sábado, 21 de junho de 2014

O Período Joanino e a Independência do Brasil

Roteiro de estudos: O período joanino e o processo de independência do Brasil



O PERÍODO JOANINO E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL


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Lista de questões de História do Brasil
O Período Joanino (1808-1821) e o processo de independência do Brasil (1822)

1. (ENEM 2010) Leia o texto:

“Eu, o Príncipe Regente, faço saber aos que o presente Alvará virem: que desejando promover e adiantar a riqueza nacional, e sendo um dos mananciais dela as manufaturas e a indústria, sou servido abolir e revogar toda e qualquer proibição que haja a este respeito no Estado do Brasil”. 
(Alvará de liberdade para as indústrias (1º de Abril de 1808). In: Bonavides, P.; Amaral, R. Textos políticos da História do Brasil. Vol. 1. Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado).

O projeto industrializante de D. João, conforme expresso no alvará, não se concretizou.
Que características desse período explicam esse fato?
a) A ocupação de Portugal pelas tropas francesas e o fechamento das manufaturas portuguesas.  
b) A dependência portuguesa da Inglaterra e o predomínio industrial inglês sobre suas redes de comércio.  
c) A desconfiança da burguesia industrial colonial diante da chegada da família real portuguesa.  
d) O confronto entre a França e a Inglaterra e a posição dúbia assumida por Portugal no comércio internacional.  
e) O atraso industrial da colônia provocado pela perda de mercados para as indústrias portuguesas.

resposta da questão 1:[B]    
Comentário da questão: 

 A opção correta é a B, pois destaca que, a despeito da revogação feita por D. João do alvará que então proibia a construção de indústrias na América Portuguesa, a região não atingiu qualquer destaque no setor. Aspecto que corrobora esta análise é a presença maciça de produtos industrializados ingleses no mercado brasileiro neste período.


2. (FGV) A instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, representou uma alternativa para um contexto de crise política na Metrópole e a possibilidade de implementar  as  bases  para  a formação de um  império  luso-brasileiro na  América.  Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO diz respeito ao período joanino.

a) Ocupação da Guiana Francesa e da Província Cisplatina e sua incorporação ao
Império Português, como resultado da política externa agressiva adotada por D. João.
b) Abertura dos portos da Colônia às nações aliadas de Portugal, como a Inglaterra, dando início a uma fase de livre-comércio.
c) Ocorreu uma inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede política do império passava do centro para a periferia.
d) Atendeu às exigências do comércio britânico, que conseguiu isenções alfandegárias.
e) Ocorreu a Revolução Pernambucana de 1817, que defendia o separatismo com o governo republicano e a manutenção da escravidão.

resposta da questão 2:[D]
Comentário da questão:
 A abertura dos portos brasileiros não foi acompanhada pelo oferecimento de isenção impostos a Inglaterra. Na verdade, os ingleses foram beneficiados com o pagamento de uma taxa preferencial, menor em relação à de outros países que poderiam comercializar com o Brasil.

3. (PUCSP) Entre os eventos que antecederam a independência política do Brasil e propuseram ou criaram condições para a autonomia, podem-se mencionar

a) as iniciativas da Coroa portuguesa no Brasil, no início do século XIX, como a permissão ao comércio internacional sem mediação da Metrópole e a criação de sistema bancário oficial.
b) as revoltas ocorridas na região das Minas Gerais, no decorrer do século XVIII, com características e projetos, em todos os casos, emancipacionistas e propositores de um Estado brasileiro autônomo.
c) as mudanças ocorridas no cenário europeu, entre o final do século XVIII e o início do XIX, com a ascensão de Napoleão ao trono francês e a conquista, por
suas tropas, de toda a Europa Ocidental e de suas possessões coloniais.
d) as ações de grupos de comerciantes da Colônia, desde o início do século XIX, desejosos de ampliar sua independência comercial e de estabelecer vínculos diretos com países do Ocidente europeu e do Extremo Oriente.
e) as vitórias, no século XVIII, das lutas pela independência nas regiões de colonização espanhola, francesa e inglesa das Américas, gerando um conjunto de impérios autônomos, possíveis parceiros comerciais para o Brasil.


