Lista de questões sobre a
economia e sociedade colonial na América portuguesa
1. (Uerj 2011) Pelo que, começando, digo que as riquezas do
Brasil consistem em seis coisas, com as quais seus povoadores se fazem ricos,
que são estas: a primeira, a lavoura do açúcar; a segunda, a mercancia; a
terceira, o pau a que chamam do Brasil; a quarta, os algodões e madeiras; a
quinta, a lavoura de mantimentos; a sexta e última, a criação de gados. De
todas estas coisas o principal nervo e substância da riqueza da terra é a
lavoura dos açúcares.
BRANDÃO, Ambrósio
Fernandes, 1618.
Adaptado de PRIORE, M.
del; VENÂNCIO, R. P. O livro de ouro da história do Brasil. Rio de
Janeiro: Ediouro, 2001.
Considera-se hoje que o Brasil
colonial teve um desenvolvimento bastante diferente da interpretação de Caio
Prado Júnior. É que mudou a ótica de observação: os historiadores passaram a
analisar o funcionamento da colônia. Não que a intenção da política metropolitana
fosse diferente do que propõe o autor. Mas a realidade se revelava muito mais
complexa. No lugar da imagem de colonos engessados pela metrópole, vem à tona
um grande dinamismo do comércio colonial.
Sheila de Castro Faria
Adaptado de
www.revistadehistoria.com.br
O texto do século XVII enumera
interesses da metrópole portuguesa em relação à colonização do Brasil; já o
segundo texto, uma análise mais contemporânea, descreve uma sociedade mais
complexa que ia além dos planos dos exploradores europeus.
Indique dois objetivos da Coroa
Portuguesa com a implantação da empresa açucareira no Brasil colonial. Em
seguida, identifique duas características da economia colonial que comprovam o
seu dinamismo interno.
resposta:
Dois dos objetivos:
• fixar população portuguesa à
terra.
• garantir o controle político do
território por Portugal.
• produzir mercadoria de alto
valor comercial no mercado europeu.
• garantir rendas à Coroa
Portuguesa por meio da produção de gêneros de valor comercial.
• garantir o monopólio do
Atlântico Sul e, consequentemente, da rota marítima para o Oriente.
• afirmar a preponderância
portuguesa no cenário das grandes nações europeias do século XVI.
Duas das características:
• existência de atividades
econômicas utilizando mão de obra livre.
• desenvolvimento de relações
comerciais internas e com outras regiões, apesar das proibições características
do monopólio metropolitano.
• existência de uma quantidade de
capital circulante na colônia, empregado não só no tráfico negreiro como também
na criação do gado e na lavoura de subsistência, voltadas principalmente para o
mercado interno.
O texto destaca principalmente os
objetivos econômicos, enumerando atividades produtivas, destacadas como
geradoras de riqueza.
A crítica à análise tradicional
procura destacar o dinamismo da colônia, que pressupõe a existência da pequena
propriedade voltada para a subsistência ou a pecuária, desenvolvida a partir do
trabalho livre.
2. (G1 - ifsp 2012) Os índios resistiram às várias formas de
sujeição, pela guerra, pela fuga, pela recusa ao trabalho compulsório. Em
termos comparativos, as populações indígenas tinham melhores condições de
resistir do que os escravos africanos. Enquanto estes se viam diante de um
território desconhecido onde eram implantados à força, os índios se encontravam
em sua própria casa.
(Fausto Boris. História
do Brasil)
De acordo com o texto, é correto
afirmar que, ao longo do período colonial brasileiro,
a) apenas os índios foram
vitimados pela escravização imposta pelos portugueses, o que explica a sua
rápida dizimação.
b) somente os africanos foram
submetidos à escravização, pois os indígenas eram totalmente protegidos pelas
leis portuguesas.
c) a escravidão fracassou e
rapidamente foi substituída pelo trabalho livre e assalariado dos imigrantes
europeus.
d) os africanos resistiram mais
do que os índios à escravidão, pois eram bem mais fortes e, por isso, obtiveram
maior êxito nas guerras e nas fugas.
e) tanto os índios quanto os
africanos foram vítimas da escravidão portuguesa, contudo os índios conseguiram
resistir melhor a tal processo.
resposta:[E]
Interpretação de texto. Na
história do Brasil colonial o trabalho escravo foi determinante para a produção
na terra e tanto os africanos como os nativos da terra (índios) foram
escravizados pelo colonizador. O autor destaca que ambos resistiram à
escravidão, porém os índios possuíam uma condição melhor de resistência por
conheceram a terra.
3. (Unesp) A cana-de-açúcar
começou a ser cultivada igualmente em São Vicente e em Pernambuco,
estendendo-se depois à Bahia e ao Maranhão a sua cultura, que onde logrou êxito
- medíocre como em São Vicente ou máximo como em Pernambuco, no Recôncavo e no
Maranhão - trouxe em conseqüência uma sociedade e um gênero de vida de tendências
mais ou menos aristocráticas e escravocratas.
(Gilberto Freyre, "Casa-Grande e
Senzala".)
Tendo por base as afirmações do
autor,
a) Cite um motivo do maior
sucesso da exploração da cana-de-açúcar em Pernambuco do que em São Vicente.
b) Explique por que o autor
definiu "o gênero de vida" da sociedade constituída pela cultura da
cana-de-açúcar como apresentando "tendências mais ou menos
aristocráticas".
resposta:
a) Tendo por base as afirmações
de Gilberto Freyre, é impossível saber os motivos do êxito da produção de
açúcar em Pernambuco ou seu fracasso em São Vicente.
