sábado, 15 de março de 2014

Roteiro de estudos: Imperialismo e Neocolonialismo


Orientação de estudos: Imperialismo e Neocolonialismo
Lista de questões nº 12 - História Geral
Imperialismo e Neocolonialismo 

Teste seu conhecimentos sobre o Imperialismo e o Neocolonialismo 

1. (Uerj 2013)

Na década de 1930, foi publicada a primeira edição da história em quadrinhos em que o personagem Tintim, um jovem repórter belga, faz uma expedição ao Congo, colônia do seu país na época.



Com base nas imagens e nos diálogos apresentados, nota-se que Tintim simbolizava as práticas de colonização europeia na África, associadas à política de:

(A) integração étnica

(B) ação civilizadora
(C) cooperação militar
(D) proteção ambiental

resposta da questão 1:[B]
Eixo interdisciplinar: Política, Cidadania e Cultura
Item do programa: Relações internacionais no mundo contemporâneo
Subitem do programa: Imperialismo e neocolonialismo
Objetivo: Discriminar política associada às práticas culturais do colonialismo europeu no contexto do imperialismo no continente africano.

Comentário da questão:
A ação colonizadora de países europeus no continente africano, no decorrer do século XIX, viabilizou a formação de impérios territoriais e a conquista de áreas de influência. A partir de estratégias variadas, fossem as práticas de exploração direta de recursos naturais e da mão de obra local, fossem as formas de controle e subordinação por meio da dependência financeira e da intervenção política e administrativa, os colonizadores europeus transformaram as condições de vida e de trabalho de povos e sociedades africanas. Tais transformações, em muitos casos, traumáticas e conflituosas, vieram a ser justificadas pelo argumento de que os colonizadores europeus realizavam ações civilizadoras, simbolizadas pelas novas técnicas de produção e de transporte e também por novos hábitos de consumo. A imagem do repórter Tintim, nas suas atitudes e, principalmente, na reação da tribo africana a elas, denota alguns dos significados das ações civilizadoras, pela ótica dos colonizadores europeus.





2. (Ufsc 2013) A África é tão pouco uniforme cultural quanto geograficamente. Os africanos não são uma raça de pretos primitivos, nem é a África um continente sem uma velha história, como ainda se pensa geralmente. [...]
São marcantes suas diferenças culturais, étnicas e linguísticas. Seu passado, embora não raro obscuro, não é a crônica de um isolamento. Desde o tempo dos primeiros hominídeos que viveram um milhão de anos no desfiladeiro de Olduvai, a Africa desempenhou importante papel na história da humanidade [...].

LOMMEL, Andreas. A arte pré-histórica e primitiva. Encyclopedia Britannica do Brasil Publicações. 7. ed. Rio de  Janeiro: Expressão e Cultura, 1979. p.140-141,143, 162. In: FARIA, Ricardo de Moura. Estudos de História. v. 1. São Paulo: FTD, 2010. p. 37.

Em relação à história da África e de seu povo, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01) Além dos egípcios, vários outros povos habitavam o continente africano no período correspondente à chamada Idade Antiga.
02) A expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI  transformou a costa africana em espaço privilegiado para a formação de feitorias e, consequentemente, em fonte de mão de obra e matéria-prima.
04) O neocolonialismo europeu sobre o continente africano no século XIX estava relacionado à ideia de “missão civilizadora” e às ideologias de progresso e superioridade racial branca. 
08) Com a expansão islâmica, todo o norte africano foi dominado pelos árabes através da fundação de diversos califados; entretanto, durante a Idade Média, o avanço das cruzadas recuperou definitivamente a região para o domínio cristão.
16) Mesmo a contragosto das principais potências europeias, as fronteiras entre os países africanos, estabelecidas pela Conferência de Berlim (1884-85), tiveram que respeitar as questões étnicas e culturais por determinação da Organização das Nações Unidas (ONU).
32) Os processos de independência na África, intensificados logo após a década de 1950, ocorreram através de acordos pacíficos que promoveram o endividamento e a dependência dos novos países, mas evitaram a deflagração de conflitos e guerras civis.

resposta   da  questão 2: 01 + 02  + 04 = 07.

