1. (Uerj 2008) A
União Europeia dá continuidade ao seu processo de ampliação. Com o ingresso da
Bulgária e Romênia em 2007, o bloco passa a contar com 27 países-membros.
(www.dw-world.de)
Vem de longe o esforço europeu para desenvolver estratégias que garantam a paz e o equilíbrio
entre as nações que formam o continente. No século XIX, por exemplo, a tentativa
realizada pelas nações participantes do Congresso de Viena (1814-1815) foi
rompida com a unificação alemã, fruto da política empreendida por Bismarck.
Apresente dois objetivos do Congresso de Viena e um efeito
da unificação alemã sobre as relações políticas europeias estabelecidas na
época.
resposta da questão 1:
Dois dos objetivos:
- redefinir o mapa europeu a partir dos princípios de
legitimidade e das compensações
- restaurar o Antigo Regime
- impedir o retorno de Napoleão Bonaparte ao trono francês
- impedir o avanço das ideias liberais no continente
- construir uma política de intervenções militares para
sufocar movimentos revolucionários liberais e/ou nacionalistas
Um dos efeitos:
- rompimento do mapa estabelecido pelo Congresso de Viena
- formação de alianças políticas bilaterais e trilaterais
com claúsulas militares secretas
- estímulo à corrida armamentista - "Paz Armada"
- surgimento do revanchismo francês
- estabelecimento do Estado alemão como peça fundamental no
equilíbrio de poder do continente europeu.
2. (Uerj) A partir dos anos de 1848/1850, o panorama
político europeu foi caracterizado pelo processo de construção do Reino da
Itália e de formação do Império Alemão.
Comparando os dois
processos de unificação, descreva a participação dos setores populares em cada
um deles.
resposta:
Na Itália, o processo de unificação contou com o apoio dos
setores populares rurais e urbanos.Na Alemanha, o processo realizou-se a partir
do Estado, que tomou a iniciativa de transformar a unificação no processo de
modernização, sem contar com o apoio das camadas populares.
3. (Unicamp 1996) A Unificação Italiana mesclou as lutas
nacionais com as reivindicações dos camponeses que queriam o fim do laço de
servidão e o acesso à terra. Mas essas reivindicações não foram atendidas.
a) De que forma a unificação
beneficiou a população do norte da Itália em detrimento dos camponeses do sul?
b) Quais as consequência sociais
do aumento da miséria entre os camponeses italianos do sul?
Resposta da questão 3:
a) O norte liderou a unificação a partir de
uma monarquia liberal industrializando-se com mão de obra barata do sul.
b) Êxodo rural. Muitos
desempregados emigraram para as Américas.
4. (Fuvest 95) "Fizemos a
Itália, agora temos que fazer os italianos".
"Ao invés da Prússia se fundir
na Alemanha, a Alemanha se fundiu na Prússia".
Estas frases, sobre as
unificações italiana e alemã:
a) aludem às diferenças que as
marcaram, pois, enquanto a alemã foi feita em benefício da Prússia, a italiana,
como demostra a escolha de Roma para capital, contemplou
todas as regiões.
b) apontam para as suas
semelhanças, isto é, para o caráter autoritário e incompleto de ambas, decorrentes
do passado fascista, no caso italiano, e nazista, no alemão.
c) chamam a atenção para o
caráter unilateral e autoritário das duas unificações, imposta pelo Piemonte, na
Itália, e pela Prússia, na Alemanha.
d) escondem suas naturezas contrastantes,
pois a alemã foi autoritária e aristocrática e a italiana foi democrática e popular.
e) tratam da unificação da Itália
e da Alemanha, mas nada sugerem quanto ao caráter impositivo de processo
liderado por Cavour, na Itália, e por Bismarck, na Ale manha.
Resposta: [C]
5. (Uerj) O dia 12 de setembro de
1990 marcou o fim da Segunda Guerra Mundial: a Alemanha, vencida há quarenta e
cinco anos, dividida e colocada sob a tutela de seus vencedores, encontrou
através de sua unificação a sua soberania plena e completa. A última unidade
alemã tinha sido proclamada em 1871, na galeria dos espelhos do palácio de
Versalhes, depois de uma guerra vitoriosa contra a França.
("Adaptado de Le
Monde", 13/09/90)
As conjunturas históricas
indicadas no texto acima representam aspectos diferenciados. Os dois momentos
de unificação, no entanto, transformaram a Alemanha em:
a) um Estado unitário, com uma
representação classista de deputados
b) uma potência central, com um
papel decisivo no equilíbrio de poder europeu
c) uma república federal, com um
regime parlamentar e uma constituição liberal
d) uma nação democrática, com
suas instituições liberais ampliadas do oeste para o leste
resposta:[B]
6. (Unicamp) No Brasil, costumam
dizer que para os escravos são necessários três PPP, a saber, "pau", "pão"
e "pano". E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o
pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir como
muitas vezes é o castigo.
(André João Antonil, "Cultura e opulência do Brasil por
suas drogas e minas", 1711)
a) Qual a crítica ao sistema escravista feita pelo autor do
trecho apresentado?
b) Indique dois motivos que explicam a introdução da
escravidão negra na porção americana do Império português.
resposta:
a) A forma violenta em que eram tratados, a miséria em que
viviam, as más condições de vida (vestuário, alimentação, entre outras).
b) Falta de mão-de-obra portuguesa, além dos lucros que o
tráfico negreiro trazia ás metrópoles.