Resposta da questão 3:[A]
Comentário da questão:
 Durante o Período Joanino (1808-1821), o governo português instalado no Brasil adotou diversas medidas que, mais tarde, favoreceriam a existência do Brasil como país independente. A Abertura dos Portos de 1808 (que quebrou o "exclusivo" metropolitano e praticamente pôs fim ao Pacto Colonial) e a criação do Reino Unido (1815) foram, sem dúvida, as iniciativas mais importantes. Mas a criação do Banco do Brasil (também em 1808) deve ser levada em conta.



4. (UTFPR/PR) A transferência da Corte de D. João VI para a colônia portuguesa teve apoio do governo britânico, uma vez que:
a) Portugal negociou o domínio luso na Península Ibérica com a Inglaterra, em troca de proteção estratégica e bélica na longa viagem marítima ao Brasil.
b) Em meio à crescente Revolução Industrial, os negociantes ingleses precisavam expandir seus mercados rumo às Américas, já que o europeu era insuficiente.
c) O bloqueio continental imposto por Napoleão fechou o comércio inglês com o continente europeu; a instalação do governo luso no Brasil propiciou a retomada dos negócios luso-anglicanos.
d) O exército napoleônico invadiu Portugal visando a instituir o regime democrático republicano de paz e comércio, em franca oposição ao expansionismo da monarquia britânica.
e) Os ingleses pretendiam consolidar novos mercados na América Portuguesa, tendo em vistas antigas afinidades socioculturais com os ibéricos.


resposta da questão 4:[C]

5. (UNEMAT/MT) Este ano (2008) a mídia tem tratado, através de várias matérias, das motivações e das decorrências da chegada da família real portuguesa ao Brasil, que completa duzentos anos. Em relação a este importante acontecimento histórico, assinale a alternativa incorreta.
a) A transferência da sede da monarquia portuguesa para o Brasil mudou de modo significativo a fisionomia do Rio de Janeiro, com o incremento de sua vida cultural.
b) Entre outras importantes medidas de caráter econômico, D. João VI revogou os decretos que proibiam a produção de manufaturas no Brasil.
c) Com a abertura dos portos, a França foi beneficiada, pois os seus produtos manufaturados ficaram isentos de taxas de importação.
d) Se a abertura dos portos favoreceu aos exportadores de açúcar e algodão, prejudicou os interesses de comerciantes instalados no Rio de Janeiro.
e) Com a vinda da família real portuguesa, além de artesãos qualificados, deslocaram-se para o Brasil, cientistas e viajantes estrangeiros.

resposta da questão 5:[C]

Justificativa: A abertura dos portos às nações amigas (1808) beneficiou a economia inglesa que pode colocar seus produtos no mercado brasileiro amenizando os impactos comerciais do Bloqueio Continental decretado por Napoleão, na Europa. Em 1810, ocorreu a assinatura do Tratado de Comércio e Navegação, que por sua vez concedeu o privilégio de baixas tarifas alfandegárias aos produtos ingleses (15%). 

6. (UFMT)  Em 2008, foi relembrada e comemorada uma data especialmente importante na história brasileira, os 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil e a consequente transferência da capital do Reino para o Rio de Janeiro. A decisão de D. João VI de abandonar Portugal e vir para o Brasil deveu-se
a) ao expansionismo da Espanha que, sob o reinado de Felipe II, procurava restabelecer a União Ibérica.
b) à expansão francesa e à constituição do Império napoleônico, uma vez que Portugal havia se negado a apoiar o bloqueio continental contra a Inglaterra.
c) à tentativa das Cortes Portuguesas reunidas na cidade do Porto de estabelecerem uma monarquia constitucional em Portugal.
d) aos movimentos de independência que desde a Inconfidência Mineira haviam se multiplicado no Brasil.
e) às riquezas do Brasil que permitiriam sustentar mais facilmente o luxo excessivo da corte portuguesa.


