.
Narrado na primeira pessoa, o livro foi grande sucesso de vendas na época de seu lançamento, com mais de 250 mil unidades vendidas em 40 edições até hoje,[1] e foi transformado em filme, em 1997, pelo cineasta Bruno Barreto, obra que concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro daquele ano.[2]
Narrado na primeira pessoa, o livro foi grande sucesso de vendas na época de seu lançamento, com mais de 250 mil unidades vendidas em 40 edições até hoje,[1] e foi transformado em filme, em 1997, pelo cineasta Bruno Barreto, obra que concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro daquele ano.[2]
Referências
1 Livraria da Travessa
↑2 Adorocinema
1 Livraria da Travessa
↑2 Adorocinema
Filme: O que é isso, Companheiro?
O Que É Isso, Companheiro? é um filme brasileiro de 1997, do gênero drama, dirigido por Bruno Barreto.
O roteiro do filme foi parcialmente baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, escrito em 1979. Lançado nos Estados Unidos da América com o título de Four Days in September, concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro daquele ano.
Sinopse
O enredo conta, com diversas licenças ficcionais, a história verídica do sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969, por integrantes dos grupos guerrilheiros de esquerda MR-8 e Ação Libertadora Nacional, que lutavam contra a ditadura militar do país na época.
Alguns nomes dos personagens ligados à guerrilha foram trocados em relação a seus nomes verdadeiros no livro e na vida real.
Elenco
Alan Arkin .... Charles Burke Elbrick
Fernanda Torres .... Andréia / Maria
Pedro Cardoso .... Fernando / Paulo
Luiz Fernando Guimarães .... Marcão
Cláudia Abreu .... Renée
Nélson Dantas .... Toledo
Matheus Nachtergaele .... Jonas
Marco Ricca .... Henrique
Maurício Gonçalves .... Brandão
Caio Junqueira .... Júlio)
Selton Mello ....César / Oswaldo
Eduardo Moscovis .... Artur
Caroline Kava .... Elvira Elbrick
Fernanda Montenegro .... dona Margarida
Lulu Santos.... sargento Eiras
Alessandra Negrini .... Lília
Fisher Stevens .... Mowinkel
Antônio Pedro
Milton Gonçalves
Othon Bastos
Principais prêmios e indicações
Recebeu uma indicação ao Oscar Melhor Filme Estrangeiro em 1997
O roteiro do filme foi parcialmente baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, escrito em 1979. Lançado nos Estados Unidos da América com o título de Four Days in September, concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro daquele ano.
Sinopse
O enredo conta, com diversas licenças ficcionais, a história verídica do sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969, por integrantes dos grupos guerrilheiros de esquerda MR-8 e Ação Libertadora Nacional, que lutavam contra a ditadura militar do país na época.
Alguns nomes dos personagens ligados à guerrilha foram trocados em relação a seus nomes verdadeiros no livro e na vida real.
Elenco
Alan Arkin .... Charles Burke Elbrick
Fernanda Torres .... Andréia / Maria
Pedro Cardoso .... Fernando / Paulo
Luiz Fernando Guimarães .... Marcão
Cláudia Abreu .... Renée
Nélson Dantas .... Toledo
Matheus Nachtergaele .... Jonas
Marco Ricca .... Henrique
Maurício Gonçalves .... Brandão
Caio Junqueira .... Júlio)
Selton Mello ....César / Oswaldo
Eduardo Moscovis .... Artur
Caroline Kava .... Elvira Elbrick
Fernanda Montenegro .... dona Margarida
Lulu Santos.... sargento Eiras
Alessandra Negrini .... Lília
Fisher Stevens .... Mowinkel
Antônio Pedro
Milton Gonçalves
Othon Bastos
Principais prêmios e indicações
Recebeu uma indicação ao Oscar Melhor Filme Estrangeiro em 1997
Fonte: http://www.wikipedia.com/
Artigo do site http://www.planetaeducação.com.br/
Por: João Luís de Almeida Machado
Baseado em livro homônimo de Fernando Gabeira, o filme nos desloca para os anos de chumbo da ditadura militar brasileira (1964-1984) e nos coloca no meio de uma das mais ousadas ações empreendidas por grupos oposicionistas daquela época. Distanciados dos Atos Institucionais (dentre os quais o notório AI-5) e da censura rigorosa que vigoravam então, os jovens da geração atual não conseguem entender a atmosfera pesada que se instalou em nosso país.
Vivendo, atualmente, uma etapa de consolidação das instituições democráticas, com o Brasil sendo saudado no exterior como exemplo mundial no que se refere ao desdobramento de nossos pleitos eleitorais e tendo referendado através do voto popular mais um presidente da república, o ar nefasto dos porões que fizeram desaparecer muitos oposicionistas e a violência brutal com que os torturadores do DOI-CODI e da OBAN (Operação Bandeirantes) obtinham suas confissões parecem história tão antiga quanto a República Velha ou o Período Imperial.