Levando em consideração os
conhecimentos históricos, sabe-se que o fator fundamental é o geográfico.
Enquanto a capitania de Pernambuco estava mais próxima do Reino e em sua zona
da mata existiam extensas manchas de massapê (terra propícia ao cultivo da
cana-de-açúcar), na Baixada Santista havia um vasto manguezal
(áreas alagadiças, imprópria para
o cultivo da cana). Além disso, era muito difícil ocupar as terras férteis do planalto
paulista devido à Serra do Mar, na época considerada uma “muralha” quase
intransponível.
b) Os grandes proprietários
rurais, especialmente os senhores de engenho, eram donos de muitos escravos, de
capitais vultosos e de vastos recursos técnicos. Todo esse poder e essa imensa
riqueza permitiam ao empresário colonial um exagerado comportamento
ostentatório. Esse “gênero de vida” era característico da nobreza européia. Por
isso, chamamos a camada dominante colonial das áreas agroexportadoras de aristocracia
agrária.
4. (Fuvest 2012) Os indígenas foram também utilizados em
determinados momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil];
nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho
escravo (...). O que talvez tenha importado é a rarefação demográfica dos
aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas na
“preferência” pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema
mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de relações
tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o
tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um
novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o apresamento dos
indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais
resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com os colonos
empenhados nesse “gênero de vida”; a acumulação gerada no comércio de
africanos, entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores
metropolitanos, engajados no abastecimento dessa “mercadoria”. Esse talvez seja
o segredo da melhor “adaptação” do negro à lavoura ... escravista.
Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão
africana colonial, e não o contrário.
Fernando A. Novais. Portugal
e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1979, p.
105. Adaptado.
Nesse trecho, o autor afirma que,
na América portuguesa,
a) os escravos indígenas eram de
mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso a metrópole optou
pelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis.
b) os escravos africanos
aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas, o que
justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a
obtenção, na África, daqueles trabalhadores.
c) o comércio negreiro só pôde
prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocupavam-se com as
condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto que outros os
consideravam uma “mercadoria”.
d) a rentabilidade propiciada
pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu decisivamente para que, a
partir de certo momento, também escravos africanos fossem empregados na
lavoura, o que resultou em um lucrativo comércio de pessoas.
e) o principal motivo da adoção
da mão de obra de origem africana era o fato de que esta precisava ser
transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável
comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do
sistema de colonização.
resposta: [E]
Questão de interpretação de
texto, pois o autor deixa claro e explicito que o tráfico negreiro é parte do
sistema mercantilista e responsável por promover acúmulo de capitais na
metrópole. Para o autor “é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a
escravidão africana colonial, e não o contrário”. Vale a pena lembrar que o
processo de colonização denominado como de “exploração” baseia-se no monopólio
e nas práticas mercantilistas, preocupadas em gerar riquezas para a
metrópole.
5. (Puccamp) Uma das exigências
do projeto do governo português era fazer do Brasil, enquanto Colônia, um fator
de enriquecimento do Estado Moderno lusitano. Respondendo a esta meta, a
empresa açucareira teve como principais características:
a) terra abundante, mão-de-obra
livre e clima favorável.
b) agricultura, senzala e
pecuária eqüina.
c) casa-grande, senzala e
mão-de-obra livre
d) latifúndio, monocultura e
escravidão.
e) escassez de terras,
mão-de-obra escrava e intempéries climáticas.
resposta:[D]
6. (UFF) "Os escravos são as
mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível
fazer, conservar e aumentar fazenda."
(Antonil, CULTURA E
OPULÊNCIA DO BRASIL, 1711, livro 1, Capítulo, IX).
Assinale a opção que, baseada na
citação do jesuíta Antonil, justifica corretamente os fundamentos da sociedade
colonial.
a) A sociedade colonial se
resumia ao mundo da casa-grande e da senzala, espaços fundamentais de um mundo
rural mediado pelos engenhos açucareiros.
b) O ideal de sociedade colonial,
segundo os inacianos, era o de uma sociedade de missões, o que explica a
crítica do jesuíta Antonil à escravidão.
c) A estrutura social do Brasil
Colônia era fundamentalmente escravista, uma vez que os setores essenciais da
economia colonial, a exemplo da agro-manufatura do açúcar, dependiam do
trabalho escravo, sobretudo dos africanos.
d) A sociedade escravista erigida
na Colônia sempre foi condenada pelos jesuítas que, a exemplo de Antonil,
desejavam ardorosamente que índios e africanos se dedicassem ao mundo de Deus.
e) A sociedade colonial possuía
duas classes, senhores e escravos, pólos antagônicos do latifúndio ou da
"fazenda" mencionada por Antonil.
resposta:[C]
7. (UNICAMP 05) O termo ‘feitor’
foi utilizado em Portugal e no Brasil colonial para designar diversas
ocupações. Na época da expansão marítima portuguesa, as feitorias espalhadas
pela costa africana e, depois, pelas Índias e pelo Brasil tinham feitores na direção
dos entrepostos com função mercantil, militar, diplomática.
No Brasil, porém, o sistema de
feitorias teve menor significado do que nas outras conquistas, ficando o termo
‘feitor’ muito associado à administração de empresas agrícolas.
(Adaptado de Ronaldo
Vainfas (org.), Dicionário do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Ed.
