domingo, 30 de setembro de 2012

Saindo da rotina

Um pouco de música para relaxar


Apresentação dos alunos do Colégio Notre Dame de Lourdes no intervalo das aulas. Os professores Joe, de Matemática e Edenilson Morais, de História deram uma canjinha. Confira no video.

A independência do Brasil



Saiba mais sobre o processo de emancipação política do Brasil

O prof. Edenilson Morais apresenta nesta videoaula as características do processo de emancipação política do Brasil levada a cabo através de um arranjo político envolvendo as elites brasileiras e o príncipe regente D. Pedro. Segundo o professor a independência política brasileira não foi acompanha de transformações sociais e econômicas no país, visto o latifúndio monocultor e escravista foi mantido e as classes menos favorecidas permaneceram excluídas de participação política.

O Período Joanino (1808-1821)

Conheça as principais características do Período Joanino




Saiba mais sobre o Período Joanino compreendido entre 1808 e 1821.

Confira a correção da P1 do Quarto Bimestre (Terceiro ano)



Confira a correção da P1 do Quarto Bimestre (Terceiro ano)
 
Terceiro ano

1. (Unicamp 2012) No dia 14 de dezembro de 1968, os leitores mais atentos do Jornal do Brasil puderam perceber que o jornal apresentava mudanças. Apesar do sol de dezembro, por exemplo, a previsão meteorológica anunciava no alto da primeira página, à esquerda: “Tempo negro. Temperatura sufocante. O ar está irrespirável. O país está sendo varrido por fortes ventos”. Pela primeira vez, no lugar dos editoriais, eram publicadas fotos: na maior, um lutador de judô, gigante, dominando um garoto. O título da foto: “Força hercúlea”.

(Adaptado de Zuenir Ventura,1968: o ano que não terminou. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988, p. 288-289.)

a) Por que o Jornal do Brasil apresentava alterações no dia seguinte à edição do Ato Institucional 5 (AI-5), de 13/12/1968?


b) Que relação o jornal quis estabelecer entre o contexto político e a foto do lutador e o garoto?




resposta:
a) Porque o AI-5 significou um endurecimento do regime militar brasileiro, aumentando o poder repressivo do governo e cerceando drasticamente as liberdades políticas e civis.
b) O lutador simboliza a ditadura militar, enquanto o garoto representa a sociedade civil, impotente diante do poder discricionário imposto pelo AI-5.




2. (Unicamp 2009)  Em 1980, num show comemorativo ao Primeiro de Maio, o cantor Chico Buarque apresentou uma canção intitulada "Linha de Montagem", que fazia referência às recentes greves do ABC:

            As cabeças levantadas,
            Máquinas paradas,
            Dia de pescar,
            Pois quem toca o trem pra frente
            Também, de repente,
            Pode o trem parar.
            (http://www.chicobuarque.com.br/letras/linhade_80.htm)

a) Qual foi a importância das greves do ABC nos últimos anos do regime militar brasileiro, que vigorou de 1964 a 1985?


b) Aponte duas mudanças políticas que caracterizaram o processo de abertura do regime militar.





resposta:

 a) As greves promovidas pelos metalúrgicos do ABC paulista em 1979, assinalaram o início da reorganização do movimento sindical brasileiro em novas bases, sem a tutela do Estado. Essas greves representaram um desafio ao autoritarismo do Regime Militar e o sindicalismo delas surgido, daria origem ao Partido dos Trabalhadores (PT), fundado em 1980. E durante essas greves que emergiu para a cena política brasileira o sindicalista Luis Inácio da Silva, o Lula, que se tornou Presidente da República em 2002.

b) Extinção do Ato Institucional nº 5 (AI-5), no final do Governo Geisel; Lei da Anistia (1979) e restabelecimento do Pluripartidarismo (1980) no governo Figueiredo.  