Essas páginas de nossa história não podem permanecer no esquecimento, sendo relegadas a uma programação anual que as coloca no apagar das luzes dos cursos de Ensino Fundamental e Médio, num período em que os alunos e os professores (o final do ano) já estão cansados e o rendimento acusa quedas consideráveis de rendimento. A manutenção e a continuidade do processo democrático dependem de uma consciência e de uma esclarecimento políticos que só podem ser atingidos a partir do momento em que conhecemos nossa história.
Discutir o golpe militar de 1964 e seus desdobramentos é parte essencial desse exercício de democracia que temos vivido. Não para alimentarmos revanchismos ou para acharmos culpados que tenham que necessariamente sofrer punições, em absoluto, o que se espera é que, o sangue vertido, a mordaça colocada nas bocas de tantas pessoas, o exílio a que muitos foram submetidos, o absolutismo político que imperou no país durante aquele tempo e tantas outras arbitrariedades, não possam, jamais, voltar a imperar em nossas terras.
"O que é isso, companheiro" é um recurso de grande estima para a retomada desses acontecimentos e temas. Vale começar por este filme!
A História
O filme nos conta a história do envolvimento de alguns jovens brasileiros, entre os quais Fernando Gabeira, na luta armada contra o regime militar. Para isso, são treinados, adotam novos nomes, assaltam um banco para conseguir recursos que financiem suas atividades e vivem escondidos, em seus "aparelhos" (termo pelo qual se referem aos apartamentos, casas ou chácaras em que se escondem das autoridades).
Atentos ao fato de que a rigorosa censura imposta ao país pelos governantes não permite que eles estabeleçam canais de comunicação com o grande público (o qual pretendem atingir para conseguirem causar comoção, novos aliados para sua causa, o favorecimento da opinião pública ou ainda esclarecimento da massa), Marcão (Luís Fernando Guimarães), Maria (Fernanda Torres), Fernando (Pedro Cardoso), Clara (Cláudia Abreu) e seus companheiros decidem partir para uma ação bombástica, que teria enorme repercussão, o sequestro do embaixador dos Estados Unidos.
Auxiliados por Toledo (Nelson Dantas) e Jonas (Matheus Natchergaele), dois experientes oposicionistas vindos de um grupo de São Paulo, o grupo consegue capturar Charles Elbrick (Alan Arkin) e mantê-lo em cativeiro durante algum tempo. Furam o bloqueio imposto pela censura e iniciam negociações para poder libertá-lo em troca de prisioneiros do sistema.
Vivendo, atualmente, uma etapa de consolidação das instituições democráticas, com o Brasil sendo saudado no exterior como exemplo mundial no que se refere ao desdobramento de nossos pleitos eleitorais e tendo referendado através do voto popular mais um presidente da república, o ar nefasto dos porões que fizeram desaparecer muitos oposicionistas e a violência brutal com que os torturadores do DOI-CODI e da OBAN (Operação Bandeirantes) obtinham suas confissões parecem história tão antiga quanto a República Velha ou o Período Imperial.
Essas páginas de nossa história não podem permanecer no esquecimento, sendo relegadas a uma programação anual que as coloca no apagar das luzes dos cursos de Ensino Fundamental e Médio, num período em que os alunos e os professores (o final do ano) já estão cansados e o rendimento acusa quedas consideráveis de rendimento. A manutenção e a continuidade do processo democrático dependem de uma consciência e de uma esclarecimento políticos que só podem ser atingidos a partir do momento em que conhecemos nossa história.
Discutir o golpe militar de 1964 e seus desdobramentos é parte essencial desse exercício de democracia que temos vivido. Não para alimentarmos revanchismos ou para acharmos culpados que tenham que necessariamente sofrer punições, em absoluto, o que se espera é que, o sangue vertido, a mordaça colocada nas bocas de tantas pessoas, o exílio a que muitos foram submetidos, o absolutismo político que imperou no país durante aquele tempo e tantas outras arbitrariedades, não possam, jamais, voltar a imperar em nossas terras.
"O que é isso, companheiro" é um recurso de grande estima para a retomada desses acontecimentos e temas. Vale começar por este filme!
A História
O filme nos conta a história do envolvimento de alguns jovens brasileiros, entre os quais Fernando Gabeira, na luta armada contra o regime militar. Para isso, são treinados, adotam novos nomes, assaltam um banco para conseguir recursos que financiem suas atividades e vivem escondidos, em seus "aparelhos" (termo pelo qual se referem aos apartamentos, casas ou chácaras em que se escondem das autoridades).
