sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ditadura MilitarEm 31 de março de 1964 um golpe militar depõe o presidente João Goulart. Com a posse, alguns dias depois, do general Humberto Castelo Branco na presidência da República, inicia-se a implantação de um regime ditatorial no país. A temática da ausência de liberdade se impõe a todos os setores oposicionistas à nova ordem.

MILLOR FERNANDES, pif paf, nº 3, 22/6/1964







O Ato Institucional nº 1 (9/4/1964) é a primeira porvidência de natureza constitucional adotada pela Junta Militar que assume o poder após a deposição de João Goulart. É o primeiro de uma série de 17 atos que resultam em extrema centralização político-administrativa do país. O AI-1 atribui ao Executivo polderes para cassar mandatos legislativos, suspender direitos políticos e afastar funcionários públicos de suas funções. Estabelece, ainda, eleições indiretas para a presidência da República, o que explica a sua aplicação contra dois fortes candidatos potenciais ao cargo: Juscelino Kubitschedk e Jânio Quadros, cujas cabeças o presidente Castelo Branco, eletito já na vigência do AI-1, aparece na charge carregando.

Appe, O Cruzeiro, ano 39, nº 36, 4/7/1964 (BN)




Imposto à sociedade brasileira em dezembro de 1968, o Ato Institucional nº 5 (AI-5) é o mais radical instrumento criado pela ditadura militar. Por ele, os direitos e garantias típicos da ordem democrática são suspensos por prazo indeterminado. Enfraquecidos o Legislativo e o Judiciário, o Executivo militar é reforçado em seus instrumentos de coerção sobre a sociedade, na qual se implanta um regime de terror que só se extingue legalmente com a revogação do ato em janeiro de 1979.

ZIRALDO, 20 anos de prontidão, 1984.


ZIRALDO, 20 anos de prontidão, 1984

Com o golpe militar de 1964, o Brasil tem, pela primeira vez, governos exercidos diretamente por membros das Forças Armadas. Em meados de 1968, os estudantes se destacam em manifestações de rua contra o militarismo implantado no país. O governo reage ao movimento estudantil combinando repressão e diálogo.

Acima:

DANIEL AZULAY, Correio da Manhã, ano 67, nº 23.006, 6/4/1968 (BN)

Abaixo:

ZIRALDO, Correio da Manhã, ano 68, nº 23.068, 23/6/1968 (BN)



Sancionada pelo presidente Castelo Branco um mês antes de concluir seu mandato, a Lei de Imprensa entra em vigor em 14 de março de 1967. Torna-se um dos principais meios de que o regime militar se vale para coibir a liberdade de imprensa no país.
FORTUNA, Correio da Manhã, ano 66, n° 22.548, 7/10/1966 (BN)










O DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), repartição das polícias civis estaduais, simboliza o aparato repressivo utilizado pelso governos militares pra controlar e repremir os oposicionistas.
CLAUDIUS, 20 anos de prontidão, 1984

FONTE: Uma história do Brasil através da caricatura (1840-2001), Org. Renato Lemos, Editora Bom Texto Letras e Expressões, Rio de Janeiro- RJ, 2002.




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