3. (Uerj) No decorrer da década de 1970, medidas econômicas implementadas pelos governos militares afetaram de maneiras variadas as condições de vida dos brasileiros, como ilustram a propaganda e a charge. Indique duas dessas medidas econômicas e dois dos seus efeitos sociais







 resposta:


Ao longo da década de 1970, a sociedade brasileira vivenciou os efeitos de ações dos governos militares, centradas na perspectiva de promover o desenvolvimento nacional. Houve, nos termos da época, o milagre econômico, então caracterizado pelas elevadas taxas de crescimento do produto interno bruto e pela contenção da inflação. O milagre econômico, contudo, gerou efeitos variados sobre os diversos segmentos sociais do Brasil da época. Como ilustram a propaganda e a charge, setores da classe média ampliaram seu poder de consumo de bens duráveis, como os automóveis; ao passo que, os grupos populares mantiveram condições precárias de trabalho e de vida. Assistiu-se ao aumento da riqueza e, em paralelo, à maior concentração de renda.

Entre as medidas do milagre econômico, destacaram-se, igualmente:
• - o favorecimento do grande capital;
•-  o controle cambial pelo poder do Estado;
•- a facilitação do crédito destinado ao consumo de bens duráveis, além dos insumos para a expansão desse setor produtivo, com destaque para a indústria de automóveis e de eletrodomésticos;
-• o controle da mão de obra por meio da repressão ao movimento sindical e pela implementação de políticas de arrocho salarial.
Entre os efeitos do milagre econômico, relacionados à maior concentração de renda, identificam-se a perda da estabilidade de emprego e o aumento das desigualdades sociais e regionais e da concentração da propriedade rural e urbana.







4. (Unifesp 2009)  "Nossa geração tem consciência: sabe o que deseja. Queremos fazer filmes antiindustriais; queremos fazer filmes de autor, quando o cineasta passa a ser um artista comprometido com os grandes problemas do seu tempo; queremos os filmes de combate na hora do combate e filmes para construir no Brasil um patrimônio cultural."
            (Glauber Rocha, citado por Heloísa Buarque de Hollanda e Marcos A. Gonçalves. "Cultura e participação nos anos 60". São Paulo: Brasiliense, 1987.)

A frase de Glauber Rocha indica alguns princípios do Cinema Novo que, juntamente com outras manifestações artísticas, produziu uma significativa mudança no panorama cultural e político brasileiro dos anos 1960. Cite e analise:
a) Dois movimentos da mesma década que, em outros campos artísticos, se preocuparam com as questões apontadas por Glauber Rocha.


b) A forma como o regime militar brasileiro tratou esses movimentos de renovação cultural.





 resposta:

a) O Tropicalismo que se caracterizou por associar numa mistura antropofágica elementos da cultura pop, como o rock, e da cultura de elite, como o concretismo, além de fazer uso muitas vezes de um discurso politicamente engajado e de protesto contra a ditadura militar que se instaurou na época, gerando perseguições e obrigando alguns de seus integrantes ao exílio, como foi o caso de Caetano Veloso e Gilberto Gil.
O Teatro de Arena foi um dos mais importantes grupos teatrais brasileiros das décadas de 50 e 60, tendo promovido uma renovação e nacionalização do teatro brasileiro. Teatro de Arena foi fundado, como uma alternativa à cena teatral da época. A intenção dos seus fundadores era nacionalizar o palco brasileiro em contraposição ao tipo de teatro que se via praticado pelo TBC - Teatro Brasileiro de Comédia, considerado elitista e alienado. O objetivo era produzir espetáculos de baixo custo, de autores nacionais e incentivar o surgimento de diretores brasileiros.

b) Por seu discurso contra a ditadura, esses movimentos foram considerados subversivos e seus integrantes alvo das mais variadas formas de perseguição e repressão. Muitos optaram pelo exílio, tendo retornado ao país já durante o processo de abertura iniciado pelos últimos presidentes militares. 






5. (Ufrj 2006)  Geisel - [...] O Brasil hoje em dia é considerado um oásis [...].
Coutinho - [...] Ah, o negócio melhorou muito. Agora, melhorou, aqui entre nós, foi quando nós começamos a matar. Começamos a matar.
Geisel - Porque antigamente você prendia o sujeito e o sujeito ia lá para fora. [...] Ó Coutinho, esse troço de matar é uma barbaridade, mas eu acho que tem que ser.
            Fonte: GASPARI, Elio. "A ditadura derrotada". São Paulo, Companhia das Letras, 2003, p. 324.