Comentário da questão:
Os atuais  países   do  norte  da África professam a fé em Alá, o             que demonstra  que o controle muçulmano sobre aquela região,  já            a partir do século VII, não foi superado pelas Cruzadas.            Quanto à Conferência de Berlim, na década de 1880, dela       resultou a partilha do continente africano segundo os           interesses das  principais potências europeias, desconsiderando            diferenças étnicas e culturais existentes  entre os  povos africanos.            Tal situação perdurou mesmo após a descolonização, no          século   XX, provocando constantes conflitos entre grupos  africanos distintos que  disputam o poder   em várias    regiões África. Por fim, a descolonização africana  não se deu inteiramente por  meios  pacíficos,  como  pode   ser  constatado  com o caso da Argélia,  por exemplo.


3 . (Upe 2013)A charge  a seguir faz referência ao capitalista Cecil Rhodes, que investiu no expansionismo imperialista inglês.

Com base na charge e nos conteúdos referentes ao neocolonialismo, analise as seguintes afirmações:
I. Podemos afirmar que os pés do capitalista estão
assentados  obre as duas únicas possessões inglesas na África: Egito e África do Sul.
II. A projeção do personagem em relação ao continente  expressa também a dimensão do interesse da Inglaterra
pelos territórios africanos.
III. Os países europeus dividiram a África entre si, respeitando suas especificidades étnicas, religiosas e linguísticas.
IV. O Canal de Suez pode ser considerado uma consequência da presença inglesa na África.
V. O preconceito dos ingleses com os africanos foi de tal monta que deixou marcas até o presente, como o Apartheid na África do Sul.

Estão CORRETAS
a) I, II e III.
b) I, II e V.
c) II, IV e V.
d) III, IV e V.
e) I, III e IV.

resposta da questão 3:[C]

Comentário da questão:
O neocolonialismo (século XIX) foi a divisão dos continentes africano pelas potências europeias após a II Revolução Industrial. A Conferência de Berlim (1884-5) definiu  critérios para os europeus dominarem o interior do continente africano, sem levar em consideração qualquer realidade existente.
Em 1869, interesses econômicos europeus levaram à abertura do Canal de Suez. Os domínios ingleses incluíam Nigéria, Rodésia e Sudão.




4. (UERJ 2011)



No final do século XIX, os europeus defendiam seus interesses imperialistas nas regiões africanas e asiáticas, justificando-os como missão civilizatória.
Uma das ações empreendidas pelos europeus como missão civilizatória nessas regiões foi:
(A) aplicação do livre comércio
(B) qualificação da mão de obra
(C) padronização da estrutura produtiva
(D) modernização dos sistemas de circulação

resposta da questão 4:[D]
Eixo interdisciplinar: Política e Cultura
Item do programa: Conflitos políticos no mundo contemporâneo
Subitem do programa: Imperialismo e neocolonialismo
Objetivo: Identificar ação imperialista europeia empreendida nas regiões africanas e asiáticas.
Comentário da questão:
A ação imperialista europeia na África e na Ásia, na segunda metade do século XIX, correspondeu, em linhas gerais, à expansão dos interesses capitalistas por meio da exploração de novas fontes de matéria-prima e de novos mercados e praças para investimentos diversos. As justificativas para tais interesses e ações foram buscadas, entre outros,  no argumento do valor da modernização de setores estratégicos, com destaque para as comunicações telegráficas, transportes ferroviários e navegação a vapor. Assim, em nome de uma missão civilizatória, o imperialismo europeu garantiu a ampliação da circulação de mercadorias e capitais em escala mundial.


5. (UFSM 2012) Analise e complete o esquema histórico correspondente ao mundo do final do século XIX e início do século XX.



Completam o quadro superior e inferior do esquema histórico, respectivamente, os seguintes conceitos:
a) Mercantilismo e Iluminismo.
b) Imperialismo e Racismo.
c) Colonialismo e Destino Manifesto.
d) Capitalismo e Predestinação.
 e) Globalização e Neoliberalismo

resposta da questão 5:[B]

Comentário da questão:
O quadro apresenta os elementos de expansão econômica entre os séculos XIX e XX, quando o modelo capitalista promove a ampliação de mercados, atingindo principalmente a África e Ásia, na busca de matérias-primas industriais, numa dinâmica determinada pela organização do capitalismo financeiro e monopolista que caracterizou o imperialismo, justificado por teorias racistas que enfatizavam a superioridade do homem branco, este sim, com condições de impulsionar o desenvolvimento dos outros povos.