resposta da questão 6:[B]


7. (UFES) No Brasil colonial, noções de medicina e saúde eram estudadas em Colégios da Companhia de Jesus, onde também foram incorporados conhecimentos sobre utilização terapêutica de plantas nativas. Os jesuítas tornaram-se os verdadeiros enfermeiros e médicos da Colônia, somando-se a outros agentes de cura, como físicos, cirurgiões, barbeiros e boticários. Mas as primeiras escolas médicas foram, efetivamente, criadas no Brasil, pelo Príncipe Regente D. João. Foram elas:
a) Escola de Cirurgia da Bahia e Escola Anatômica, Cirúrgica e Médica do Rio de Janeiro, ambas em 1808.
b) Escola de Saúde Joana Angélica, na Bahia, e Escola de Enfermagem Ana Neri, no Rio de Janeiro, ambas em 1810.
c) Escola de Anatomia da Bahia e Escola de Belas Artes e Anatomia, no Rio de Janeiro, ambas em 1816.
d) D) Real Academia de Cirurgia da Bahia e Academia Real de Saúde, Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, ambas em 1821.
e) Escola de Farmácia de Ouro Preto e Escola Politécnica do Rio de Janeiro, ambas em 1870.


resposta da questão 7:[A]


8. (PUC-MG) O mapa a seguir mostra a Europa Ocidental nos anos iniciais do século XIX. 

A situação assinalada resultou na vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, em 1808. Portanto, o mapa retrata:
a) O Tratado de Comércio e Navegação, assinado entre D. João e Lord Strangford, que garantia liberdade comercial para ingleses e portugueses.
b) O Tratado de Fontainebleau, assinado por França e Espanha, que supunha a invasão de Portugal e divisão de suas colônias.
c) A Convenção Secreta, acordo entre Inglaterra e Portugal, que determinava a defesa marítima dos lusitanos pelos ingleses.
d) o Bloqueio Continental determinado por Napoleão Bonaparte, que proibia os países europeus de comercializarem com os ingleses.

resposta da questão 8:[D]
Comentário da questão:
Observando bem o mapa tem-se claro que é a Europa com destaque para a parte ocidental. Deve-se perceber uma linha em negro isolando a Inglaterra. Essa linha foi embargo proposto pela França, que na época era governada por Napoleão Bonaparte, que visava arruinar a economia britânica. Portanto a resposta correta é a LETRA D.

9. (FUVEST) Em novembro de 1807, a família real portuguesa deixou Lisboa e, em março de 1808, chegou ao Rio de Janeiro. O acontecimento pode ser visto como
a) incapacidade dos Braganças de resistirem à pressão da Espanha para impedir a anexação de Portugal.
b) ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona Maria I.
c) execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português, invocado em épocas de crise.
d) culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de Portugal com relação à guerra anglo-francesa.
e) exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro cônsul da França.



resposta da questão 9: [C]

10. (PITÁGORAS) “D. João sabia que ele e Portugal estavam numa enorme encrenca. Ou cedia a Napoleão e aderia ao Bloqueio Continental, ou aceitava a oferta dos aliados ingleses, que garantiam proteger o rei na viagem para o Brasil, levando junto a família real, a maior parte da nobreza, seus tesouros e todo aparato do Estado.
Aparentemente, era uma oferta generosa. Na prática, tratava-se de uma chantagem. Se o príncipe regente ficasse do lado de Napoleão, os ingleses não só bombardeariam Lisboa e sequestrariam a frota portuguesa, como muito provavelmente tomariam suas colônias ultramarinas, das quais o país dependia para sobreviver”.
GOMES, Laurentino.1808. São Paulo, Ed. Planeta do Brasil, 2008

O Bloqueio Continental decretado por Napoleão tinha por OBJETIVO
A) enfraquecer a Inglaterra economicamente para depois vencê-la militarmente.
B) fortalecer o comércio externo francês colocando fim ao mercantilismo.
C) enfraquecer o comércio externo português para fortalecer a economia francesa.
D) fortalecer as economias Ibéricas tornando estes países aliados da França.
E) implantar o Liberalismo Econômico nos países aliados da França.




