sábado, 17 de março de 2012

Saiba mais sobre o povo brasileiro

Entenda o processo de formação do povo brasileiro



Desafio de História

O Povo brasileiro


1. (UFLA) Observe o mapa.

Assinale a alternativa que NÃO se relaciona com as diversas hipóteses de origem do homem americano.

a) O mapa justifica a hipótese de o homem americano apresentar características mongolóides ou pré-mongolóides, povos oriundos da Mongólia e Sibéria que penetraram no continente americano pelo Estreito de Bering.

b) Segundo o que demonstra o mapa, o homem chegou à América em migrações esporádicas, navegando pelo Pacífico, vindo da Ásia, Polinésia e Oceania.

c) Segundo o mapa, o homem americano é Autóctone, ou seja, surgiu no próprio continente, embora não exista nenhum fóssil anterior ao Homo Sapiens Sapiens .

d) Observando o mapa, fica evidente que o Ser Humano não chegou no continente americano pelo oceano Atlântico, apesar de esse ser o caminho mais"curto".

e) No continente sul-americano, o fóssil mais antigo é de uma mulher conhecida por Luzia, encontrada em 1975 próximo a Lagoa Santa/MG, datada de 11500 anos.

resposta da questão 1:[C]

2. (Puc-Rio) Povos e povos indígenas desapareceram da face da terra como consequência do que hoje se chama, num eufemismo envergonhado, o encontro de sociedades do Antigo e do Novo Mundo."

(Manuela Carneiro da Cunha (org). "História dos índios no Brasil." 2. ed. São Paulo, Cia das Letras, 1998, p. 12.)

A chegada dos europeus no que veio a ser por eles denominado América, ocasionou o encontro entre sociedades que se desconheciam. No caso dos que estavam a serviço da Coroa de Portugal, o encontro formalizou contatos, confrontos, alianças com tribos nativas litorâneas, grande parte de origem tupi. Acerca desse encontro entre portugueses e tupis nas terras que vieram a ser chamadas de Brasil, é correto afirmar que:

a) entre 1500 e 1530, os contatos foram pacíficos e amistosos, facilitando o estabelecimento das práticas de escambo do pau-brasil e o surgimento dos primeiros aldeamentos organizados por jesuítas.

b) a partir de 1555, a tentativa de huguenotes franceses de criar uma colônia - a França Antártica -, na baía de Guanabara, acabou por favorecer alianças militares de portugueses com as tribos locais, tamoios e tupinambás, suspendendo a escravização dos indígenas.

c) as intenções de colonizadores portugueses - "expandir a fé e o Império" - bem como suas práticas colonizadoras - doação de sesmarias, estímulos ao cultivo da cana, catequese dos nativos -, transformaram o encontro em um desastre demográfico para as tribos tupis do litoral.

d) os rituais antropofágicos praticados pelos tupis, ao lado das rivalidades constantes entre as tribos, foram fatores que contribuíram para a predominância de choques militares com os portugueses, tornando inevitáveis, por sua vez, a ocorrência de guerras justas.

e) o desconhecimento por parte dos nativos de qualquer tipo de agricultura foi o principal obstáculo para a utilização de sua mão-de-obra no estabelecimento da lavoura canavieira, isso somado à resistência à catequese ocasionou confrontos constantes entre portugueses e tupis.

resposta da questão 2:[C]

3. (FGV) "O primeiro testemunho sobre a antropofagia na América foi registrada por Álvarez Chanca (...) em 1493. (...) Registrada a abominação antropofágica, os monarcas espanhóis autorizam em 1503 a escravidão de todos os caraíba pelos colonos. No litoral brasileiro, os tupinambá, do grupo tupi, tinham o hábito do canibalismo ritual (...). Prova de barbárie e, para alguns, da natureza não humana do ameríndio, a antropofagia condenava as tribos que a praticavam a sofrer pelas armas portuguesas a "guerra justa" e do cativeiro perpétuo em 1557, por terem devorado no ano anterior vários náufragos portugueses, entre os quais se encontrava o primeiro bispo do Brasil."