O diálogo acima, ocorrido no dia 16 de fevereiro de 1974 entre os generais Ernesto Geisel e Dale Coutinho, se deu um mês antes da posse do primeiro como Presidente da República e do segundo como Ministro do Exército.
a) Cite uma medida do Governo Geisel (1974-1979) que o aproximava das aspirações de parte da sociedade brasileira pela volta ao regime democrático.


b) Indique duas ações do mesmo governo que reforçaram o padrão autoritário do regime militar inaugurado em 1964.





resposta:


 a) O fim do AI-5; a suspensão da censura prévia a parte da imprensa; e a demissão de membros da alta hierarquia militar ligados à linha-dura do regime.
b) A elaboração de uma nova legislação eleitoral - a Lei Falcão; o fechamento do Congresso Nacional; a formulação do Pacote de Abril; a cassação de parlamentares; e o combate a organizações de esquerda como o PCB e o PC do B, dentre outras, inclusive assassinando militantes destas organizações. 


Questões extras
1. (Uerj) "A Lei da Anistia foi a coroação de uma luta e o início de um processo irreversível de democratização. (...). Não foi concessão. Foi conquista. (...)"

(Deputado Sigmaringa Seixas)


"Não vimos a anistia como perdão, mas como esquecimento. Passaram um borrão na História".
(Deputado Ricardo Zarattini) ("O Globo", 08/08/2004)

Os posicionamentos dos deputados acima refletem diferenças observadas na sociedade civil brasileira no tocante à redação final da Lei da Anistia, aprovada pelo Congresso Nacional, em 28 de agosto de 1979.
Apresente duas críticas feitas por segmentos da sociedade brasileira ao conteúdo do projeto de lei de anistia enviado ao Congresso pelo governo Figueiredo.



resposta:


 a)  Duas dentre as críticas:
· ausência do caráter amplo, geral e irrestrito proposto pelos movimentos sociais
· presença de dificuldades na reintegração de servidores públicos civis e militares anistiados
· proposta de benefícios aos agentes da repressão acusados de crimes cometidos em nome da segurança nacional
· exclusão do perdão aos condenados por crimes de terrorismo, assalto, seqüestro e atentado pessoal, mesmo sem mortes
b)  Duas dentre as prerrogativas:
·  cassar mandatos parlamentares
·  privar cidadãos de seus direitos políticos
· demitir / aposentar funcionários públicos
· decretar o recesso do Congresso Nacional




2. (Unicamp) O movimento das Diretas-Já em 1984 chegou a reunir centenas e milhares de pessoas na Praça da Sé em São Paulo e em outras cidades do Brasil. Ao final de cada comício, cantava-se o Hino Nacional, que expressava o descontentamento da sociedade civil com o regime político, cada vez mais, antipopular e deslegitimado.

a) O que foi o movimento Diretas-Já?




b) De que maneira o Hino Nacional, cantado nas praças públicas, marcava uma nova relação entre o estado e a nação?




resposta:


a) Mobilização popular em prol da emenda do deputado Dante de Oliveira pelas eleições direitas.
b) Era o clamor popular exigindo, pela maioria, a democratização plena do país.

Correção da P1 de História do 4º bimestre (segundo ano)

Confira a correção da prova de História do Quarto Bimestre (segundo ano)

Segundo Ano
 

1. (Unesp) Leia o trecho de uma marchinha do carnaval de 1951.
Bota o retrato do Velho outra vez,
Bota no mesmo lugar.
O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar.
(Haroldo Lobo e Marino Pinto, 1951.)