resposta da questão 10: [A]


12. (PITÁGORAS) As pressões inglesas bem como seu apoio para a transferência da Corte portuguesa para o Brasil OBJETIVAVAM:
A) Saquear Portugal, aproveitando da ausência do governo e da insatisfação popular.
B) Apoderar-se das colônias portuguesas no além mar abandonadas à própria sorte.
C) Estabelecer relações comerciais com a colônia brasileira a partir do fim do exclusivo colonial.
D) Restabelecer o comércio das especiarias com as Índias a muito abandonado por Portugal.
E) Resgatar a economia açucareira brasileira e monopolizar seu rendoso comércio na Europa.




resposta da questão 11: [C]

12. (PITÁGORAS) Observe a charge abaixo.




(Fonte: NOVAES, Carlos Eduardo & LOBO, César. História do Brasil para principiantes. São Paulo, Ática, 1998.)

A charge SATIRIZA

A) o estabelecimento de casas comerciais inglesas no Brasil.
B) a procura de produtos ingleses pela população devido aos baixos preços.
C) o incremento do comércio de produtos brasileiros devido ao desenvolvimento industrial.
D) a entrada maciça de produtos ingleses no Brasil após a assinatura do Tratado de 1810.
E) a política protecionista adotada por D.João VI através da concessão de privilégios aos produtos portugueses.

resposta da questão 12: [D]

13. (PITÁGORAS) Com a chegada da família real o país virou o centro do império português. Ele passou a não ser uma simples colônia. Os impostos ficavam no Brasil não eram enviados à Portugal.Do ponto de vista cultural, o Brasil também saiu ganhando com algumas medidas tomadas por D. João. O rei trouxe a Missão Francesa para o Brasil, estimulando o desenvolvimento das artes e das ciências em nosso país.
Assinale a alternativa que NÃO faz parte das medidas culturais adotadas por D. João VI.
A) Criação do Jardim botânico.
B) Fundação da Biblioteca Real.
C) Fundação da Academia de Belas Artes.
D) Criação do Museu Nacional
E) Fundação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

resposta da questão 13: [E]
A Universidade Federal do Rio de Janeiro, antiga Universidade do Brasil fora criada durante a Era Vargas (1930-1945).

14. (PITÁGORAS) Em minha passagem de bonde por várias ruas da cidade, e de carro por outras, notei desde logo a profunda diferença que ela apresenta em relação ao tempo de minha residência aqui: o seu aspecto é sem dúvida bem outro. O que, porém, mais atraiu minha atenção foi o movimento e a animação, a vida da cidade, fato inteiramente novo para mim; quando daqui retirei-me, as ruas eram pouco frequentadas, salvo nos dias de festas; as famílias só saíam a visitas, e com o chefe da casa ao lado; não havia em geral hábitos de passeios, nem por diversão ao espírito, nem por necessidade higiênica.

As Transformações urbanas ocorridas nas principais cidades brasileiras, sobretudo, no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XIX, foram reflexos:

A) Da transferência da Corte para o Brasil em 1808.
B) Da vinda da missão cultural francesa ao Brasil no ano de 1816.
C) Da elevação do Brasil à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves.
D) Da transferência da Capital de Salvador para o Rio de Janeiro.
E) Da vinda dos imigrantes europeus para as grandes cidades brasileiras.

resposta da questão 14: [A]

15. (UNICAMP 2009) Sobre a transferência da Corte de D. João VI para o Brasil, o historiador Kenneth Maxwell afirma: Novas instituições foram criadas pela coroa portuguesa, e a maioria delas foi estabelecida no Rio de Janeiro, que, assim, assumiu um papel centralizador dentro de uma América portuguesa que antes era muito fragmentada no sentido administrativo. Houve resistência a isso, principalmente em Pernambuco, em 1817. Mas, no final, o poder central foi mantido.
(Adaptado de Kenneth Maxwell, “Para Maxwell, país não permite leituras convencionais”. Entrevista concedida a Marcos Strecker. Folha de São Paulo, 25/11/2007, Mais, p. 5.)