(Luís Felipe de Alencastro,"Folha de S.Paulo", 12.10.1991)

A partir do fragmento é correto concluir que

a) as tribos tupiniquins, aliadas aos franceses, acreditavam na justiça e na importância da guerra justa como capaz de permitir a supremacia contra tribos inimigas.

b) conforme determinava a legislação de Portugal e da Espanha até o início do século XIX, apenas os nativos da América que praticavam o canibalismo foram escravizados.

c) a escravização dos ameríndios foi legal e efetiva apenas até a entrada dos primeiros homens escravos africanos na América, a partir da segunda metade do século XVII.

d) o estranhamento do colonizador europeu com a prática da antropofagia por parte dos nativos da América serviu de pretexto para a escravização desses nativos.

e) portugueses e espanhóis, assim como a Igreja Católica, associavam a desumanidade dos índios ao fato desses nativos insistirem na prática da guerra justa.

resposta da questão 3:[D]

4. (UFU) Por volta da década de 1570, começou-se a substituir a mão-de-obra escrava indígena pela mão-de-obra escrava africana nos engenhos e plantações de cana-de-açúcar no Brasil. Aproximadamente em 1585, cerca de 75% da população escrava africana do Brasil vivia na Capitania de Pernambuco, onde o número de engenhos contabilizava mais da metade do total dos engenhos da colônia. A Capitania de São Vicente por sua vez, em 1585, quase não possuía habitantes de origem africana e o número de engenhos não passava de 3% do total da Colônia, situação bem diferente da do ano de 1549, quando cerca de 30% dos engenhos de açúcar localizavam-se naquela capitania.

Adaptado de: COUTO, Jorge. "A construção do Brasil: Ameríndios, Portugueses e Africanos, do início do povoamento a finais de Quinhentos", Lisboa: Cosmos, 1995.

A respeito da introdução da escravidão africana no Brasil e com base nas informações do texto, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A mão-de-obra africana foi incentivada em um momento em que se intensificavam as rebeliões, fugas e ataques indígenas contra engenhos e povoações portuguesas no litoral brasileiro.

b) A adoção da mão-de-obra africana foi um fator decisivo para o desenvolvimento das economias das capitanias do norte da colônia e colaborou para a diminuição da importância econômica das capitanias do sul em relação às do norte.

c) A adoção da mão-de-obra africana teve sucesso, pois atendia às necessidades lusas de imposição de um controle social mais eficaz e de fomento de uma nova atividade comercial lucrativa: o tráfico negreiro.

d) A mão-de-obra indígena, por conta do adestramento praticado pelos jesuítas e de sua passividade em relação à escravidão, era mais produtiva que a africana. Porém, foi substituída por essa em função da lucratividade do tráfico negreiro.

resposta da questão 4:[D]

5. (ENEM) A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo histórico que começa com o descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e de seus povos.

K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no Brasil. In: "Diversidade na educação: reflexões e experiências". Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.

Com relação ao assunto tratado no texto, é correto afirmar que

a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao descobrimento desse continente.

b) a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a desenvolverem esse continente.

c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil.

d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão européia do início da Idade Moderna.

e) a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre esse continente e a Europa.

resposta da questão 5:[D]

6. (Unirio) "Os colonizadores utilizaram a mão-de-obra indígena para construir suas cidades e instalar suas missões. Ao ensinar, acabaram por aprender, favorecendo um profundo processo de assimilação cultural iniciado pelo confronto."

(Silva, Janice Theodoro da. "Descobrimento e Colonização", São Paulo, Ed. Ática, 1987.)

A nossa identidade foi forjada durante todo o período colonial e teve como matriz o encontro e o confronto de culturas distintas. Observando a sociedade brasileira atual com base no fato exposto pela afirmativa acima, verificamos que a cultura:

a) indígena passou por um processo de aculturação tão bem feito que não podemos identificar nenhum de seus traços na cultura brasileira atual.

b) brasileira apresenta-se como cultura "pura", pelo fato de a cultura européia ter sido dominada pela indígena.

c) européia foi tão influenciada pela cultura indígena que só o idioma português ficou como herança européia na cultura brasileira.

d) brasileira tem como marca a "mestiçagem cultural", em que traços da cultura indígena se misturaram com traços europeus e africanos.

e) indígena, apesar de ter sido dominada pela européia, deixou como herança a família monogâmica e matriarcal.

resposta da questão 6:[D]

7. (UFMG) Nos textos seguintes, Gilberto Freyre descreve, respectivamente, a rotina de uma senhora de engenho, dona de casa ortodoxamente patriarcal, e a rotina de um novo tipo de mulher, surgida nos meados do século XIX. "...levantando-se cedo a fim de dar andamento aos serviços, ver se partir a lenha, se fazer o fogo na cozinha, se matar a galinha mais gorda para a canja; a fim de dar ordem ao jantar (...) e dirigir as costuras das mucamas e molecas, que também remendavam, cerziam, remontavam, alinhavavam a roupa da casa, fabricavam sabão, vela, vinho, licor, doce, geléia. Mas tudo devia ser fiscalizado pela iaiá branca, que às vezes não tirava o chicote da mão." "...acordando tarde por ter ido ao teatro ou a algum baile; lendo romance; olhando a rua da janela ou da varanda; levando duas horas no toucador (...) outras tantas horas no piano, estudando a lição de música; e ainda outras na lição de francês ou de dança. Muito menos devoção religiosa do que antigamente. O médico de família mais poderoso que o confessor. O teatro seduzindo as senhoras elegantes mais que a igreja. O próprio baile mascarado atraindo senhoras de sobrado".