Cantada por Francisco Alves, essa música se tornou um recurso de propaganda política do período. Responda.
a) A letra da música faz referência a qual personagem da História do Brasil?



b) Comente o significado desse personagem na História Republicana Brasileira.




resposta:


a) Getúlio Vargas, à época do seu segundo período de governo (1951-1954).

b) Getúlio Vargas destacou-se por melhor representar o populismo no Brasil, pelo incentivo à industrialização, pelo reconhecimento dos direitos trabalhistas e pelo nacionalismo. Foi o governante que mais tempo atuou no regime republicano, tendo governado de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Eternizou-se como o "Pai dos Pobres" em razão da conduta populista e do reconhecimento dos direitos trabalhistas.



2. (Unesp) "Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás; mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculizada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente (...). Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História."

(Getúlio Vargas. CARTA-TESTAMENTO, 1954.)

a) Por que Getúlio Vargas associa "liberdade nacional" à criação da Petrobrás?



b) Identifique no texto elementos que caracterizam o populismo de Getúlio Vargas.





resposta:

a) Para Vargas, a extração e a produção de petróleo era indispensável ao desenvolvimento industrial e econômico. Sob o controle do capital nacional, representava a independência econômica do país.

b) A defesa do trabalhismo (não querem que o trabalhador seja livre) como expressão do controle das massas e o nacionalismo ao defender a criação da Eletrobrás e da Petrobrás como meios de combate à presença do capital estrangeiro na economia nacional.




3. (Puc-rio) Leia atentamente trechos da entrevista que o jornalista Villas-Bôas Corrêa concedeu à revista Nossa História, em agosto de 2004 (n.10, p. 39-40): "Os jornais eram todos muito hostis a Vargas, faziam uma campanha extremamente violenta". "A notícia do suicídio [24 de agosto de 1954] explodiu quando eu estava na altura da [rua] Uruguaiana. Bem na minha frente estava uma senhora negra, baixota, gorda, com duas sacas na mão. Ela parou e parecia inchar. De repente, berrou com violência: Canalhas, ladrões, mataram nosso amigo, mataram o velhinho! ." O depoimento de Villas-Bôas Corrêa caracteriza algumas ambigüidades, explicitando rejeições e apoios, associadas à figura do Presidente Getúlio Vargas.

a) Caracterize UM motivo para a hostilidade de muitos órgãos de imprensa durante o 2º Governo Vargas.



b) Caracterize UM motivo para o apoio popular a Vargas.






resposta:


 a) - o posicionamento político de boa parte da grande imprensa contra o nacionalismo econômico e o trabalhismo defendidos pelo Governo Vargas.
    - a crítica ao financiamento público, pelo Banco do Brasil, à criação do jornal varguista Última Hora.
    - a acusação e o temor generalizado na grande imprensa da retomada de práticas autoritárias provenientes do Estado Novo, com destaque para as ações de censura.

b) - o reconhecimento em relação à implementação das leis trabalhistas advindas do 1º Governo Vargas e atualizadas neste momento.
    - o apoio às medidas relacionadas ao nacionalismo econômico, expresso, por exemplo, na criação da Petrobrás. 




4. (FGV) "...Nada mais vos posso dar a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida... Cada gota de meu sangue será uma chama imortal em vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão. E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória... Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história."
"Carta-Testamento de Getúlio Vargas" in Documentos de História do Brasil, organizado por Mary Del PRIORE e outros, São Paulo, Scipione, 1999, pp. 98-99.

A Carta-Testamento de Getúlio Vargas foi publicada pela imprensa brasileira em 24 de agosto de 1954. O suicídio do presidente da República foi um dos episódios mais dramáticos da História brasileira no século passado e ocorreu em meio a uma grave crise política.
Analise tal situação, considerando: 
- O panorama da crise política de 1954. 
- As características da política de massas do período. 
- As consequências políticas da morte de Vargas.


resposta:



De volta ao governo em 1951, com um projeto desenvolvimentista  e nacionalista, Getúlio Vargas passou a enfrentar uma  intensa oposição de setores ligados ao capital estrangeio e dos segmentos conservadores da sociedade representados pela UDN. Estes contestavam o nacionalismo econômico e a política populista caracterizada pela aproximação e incorporação das classes trabalhadoras urbanas à cena política, sob a tutela do Estado. Vargas enfrentava também campanhas na imprensa contra o governo, sobretudo pelo Jornal Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda e a perda de apoio no Exército. O cenário desfavorável, agravou-se com o atentado ao jornalista Carlos Lacerda, no qual morreu o Major-do-Ar Rubens Vaz, sendo apontados como responsáveis, pessoas próximas do presidente. Pressionado a renunciar, Vargas optou pelo suicídio.