Objetiva, 2000, p. 222).
a) Indique características do
sistema de feitorias empreendido por Portugal.
b) Qual a produção agrícola
predominante no Brasil entre os séculos XVI e
XVII? Quais as funções
desempenhadas pelo feitor nessas empresas agrícolas?
resposta:
a) Por meio do sistema de
feitorias, a metrópole restringiu sua ação ao âmbito mercantil, procurando
estabelecer contatos comerciais com as populações nativas.
Estas lhe forneciam mercadorias
de elevado valor no mercado europeu, em troca de produtos de baixo valor ou do
pagamento em moedas.
b) Nos dois séculos iniciais de
nossa História, a produção agrícola predominante foi a da cana-de-açúcar, que
se organizou no sistema de plantation.
Nesse tipo de empresa agrícola, o
feitor era o principal representante do grande proprietário. Ele gerenciava
todo o sistema produtivo, isto é, era responsável pela organização do trabalho
escravo, o plantio e todas as etapas da produção do açúcar.
8. (Fuvest 2010) Os primeiros jesuítas chegaram à Bahia com o
governador-geral Tomé de Sousa, em 1549, e em pouco tempo se espalharam por
outras regiões da colônia, permanecendo até sua expulsão, pelo governo de Portugal,
em 1759. Sobre as ações dos jesuítas nesse período, é correto afirmar que
a) criaram escolas de arte que
foram responsáveis pelo desenvolvimento do barroco mineiro.
b) defenderam os princípios
humanistas e lutaram pelo reconhecimento dos direitos civis dos nativos.
c) foram responsáveis pela
educação dos filhos dos colonos, por meio da criação de colégios secundários e
escolas de “ler e escrever”.
d) causaram constantes atritos
com os colonos por defenderem, esses religiosos, a preservação das culturas
indígenas.
e) formularam acordos políticos e
diplomáticos que garantiram a incorporação da região amazônica ao domínio
português.
resposta:[C]
Apesar de a fama dos jesuítas do
período colonial no Brasil dar-se pelo trabalho de catequese junto aos
indígenas, eles notabilizaram-se como os principais protagonistas do ensino
durante o período, fundando e administrando colégios, promovendo a educação dos
filhos dos colonos e estabelecendo uma padronização do ensino em toda a
colônia.
9. (FUVEST) “(...) e em lugar de
ouro, de prata e de outros bens que servem de moeda em outras regiões, aqui a
moeda é feita de pessoas, que não são nem ouro, nem tecidos,mas sim criaturas.
E a nós a vergonha e a de nossos predecessores, de termos, em nossa
simplicidade, aberto a porta a tantos males (...)”
(Garcia II, rei do
Congo, século XVII)
Comente os acontecimentos a que
se refere o rei africano e como estão relacionados à colônia brasileira.
resposta:
O texto do rei assinala que o
elemento de troca – o que serve de moeda – na sociedade local são seres
humanos, ou seja, o tráfico de escravos. A colonização do Brasil foi realizada
com a implantação de um sistema produtivo que deveria complementar a economia
da Metrópole. A produção em larga escala foi realizada por intermédio da utilização
da mão-de-obra escrava africana, estabelecendo-se, desta maneira, a relação
entre aquela prática mercantil na África e a ocupação econômica da América
Portuguesa.
10. (Unifesp) Com relação à
economia do açúcar e da pecuária no nordeste durante o período colonial, é
correto afirmar que:
a) por serem as duas atividades
essenciais e complementares, portanto as mais permanentes, foram as que mais
usaram escravos.
b) a primeira, tecnologicamente
mais complexa, recorria à escravidão, e a segunda, tecnologicamente mais
simples, ao trabalho livre.
c) a técnica era rudimentar em
ambas, na agricultura por causa da escravidão, e na criação de animais por
atender ao mercado interno.
d) tanto em uma quanto em outra,
desenvolveram-se formas mistas e sofisticadas de trabalho livre e de trabalho
compulsório.
e) por serem diferentes e
independentes uma da outra, não se pode estabelecer qualquer tentativa de
comparação entre ambas.
resposta:[B]
11. Veja:
A pecuária ofereceu uma nova dinâmica na economia colonial
http://www.brasilescola.com/historiab/pecuaria-no-periodo-colonial.htm
Durante a colonização brasileira,
a pecuária teve um papel decisivo, PORQUE:
a) Garantiu a ocupação das áreas
litorâneas.
b) Promoveu o êxodo rural na
colônia.
c) Facilitou a formação de
inúmeros minifúndios.
d) Contribuiu para a expansão
rumo ao interior da região.
resposta:[D]
12. (PITÁGORAS) A pecuária foi
importante atividade na América Portuguesa, muito embora tenha sido subsidiária
tanto na economia açucareira quanto na economia mineradora. No começo, os bois
eram criados dentro dos engenhos. Aos poucos foram se instalando no interior da
colônia.
Com relação à pecuária é correto
afirmar, EXCETO
a) a pecuária foi introduzida no
Brasil durante o governo geral em razão da utilização da tração animal nos
trabalhos dos engenhos.
b) a pecuária extensiva
contribuiu para a colonização do interior do Brasil e consequentemente para a
formação de diversas vilas.
c) a pecuária tornou-se uma
atividade econômica bastante rentável devido ao seu baixo custo operacional e
grande valor do couro.
d) a criação do gado de forma
extensiva contribuiu para o surgimento dos vaqueiros que eram trabalhadores
livres e assalariados.
e) a criação de gado no interior
do país foi proibida através da Carta Régia de 1701, por esta área estar
reservada para o cultivo da cana-de-açúcar.
resposta: [E]
13. A sociedade
colonial era patriarcal.