(FREYRE, Gilberto. SOBRADOS E MUCAMBOS. Rio de Janeiro: José Olympio, 1968. t.1, p.109-110).

a) INDIQUE três mudanças ocorridas na estrutura sócio-econômica do Brasil, na segunda metade do século XIX, que explicam as transformações ocorridas no papel feminino.

b) DESCREVA a condição de cidadania da mulher no período primário-exportador.

resposta da questão 7:

a) Fim do tráfico negreiro, o desenvolvimento da cafeicultura e o desenvolvimento das cidades.

b) A mulher possuía as funções de cuidar da casa e dos filhos.

8. (UFF) Na década de 30, as obras de Gilberto Freyre redirecionaram os estudos sobre negros e cultura africana quanto à questão da identidade racial brasileira, pois, contradiziam as afirmativas segundo as quais a miscigenação tinha causado um dano irreparável à nossa sociedade. Gilberto Freyre, em seus estudos:

a) trata da confluência do cotidiano rural e urbano no Brasil, o que se destaca em sua primeira obra - Sobrados e Mocambos;

b) detém-se na análise das relações multirraciais vigentes na sociedade baiana do século XVIII;

c) enfatiza o cunho intensamente patriarcal da sociedade brasileira;

d) aprofunda as teorias raciais vigentes no Brasil na segunda metade do século XIX;

e) responsabiliza a sociedade derivada da mestiçagem pelos vícios sociais do povo brasileiro.

resposta da questão 8:[C]

9. (UFG) Algumas obras históricas e literárias resistem ao tempo. São obras que designamos como clássicas. Serão lidas infinitamente e, de tão discutidas, incorporam-se à própria realidade que foi objeto de estudo. "Casa-Grande & Senzala", de Gilberto Freyre, escrita em 1933, carrega esta marca. Freyre, ao caracterizar a civilização brasileira, rompeu com a visão tradicional acerca das relações entre raça e sociedade, redefinindo a posição do negro na formação nacional.

De que forma a mestiçagem, como elemento formador da nacionalidade brasileira, era percebida no século XIX e no início do século XX?

resposta da questão 9:

Entre o final do século XIX e o o início do século XX a mestiçagem como elemento formador da nacionalidade era visto como degenerativo e um fator do atraso socioeconômico brasileiro, uma vez que a mentalidade vigente na época, apoiada no darwinismo social, apontava que seria necessária uma política de branqueamento da sociedade brasileira com vistas ao desenvolvimento do país.


10. (PUCCAMP) Concebendo a "cultura" no sentido de Gilberto Freyre - como expressão global da vida política e do espírito, social e individual, vital e humana, pode-se dizer que José Lins do Rego é a expressão literária da cultura da sua terra; é mais da terra que dos livros. É a consciência literária da casa-grande e da senzala, dos senhores de engenho e dos pretos, dos bacharéis e dos moleques, de todo um mundo agonizante. Foi ontem, isso? Ou é ainda hoje assim, ou vive apenas na sua memória incomparável?

(Otto Maria Carpeaux. O brasileiríssimo José Lins do Rego. Prefácio a "Fogo morto")

O mandonismo local esteve presente na sociedade brasileira desde o período colonial e adquiriu a forma de "coronelismo" após a proclamação da República e vinculou-se à existência

a) da produção cafeeira, da expansão urbana e da política do café-com-leite.

b) do poder oligárquico, do positivismo e da militarização do governo.

c) da produção de cana-de-açúcar, do voto censitário e do regime parlamentar.

d) do voto de analfabetos, da maçonaria e da política dos governadores.

e) do latifúndio, da troca de favores e do voto de cabresto.

resposta da questão 10:[E]

11. (UNESP) A cana-de-açúcar começou a ser cultivada igualmente em São Vicente e em Pernambuco, estendendo-se depois à Bahia e ao Maranhão a sua cultura, que onde logrou êxito - medíocre como em São Vicente ou máximo como em Pernambuco, no Recôncavo e no Maranhão - trouxe em consequência uma sociedade e um gênero de vida de tendências mais ou menos aristocráticas e escravocratas.

(Gilberto Freyre, "Casa-Grande e Senzala".)