Após a morte de Getúlio Vargas e o afastamento do vice Café Filho em 1955, evidenciaram-se conflitos políticos envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados Carlos Luz e o Marechal Henrique Teixeira Lott que levaram o país a um Estado de Sítio até a posse de Juscelino Kubtischeck em janeiro de 1956. 



5. (Unicamp) No final da década de 60, um representante do tropicalismo, Tom Zé, escreveu os seguintes versos:

"Retocai o céu de anil, bandeirolas no cordão, grande festa em toda a nação. Despertai com orações, o avanço industrial vem trazer nossa redenção."
(trecho da canção "PARQUE INDUSTRIAL")

Nesses versos o compositor faz uma referência irônica à industrialização como principal objetivo dos programas de desenvolvimento nacional criados, principalmente durante o governo de Juscelino Kubitschek. Analise o período, apresentando as suas principais características.




resposta:


Foi o desenvolvimentismo do Plano de Metas (50 anos em 5) a industrialização a partir do capital estrangeiro, endividamento externo, corrupção e inflação.








Questão extra

1. (Unesp) Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), o país viveu uma decisiva experiência de planejamento econômico governamental, o Plano de Metas.
a) Quais setores econômicos foram destacados pelo Plano como prioritários para o desenvolvimento do país?


b) Como se explica a expansão industrial brasileira no período referido?




resposta:

a) Industrial e de produção energética.
b) Aporte de capital estrangeiro, pela instalação no Brasil de empresas multinacionais, atraídas pelas vantagens oferecidas pelo governo JK, e pelo papel do próprio governo brasileiro em supervisionar o processo e proporcionar a necessária infraestrutura - dentro da concepção desenvolvimentista.



2. (Unifesp 2010)  O Plano de Metas de Juscelino Kubitschek, presidente brasileiro de 1956 a 1961, apontava cinco áreas prioritárias de investimentos estatais: energia, transporte, alimentação, indústria e educação. Indique
a) o tipo de industrialização privilegiado pelo Plano de Metas.



b) as atribuições que, de acordo com o Plano de Metas, o Estado brasileiro assumia para estimular o crescimento econômico.
 

  


resposta:

a) No governo de Juscelino Kubitschek, houve no Brasil, norteado pelo Plano de Metas, um grande avanço industrial e a sua força motriz estava concentrada nas indústrias de base e na fabricação de bens de consumo duráveis e não-duráveis. O governo atraiu o investimento de capital estrangeiro incentivando a instalação de empresas multinacionais, principalmente as automobilísticas. Todo esse desenvolvimento concentrou-se no Sudeste brasileiro, enquanto as outras regiões continuavam com suas atividades econômicas tradicionais, decorrendo daí as correntes migratórias, sobretudo as do Nordeste para o Sudeste e do campo para a cidade.

b) De acordo com o Plano de Metas, caberia ao Estado os investimentos nos setores energético (Eletrobrás), siderúrgico (Companhia Siderúrgica Nacional e Belgo-Mineira), petrolífero (Petrobras) e de comunicação (Eletrobrás), na construção de grandes rodovias, na saúde, na educação, entre outros. Foi criada ainda a SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), para promover o desenvolvimento da região e minimizar as desigualdades regionais do país. 


Confira a correção da P1 de História do Quarto Bimestre (Primeiro Ano)



 Confira a correção da P1 de História do Quarto Bimestre
Primeiro Ano
1. (PITÁGORAS) Leia os texto abaixo.