6. (Pucrj 2013)Visões eurocêntricas, a partir das ideias de superioridade racial e intolerância religiosa, acompanharam e justificaram a violência da dominação das potências ocidentais de fins do século XIX. Considerando os povos colonizados “pouco desenvolvidos” ou “em estado de barbárie”, os governantes dessas potências não raramente fizeram uso de um suposto “sentido de missão” para  justificar as suas práticas de dominação.

a) Cite duas áreas de influência (colônias ou não) das potências europeias nas Américas, no referido período, e identifique as potências que dominavam tais áreas.

b) As elites locais, em sua maioria, também corroboraram, à época, as ideias de progresso e de civilização veiculadas pelas potências europeias. Medidas autoritárias e repressivas foram dirigidas ao elemento nativo, somadas a políticas de “branqueamento” de populações, pela via da imigração. Dê o exemplo de dois países latino-americanos que se destacaram no período pondo em execução essas práticas


resposta da questão 6:
a) Dentre os países que podem ser citados e as potências europeias que foram influentes no período, estão: Argentina, Chile e Uruguai (grande influência do Reino Unido); México (influências da Alemanha e França); Brasil (influências do Reino Unido e França); Guianas (colônias pertencentes à Holanda, Reino Unido e França); Cuba (colônia da Espanha até 1898); Jamaica (colônia da Inglaterra); etc.

b) Exemplos latino-americanos mais recorrentes para se falar dessa europeização e da repressão às populações indígenas e de origem africana nesses países:  Peru e Bolívia (onde o índio permanece submetido); Chile e Argentina (com a promoção de campanhas militares para extermínio de populações indígenas, na Araucanía chilena e na Patagônia  argentina); Argentina, Brasil e Uruguai (com massiva importação de migrantes europeus); América  Central, Venezuela, Colômbia, Brasil (mantendo a repressão à população de origem africana); etc.

7. (Fgvrj 2013) Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, representantes de países europeus, dos Estados Unidos e do Império Otomano participaram de negociações sobre o continente africano. O conjunto de reuniões, que ficou conhecido como a Conferência de Berlim, tratou da
a) incorporação da Libéria aos domínios norte-americanos, em troca do controle da África do Sul pela Inglaterra e Holanda.
b) independência de Angola e  Moçambique e da  incorporação do Congo ao império ultramarino português.
c) ocupação e do controle do território africano de acordo com os interesses das diversas potências representadas.
d) condenação do regime do Apartheid estabelecido na  África do Sul e denunciado pelo governo britânico.
e) incorporação da Etiópia aos domínios italianos e à transformação do Egito em protetorado da Alemanha.


resposta da questão 7:[C]

Comentário da questão:
A Conferência de Berlim representou uma ação por parte das potências imperialistas –  sobretudo as europeias – no sentido de disciplinar e definir parâmetros para o domínio sobre a África. É importante salientar que seu objetivo maior era o de legitimar esse domínio perante a opinião pública, ao mesmo tempo em que procurava reduzir focos de tensão que já se manifestavam entre essas potências no tocante à disputa sobre o continente africano.

8. (Unicamp 2013) As exposições universais do século XIX, sobretudo as de Londres e Paris, se caracterizavam
a) pelo louvor à superioridade europeia e pela apresentação otimista da técnica e da ciência.
b) pela crítica à expansão sobre a África, movimento considerado um freio ao progresso europeu.
c) pela crítica marxista aos princípios burgueses dominantes nos centros urbanos europeus.
d) pelo elogio das sociedades burguesas associadas às vanguardas da época, como o Cubismo, o Dadaísmo e o Surrealismo.


resposta da questão 8:[A]

Comentário da questão:
A questão aborda as transformações culturais em voga na Europa do século XIX, momento em que a  "superioridade" europeia e a "infalibilidade" da ciência eram celebradas como bases do modelo  civilizatório imposto sobre a  África e a  Ásia. Desta forma, as exposições atraiam milhares de  visitantes,  ávidos por consumir as inovações e, ao mesmo tempo, partilhar de forma coletiva do  otimismo diante de um mundo que se iluminava pela luz elétrica, ao mesmo tempo em que as distâncias eram encurtadas pela difusão do motor à combustão, entre outras inovações da época.




9. (UFSM 2011) Analise a charge representada a seguir.