Partindo dessa frase, compare a
estrutura familiar presente na colônia com a atual, apresentando uma diferença
entre elas.
resposta:
No Período Colonial, de maneira
geral, as famílias eram patriarcais, ou seja, o pai era o elemento central do
sistema familiar. As funções e espaços sociais ocupados por homens e mulheres
eram diferenciados. Atualmente, a estrutura familiar sofreu uma grande
alteração. É possível assistirmos famílias comandadas pelo gênero feminino. As
mulheres já ocupam os mesmos espaços que os homens na família, no trabalho e
até mesmo nas instituições políticas.
14. (PITÁGORAS) Leia o texto a
seguir.
Mulher, mulheres: como seriam no
passado? O que faziam? Como viviam, ou melhor, sobreviviam? [...] [Na América
Portuguesa, sua quase invisibilidade as identificava "aos de baixo".
Isso porque a maioria das mulheres era analfabeta, subordinada juridicamente
aos homens e politicamente inexistente. Sua condição as excluía de qualquer
exercício de função nas câmaras municipais, na administração eclesiástica,
proibindo-as de ocupar cargos de administração que Ihes garantissem
reconhecimento social. O sistema patriarcal instalado no Brasil colonial,
sistema que encontrou grande reforço na Igreja Católica, que via as mulheres
como indivíduos submissos e inferiores, acabou por deixar-Ihes, aparentemente,
pouco espaço de ação explícita.
PRIORE, Mary Dei. Mulheres
no Brasil Colonial. São Paulo: Contexto, 2000. p. 9-10
( Repensando a
História).
Um rápido olhar sobre as ruas e
praças das cidades brasileiras logo destaca a crescente e colorida presença das
mulheres, marcando fortemente uma diferença em relação ao passado. Os espaços
públicos se tornam menos constrangedores, percebe a observadora recém-chegada,
concluindo que houve uma grande mudança nos hábitos e costumes da população. Progressivamente
também nota que nos postos de gasolina, nos restaurantes e bares, nas lojas, bancos, empresas, nas
escolas e universidades, ou nas delegacias, seu número aumentou
consideravelmente, mesmo que, muitas vezes, não nos postos de comando. Ainda assim,
uma mulher é a atual prefeita da maior cidade do país e as negras começam a
compor o ministério do governo de esquerda.
Alvarez, Sonia - Engendering Democracy in Brazil. Princeton
University Press, 1990
Após uma leitura dos textos
ESTABELEÇA as permanências e as rupturas na condição da mulher no Brasil
Colonial e na atualidade.
resposta:
Na atualidade as mulheres
obtiveram grandes conquista e cada vez mais vai buscando seu espaço na
sociedade. A presença da mulher pode ser
notada em todos os setores da vida econômica, política e social. A situação da
mulher mudou consideravelmente, porém ainda percebemos que em muitos a mulher é
marginalizada. Na relação de trabalho ainda são os homens que ocupam a maioria
dos cargos de chefia e ainda ganham os melhores. Percebemos que muita coisa
mudou, mas ainda esta longe de ser o ideal.
15. (UFRN) Os documentos a seguir
apresentam aspectos ligados à condição da mulher no Brasil colonial:
DOCUMENTO I
Mulheres sem ter, às vezes, o que
fazer. A não ser dar ordens estridentes aos escravos; ou brincar com papagaios,
sagüis, mulequinhos. Outras, porém, preparavam doces finos para o marido;
cuidavam dos filhos.
FREYRE, Gilberto. "Casa-grande e
senzala". 25. ed. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1987. p. 349.
DOCUMENTO II
A análise desses dois documentos
permite afirmar que, no período colonial,
a) as mulheres brancas
administravam os negócios da família; as mulheres negras dedicavam-se aos
cuidados do lar.
b) o comércio era uma atividade
restrita às mulheres brancas; as mulheres negras dedicavam-se à agricultura e
ao artesanato.
c) as atividades das mulheres
brancas eram exercidas no interior da casa; as mulheres negras dedicavam-se
também a atividades no espaço público.
d) o poder de comando, na família
branca, era dividido igualmente entre o homem e a mulher; na família escrava, a
mulher ocupava um papel proeminente.
resposta:[C]
16. (Ufrgs
2011) Observe, no mapa abaixo, as
principais rotas de do tráfico negreiro para o Brasil.
A esse respeito, considere as seguintes afirmações.
I. A rota da Alta Guiné
trazia escravos das regiões dos atuais Senegal, Guiné-Bissau e Serra Leoa para
o denominado Estado do Grão-Pará e do Maranhão.
II. A rota da Costa da
Mina trazia escravos das regiões dos atuais Gana, Benin e Nigéria, para as
capitanias setentrionais e meridionais da América portuguesa.
III. A rota de Angola
trazia escravos para a capitania fluminense com ramificações que levaram ao
estuário platino.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
resposta: [E]
As afirmações retratam a interpretação do mapa e a questão
exige certo conhecimento atual no tocante aos nomes das regiões que forneciam
escravos para os portugueses durante o período colonial do Brasil.
17. Observe atentamente a
ilustração abaixo.