Texto 1
“A situação da Europa, na passagem do século XVIII para o XIX, era crítica. Napoleão Bonaparte havia chegado ao poder da França e adotava uma política expansionista no continente europeu. Sua política entrou em choque com a Inglaterra, que até então exercia um papel dominante na Europa Ocidental. França e Inglaterra disputavam o controle dos países do continente europeu. (...) Napoleão visando enfraquecer a Inglaterra, decretou o Bloqueio continental, que proibia aos países do continente europeu comercializarem com a Inglaterra.”

Texto 2
"Não corram tanto! Vão pensar que estamos fugindo!'
(Frase atribuída a D. Maria I, a Louca, quando a família real portuguesa se retirava de Lisboa para o Brasil, em 1807. "Nossa História". Rio de Janeiro, a. 1, n. 2, dez. 2003)

ESTABELEÇA a relação entre o texto 1 e o texto 2.





resposta:
A decretação do Bloqueio Continental, a invasão francesa em Portugal e a fuga da família real portuguesa para o Brasil.

2. (Unesp) Em março de 1808, a corte portuguesa desembarcou na cidade do Rio de Janeiro, que se tornou a capital do império português.
a) Por que a família real teve que abandonar Portugal?


b) Cite duas conseqüências, de ordem cultural, decorrentes da presença dos Bragança no Rio de Janeiro.





resposta:
a) A vinda da família real ocorreu a partir do contexto internacional com a invasão das tropas napoleônicas a Portugal. Para não se submeter aos invasores franceses, a Corte foi transferida para o Brasil. 

b) Durante sua permanência no Brasil, a Coroa portuguesa efetivou uma série de transformações culturais que foram desde a instalação da Imprensa Régia, a fundação de cursos superiores de Medicina e de escolas de formação de oficiais militares, a criação do Jardim Botânico e da Biblioteca Real, e a vinda da missão artística francesa, a partir de 1816, dentre outras.


3. (PUC-RJ) "O Rio de Janeiro é a capital do Brasil há bastante tempo, muito antes de a família real deixar Lisboa. Traçarei uma breve descrição dessa cidade a partir do que pude apurar durante a minha estada. [...] O comércio [...] progrediu muito depois que a cidade tornou-se residência real [...] Os ingleses têm aberto muitos cafés no Rio de Janeiro, uma novidade, que tenho certeza, será bem acolhida. De fato, desde março de 1808, toda a cidade vem passando por transformações e recebendo melhorias.
Conde Thomas O Neill, 1809. Apud Jean Marcel Carvalho França. "Outras visões do Rio de Janeiro Colonial - Antologia de Textos". Rio de Janeiro, José Olympio, 2000. Pp: 310-320.


A descrição do inglês Thomas O Neill destaca algumas das transformações ocorridas desde a chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro no ano de 1808.
a) Explique por que, a partir da abertura dos portos (1808), ocorreu a preponderância dos ingleses nas transações comerciais com o Brasil.



b) Cite duas transformações culturais ocorridas na cidade do Rio de Janeiro durante o Período Joanino (1808-1821).
resposta:




resposta:
 



a) Ao decretar a abertura dos portos brasileiros às “nações amigas” em 1808 D. João VI estava beneficiando, sobretudo, a Inglaterra, então, em plena Revolução Industrial, e o principal país que mantinha relações amigáveis com Portugal. A partir dessa data, os produtos manufaturados ingleses começaram a entrar no Brasil, sendo que a ampliação do controle do mercado colonial seria conseguida, anos mais tarde, com a assinatura do Tratado de Comércio e Navegação em fevereiro de 1810. Esse Tratado garantia à Inglaterra a taxação privilegiada de 15% de impostos sobre os seus produtos vendidos no Brasil, enquanto que as mercadorias portuguesas pagariam 16% e as dos demais países, 24%.




b) Durante a permanência da corte joanina no Brasil (1808-1821) o Rio de Janeiro passou por uma série de transformações culturais dentre as quais podemos citar:
- A criação do Jardim Botânico;
- A escola de medicina do Rio de Janeiro;
- O Teatro Real;
- A Imprensa Real;
- A Academia Real de Belas Artes,
- A Biblioteca Real.



