quarta-feira, 3 de abril de 2013

Avaliação de História P2 do Primeiro Bimestre

Confira a correção da avaliação de História do Primeiro Bimestre (Terceiro Ano)


1. (Uerj 2008)  A União Europeia dá continuidade ao seu processo de ampliação. Com o ingresso da Bulgária e Romênia em 2007, o bloco passa a contar com 27 países-membros.
            (www.dw-world.de)

Vem de longe o esforço europeu para desenvolver  estratégias que garantam a paz e o equilíbrio entre as nações que formam o continente. No século XIX, por exemplo, a tentativa realizada pelas nações participantes do Congresso de Viena (1814-1815) foi rompida com a unificação alemã, fruto da política empreendida por Bismarck.
Apresente dois objetivos do Congresso de Viena e um efeito da unificação alemã sobre as relações políticas europeias estabelecidas na época.
  



resposta da questão 1:
 Dois dos objetivos:
- redefinir o mapa europeu a partir dos princípios de legitimidade e das compensações
- restaurar o Antigo Regime
- impedir o retorno de Napoleão Bonaparte ao trono francês
- impedir o avanço das ideias liberais no continente
- construir uma política de intervenções militares para sufocar movimentos revolucionários liberais e/ou nacionalistas

Um dos efeitos:
- rompimento do mapa estabelecido pelo Congresso de Viena
- formação de alianças políticas bilaterais e trilaterais com claúsulas militares secretas
- estímulo à corrida armamentista - "Paz Armada"
- surgimento do revanchismo francês
- estabelecimento do Estado alemão como peça fundamental no equilíbrio de poder do continente europeu. 



2. (Uerj) A partir dos anos de 1848/1850, o panorama político europeu foi caracterizado pelo processo de construção do Reino da Itália e de formação do Império Alemão.

 



 Comparando os dois processos de unificação, descreva a participação dos setores populares em cada um deles.






resposta:

Na Itália, o processo de unificação contou com o apoio dos setores populares rurais e urbanos.Na Alemanha, o processo realizou-se a partir do Estado, que tomou a iniciativa de transformar a unificação no processo de modernização, sem contar com o apoio das camadas populares.





3. (Unicamp 1996)  A Unificação Italiana mesclou as lutas nacionais com as reivindicações dos camponeses que queriam o fim do laço de servidão e o acesso à terra. Mas essas reivindicações não foram atendidas.



a) De que forma a unificação beneficiou a população do norte da Itália em detrimento dos camponeses do sul?



b) Quais as consequência sociais do aumento da miséria entre os camponeses italianos do sul?




Resposta da questão 3:





 a) O norte liderou a unificação a partir de uma monarquia liberal industrializando-se com mão de obra barata do sul.



b) Êxodo rural. Muitos desempregados emigraram para as Américas.  




4. (Fuvest 95) "Fizemos a Itália, agora temos que fazer os italianos".

"Ao invés da Prússia se fundir na Alemanha, a Alemanha se fundiu na Prússia".

Estas frases, sobre as unificações italiana e alemã:

a) aludem às diferenças que as marcaram, pois, enquanto a alemã foi feita em benefício da Prússia, a italiana, como demostra a escolha de Roma para capital, contemplou

todas as regiões.

b) apontam para as suas semelhanças, isto é, para o caráter autoritário e incompleto de ambas, decorrentes do passado fascista, no caso italiano, e nazista, no alemão.

c) chamam a atenção para o caráter unilateral e autoritário das duas unificações, imposta pelo Piemonte, na Itália, e pela Prússia, na Alemanha.

d) escondem suas naturezas contrastantes, pois a alemã foi autoritária e aristocrática e a italiana foi democrática e popular.

e) tratam da unificação da Itália e da Alemanha, mas nada sugerem quanto ao caráter impositivo de processo liderado por Cavour, na Itália, e por Bismarck, na Ale manha.






Resposta: [C]



5. (Uerj) O dia 12 de setembro de 1990 marcou o fim da Segunda Guerra Mundial: a Alemanha, vencida há quarenta e cinco anos, dividida e colocada sob a tutela de seus vencedores, encontrou através de sua unificação a sua soberania plena e completa. A última unidade alemã tinha sido proclamada em 1871, na galeria dos espelhos do palácio de Versalhes, depois de uma guerra vitoriosa contra a França.

("Adaptado de Le Monde", 13/09/90)



As conjunturas históricas indicadas no texto acima representam aspectos diferenciados. Os dois momentos de unificação, no entanto, transformaram a Alemanha em:

a) um Estado unitário, com uma representação classista de deputados

b) uma potência central, com um papel decisivo no equilíbrio de poder europeu

c) uma república federal, com um regime parlamentar e uma constituição liberal

d) uma nação democrática, com suas instituições liberais ampliadas do oeste para o leste





resposta:[B]




6. (Unicamp)  No Brasil, costumam dizer que para os escravos são necessários três PPP, a saber, "pau", "pão" e "pano". E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo.
(André João Antonil, "Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas", 1711)

a) Qual a crítica ao sistema escravista feita pelo autor do trecho apresentado?

b) Indique dois motivos que explicam a introdução da escravidão negra na porção americana do Império português.







resposta:

a) A forma violenta em que eram tratados, a miséria em que viviam, as más condições de vida (vestuário, alimentação, entre outras).

b) Falta de mão-de-obra portuguesa, além dos lucros que o tráfico negreiro trazia ás metrópoles.