DEBRET, Jean Baptiste.Viagem
Pitoresca e Histórica ao Brasil/ tradução e notas de Sérgio Milliet/
Apresentação de Lygia da Fonseca F. da Cunha. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia,
2008. P.36
Com base nessa imagem, PRODUZA um
pequeno texto sobre o tema: Áfricas. Compare as características dos povos
retratados, apresente suas diferenças étnicas e culturais. Dê um título para
seu texto e lembre-se que além do conteúdo, a ortografia e organização de
ideias também são importantes para que o leitor entenda a mensagem que você
quer comunicar.
resposta:
Professor verifique se o aluno
rompeu com a visão de que os africanos têm a mesma cultura e pertencem a mesma
etnia e descreveu esses povos identificando os aspectos culturais que os
diferenciam, como o tipo de corte de
cabelos, a barba e os apetrechos usados .
18. (G1 - cftsc 2010) Onde houve escravidão, houve resistência. E
de vários tipos. Mesmo sob a ameaça do chicote, o escravo negociava espaços de
autonomias com os senhores ou fazia corpo mole no trabalho, quebrava
ferramentas, incendiava plantações, agredia senhores e feitores. Rebelava-se
individual e coletivamente. Aqui a lista é grande e conhecida. Houve, no
entanto, um tipo de resistência que poderíamos caracterizar como a mais típica
da escravidão – a fuga.
Adaptado de: SCHIMIDT,
Mário. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2005. p. 207.
Assinale a alternativa correta
a) Os escravos negros não
pensavam em fugir das fazendas porque eram bem tratados com boa alimentação e
acomodações confortáveis para o descanso.
b) Os africanos trazidos para o
Brasil nos navios negreiros aceitavam pacificamente a situação de escravos,
pois era comum esta prática em sua terra natal.
c) A Igreja católica, no período
do Brasil Colônia, catequizava os escravos africanos fazendo com que eles
aceitassem a escravidão como sendo a vontade de Deus, evitando assim a
rebelião.
d) Uma das formas de resistência
realizada pelos escravos no Brasil Colônia foram os Quilombos, formados por
escravos fugidos que se organizavam em vilas e produziam sua alimentação.
e) No Brasil, o curto período de
escravidão não deixou sinais de resistência por parte dos cativos africanos e
indígenas.
resposta:[D]
Os quilombos eram comunidades de
negros foragidos, também recebiam índios e brancos. Conhecidos como mocambos,
geralmente se constituíam em locais de difícil acesso e buscavam a
autossuficiência. Normalmente os quilombos produziam os gêneros necessários à
sua sobrevivência e realizavam trocas com vilas ou cidades próximas.
19. O negro, na África, era encurralado pelo próprio negro;
havia tribos que capturava o inimigo para vender, um Yorubá não considerava um
Fon como seu semelhante, o considerava como inimigo e como individuo inferior
que podia ser escravizado, e assim também acontecia entre outras tribos
inimigas. O escravo negro era uma mercadoria cara, valia muito dinheiro.
a) EXPLIQUE porque a escravidão era uma atividade econômica
que dava duplo lucro
b) EXPLIQUE o que era o “negro de ganho”.
resposta:
a) Porque os senhores lucravam com o trabalho do escravo e
com o comércio do mesmo.
b) O negro de ganho era um escravo alugado por seu senhor
para trabalhar para outra pessoa sendo que a remuneração pelo trabalho ficava
com o dono do escravo.
20. (Uff 2012) Nos últimos anos, a historiografia nacional e
internacional tem somado esforços para compreender as redes de alianças que
explicam as estratégias de sobrevivência no mundo rural. No caso brasileiro,
esse tem sido o foco central nos estudos sobre as famílias escravas ao longo
dos séculos XVIII e XIX. A partir dessa proposição, pode-se afirmar que
a) a enorme desproporção entre o
número de escravos e escravas inibia formas de organização que não
incorporassem os portugueses. Por essa razão, a constituição de famílias
formada apenas por cativos foi uma realidade norte-americana, não brasileira.
b) a família patriarcal
brasileira era a expressão da organização no Brasil colônia. Nesse sentido, é
incorreto afirmar que as estratégias de sobrevivência dos cativos implicavam
formas de organização familiar.
c) a despeito dos enormes
entraves para a constituição de famílias escravas, posto que os cativos eram
mercadorias, é possível identificar a existência de uniões estáveis de cativos
no Brasil dos séculos XVIII e XIX.
d) as redes de alianças que
explicam as estratégias das famílias escravas representaram uma concessão do
senhor de escravos, cabendo a ele única e exclusivamente a decisão por unir os
familiares cativos.
e) os setores sociais do mundo
rural livres ou libertos, estiveram à parte das redes de alianças dos cativos,
sendo eles excluídos no processo de constituição de famílias.
resposta:[C]
Apesar de considerados
mercadorias e, de muitas vezes, separados quando chegavam ao Brasil, mesmo nas
senzalas, os cativos constituíram famílias. A ideia de que o senhor de engenho
mantinha relações com mulheres escravas, apesar de verdadeira, se constitui em
exceção no universo escravo, pois a maioria das mulheres permanecia nas
senzalas junto aos escravos do sexo masculino.
21. Leia o texto a seguir.
“Antes mesmo dos europeus chegarem
à África Ocidental já existiam variadas formas de escravidão, que alias,
estenderam-se até o século XX. Predominavam os trabalhos domésticos e
artesanais, porém houve importantes empreendimentos escravistas agrícolas e
mineratórios, muitos similares ao do Novo Mundo. (...) O comércio de escravos
na África é bem anterior ao tráfico negreiro praticado por europeus. Estes
últimos aproveitaram a organização comercial já existente para consolidar seu
novo negócio internacional.”
