Caricatura dos tempos
a leitura de Belmonte sobre o contexto histórico mundial na 1ª metade do século XX
Belmonte (1897 - 1947)
Críticas
"A preocupação do detalhe e o refinamento da elaboração gráfica, na sua fatura habitual, determinavam inevitavelmente o sacrifício do sentido de apreensão imediata que é um dos principais elementos duma boa charge, a ponto de muita vez o trabalho do verdadeiro caricaturista dar a impressão de ter sido feito a jato, sair-lhe fumegante das mãos, como o ferro batido da forja, tal na obra dum Daumier ou dum Bordalo Pinheiro.O recurso freqüente a fontes históricas, bíblicas e literárias, se bem que fruto de sua larga cultura, como as legendas, tantas vezes um tanto rebuscadas, são outro elemento perturbador da clareza de que se deve revestir a caricatura, na sua função precípua de caracterizar rapidamente um tipo ou uma situação. Se, muita vez, como também é verdade, Belmonte conseguia efeitos realmente cômicos ou impressivamente dramáticos, com esse apego e temas eruditos, suas charges também perdiam muito do espírito e da graça que teriam, simplificadas que fossem a sua concepção e execução.Autor de famosas sátiras contra o fascismo e o nazismo, que tantas ameaças lhe valeram dos seus adeptos no Brasil, o espíirito clássico dessas composições lhes diminuía evidentemente o alcance objetivo que poderiam ter sem aquela excessiva roupagem literária".
Herman Lima
LIMA, Herman. Os contemporâneos (conclusão). In: ______. História da caricatura no Brasil. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1963. v. 4, p. 1364. Cap. 12.
"Depois que Voltolino desapareceu, tragado ainda tão jovem pela sua incurável boêmia, ficou Belmonte o caricaturista único de São Paulo. Convencidos da inutilidade de qualquer esforço no combate às nossas mazelas, os que hoje vêm ao mundo com o dom da caricatura não o cultivam. Preferem entrar para o campo do desenho industrial. Essa abstenção, cada dia maior, vai deixando Belmonte sozinho. Só êle mantém viva entre nós, de São Paulo, a tradição caricatural. Mas a mantém com extraordinário brilho, porque além do dom natural do desenho humorístico, possui uma coisa rara entre artistas; cultura e sólido bom sendo. Belmonte é um artista integral. Tanto caricatura com o lápis como por meio da palavra escrita. Quero dizer que é um escritor notável - desses cujas crônicas os jornais estampam em tipo e relevo. A mesma finura de humor que mostra no desenho ressalta dos seus comentários escritos".
"A preocupação do detalhe e o refinamento da elaboração gráfica, na sua fatura habitual, determinavam inevitavelmente o sacrifício do sentido de apreensão imediata que é um dos principais elementos duma boa charge, a ponto de muita vez o trabalho do verdadeiro caricaturista dar a impressão de ter sido feito a jato, sair-lhe fumegante das mãos, como o ferro batido da forja, tal na obra dum Daumier ou dum Bordalo Pinheiro.O recurso freqüente a fontes históricas, bíblicas e literárias, se bem que fruto de sua larga cultura, como as legendas, tantas vezes um tanto rebuscadas, são outro elemento perturbador da clareza de que se deve revestir a caricatura, na sua função precípua de caracterizar rapidamente um tipo ou uma situação. Se, muita vez, como também é verdade, Belmonte conseguia efeitos realmente cômicos ou impressivamente dramáticos, com esse apego e temas eruditos, suas charges também perdiam muito do espírito e da graça que teriam, simplificadas que fossem a sua concepção e execução.Autor de famosas sátiras contra o fascismo e o nazismo, que tantas ameaças lhe valeram dos seus adeptos no Brasil, o espíirito clássico dessas composições lhes diminuía evidentemente o alcance objetivo que poderiam ter sem aquela excessiva roupagem literária".
Herman Lima
LIMA, Herman. Os contemporâneos (conclusão). In: ______. História da caricatura no Brasil. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1963. v. 4, p. 1364. Cap. 12.
"Depois que Voltolino desapareceu, tragado ainda tão jovem pela sua incurável boêmia, ficou Belmonte o caricaturista único de São Paulo. Convencidos da inutilidade de qualquer esforço no combate às nossas mazelas, os que hoje vêm ao mundo com o dom da caricatura não o cultivam. Preferem entrar para o campo do desenho industrial. Essa abstenção, cada dia maior, vai deixando Belmonte sozinho. Só êle mantém viva entre nós, de São Paulo, a tradição caricatural. Mas a mantém com extraordinário brilho, porque além do dom natural do desenho humorístico, possui uma coisa rara entre artistas; cultura e sólido bom sendo. Belmonte é um artista integral. Tanto caricatura com o lápis como por meio da palavra escrita. Quero dizer que é um escritor notável - desses cujas crônicas os jornais estampam em tipo e relevo. A mesma finura de humor que mostra no desenho ressalta dos seus comentários escritos".
Essa caricatura é uma referência à eclosão da Guerra Civil Espanhola.
Referência à política de apaziguamento do Primeiro Ministro Chamberlain.
Chamberlain começa a ceder às pretensões expansionistas de Hitler.
Abaixo, política expansionista japonesa no Pacífico.Hitler e Chamberlain discutindo as pretensões nazistas.
Hitler volta suas atenções para o Leste Europeu.
A difícil aliança entre a Grã-Bretanha e a União Soviética no contexto histórico do desencadear da Segunda Guerra Mundial (1936-1945). Abaixo, Hitler volta-se para o corredor polonês.
À seguir, vemos a Alemanha, representada por seu chanceler Adolf Hitler preparando a invasão do território polonês sob os olhares do primeiro-ministro britânico.
Hitler e Stálin preparando-se para dividir os espojos de guerra. "Dois bons camaradas".
Adorei todas !
ResponderExcluirValeu
ResponderExcluirNoss meeeeeeu puta site maneiro vou tripidar no meu trabalhinho de história meu,porque sabe como é né meeeeeu um olho no peixe otro no gato maloqueragem a flor da pele. A essa altura o dono do blog já deve ser meu amigooo meu, e mexeu como meu amigo mexeu comigo meeeeeeu.
ResponderExcluirhahahahahahahahahahahehahahahaha
Noss meeeeeeu vc viu essa malandragem q eu fiz meeeeeeeu, volte na risada e veja que dei apenas uma risada errada com um "he" olha soh a malandragem q eu fiz meeeeu.