Tendo por base as afirmações do autor,

a) cite um motivo do maior sucesso da exploração da cana-de-açúcar em Pernambuco do que em São Vicente.

b) Explique por que o autor definiu "o gênero de vida" da sociedade constituída pela cultura da cana-de-açúcar como apresentando "tendências mais ou menos aristocráticas".

resposta da questão 11:

a) Entre os fatores do maior sucesso pernambucano na produção açucareira em relação à São Vicente estão a localização geográfica, o fato de Pernambuco estar mais próximo da Metrópole, os maiores investimentos da Coroa portuguesa na região, o apoio recebido durante muito tempo dos financiadores holandeses e a maior fertilidade do solo da Zona da Mata nordestina em relação ao arenoso solo vicentino.

b) Explica-se pela modalidade de trabalho implantada na produção de cana de açúcar, ou seja, o trabalho escravo, que promoveu a consolidação de uma sociedade marcada pela desigualdade social entre senhores e escravos.

12. (UFC) Leia o texto a seguir.

"A barbarização ecológica e populacional acompanhou as marchas colonizadoras entre nós, tanto na zona canavieira quanto no sertão bandeirante; daí as queimadas, a morte ou a preação dos nativos. Diz Gilberto Freyre, insuspeito no caso porque apologista da colonização portuguesa no Brasil e no mundo: O açúcar eliminou o índio. Hoje poderíamos dizer: o gado expulsa o posseiro; a soja, o sitiante; a cana, o morador. O projeto expansionista dos anos 70 e 80 foi e continua sendo uma reatualização em nada menos cruenta do que foram as incursões militares e econômicas dos tempos coloniais".

(BOSI, Alfredo. "Dialética da colonização". São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 22)

A partir da leitura do texto, pode-se concluir, corretamente, que:

a) os princípios republicanos garantiram, no século XX, uma ocupação territorial, feita com base na realocação econômica, nos centros urbanos, dos sujeitos expulsos pelas novas atividades implantadas no interior do país.

b) o impacto ambiental e social das atividades econômicas implantadas é um problema que surgiu recentemente, a partir da mecanização das práticas agrícolas e pastoris.

c) a marginalização social e econômica de alguns grupos constitui um dos efeitos das atividades econômicas desenvolvidas no Brasil desde o período colonial.

d) o desenvolvimento da atividade açucareira na colônia alterou as condições naturais do território, ao introduzir o plantio em áreas extensas, o que reverteu em ganhos para as comunidades locais.

e) a introdução de atividades modernas, desde a colônia, vem substituindo a ocupação predatória do meio ambiente, pelos nativos, por outra mais racional que, ao otimizar os recursos naturais, garante sua renovação.

resposta da questão 12:[C]

13. (UFSM) "Diz-se geralmente que a negra corrompeu a vida sexual da sociedade brasileira (...). É absurdo responsabilizar-se o negro pelo que não foi obra sua (...), mas do sistema social e econômico em que funcionaram passiva e mecanicamente. Não há escravidão sem depravação sexual. É da essência mesma do regime. (...) Não era o negro (...) o libertino: mas o escravo a serviço do interesse econômico e da ociosidade voluptuosa dos senhores. Não era a raça inferior a fonte de corrupção, mas o abuso de uma raça por outra".

FREYRE, Gilberto. "Casa-grande & senzala". Rio de Janeiro: Record, 2001. p. 372 e 375.

Considerando o texto, é correto afirmar que a degradação moral da sociedade açucareira do Nordeste brasileiro tinha como eixo

a) a estrutura frágil da Igreja colonial e seu reduzido trabalho na disseminação dos valores cristãos.

b) as relações de poder entre a metrópole e a colônia, desfavoráveis a essa última quanto aos preços dos seus produtos.

c) a complexa formação étnica da sociedade açucareira, misturando raças em detrimento dos costumes portugueses.

d) a natural corrupção do ser humano, que jamais encontra limites, seja na Igreja ou polícia, para a expressão dos instintos.

e) as relações sociais de produção do engenho açucareiro, base da ordem social colonial.

resposta da questão 13:[E]

14. (UFPE) No Brasil, o movimento político de 1930 trouxe perspectivas de modernização, abrindo espaços para se pensar os novos rumos da cultura, cujas bases foram lançadas pelo Movimento Modernista dos anos de 1920. As obras de Sérgio Buarque, Caio Prado Júnior e Gilberto Freyre se destacaram na produção intelectual dos anos de 1930, reforçando polêmicas e debates políticos. Esses autores acima citados:

a) defenderam uma interpretação radicalmente nacionalista da vida social brasileira.