(LIBBY & PAIVA, p.
14)
a) Identifique, no texto, uma
característica econômica presente em alguns impérios e reinos africanos.
Resposta:
A utilização de escravos na
lavoura e na mineração; a prática de comércio de escravos.
b) Apresente uma diferença entre
a escravidão existente na África antes da chegada dos europeus e a escravidão
na América Portuguesa.
resposta:
Na África, o escravo não era
visto como uma propriedade de outra pessoa. Já no Brasil, o cativo tornava-se
uma mercadoria que podia ser comprada e vendida.
A condição de escravo na América
Portuguesa era permanente. Na África, a escravidão era temporária.
Na África, filhos de escravos
nasciam livres, o que não ocorria no Brasil.
22. (Ufu 2011) Sobre os quilombos no Brasil colonial, é
correto afirmar que:
a) formaram-se quilombos em
várias regiões do Brasil, havendo o convívio entre populações escravas
africanas e indígenas, tendo como principal exemplo o Quilombo dos Palmares, no
atual estado de Alagoas.
b) os quilombolas dependiam da
permissão dos senhores das propriedades próximas para transitar pelas cidades
circunvizinhas, bem como para comercializar os produtos de suas terras.
c) todos os quilombos possuíam um
exército próprio, de modo a proteger suas terras contra o avanço de inimigos,
assim como uma complexa organização social.
d) as maiores populações
quilombolas no Brasil formaram-se nas regiões de maior produção monocultora de
exportação, como os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
resposta: [A]
A resposta é a única possível,
apesar de pequeno erro ao mencionar “populações escravas africanas”, pois o
quilombo se constitui justamente daqueles que fogem da escravidão. No entanto,
considera-se que a proposta era destacar o convívio de setores marginalizados,
os africanos, ex-escravos foragidos com indígenas em situação similar. Vale
lembrar que, apesar de minoritária, houve escravidão nos quilombos, mesmo de
pessoas de mesma situação ou origem étnica.
23. (G1 - cps 2011) A história da capoeira começa no
Brasil, no século XVI, pois se relaciona com a mão de obra escrava africana que
foi muito utilizada principalmente nos engenhos do Nordeste. Os escravos
estavam proibidos, pelos senhores de engenho, de praticar qualquer tipo de
luta, por esse motivo, eles utilizaram ritmos e movimentos de suas danças
africanas para criar um tipo de luta, surgindo assim a capoeira, uma arte
marcial disfarçada de dança. Era importante saber lutar, porque dessa forma
eles poderiam se defender, por exemplo, dos capitães do mato.
A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às
senzalas e, além de defesa, servia para a preservação da cultura, para o alívio
do cansaço do trabalho e para a manutenção da saúde física. Muitas vezes as
lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos chamados de capoeira ou
capoeirão. Do nome desse lugar surgiu o nome da luta.
Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no
Brasil, pois era vista como violenta e subversiva. No entanto, foi nesse mesmo
ano que um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta
para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte
que a considerou um esporte nacional.
(http://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/historia_da_capoeira.htm
Acesso em: 11.09.2010. Adaptado)
Sobre a capoeira, é valido
afirmar que
a) apresentava aspectos puramente
lúdicos e religiosos.
b) foi proibida pelo presidente
Vargas, pois essa prática era vista como violenta e subversiva.
c) era uma manifestação artística
que ocorria para comemorar o final das colheitas realizadas pelos
escravos.
d) era praticada pelos escravos
com o objetivo de burlar a proibição das lutas pelos senhores de
engenho.
e) nasceu e era praticada, na África,
como uma luta marcial e, ao chegar ao Brasil, os negros a
adaptaram ao contexto da
escravidão.
resposta:[D]
A resposta é interpretação do
texto, que destaca o desenvolvimento dessa luta, disfarçada de dança, para
burlar a proibição imposta pelos fazendeiros. Tal visão permaneceu mesmo após a
independência e no início da República, sendo liberada pelo presidente Vargas.
24. (PITÁGORAS) Leia o texto a
seguir:
A sociedade colonial brasileira
"herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas
acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das
ocupações, raça, cor e condição social. As distinções essenciais entre fidalgos
e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os
colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em
potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores
possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. Com índios,
podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em
um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de
categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígines e, mais tarde, os
africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou
oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na
cor."
(Stuart B. Schwartz,
Segredos internos.)
Podemos afirmar que o texto
anterior defende a idéia de inferioridade dos povos indígenas e africanos?
JUSTIFIQUE a sua resposta.
resposta:
Não, o texto revela somente que a
sociedade colonial criou oportunidades para a hierarquização das “raças”
baseados em critérios de cultura e cor de pele.
A escravidão estimulou
pensamentos racistas. Os negros foram escravizados porque eram considerados
seres humanos inferiores aos europeus.
25. Leia as afirmativas relativas à escravidão.
I - Os africanos foram escravizados por serem
mais dóceis e aceitarem com serenidade a escravidão.
II - A justificativa dada para buscar negros na
África e que os nativos brasileiros eram preguiçosos e não eram dados ao
trabalho.
III - A busca de
negros na África para serem escravizados só se justifica pelos altos lucros
obtidos com o tráfico.
IV – A Igreja foi a única do período colonial que condenava
a escravidão negra.
São CORRETAS as afirmativas
a) Apenas a I e II
b) Apenas a I e III
c) Apenas a II e III
d) Apenas a I, III e IV
e) Apenas a I e IV
resposta:[C]
26. (PITÁGORAS) Observe
a charge a seguir.