a) Segundo o texto, QUAIS as mudanças suscitadas pela transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808?

b) EXPLIQUE os objetivos do movimento de Pernambuco em 1817.



resposta da questão 15:
a) O estabelecimento da Corte Lusitana no Brasil, a partir de 1808, exigiu a criação de órgãos político-administrativos, como ministérios, a imprensa oficial, o Banco do Brasil, a Casa da Moeda e outros. Esse processo representou a constituição de um aparelho de Estado central que assumiu relevante papel na independência concretizada em 1822. 

b) A chamada Revolução Pernambucana de 1817 levantou os setores liberais mais radicais, entre civis e militares, com o intuito de romper o domínio colonial português e estabelecer uma república federativa no país segundo o modelo norte-americano de Estado livre vigente desde 1776.


16. (PUC-RJ) "O Rio de Janeiro é a capital do Brasil há bastante tempo, muito antes de a família real deixar Lisboa. Traçarei uma breve descrição dessa cidade a partir do que pude apurar durante a minha estada. [...] O comércio [...] progrediu muito depois que a cidade tornou-se residência real [...] Os ingleses têm aberto muitos cafés no Rio de Janeiro, uma novidade, que tenho certeza, será bem acolhida. De fato, desde março de 1808, toda a cidade vem passando por transformações e recebendo melhorias.
Conde Thomas O Neill, 1809. Apud Jean Marcel Carvalho França. "Outras visões do Rio de Janeiro Colonial - Antologia de Textos". Rio de Janeiro, José Olympio, 2000. Pp: 310-320.

A descrição do inglês Thomas O Neill destaca algumas das transformações ocorridas desde a chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro no ano de 1808.
a) Explique por que, a partir da abertura dos portos (1808), ocorreu a preponderância dos ingleses nas transações comerciais com o Brasil.



b) Cite duas transformações culturais ocorridas na cidade do Rio de Janeiro durante o Período Joanino (1808-1821).


resposta da questão 16:
a) Ao decretar a abertura dos portos brasileiros às “nações amigas” em 1808 D. João VI estava beneficiando, sobretudo, a Inglaterra, então, em plena Revolução Industrial, e o principal país que mantinha relações amigáveis com Portugal. A partir dessa data, os produtos manufaturados ingleses começaram a entrar no Brasil, sendo que a ampliação do controle do mercado colonial seria conseguida, anos mais tarde, com a assinatura do Tratado de Comércio e Navegação em fevereiro de 1810. Esse Tratado garantia à Inglaterra a taxação privilegiada de 15% de impostos sobre os seus produtos vendidos no Brasil, enquanto que as mercadorias portuguesas pagariam 16% e as dos demais países, 24%.


b) Durante a permanência da corte joanina no Brasil (1808-1821) o Rio de Janeiro passou por uma série de transformações culturais dentre as quais podemos citar:
- A criação do Jardim Botânico;
- A escola de medicina do Rio de Janeiro;
- O Teatro Real;
- A Imprensa Real;
- A Academia Real de Belas Artes,
- A Biblioteca Real.

17. (PITÁGORAS) Leia o texto a seguir.
Concebida, desde o século XVII, como solução de emergência em situações de crise, a mudança da Corte para a América voltou a ser considerada pelo anglófilo Rodrigo de Souza Coutinho às vésperas de sua demissão da pasta de secretário da Marinha e Ultramar; em 1803, mas somente entrou na pauta governamental do dia quando sucessivas ameaças da França evidenciaram, a partir de 1807, a iminência da invasão de Portugal pelas tropas napoleônicas. Convencido de que a integridade da monarquia somente estaria assegurada por meio da preservação dos domínios americanos, cujos recursos naturais e humanos superavam os do reino, D. João e a Corte partiram de Lisboa em 29 de novembro de 1807, compondo uma comitiva de 15 mil pessoas, incluindo apenas uma pequena parte da alta nobreza lusitana.
VAINFAS, Ronaldo. (ORG) Transmigração da Corte. ln Dicionário do Brasil colonial. Rio de Janeiro: Objetiva. 2000. p. 557.
Marque a alternativa que corresponde a um fator determinante para a transferência da Corte portuguesa para o Brasil e que tenha sido evidenciado pelo texto acima.