7. (ENEM)



O tráfico de escravos em direção à Bahia pode ser dividido em quatro períodos:



1º – O ciclo da Guiné durante a segunda metade do século XVI;

2º – O ciclo de Angola e do Congo no século XVII;

3º – O ciclo da Costa da Mina durante os três primeiros quartos do século XVIII;

4º – O ciclo da Baía de Benin entre 1770 e 1850, estando incluído aí o período do tráfico clandestino.



A chegada dos daomeanos (jejes) ocorreu nos dois últimos períodos. A dos nagô-iorubás corresponde, sobretudo, ao último. A forte predominância dos iorubás na Bahia, de seus usos e costumes, seria explicável pela vinda maciça desse povo no último dos ciclos.



VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o golfo do Benin e a Bahia de Todos os Santos: dos séculos XVII a XIX. Tradução de Tasso Gadzanis. São Paulo: Corrupio, 1987. p. 9. (com adaptações).



Os diferentes ciclos do tráfico de escravos da costa africana para a Bahia, no Brasil, indicam que:



a) o início da escravidão no Brasil data do século XVI, quando foram trazidos para o Nordeste os chamados “negros da Guiné”, especialistas na extração de ouro.

b) a diversidade das origens e dos costumes de cada nação africana é impossível de ser identificada, uma vez que a escravidão moldou os grupos envolvidos em um processo cultural comum.

c) os ciclos correspondentes a cada período do tráfico de diferentes nações africanas para a Bahia estão relacionados aos distintos portos de comercialização de escravos.

d) o tráfico de escravos jejes  para a Bahia, durante o ciclo da Baía de Benin, ocorreu de forma mais intensa a partir do final do século XVII até a segunda metade do século XVIII.

e) a escravidão nessa província se estendeu do século XVI até o início do século XVIII, diferentemente do que ocorreu em outras regiões do País.



Resposta: [C] 



8. (ENEM) A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo histórico que começa com o descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e de seus povos. K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no Brasil.

In: "Diversidade na educação: reflexões e experiências". Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37. Com relação ao assunto tratado no texto, é correto afirmar que

a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao descobrimento desse continente.

b) a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a desenvolverem esse continente.

c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil.

d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão européia do início da Idade Moderna.

e) a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre esse continente e a Europa.





resposta:[D]




9. (ENEM) Os tropeiros foram figuras decisivas na formação de vilarejos e cidades do Brasil colonial. A palavra tropeiro vem de “tropa” que, no passado, se referia ao conjunto de homens que transportava gado e mercadoria. Por volta do século XVIII, muita coisa era levada de um lugar a outro no lombo de mulas. O tropeirismo acabou associado à atividade mineradora, cujo auge foi a exploração de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Goiás. A extração de pedras preciosas também atraiu grandes contigentes populacionais para as novas áreas e, por isso, era cada vez mais necessário dispor de alimentos e produtos básicos. A alimentação dos tropeiros era constituída por toucinho, feijão preto, farinha, pimenta-do-reino, café, fubá e coité (um molho de vinagre com fruto cáustico espremido). Nos pousos, os tropeiros comiam feijão quase sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que era servido com farofa e couve picada. O feijão tropeiro é um dos pratos típicos da cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos cozinheiros das tropas que conduziam o gado.

Disponível em: http://www.tribunadoplanalto.com.br. Acesso em: 27 nov. 2008.



A criação do feijão tropeiro na culinária brasileira está relacionada à


A) atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam nas minas.

B) atividade culinária exercida pelos moradores cozinheiros que viviam nas regiões das minas.

C) atividade mercantil exercida pelos homens que transportavam gado e mercadoria.

D) atividade agropecuária exercida pelos tropeiros que necessitavam dispor de alimentos.

E) atividade mineradora exercida pelos tropeiros no auge da exploração do ouro.





Resolução:[C]

Os tropeiros do século XVIII percorriam longas distâncias transportando gado e mercadorias, principalmente para as regiões de mineração. Sua alimentação, portanto, deveria constituir-se de gêneros que não se estragassem com facilidade, como feijão preto, farinha, pedaços de carne de sol e toucinho. 




10. (Unicamp-SP) No Brasil colonial, além da produção açucareira escravista, o historiador Caio Prado Junior (em Formação do Brasil Contemporâneo) enumera outras atividades econômicas importantes como, por exemplo, a mineração do século XVIII, que era também uma atividade voltada para o comércio externo.


a) Caracterize a mineração no século XVIII em termos de região geográfica, organização do trabalho e desenvolvimento urbano.



b) Cite e caracterize duas outras atividades econômicas do Brasil colonial que não eram voltadas para o comércio externo.



Resposta: 

a) Nas Minas Gerais e no Centro-Oeste é que se desenvolveu a mineração, apoiada sobretudo no trabalho escravo mas também em modalidades de trabalho livre. A população numerosa demandava grande quantidade de produtos e serviços permitindo o intenso desenvolvimento de atividades comerciais e urbanas.



b) A agricultura de subsistência e a pecuária que abastecia os centros urbanos com o fornecimento de carne e de animais empregados para o transporte e a agricultura de subsistência.



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