b) firmaram concepções autoritárias contra a democracia e o progresso social.

c) foram muito influenciados pelo modernismo e pelo anarquismo.

d) contribuíram com suas obras para a renovação das interpretações históricas sobre o Brasil.

e) mantiveram propostas sociais nacionalistas, mas autoritárias e centralizadoras.

resposta da questão 14:[D]

15. (CPS) Por ocasião das comemorações dos 450 anos da cidade de São Paulo, a TV Globo levou ao ar o seriado "Um só coração", que popularizou a imagem de alguns representantes importantes da Semana de Arte Moderna, realizada no teatro Municipal de São Paulo em 1922, ano do centenário da Independência do Brasil. "Contra a cópia, a invenção!", escrevia o poeta Oswald de Andrade, integrante do movimento modernista que propunha o processo de antropofagia cultural como um novo caminho para "o descobrimento do Brasil pelos próprios brasileiros". Algumas tribos indígenas adotavam um ritual antropofágico, que consistia em comer a carne dos prisioneiros que demonstrassem coragem ou outros atributos admiráveis, acreditando que, dessa forma, poderiam assimilá-los e tornarem-se melhores.

Considerando-se a "antropofagia cultural" proposta pelo Movimento Modernista é válido afirmar que ele

a) contrapunha-se à influência da cultura européia, sobretudo francesa, substituindo-a pela reprodução da cultura norte-americana, considerada superior.

b) não propunha a eliminação das influências européias, que considerava representar a Modernidade, mas "devorá-las" e mesclá-las com a cultura de raízes brasileiras.

c) pregava o descarte e a eliminação de toda e qualquer influência européia, pois ela representava o atraso dos tempos do colonialismo.

d) orientava-se para a volta aos padrões culturais simples dos primeiros tempos da colonização portuguesa, não contaminada ainda pelas culturas indígenas e africanas.

e) valorizava toda manifestação cultural brasileira que expressasse suas raízes indígenas, africanas e caipiras e descartava aquelas originadas da dominação portuguesa no Brasil.

resposta da questão 15:[B]

16. (FUVEST) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) As distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígenes e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor."

(Stuart B. Schwartz, SEGREDOS INTERNOS)

A partir do texto pode-se concluir que:

a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da sociedade brasileira colonial.

b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade européia nos séculos XV e XVI.

c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.

d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros, tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade colonial.

e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos XVI e XVII.

resposta da questão 16:[D]

17. (FUVEST 2011)

— Não entra a policia! Não deixa entrar! Aguenta! Aguenta!

— Não entra! Não entra! repercutiu a multidão em coro. E todo o cortiço ferveu que nem uma panela ao fogo.

— Aguenta! Aguenta!

Aluisio Azevedo, O cortiço. 1890, parte X.

O fragmento acima mostra a resistência dos moradores de um cortiço à entrada de policiais no local. O romance de Aluisio Azevedo

a) representa as transformações urbanas do Rio de Janeiro no periodo posterior à abolição da escravidão e o difícil convivio entre ex-escravos, imigrantes e poder público.

b) defende a monarquia recém-derrubada e demonstra a dificuldade da República brasilelra de manter a tranquilidade e a harmonia social após as lutas pela consolidação do novo regime.

c) denuncia a falta de policiamento na então capital brasileira e atribuí os problemas sociais existentes ao desprezo da elite paulista cafeicultora em relação ao Rio de Janeiro.

d) valoriza as lutas sociais que se travavam nos morros e na periferia da então capital federal e as considera um exemplo para os demais setores explorados da população brasileira.

e) apresenta a imigração como a principal origem dos males socias por que o país passava, pois os novos empregados assalariados tiraram o trabalho dos escravos e os marginalizaram.

resposta da questão 17 :Alternativa A.

18. (UFG) No final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX emergiram na Europa Ocidental discursos nacionalistas que destacavam o território, a pureza racial e a língua como requisitos básicos da nacionalidade. No Brasil, no mesmo período, os nacionalistas repensaram a constituição do povo brasileiro ao

a) abandonar as teses de formação de uma população branca nos moldes europeus, admitindo a mestiçagem.

b) retomar as discussões sobre a língua falada pela população, opondo-se ao português falado e escrito em Portugal.

c) proibir a entrada de imigrantes africanos e orientais como forma de acelerar o branqueamento da população.

d) refletir sobre formas de incluir a população rural e urbana no ideário civilizador branco apregoado pelo governo.

e) estimular os intelectuais a produzir obras de exaltação nacional, visando à educação moral e cívica da população.

resposta da questão 18:[A]

19. (UERJ) Desde que, em 1993, freqüentei por dez meses a favela de Vigário Geral para escrever "Cidade Partida", muita coisa piorou no quadro da violência no Rio. (...)