4. (Unifesp 2008)  A independência do Brasil, quando comparada com a independência dos demais países da América do Sul, apresenta semelhanças e diferenças. Indique as principais
a) semelhanças.


b) diferenças.



resposta:


a) Semelhanças: Tanto no Brasil, como nas colônias espanholas, os processos de independência foram conduzidos sob a liderança das elites econômicas coloniais, influenciadas pela ideologia liberal; em ambos os casos houve interferência Inglaterra em favor da emancipação, interessada no fim do Pacto Colonial devido à demanda por mercados em decorrência de sua industrialização; consolidadas as emancipações, as elites econômicas que se constituíram também em oligarquias políticas, assumiram o controle dos recém-fundados Estados nacionais latino-americanos, não promovendo alterações na estrutura social e econômica do período colonial e impediram a participação política dos segmentos populares.

b) Diferenças: O caso brasileiro é considerado "suis generis", pois a independência em relação a Portugal não se deu através de revoltas ou revoluções, sendo efetivada em 1822, sob a liderança do príncipe regente português no Brasil, D. Pedro I; foi adotado o regime monárquico de governo e foi preservada a unidade política nacional.

Na América Espanhola, a independência das colônias, liderada pelos "criollos" (descendentes de espanhóis nascidos na América que constituíam a elite econômica), foi conquistada através de guerras prolongadas, com batalhas sangrentas; consolidada a autonomia política, foi adotado o regime republicano presidencialista e as antigas colônias fragmentaram-se, dando origem aos vários Estados nacionais atuais de língua espanhola na América do Sul.





5. (Fuvest 2012)  Não parece fácil determinar a época em que os habitantes da América lusitana, dispersos pela distância, pela dificuldade de comunicação, pela mútua ignorância, pela diversidade, não raro, de interesses locais, começam a sentir-se unidos por vínculos mais fortes do que todos os contrastes ou indiferenças que os separam, e a querer associar esse sentimento ao desejo de emancipação
política. No Brasil, as duas aspirações – a da independência e a da unidade – não nascem juntas e, por longo tempo ainda, não caminham de mãos dadas.

Sérgio Buarque de Holanda, “A herança colonial – sua desagregação”. História geral da civilização brasileira, tomo II, volume 1, 2ª ed., São Paulo: DIFEL, 1965, p. 9.

a) Explique qual a diferença entre as aspirações de “independência” e de “unidade” a que o autor se refere.


b) Indique e caracterize ao menos um acontecimento histórico relacionado a cada uma das aspirações mencionadas no item a.



resposta:


a) Quando Sérgio Buarque de Holanda fala em unidade brasileira, reporta ao clássico problema da identidade nacional. A identidade nacional não existia no Brasil colonial (o termo “brasileiro”, por exemplo, no período colonial, significava “plantador de pau-brasil”).                     
Como Sério Buarque cita, em outro momento desse mesmo texto, a relação entre as regiões do Brasil Colônia que eram marcadas pela diferença e pela indiferença. A ideia de brasileiro é uma construção histórica do século XIX, iniciada ao longo do 2º Reinado, após a independência.
As aspirações de independência, por sua vez, foram anteriores à ideia de brasileiro, e visavam romper os elos do Sistema Colonial.
Normalmente, essas aspirações estavam ligadas à uma elite econômica. Os movimentos da Conjuração Baiana e Inconfidência Mineira, por exemplo, não visavam a “independência do Brasil”, pois, como vimos, a ideia de “brasileiro” não existia; elas visavam apenas à independência de suas regiões.
           
 b) Vários movimentos culturais brasileiros visaram construir a identidade nacional (unidade) brasileira, entre eles o Romantismo e o Modernismo. Do ponto de vista das políticas públicas, pode-se citar, entre outros, a Constituição de 1824, que define, pela primeira vez, o que é o “brasileiro”, a política de D. Pedro II em favor da identidade nacional, financiando artistas como Carlos Gomes e Pedro Américo, e até mesmo a política varguista de valorização do “nacional popular”, patrocinando, por exemplo, o samba e a capoeira. Entre os mais conhecidos movimentos que aspiravam à independência, o aluno poderia lembrar, principalmente, a Conjuração Baiana e a Inconfidência Mineira.