Atentos ao fato de que a rigorosa censura imposta ao país pelos governantes não permite que eles estabeleçam canais de comunicação com o grande público (o qual pretendem atingir para conseguirem causar comoção, novos aliados para sua causa, o favorecimento da opinião pública ou ainda esclarecimento da massa), Marcão (Luís Fernando Guimarães), Maria (Fernanda Torres), Fernando (Pedro Cardoso), Clara (Cláudia Abreu) e seus companheiros decidem partir para uma ação bombástica, que teria enorme repercussão, o sequestro do embaixador dos Estados Unidos.
Auxiliados por Toledo (Nelson Dantas) e Jonas (Matheus Natchergaele), dois experientes oposicionistas vindos de um grupo de São Paulo, o grupo consegue capturar Charles Elbrick (Alan Arkin) e mantê-lo em cativeiro durante algum tempo. Furam o bloqueio imposto pela censura e iniciam negociações para poder libertá-lo em troca de prisioneiros do sistema.
Foto dos militantes libertados em troca do embaixador
nomes:
Ricardo Vilas Boas
Mário ZanconatoJosé Ibrahin
Agonalto Pacheco da Silva
Aos professores
1- Apesar de, à princípio, o filme parecer destinado ao curso de história, a menção a temas de alcance geral como liberdade de expressão, democracia, luta armada, idealismo ou censura (entre outros), abrem grandes possibilidades de trabalhar com códigos e linguagens (literatura, artes, redação ou português) e também com ética, filosofia, política e geopolítica.
2- A discussão sobre a intolerância e as proibições impostas durante a ditadura militar pode estimular uma análise sobre o hoje, sobre a forma como o processo político brasileiro se encontra na atualidade. Paralelamente a isso, podem ser feitas pesquisas que nos esclareçam se, fora do campo político, existem outros setores que estabelecem restrições ou censuras e, de que forma isso acontece.
3- O idealismo que move os personagens do filme parece característica fora de época no Brasil atual. Analisar o engajamento político daquela época e o descaso e descrédito de muitos brasileiros com instituições partidárias e suas pregações pode constituir tema interessante para muitas aulas. Será que a participação dos jovens em instituições e grupos do terceiro setor (ONGs) não constitui uma alternativa ao engajamento político?
4- A busca de artigos disponibilizados por revistas e jornais falando sobre o filme e, também, sobre o sequestro do embaixador americano, além da leitura do livro de Fernando Gabeira, podem gerar comparações entre o que foi apresentado nas telas e o que foi escrito pelos jornalistas e por participantes do sequestro (a revista superinteressante, por exemplo, publicou um artigo sobre o caso).
Obs.: Para reforçar o estudo sobre o regime militar, vale conferir o filme "Pra frente Brasil", de Roberto Farias.
Ricardo Zarattini
Flávio Tavares
Vladimir Palmeira
José Dirceu
Maria Augusta Carneiro RibeiroAgonalto Pacheco da Silva
Gregório Bezerra
Ivens Marchetti
João Leonardo da Silva Rocha
Luís Travassos
João Leonardo da Silva Rocha
Luís Travassos
Onofre Pinto
Rolando Frati
Aos professores
1- Apesar de, à princípio, o filme parecer destinado ao curso de história, a menção a temas de alcance geral como liberdade de expressão, democracia, luta armada, idealismo ou censura (entre outros), abrem grandes possibilidades de trabalhar com códigos e linguagens (literatura, artes, redação ou português) e também com ética, filosofia, política e geopolítica.
2- A discussão sobre a intolerância e as proibições impostas durante a ditadura militar pode estimular uma análise sobre o hoje, sobre a forma como o processo político brasileiro se encontra na atualidade. Paralelamente a isso, podem ser feitas pesquisas que nos esclareçam se, fora do campo político, existem outros setores que estabelecem restrições ou censuras e, de que forma isso acontece.
3- O idealismo que move os personagens do filme parece característica fora de época no Brasil atual. Analisar o engajamento político daquela época e o descaso e descrédito de muitos brasileiros com instituições partidárias e suas pregações pode constituir tema interessante para muitas aulas. Será que a participação dos jovens em instituições e grupos do terceiro setor (ONGs) não constitui uma alternativa ao engajamento político?
4- A busca de artigos disponibilizados por revistas e jornais falando sobre o filme e, também, sobre o sequestro do embaixador americano, além da leitura do livro de Fernando Gabeira, podem gerar comparações entre o que foi apresentado nas telas e o que foi escrito pelos jornalistas e por participantes do sequestro (a revista superinteressante, por exemplo, publicou um artigo sobre o caso).
Obs.: Para reforçar o estudo sobre o regime militar, vale conferir o filme "Pra frente Brasil", de Roberto Farias.
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