[Nesse espaço de tempo, porém,] nem tudo foi retrocesso. Ao contrário, há que se comemorar nos últimos anos o surgimento de importantes ações afirmativas em que se destacam os trabalhos de personagens como MV Bill, na Cidade de Deus; Jaílson de Souza e Silva, na Maré; Celso Athayde, à frente da CUFA [Central Única das Favelas], entre outros.

Estes movimentos se caracterizam pelo empenho em sair do gueto e ganhar visibilidade não pelos tiros de AR-15, mas pelos sons, cores e gestos da arte e da cultura.

(VENTURA, Zuenir. A cultura une o que a economia separa. "O Globo", 02/04/2006.)

As frases de Zuenir Ventura expressam um ponto de vista sobre as ações afirmativas realizadas por diversos grupos na tentativa de redução da distância entre "asfalto" e "favela".

Para o autor, essas ações afirmativas decorrem da:

a) atuação social do terceiro setor

b) formação de novas agremiações políticas

c) entrada de investimentos produtivos nas áreas de periferia

d) produção de programas sociais pelos governos municipal e estadual

resposta da questão 19:[A]

20. (UERJ)

COMPOSIÇÃO ÉTNICA DOS ESTUDANTES NAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS


(Adaptado de "O Globo", 26/08/2001)

O gráfico, elaborado a partir de dados do IBGE, apresenta um quadro de desigualdades étnicas no âmbito educacional. Para enfrentar essas desigualdades, historicamente constituídas, intensificaram-se, na última década, as chamadas políticas afirmativas.

Tais políticas têm origem na necessidade de:

a) reduzir a diversidade cultural

b) minorar a segregação espacial

c) redimensionar a inserção social

d) desacelerar a expansão demográfica

resposta da questão 20:[C]

21. (UFRJ)

Índio Kayapó lê um dos projetos de Constituição elaborado pelos parlamentares constituintes (Foto: Guilherme Rangel/ADIRP).

Uma aldeia e duzentos a trezentos índios, umas vezes se achava a vinte léguas acima e daí a poucos dias vinte léguas mais abaixo; chamar-se-ão estes homens errantes, proprietários de tais terrenos? Poderá dizer-se que eles têm adquirido direito de propriedade? Por que razão esta raça não se aldeia fixamente como nós? [...] Eu quisera que me mostrasse a verba testamentária , pela qual nosso pai Adão lhes deixou aqueles terrenos em exclusiva propriedade [...] Anais do Parlamento Brasileiro, Assembléia Geral Legislativa, Câmara dos Senhores Deputados, 1826. O documento acima é um exemplo de como a discussão acerca dos direitos indígenas sobre as terras que ocupam é antiga no Brasil, sendo tema de debates parlamentares desde o Primeiro Reinado até nossos dias. No que diz respeito aos direitos indígenas, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 231, reconhece "sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens."

a) Cite um argumento usado na atualidade contra os direitos indígenas assegurados na Constituição Federal de 1988.

b) Identifique uma forma de atuação dos povos indígenas que tenha contribuído para o reconhecimento de seus direitos na referida Constituição.

resposta da questão 21:

a) O candidato deverá citar um argumento usado na atualidade contra os direitos indígenas assegurados na Constituição Federal de 1988 dentre os quais:o de não serem índios (“aculturados”); a relação entre as grandes extensões de terras e a baixa densidade populacional; o da não competência no gerenciamento dos recursos naturais existentes nas reservas; a maior vulnerabilidade do território nacional face à presença estrangeira, notadamente na Amazônia e nas áreas de fronteiras; o fato de não serem cidadãos de pleno direito.

b) O candidato deverá identificar uma forma de atuação dos povos indígenas que tenha contribuído para o reconhecimento de seus direitos na Constituição de 1988, dentre as quais: a criação das assembléias indígenas reunindo povos de todo o Brasil e, mais tarde a criação da União das Nações Indígenas (1980); a candidatura a cargos parlamentares; a associação de lideranças indígenas a entidades nacionais e internacionais em defesa de seus direitos; os protestos políticos contra ações governamentais e de particulares consideradas lesivas a seus interesses; a busca da apropriação da cultura dos “brancos” como forma de instrumentalizar sua luta.

22. (UNESP) A batalha da abolição, como perceberam alguns abolicionistas, era uma batalha nacional. Esta batalha continua hoje e é tarefa da nação.