A) A necessidade de impedir a prática do contrabando e da corrupção, presentes no Brasil desde o início da colonização.
B) A necessidade de melhorar e modernizar as estruturas políticas e econômicas do Brasil para evitar o surgimento de movimentos emancipacionista.
C) A não-adesão de Portugal à política napoleônica que resultou na invasão do país por tropas francesas.
D) A aliança com a Inglaterra como forma de evitar o êxito dos planos de Napoleão Bonaparte na Europa e nas Américas.



resposta da questão 17: [C]

(PITÁGORAS) Responder às questões 18 e 19 a partir dos dados da tabela abaixo.
 

18. EXPLIQUE porque até o ano 1808 não temos a entrada de navios estrangeiros no Brasil.


resposta da questão 18:
Até 1808, a colônia brasileira não podia receber navios ou produtos que não fossem de Portugal, pois aqui funcionava o Pacto Colonial e o exclusivo metropolitano que proibia o Brasil de estabelecer relações comerciais com outros países além de Portugal.

19. DETERMINE e EXPLIQUE o fato histórico que colaborou para entrada de navios estrangeiros no Brasil a partir de 1808.


resposta da questão 19:
A Abertura dos portos brasileiro às nações amigas (1808) que estabeleceu o fim do monopólio comercial português no Brasil, dando início ao livre comércio.

20. (PITÁGORAS) As constantes denúncias de que uma rebelião estava sendo tramada levaram o governador de Pernambuco a ordenar a prisão de alguns membros da Maçonaria. Esse fato precipitou a ação dos revoltosos. Em março de 1817, começou a revolta. Os líderes prenderam o governador e instalaram um governo provisório revolucionário.
A respeito da Revolução Pernambucana, considera-se como VERDADEIRA a seguinte afirmação:
A) O movimento foi motivado pela insatisfação dos pernambucanos devido à crise econômica e aos altos impostos instituídos por D. João VI.
D) O movimento foi apoiado pelas elites mineiras, insatisfeitas com a decadência da mineração e cobranças de abusivos impostos.
C) Os pernambucanos defendiam a adoção de uma monarquia centralizada como forma de moralizar a administração pública e contornar a crise econômica.
D) Os revolucionários exigiam o retorno imediato de D. João VI a Portugal e a anulação do Tratado de 1810 com a Inglaterra.


resposta da questão 20: [A]


21. (PITÁGORAS) Essa situação, estimulada pela Revolução Liberal na vizinha Espanha, levou à convocação das cortes em Lisboa, em 1820. Imediatamente, os líderes do movimento formaram um governo provisório que convocou uma Assembléia Constituinte (as Cortes Gerais) para a elaboração de uma constituição para o reino. Se a nova Constituição assumia uma atitude liberal em Portugal, o mesmo não acontecia em relação ao Brasil, pois as medidas das Cortes de Lisboa buscavam anular todas as medidas liberais adotadas pelo príncipe regente, a partir de 1808.  
ANASTASIA, Carla Maria Junho. Coleção Pitágoras , 1ª série , História Ensino Médio

Analisando o texto, podemos CONCLUIR que a Revolução do Porto objetivava:
A) O retorno da Corte e o restabelecimento do absolutismo português.
B) A recolonização do Brasil e o restabelecimento do Pacto Colonial.
C) O rompimento das relações diplomáticas e comerciais com a Inglaterra.
D) O restabelecimento das relações diplomáticas e comerciais com a Espanha.
E) O fim do colonialismo português na América e a defesa do liberalismo político.




resposta da questão 21: [B]