NOSSA GUARDA “IMPERIAL”
Lord B. (Benjamin Disraeli) diz: — Você os tem ajudado continuamente, Madame.
Índia (soldado indiano) diz: — E, agora, eu venho para ajudar vocês. 

[A Grã-Bretanha não sabe exatamente como a Índia fará isso]
Charge de maio de 1878. Disponível em:
_india.asp>. Acesso em: 26 mar. 2012. [Adaptado].

A charge apresentada ironiza o envio de tropas indianas pelo governo britânico para garantir a posse da ilha de Malta, em 1878. Ela expressa um conceito que permeia a política externa inglesa no período vitoriano. Considerando-se o exposto,
a) identifique o conceito que sintetiza a ação política britânica, no período.

b) Explique de que forma a charge faz referência ao tratamento reservado às populações coloniais.


resposta da questão 9:
a) O conceito que sintetiza a ação britânica no final do século XIX foi o imperialismo, também chamado de
neocolonialismo.

b) Quanto ao tratamento reservado às populações  coloniais, a charge alude a duas características essenciais:
– a incorporação dos povos colonizados à burocracia imperial britânica: por meio da representação de um soldado com roupas orientais que integra a guarda imperial, a charge expressa o fato de que as populações coloniais eram comumente utilizadas nos corpos militares britânicos. Entretanto, essa utilização não garantia um status social equivalente aos cidadãos britânicos (metropolitanos). Os altos postos, tanto no exército quanto em outros campos da vida burocrática colonial, eram predominantemente ocupados pela população britânica, residente nos territórios sob seu domínio;
– o preconceito contra a população colonial: o cartunista, quando utiliza o termo “Imperial” entre aspas, ironiza a presença de populações coloniais nas tropas britânicas. A  ironia desvela-se no diálogo entre Benjamin Disraeli, Lorde inglês, e as figuras que representam o Império Britânico e a Índia, essa última identificada por um soldado com trajes orientais. Essa ironia reforçava a desconfiança da opinião pública inglesa em relação à capacidade de um exército formado por indianos para garantir as possessões britânicas na ilha de Malta. Esse preconceito contra as populações coloniais era justificado pelo suposto atraso e pela inferioridade racial dos povos orientais em relação ao Ocidente e se refletia em leis que impunham restrições ao contato à socialização entre as populações.



 10. (Ueg 2012) 

As tiras são um importante instrumento linguístico em que a linguagem verbal e a não verbal combinam-se na construção de um recurso comunicativo humorístico e, às vezes, crítico da realidade. 

Nesse sentido, a tira citada é pertinente para se fazer uma leitura

a) adequada das lutas dos movimentos negros norte-americanos dos anos 1970, já que conseguiram significativos avanços sociais.

b) ingênua da Abolição da escravatura brasileira, já que persistiu a desigualdade social e econômica entre negros e brancos.

c) irônica da colonização europeia do continente africano, justificada ideologicamente pela ideia de “missão civilizadora”.

d) negativa da democracia sul-africana, uma vez que o fim do Apartheid não garantiu igualdade econômica aos negros.




resposta da questão 10:[C]
Comentário da questão:
O neocolonialismo foi justificado do ponto de vista  ideológico a partir do “darwinismo social”, teoria racista com caráter pseudocientífico. Procurava justificar a conquista da África e da Ásia pelos europeus, que se consideravam superiores aos povos locais. Aos brancos, cabia o dever de levar a civilização aos outros povos que, sozinhos, não conseguiriam se desenvolver.




11. (Fuvest 2012) Leia este texto, que se refere à dominação europeia sobre os povos e terras africanas. 

Desde o século XVI, os portugueses e, trezentos anos mais tarde, os franceses, britânicos e alemães souberam usar os povos [africanos] mais fracos contra os mais fortes que desejavam submeter. Aliaram-se àqueles e somaram os seus grandes números aos contingentes, em geral pequenos, de militares europeus. 
 Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 98. 

 a) Diferencie a presença europeia na África nos dois períodos aos quais o texto se refere. 

 b) Indique uma decorrência, para o continente africano, dessa política colonial de estimular conflitos internos


resposta da questão 11:

a) No primeiro momento, século XVI, a presença européia na África se dava pela necessidade de manutenção da economia mercantilista, que se pautava, entre outros fatores, na exploração das colônias. No caso das colônias africanas, serviram para o abastecimento do tráfico transatlântico de escravos, bem como para a acumulação de metais preciosos, elemento importante do mercantilismo.
O segundo momento, século XIX, trata-se do Neocolonialismo, processo de dominação política que tinha como objetivo a exploração de matéria-prima, mão-de-obra barata, garantia de mercado consumidor e opções de investimentos para as nações europeias que disputavam intensamente territórios da África e Ásia.