(J. M. Carvalho, A abolição aboliu o quê? "Folha de S.Paulo", 13.05.1988.)

No texto, o historiador José Murilo de Carvalho refere-se à

a) luta dos quilombolas para se inserirem em melhores condições sociais no interior da sociedade pós-escravista.

b) estratégia dos negros alforriados do sul do país para se inserirem na sociedade estratificada dos brancos.

c) não obtenção da cidadania plena, até os dias atuais, por parte dos negros brasileiros, que são as vítimas mais diretas da escravidão.

d) tática dos negros oriundos do norte para se inserirem na sociedade do sul do país.

e) não obtenção dos direitos de circulação, por parte da elite abolicionista, que foi o contingente mais afetado pelo trabalho compulsório.

resposta da questão 21:[C]

22. (CPS)

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO

(Sérgio Abranches)

É possível se desenvolver, mudar, sem crescer economicamente? A resposta convencional é não. A resposta certa é sim. O crescimento, sobretudo medido pela renda per capita, ajuda, acelera, mas sua ausência não impede progresso em muitos campos importantes. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil retrata, exatamente, um país que muda e se desenvolve em aspectos cruciais, apesar do baixo crescimento médio. Por causa dessa mudança, acumula condições para maior e mais sustentável crescimento futuro. O cientista político Harold Wilenski demonstra que todas as democracias hoje ricas - econômica e socialmente falando - passaram por pelo menos nove mudanças estruturais de fôlego, com alguma variação de velocidade. São elas: redução do tamanho das famílias; expansão da educação de massas; diversificação da estrutura ocupacional, com expansão e diferenciação das classes médias e redução de camponeses e trabalhadores não qualificados; mudanças na organização e na jornada do trabalho; incorporação das mulheres à força de trabalho; tendência à redução das desigualdades de gênero e adoção progressiva de ações afirmativas para inclusão de minorias étnicas ou culturais; criação de uma rede de proteção social; circulação da informação política e cultural pela via dos meios de comunicação de massas; e crescimento dos setores intelectuais, científicos e de especialização técnica na classe média. O Brasil vem melhorando em todos esses pontos, nas últimas três ou quatro décadas, apresentando uma rede de proteção social ainda frágil e marcada por distorções distributivas que a tornam menos eficaz para os mais pobres. Vamos ser exigentes: comparar só os 99 países que estiveram no estudo desde 1975. O Brasil encontra-se entre os 48 que melhoraram de posição e tiveram ganhos de qualidade de vida nesses 26 anos. Subiu seis posições, da 46º para 40º. Saiu de 0,643 de IDH para 0,777, muito perto da faixa do IDH alto, que é 0,8. Foram 47 os que perderam posição, a maioria países africanos que perderam qualidade de vida. Quatro não se moveram. A Venezuela caiu sete posições, porque quase não avançou. O Brasil está melhor que há dez, vinte ou trinta anos. Apesar das conjunturas negativas, não paramos de superar obstáculos. Nosso maior desafio, a desigualdade, pressupõe que antes reconheçamos que ela tem raízes profundas na discriminação dos negros. Com o crescimento, se ele for descentralizado, é possível reduzir a desigualdade territorial da renda, mas, se não adotarmos uma atitude afirmativa com relação a essa imensa minoria negra, quase a metade de nós, a metade mais apartada de nós, continuaremos muito desiguais. Todos melhoraremos, porém numa paralela que denunciará, sempre, nossa desigualdade mais durável.

Fonte: Adaptado da revista "Veja", 16/07/03, página 30.


Analise esta afirmação de Sérgio Abranches: "... se não adotarmos uma atitude afirmativa com relação a essa imensa minoria negra, quase a metade de nós, a metade mais apartada de nós, continuaremos muito desiguais."

Com base em seus conhecimentos e na leitura do texto de Sérgio Abranches, assinale a alternativa que contém uma afirmação válida:

a) É possível perceber na fala do autor uma contradição, pois se os negros são quase metade da população brasileira não podem ser classificados como minoria.

b) Uma proposta de ação afirmativa para combater a desigualdade e incluir socialmente os negros é o sistema de cotas reservadas para eles nas áreas de educação e trabalho.

c) Na classificação "negros", que as instituições e correntes de pensamento que combatem a discriminação étnica costumam empregar, estão inseridos os "pretos" mas não os "pardos", pois eles não são afrodescendentes.

d) Se Abranches considerou os "negros" como "quase a metade de nós" é porque ele não soma os que são denominados "pretos" e "pardos" nas pesquisas, denominações estas, aliás, consideradas politicamente incorretas.

e) O Fundo Afro, o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas, o Instituto Palmares de Direitos Humanos são exemplos de inclusão dos negros nos cargos de governo.

resposta da questão 22:[B]


23. (UFRN) Os documentos a seguir apresentam aspectos ligados à condição da mulher no Brasil colonial:

DOCUMENTO I

Mulheres sem ter, às vezes, o que fazer. A não ser dar ordens estridentes aos escravos; ou brincar com papagaios, sagüis, mulequinhos. Outras, porém, preparavam doces finos para o marido; cuidavam dos filhos.