22. (PITÁGORAS) Leia os texto abaixo.
Texto 1
“A situação da Europa, na passagem do século XVIII para o XIX, era crítica. Napoleão Bonaparte havia chegado ao poder da França e adotava uma política expansionista no continente europeu. Sua política entrou em choque com a Inglaterra, que até então exercia um papel dominante na Europa Ocidental. França e Inglaterra disputavam o controle dos países do continente europeu. (...) Napoleão visando enfraquecer a Inglaterra, decretou o Bloqueio continental, que proibia aos países do continente europeu comercializarem com a Inglaterra.”
Texto 2
"Não corram tanto! Vão pensar que estamos fugindo!'
(Frase atribuída a D. Maria I, a Louca, quando a família real portuguesa se retirava de Lisboa para o Brasil, em 1807. "Nossa História". Rio de Janeiro, a. 1, n. 2, dez. 2003)

ESTABELEÇA a relação entre o texto 1 e o texto 2.

resposta da questão 22:
A decretação do Bloqueio Continental, a invasão francesa em Portugal e a fuga da família real portuguesa para o Brasil.


23. (Uerj 2010) O enriquecimento da vida cultural do Rio de Janeiro, e até mesmo do país, após 1808, decorreu, sobretudo, das necessidades da elite dominante. No ambiente acanhado da sociedade americana, a novidade dos procedimentos característicos do círculo real exerceram extraordinário fascínio, produzindo um poderoso efeito “civilizador” em relação à cidade. Em contrapartida, a Coroa não deixou de adotar também medidas de controle mais eficientes. Após a tormenta da Revolução Francesa e ainda vivendo o turbilhão do período napoleônico, era o medo dos princípios difundidos pelo século das Luzes, especialmente as “perniciosas” ideias francesas, que ditava essas cautelas.
LÚCIA M. P. DAS NEVES E HUMBERTO F. MACHADO Adaptado de O império do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

O texto aborda um duplo movimento provocado pela presença da Corte portuguesa no Brasil: o estímulo às atividades culturais na colônia e, ao mesmo tempo, o controle conservador sobre essas atividades.
Indique duas ações da Coroa que enriqueceram a vida cultural da cidade do Rio de Janeiro.
Explique, ainda, como o Estado português exercia controle sobre as atividades culturais.



resposta da questão 23:
Órgãos do Estado português, agora sediados no Brasil, exerciam a função de fiscalizar e censurar todos os impressos, inclusive os importados, que aqui fossem publicados sob a justificativa de cuidar da moral, da religião e dos bons costumes.
Duas das ações:
• criação da Imprensa Régia
• contratação da Missão Artística Francesa
• fundação do futuro Jardim Botânico (Real Horto)
• fundação da futura Biblioteca Nacional (Real Biblioteca)
• publicação de jornais, periódicos e obras de caráter científico com o aval da Imprensa Régia.


24. (Unesp) Em março de 1808, a corte portuguesa desembarcou na cidade do Rio de Janeiro, que se tornou a capital do império português.
a) Por que a família real teve que abandonar Portugal?
b) Cite duas conseqüências, de ordem cultural, decorrentes da presença dos Bragança no Rio de Janeiro.

resposta da questão 24:
a) A vinda da família real ocorreu a partir do contexto internacional com a invasão das tropas napoleônicas a Portugal. Para não se submeter aos invasores franceses, a Corte foi transferida para o Brasil.

b) A Coroa portuguesa efetivou uma série de transformações culturais que foram desde a instalação da Imprensa Régia, a fundação de cursos superiores de Medicina e de escolas de formação de oficiais militares, a criação do Jardim Botânico e da Biblioteca Real, e a vinda da missão artística francesa, a partir de 1816, dentre outras.





25. (PUC RJ 2008) A imagem a seguir, do pintor Jean Baptiste Debret, intitulada "Um funcionário do governo sai a passeio com a família", constitui um registro do cotidiano daqueles que habitavam o Rio de Janeiro no tempo do governo joanino (1808-1821). 