7. (ENEM)
O tráfico de escravos em direção
à Bahia pode ser dividido em quatro períodos:
1º – O ciclo da Guiné durante a
segunda metade do século XVI;
2º – O ciclo de Angola e do Congo
no século XVII;
3º – O ciclo da Costa da Mina
durante os três primeiros quartos do século XVIII;
4º – O ciclo da Baía de Benin
entre 1770 e 1850, estando incluído aí o período do tráfico clandestino.
A chegada dos daomeanos (jejes) ocorreu
nos dois últimos períodos. A dos nagô-iorubás corresponde, sobretudo, ao último.
A forte predominância dos iorubás na Bahia, de seus usos e costumes, seria
explicável pela vinda maciça desse povo no último dos ciclos.
VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo
do tráfico de escravos entre o golfo do Benin e a Bahia de Todos os Santos: dos
séculos XVII a XIX. Tradução de Tasso Gadzanis. São Paulo: Corrupio, 1987. p. 9.
(com adaptações).
Os diferentes ciclos do tráfico
de escravos da costa africana para a Bahia, no Brasil, indicam que:
a) o início da escravidão no
Brasil data do século XVI, quando foram trazidos para o Nordeste os chamados
“negros da Guiné”, especialistas na extração de ouro.
b) a diversidade das origens e
dos costumes de cada nação africana é impossível de ser identificada, uma vez
que a escravidão moldou os grupos envolvidos em um processo cultural comum.
c) os ciclos correspondentes a
cada período do tráfico de diferentes nações africanas para a Bahia estão
relacionados aos distintos portos de comercialização de escravos.
d) o tráfico de escravos jejes para a Bahia, durante o ciclo da Baía de Benin,
ocorreu de forma mais intensa a partir do final do século XVII até a segunda
metade do século XVIII.
e) a escravidão nessa província
se estendeu do século XVI até o início do século XVIII, diferentemente do que
ocorreu em outras regiões do País.
Resposta: [C]
8. (ENEM) A identidade negra não
surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma
diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas. Ela
resulta de um longo processo histórico que começa com o descobrimento, no século
XV, do continente africano e de seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento
esse que abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico
negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e de seus
povos. K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade
negra no Brasil.
In: "Diversidade na educação:
reflexões e experiências". Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37. Com relação
ao assunto tratado no texto, é correto afirmar que
a) a colonização da África pelos
europeus foi simultânea ao descobrimento desse continente.
b) a existência de lucrativo
comércio na África levou os portugueses a desenvolverem esse continente.
c) o surgimento do tráfico
negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil.
d) a exploração da África
decorreu do movimento de expansão européia do início da Idade Moderna.
e) a colonização da África
antecedeu as relações comerciais entre esse continente e a Europa.
resposta:[D]
9. (ENEM) Os tropeiros foram figuras
decisivas na formação de vilarejos e cidades do Brasil colonial. A palavra
tropeiro vem de “tropa” que, no passado, se referia ao conjunto de homens que
transportava gado e mercadoria. Por volta do século XVIII, muita coisa era
levada de um lugar a outro no lombo de mulas. O tropeirismo acabou associado à
atividade mineradora, cujo auge foi a exploração de ouro em Minas Gerais e, mais
tarde, em Goiás. A extração de pedras preciosas também atraiu grandes
contigentes populacionais para as novas áreas e, por isso, era cada vez mais
necessário dispor de alimentos e produtos básicos. A alimentação dos tropeiros
era constituída por toucinho, feijão preto, farinha, pimenta-do-reino, café, fubá
e coité (um molho de vinagre com fruto cáustico espremido). Nos pousos, os
tropeiros comiam feijão quase sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho,
que era servido com farofa e couve picada. O feijão tropeiro é um dos pratos
típicos da cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos
cozinheiros das tropas que conduziam o gado.
Disponível em: http://www.tribunadoplanalto.com.br.
Acesso em: 27 nov. 2008.
A criação do feijão tropeiro na
culinária brasileira está relacionada à
A) atividade comercial exercida
pelos homens que trabalhavam nas minas.
B) atividade culinária exercida
pelos moradores cozinheiros que viviam nas regiões das minas.
C) atividade mercantil exercida
pelos homens que transportavam gado e mercadoria.
D) atividade agropecuária
exercida pelos tropeiros que necessitavam dispor de alimentos.
E) atividade mineradora exercida
pelos tropeiros no auge da exploração do ouro.
Resolução:[C]
Os tropeiros do século XVIII
percorriam longas distâncias transportando gado e mercadorias, principalmente para as regiões de mineração. Sua
alimentação, portanto, deveria constituir-se de gêneros que não se estragassem
com facilidade, como feijão preto, farinha, pedaços de carne de sol e toucinho.
10. (Unicamp-SP) No Brasil colonial, além
da produção açucareira escravista, o historiador Caio Prado Junior (em Formação
do Brasil Contemporâneo) enumera outras atividades econômicas importantes como,
por exemplo, a mineração do século XVIII, que era também uma atividade voltada
para o comércio externo.
a) Caracterize a mineração no
século XVIII em termos de região geográfica, organização do trabalho e
desenvolvimento urbano.
b) Cite e caracterize duas outras
atividades econômicas do Brasil colonial que não eram voltadas para o comércio
externo.
Resposta:
a) Nas Minas Gerais e
no Centro-Oeste é que se desenvolveu a mineração, apoiada sobretudo no trabalho
escravo mas também em modalidades de trabalho livre. A população numerosa
demandava grande quantidade de produtos e serviços permitindo o intenso
desenvolvimento de atividades comerciais e urbanas.
b) A agricultura de subsistência
e a pecuária que abastecia os centros urbanos com o fornecimento de carne e de
animais empregados para o transporte e a agricultura de subsistência.
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