FREYRE, Gilberto. "Casa-grande e senzala". 25. ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1987. p. 349.

DOCUMENTO II

A análise desses dois documentos permite afirmar que, no período colonial,

a) as mulheres brancas administravam os negócios da família; as mulheres negras dedicavam-se aos cuidados do lar.

b) o comércio era uma atividade restrita às mulheres brancas; as mulheres negras dedicavam-se à agricultura e ao artesanato.

c) as atividades das mulheres brancas eram exercidas no interior da casa; as mulheres negras dedicavam-se também a atividades no espaço público.

d) o poder de comando, na família branca, era dividido igualmente entre o homem e a mulher; na família escrava, a mulher ocupava um papel proeminente.

resposta da questão 23:[C]



24.(UFpel)
Observe a figura e leia o texto.

Os índices crescentes de violência no Brasil resultam da combinação de fatores que incluem miséria, crescimento desordenado das cidades, lentidão da justiça e crescimento do tráfico de drogas. Na base de tudo, está a desigualdade social, que faz com que grande parcela de brasileiros não tenha perspectivas de melhorar de vida.

Com base nas informações anteriores e em seus conhecimentos sobre as causas da diferença de acesso da população aos direitos sociais básicos, é correto afirmar que:

I. o processo de "colonização de exploração" sofrido pelo Brasil já implicava uma segregação inicial, entre colonizador e colonizado, uma forma de exclusão.

II. a escravidão que permeou um longo período da história econômica brasileira – extinguindo grande parte das comunidades indígenas e transformando em mercadoria o negro africano – é parte do processo de exclusão social verificada no país.

III. a formação de uma sociedade patriarcal e patrimonial que se fortaleceu ancorada no princípio da "casa-grande e senzala" estabeleceu os parâmetros de uma sociedade que segrega e não promove o direito de igualdade para todos.

IV. o fim da escravidão, o qual prescindiu de políticas de inclusão social para os negros, fez com que eles fossem a maioria entre os pobres e também fez com que se mantivesse um preconceito velado na sociedade.

V. a organização da sociedade brasileira sedimentou-se na segregação entre a elite e o povo, entre o branco e o negro, formando um Estado resultante da formação desta sociedade.

Estão corretas

a) apenas I, II, e IV.

b) apenas II, III e V.

c) apenas I, III e IV.

d) apenas II, IV e V.

e) todas as alternativas.

resposta da questão 24:[E]


25. (UERJ)

Sexo e idade dos escravos africanos importados para o Rio de Janeiro, 1838-1852

Idades

Número de Homens

Número de Mulheres

Total

De 0 a 9 anos

17

12

29

De 10 a 19 anos

194

68

262

De 20 a 29 anos

102

16

118

30 ou mais anos

13

12

25

Total

326

108

434




























A tabela acima foi construída com base em registros relativos a alguns navios negreiros capturados depois de 1830 e constitui uma eloquente amostra de certas características demográficas dos mais de três milhões e meio de africanos desembarcados no Brasil entre os séculos XVI e XIX.

Seus dados permitem visualizar o perfil sexo-etário do trabalhador que os grandes plantadores escravistas almejavam.

a) Identifique duas características relacionadas a este perfil sexo-etário.

b) Relacione as características identificadas no item anterior às expectativas econômicas dos grandes plantadores escravistas do Brasil.


resposta da questão 25:

a) O candidato deverá identificar o predomínio de escravos da faixa entre 10 e 29 anos de idade (isto é, em idade produtiva ótima) e a preponderância de cativos do sexo masculino. Alternativamente, poderá indicar a pequena participação de crianças e de escravos de mais de 30 anos de idade.

b) O candidato deverá correlacionar o predomínio de escravos em idade produtiva ótima à necessidade de imediata integração dos cativos ao processo de produção (o que também será válido se, no item anterior, houver ressaltado a pequena participação de crianças e de escravos de mais de 30 anos de idade); e a exiguidade de mulheres às duras tarefas a serem desempenhadas pelos escravos, ou ainda à inexistência de perspectivas auto-reprodutivas dos cativos por parte dos plantadores escravistas.



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