(Fonte: NOVAES, Carlos
Eduardo & LOBO, César. História do Brasil para principiantes. São
Paulo, Ática, 1998. P. 73.)
Analisando a charge pode-se
concluir que
a) A imposição da religião
católica tinha por objetivo tornar os negros menos resistentes à escravidão.
b) A religião servia para
abrandar os sofrimentos dos negros frente aos horrores da escravidão.
c) Ao se tornarem cristãos os
negros passavam a receber um tratamento melhor de seus senhores.
d) A ideologia católica imposta
aos escravos negros tinha como objetivo prepará-los para a liberdade.
e) A condição para a vinda dos
negros africanos para a América foi a garantia da manutenção de sua cultura.
resposta: [A]
27.
O pelourinho
Era o pesadelo dos escravos no
Brasil. Tratava-se de uma coluna de pedra ou de madeira, erguida em praça
pública, na qual os negros que cometiam infrações eram presos e açoitados. Os
primeiros exemplares foram construídos em 1558. Com o escravo amarrado ao
poste, o homem do açoite, chibata na mão, aplicava a pena. O sangue escorria
das costas e dos membros do condenado. Para abafar seus gritos, tambores
rufavam, atraindo a atenção dos passantes. Muitos não resistiam e morriam ali.
O Largo do Pelourinho, em Salvador, tem esse nome porque, no século XIX, era um
local de tortura.
DETERMINE as formas de
resistência do negro africano frente à violência da escravidão.
resposta:
A escravidão nunca foi aceita
pelos negros africanos e estes reagiram a esta prática de diversas formas:
através do banzo, infanticídio, suicídio, assassinato dos senhores e feitores e
através das fugas para os quilombos.
28. (PITÁGORAS) A câmara de São
Paulo, em 1640, expulsou os padres jesuítas, em decorrência dos constantes
atritos entre eles e os bandeirantes (elite local) no trato com os indígenas.
Os padres permaneceram fora da capitania por doze anos, sem que nenhuma
autoridade metropolitana os socorresse.
NADAI, NEVES,1988. P. 45
a) DETERMINE as funções das Câmaras no período colonial.
b) ESTABELEÇA uma relação de permanência e ruptura entre as
funções das Câmaras no período colonial e na atualidade.
resposta:
a) Órgão legislativo do poder
local que tinha como função garantir o abastecimento, a defesa, a execução das
leis, os salários e a tributação.
b) Assim como no período colonial
as câmaras representam o poder local, sua função é zelar pelo bom funcionamento
dos municípios. Hoje as câmaras não representam só os grandes proprietários de
terras, mas todo cidadão pode se candidatar a vereador, desde que esteja ligado
a um partido político.
29. (PITÁGORAS) No Brasil
Colonial, muitos momentos de lazer e de socialização aconteciam em espaços
públicos.
Um desses espaços era:
a) a casa
b) a igreja
c) o teatro
d) o senado
resposta:[B]
As igrejas eram os pontos centrais de sociabilidade.
30. (G1 - ifsp 2012) (…) vos ordenamos e mandamos a vós, e a
vossos sucessores que cada um por si ou pelos seus ministros, assistindo com o
socorro de uma eficaz proteção a todos os índios habitantes das províncias do
Paraguai, do Brasil das margens do rio da Prata, e de quaisquer outros lugares,
e terras das Índias Ocidentais e Meridionais; mandeis afixar editos públicos,
pelos quais apartadamente se proíba, debaixo da excomunhão latae sentetiae (das
quais os transgressores não poderão ser absolvidos senão por nós e pelos
romanos pontífices) que alguma pessoa, ou seja secular, ou eclesiástica, de
qualquer estado, sexo, grau, condição e dignidade
(...) se atreva, nem atente daqui
em diante fazer escravos os referidos índios, vendê-los, comprá-los, trocá-los
ou dá-los, levá-los para outras terras, transportá-los, ou por qualquer modo
privá-los de sua liberdade, e retê-los em escravidão (…)
(Maria de Fátima Neves,
Documentos sobre a escravidão no Brasil. São Paulo, Contexto, 1996)
De acordo com o texto, a Igreja
Católica
a) era expressamente contrária à
escravidão dos indígenas no Brasil Colônia.
b) era bastante tolerante em
relação à escravização dos indígenas durante todo o período colonial.
c) defendia a escravização dos
indígenas, como único meio para purificá-los e garantir-lhes a salvação.
d) aceitava a escravização dos
indígenas apenas nas atividades mais rentáveis, como a mineração.
e) proibia tanto a escravização
dos indígenas quanto dos africanos em terras americanas.
A vida na América Portuguesa era
controlada pela Igreja, que tentava impor aos vasssalos do Reino os padrões
cristãos de comportamento. Esses padrões
haviam sido definidos no Concílio de Trento, que se preocupou, prioritariamente,
com os pecados da carne.
resposta:[A]
O texto, de difícil leitura e
interpretação para o estudante, faz referência à postura adotada pela Igreja
Católica frente à escravidão indígena no Brasil colonial. A Igreja Católica
procurou desenvolver uma política de denúncia da escravização de índios por
parte de alguns fazendeiros, interessada em promover a catequese dos nativos,
ampliando sua influência na América. Por conta de tal postura, sofreu
intensamente com a ação dos bandeirantes.