A partir da observação da gravura e de seus conhecimentos sobre o período: 

a) APRESENTE dois elementos que identificam a posição dos diferentes grupos sociais na hierarquia da sociedade da época. JUSTIFIQUE.   



b) EXPLIQUE por que durante o governo de D. João VI o Rio de Janeiro passou a ser identificado como "nova Lisboa".   


resposta da questão 25: 

 a) O pai (branco) à frente dos demais membros da família simboliza a autoridade e o poder dos homens sobre as mulheres na sociedade da época. O lugar ocupado pela dona de casa (branca) na fila, atrás dos filhos - fossem esses meninos ou meninas - e à frente dos escravos, evidencia, respectivamente, seu papel de mãe dos filhos do marido e de administradora de um lar extenso. A mulher branca exercia, portanto, o domínio sobre os escravos e as escravas no espaço da casa. As redes de poder e hierarquia envolvendo a própria comunidade negra também são perceptíveis na imagem: os escravos(as) que aparecem com melhores vestimentas provavelmente desfrutavam uma posição vantajosa em relação aos seus pares na hierarquia social. Os pés descalços marcam a condição de escravo, diferenciando-os dos libertos e dos livres. 

b) O governo de D. João VI proporcionou uma série de melhorias na cidade do Rio de Janeiro e beneficiou os grandes proprietários e comerciantes das capitanias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais que, por estarem próximos da Corte, desfrutavam de privilégios, proteção e prestígio social. A política joanina gerou um aumento significativo dos impostos para a manutenção da Corte na cidade do Rio de Janeiro, que passou a ser identificada como "nova Lisboa", sobretudo por aqueles que habitavam as demais regiões do Brasil. Comentava-se que o Rio de Janeiro passara a sediar grupos que defendiam os interesses "portugueses" oprimindo os "brasileiros" do restante do país. Sendo assim, o domínio político da colônia passara de Lisboa para o Rio de Janeiro. A Revolução Pernambucana de 1817 constitui um exemplo de tal insatisfação.   






16 comentários:

  1. Porque a 1 tem 2 respostas?
    A certa seria a B
    ;)

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  2. Por que a questão 5 a resposta é B.
    O enunciado quer a INCORRETA, que seria a letra C. Quando diz que a frança teve isenção, nem a Inglaterra teve, so redução não ISENÇÃO.
    Vejai pois tenho que aprender certo para o concurso.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Verdade, você está correto. A alternativa incorreta é a C.
      C) Coma a abertura dos portos, a França foi beneficiada, pois os seus produtos manufaturados ficaram isentos de taxas de importação.

      Justificativa:
      A abertura dos portos às nações amigas (1808) beneficiou a economia inglesa que pode colocar seus produtos no mercado brasileiro amenizando os impactos comerciais do Bloqueio Continental decretado por Napoleão, na Europa. Em 1810, ocorreu a assinatura do Tratado de Comércio e Navegação, que por sua vez concedeu o privilégio de baixas tarifas alfandegárias aos produtos ingleses (15%).

      Obrigado pelo comentário.
      Bons estudos.

      Atenciosamente
      Edenilson Morais

      Excluir
  3. tem justificativa para a questão número 4?

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  4. Questão 5 está errada a resposta incorreta é a letra C.... Não houve isenção de taxas alfandegárias, além do mais quem recebeu uma beneficiação nas taxas foi a Inglaterra não a França.

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  5. Quanto a questão 10, a resposta é 0??? É isso mesmo? Acho que vocês se equivocaram! Abç

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  6. Quanto a questão 10, a resposta é 0??? É isso mesmo? Acho que vocês se equivocaram!Abç

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  7. Desculpe acho que mandei no blog errado, não era esse!Abç

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  9. Questão 2) a alternativa E não estaria errada tbm? a revolução pernambucana não defendia separatismo com o governo republicano, pois nem existia república

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  10. Professor muito obrigado pelas questões.

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  11. Otimas questões! Fortalece a consolidação dos conhecimentos.

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  12. Ótimo trabalho! Questões excelentes na qual se inserem no quadro real do que é cobrado pelas provas! Grata!

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