Questão extra

1. (UFPI)  "... todos os brasileiros, e sobretudo os brancos, não percebem suficientemente que é tempo de se fechar a porta aos debates políticos (...). Se se continua a falar dos direitos dos homens, da igualdade, terminar-se-á por pronunciar a palavra fatal: liberdade, palavra terrível e que tem muito mais força num País de escravos que em qualquer outra parte ..."
(MOTA, Carlos Guilherme (org.). "1822: dimensões". São Paulo: Perspectiva, 1972. p. 482.)

O texto acima, escrito provavelmente por volta de 1823/1824, é parte de uma carta sobre a independência do Brasil, enviada por um observador europeu a D. João VI. Leia com atenção o texto e, a seguir, assinale a alternativa que expressa a configuração social do processo brasileiro de independência.
a) A democracia racial, decorrente de uma intensa miscigenação durante o período colonial, contribuiu para conciliar, logo nos primeiros anos do Império, os interesses dos distintos grupos sociais.
b) A "solução monárquica", através da qual a jovem nação optava por afastar-se de seus vizinhos americanos e adotar modelos políticos europeus, foi historicamente necessária como instrumento de conciliação das raças no Brasil.
c) O "haitianismo", temor da elite branca brasileira de que se repetisse no Brasil uma revolução negra, tal qual ocorrera no Haiti, limitou as bases sociais da independência e justificou manifestações como essa da carta transcrita.
d) Em razão de temores como aquele expresso na carta citada, a independência fez-se acompanhar de um processo crescente de enfraquecimento da escravidão. Os mesmos grupos que lideraram o processo de independência liderariam, anos depois, a abolição da escravatura.
e) O temor expresso na carta é infundado, pois além de contar com um número pequeno de escravos à época da independência, as relações entre os escravos e seus senhores, no Brasil, sempre foram cordiais, decorrendo justamente disso a noção de "democracia racial".




resposta:[C]
Um dos principais temores das elites brasileiras no período posterior à independência política brasileira alcançada em 1822 era a ocorrência de uma possível revolta escrava, assim como havia ocorrido no Haiti, uma ex-colônia francesa onde os negros se rebelaram violentamente.


2. (Uerj) Para cúmulo da desgraça foram os soberanos da Espanha obrigados a renunciar aos seus direitos, a abdicar de seu trono e a solicitar o seu mesmo Povo a que faltasse à fé e juramento de fidelidade, que havia prestado à Real Família Reinante; a pedir por fim que obedecesse a seus próprios inimigos. Depois disto, quem se atreverá a duvidar da sábia política do Príncipe Regente de Portugal, em mudar a sua Corte para o Brasil? (Adaptado de "Correio Braziliense", 1808. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado/Instituto Uniemp, edição fac-similar, 2000.)

a) O texto acima remete a um acontecimento, decorrente da política internacional, ocorrido na Península Ibérica na primeira década do século XIX. Indique esse acontecimento e seu principal objetivo em relação a Portugal.
 

b) A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil pode ser considerada importante para o processo de independência do Brasil. Apresente um argumento que justifique esse ponto de vista.
  

resposta:


a) Invasão e ocupação da Península Ibérica por tropas francesas. Domínio de Portugal para efetiva adesão ao Bloqueio Continental.


b) Um dentre os argumentos:
• O Brasil veio a ser elevado à condição de Reino Unido, transformando-se a antiga colônia em metrópole.
• O Rio de Janeiro transformou-se em ponto de atração das elites, permitindo-lhes a constituição de uma identidade comum.
• A abertura dos portos às nações amigas possibilitou o fim do monopólio comercial, estabelecendo uma maior liberdade de comércio no Brasil.
• A instalação de um aparelho burocrático possibilitou a ascensão de inúmeros brasileiros aos cargos de administração, contribuindo para a idéia de autonomia do Brasil.