31. (PITÁGORAS) NÃO podemos
afirmar sobre a ação da Igreja durante o período colonial que
a) a Igreja se preocupou demasiadamente com a sexualidade do
povo esquecendo as injustiças cometidas pelos poderosos.
b) o Santo Ofício era o órgão da Igreja responsável pelo estabelecimento
dos padrões de comportamentos do povo.
c) a Inquisição foi um dos meios utilizados pelos reis com o
aval da Igreja para perseguir prender e matar os opositores políticos.
d) a Inquisição foi uma instituição importante, pois
regulamentou a existência de outras religiões na colônia estabelecendo assim a
liberdade religiosa.
e) a Igreja, através da Inquisição estabeleceu um grande
controle no modo de vida da população do reino e da colônia, ditando regras e
normas de conduta.
resposta: [D]
32 (PUCMG) “No Domingo, ou dias
de festas, tão numerosos que absorvem mais de cem dias no ano, os escravos são
dispensados de trabalhar para seus senhores e podem descansar ou trabalhar para
si próprios. Em cada fazenda existe um pedaço de terra que lhes é entregue,
cuja extensão varia de acordo com o número de escravos, cada um dos quais
cultiva como quer ou pode. Dessa maneira, não somente o escravo consegue, com o
produto do seu trabalho, uma alimentação sadia e suficiente, mas ainda, muitas
vezes, chega a vendê-lo vantajosamente”.
(Fonte:Johann-Moritz
Rugendas. Viagem pitoresca através do Brasil. São Paulo: Martins-EDUSP,
1972. P. 140)
O trecho do documento é da época
do Brasil Colônia e se refere
a) ao trabalho escravo nas
fazendas de café do Oeste Paulista.
b) às condições de trabalho do
escravo nos engenhos.
c) ao cotidiano do escravo no
sertão nordestino e campos do sul.
d) à vida dos escravos nas
fazendas e áreas de mineração do sudeste.
e) à situação do trabalho escravo
nas fazendas de gado.
resposta:[B]
33. (VUNESP 04) Parece-me cousa
mui conveniente mandar Sua Alteza algumas mulheres que lá têm pouco remédio de
casamento a estas partes, ainda que fossem erradas, porque casarão todas mui
bem, com tanto que não sejam tais que de todo tenham perdido a vergonha a Deus
e ao mundo. E digo que todas casarão mui bem, porque é terra muito grossa e
larga (…) De maneira que logo as mulheres terão remédio de vida, e os homens
[daqui] remediariam suas almas, e facilmente se povoaria a terra.
(Manuel da Nóbrega. Carta
do Brasil, 1549.)
Tendo como base a carta do padre
Manuel da Nóbrega:
a) dê uma característica da
colonização portuguesa nos seus primeiros tempos.
b) por que o jesuíta considera que as mulheres que viessem de Portugal teriam “remédio de vida” e os homens residentes na colônia “remediariam suas almas”?
b) por que o jesuíta considera que as mulheres que viessem de Portugal teriam “remédio de vida” e os homens residentes na colônia “remediariam suas almas”?
resposta:
a) De acordo com a carta do Padre
Manuel da Nóbrega, no início da colonização portuguesa, notava-se a escassez de
mulheres brancas no Brasil.
b) Na opinião do célebre jesuíta,
no Brasil as solteiras do Reino conseguiriam arranjar casamento com facilidade,
isto é, teriam “remédio de vida”. E para os primeiros colonizadores, uma vez
casados, não haveria a necessidade de manter relações sexuais com inúmeras
mulheres indígenas, portanto “remediariam suas almas”.
34. (Mackenzie) "A fome já me
tem mudo que é muda a boca esfaimada mas se a frota não traz nada por que razão
leva tudo?"
Os versos críticos de Gregório de
Matos descrevem a crise na colônia no final do século XVII, cujas raízes eram:
a) a tradicional dependência
econômica em relação à Holanda, sócia na produção açucareira.
b) a centralização administrativa
e o rígido monopólio impostos por Portugal, para superar a crise econômica após
o domínio espanhol.
c) a ascensão do açúcar
brasileiro no mercado internacional, derrotando o concorrente holandês.
d) a extinção de Companhias de
Comércio particulares, devido à pressão colonial que desorganizara o comércio
externo.
e) as pressões inglesas diante da
independência econômica e concorrência de Portugal.
resposta:[B]
35. (Uerj) "E sentado no meu
cais
Descalço, roto e despido
Sem trazer mais cabedal
Que piolho e assobios"
(MATOS, Gregório de. Apud WEHLING,
A., WEHLING, M. J. C. de. "Formação do Brasil colonial". Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1994.)
Os versos anteriores, escritos
por Gregório de Matos no século XVII, satirizavam a vaidade e a rápida ascensão
econômica dos comerciantes portugueses na Bahia, que apenas a partir do século
XVIII adquiriram um status de maior importância na sociedade. Até essa época, um
dos aspectos da sociedade colonial brasileira era definido pela seguinte
afirmativa:
a) Os proprietários de terra, especialmente
os senhores de engenho, representavam a "nobreza da terra".
b) A alta burocracia colonial, complemento
das elites locais, era ocupada necessariamente por indivíduos nascidos em
Portugal.
c) Os setores médios da sociedade,
principalmente os grandes comerciantes do litoral, formavam um conjunto
homogêneo de indivíduos.
d) Os ricos mineradores de ouro e
diamantes, apesar de discriminados pela aristocracia da terra, ocupavam os
cargos mais importantes na administração
resposta:[A]
Muito bom. Parabéns pelo brilhante trabalho.
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