b) A política europeia de “dividir para dominar” acabou conduzindo diversos territórios coloniais a um longo processo de disputa interna pelo poder entre etnias rivais, bem como a exploração econômica predatória aplicada pelos europeus não legaram aos africanos estruturas que lhes permitissem desenvolver a utilização de seus recursos naturais. As guerras civis que se seguiram à evacuação dos exércitos metropolitanos deixaram como 
herança a total desestruturação econômica dos países que as enfrentaram, bem como abriram feridas profundas que dificultaram a integração cultural e política entre as diversas etnias em disputa pelo poder. Como resultado, desde a independência das ex-colônias 
africanas, o continente convive com a miséria, a fome e imensos obstáculos à estabilização econômica e política.





12. (Ufrn 2012) No século XIX, na Europa, desenvolveram-se estudos que, reivindicando bases científicas, valorizavam a raça branca, considerada superior a todas as demais.
Essas teorias concebiam uma Nação em termos biológicos e valorizavam a homogeneidade racial. “A mistura de raças heterogêneas era sempre um erro e levava à degeneração não do indivíduo como de toda a coletividade.”
(SCHWARCZ, Lilia Moritz. Espetáculo da miscigenação. Estudos avançados, v. 8, n. 20, abr. 1994. Disponível em: . Acesso em: abr. 2009.)
Frente a essas concepções, a constatação de que o Brasil era uma nação mestiça gerou dilemas para os intelectuais brasileiros no século XIX. Na tentativa de resolver esses dilemas, alguns intelectuais da época

a) defenderam o progressivo branqueamento da população, como resultado da miscigenação e da imigração europeia.
b) rejeitaram as ideias europeias, as quais apoiavam a constituição de sociedades puras e homogeneizadas e condenavam as sociedades racialmente híbridas.
c) sustentaram a igual capacidade civilizatória de todos os grupos étnicos, combatendo a afirmação da existência de uma “raça degenerada”.
d) ampliaram as concepções europeias, ao propor que a miscigenação racial favorecia as trocas culturais, fazendo mais rica a cultura nacional.



resposta da questão 12:[A]

Comentário da questão:
A política na Europa, no século XIX, foi levada à África e à  Ásia por meio da construção de um slogan chamado “O Fardo do Homem Branco”, que tinha como propósito destacar as nações desenvolvidas das nações subdesenvolvidas. Dessa maneira, o “branqueamento” da população se tornaria mais evidente.

13. (Ufpr 2012) Segundo o historiador Edward Said, “o lucro e a perspectiva de mais lucro foram, evidentemente, de enorme importância, mas o imperialismo não é só isso”

(Cultura e Imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 41).

Comente essa afirmação, demonstrando as principais motivações que impulsionaram o imperialismo europeu no século XIX.

resposta da questão 13:
O imperialismo implica em um processo  de dominação completa e complexa, promovida por grandes potências econômicas sobre regiões africanas e asiáticas. A “perspectiva de lucro” demonstra o principal interesse econômico das potências que expandiam a industrialização, no sentido de explorar recursos minerais e promover investimentos nas áreas dominadas. Ao mesmo tempo, os países imperialistas promoveram a dominação militar, usando a força para desestruturar as economias naturais e as formas tradicionais de organização social, além de se utilizarem das religiões cristãs para impor novos valores éticos e morais. Segundo o líder da independência do Quênia, Jomo Kenyatta, “Quando os brancos chegaram, nós tínhamos as terras e eles a bíblia, depois eles nos ensinaram a rezar; quando abrimos os olhos, nós tínhamos a bíblia e eles as terras”.

14. (UFU 2012) As pretensões expansionistas japonesas na Ásia, a construção da Grande Ásia Oriental, colidiam com os interesses norte-americanos para a região. Os imperialistas seguiam as estratégias siberiana e colonial. A primeira encarregou o Exército de expandir o domínio Japonês para a China do Norte, Mongólia e Sibéria, rivalizando com a União Soviética. A estratégia colonial, delegada à Marinha, visava a conquista de colônias inglesas, francesas e holandesas na Ásia. O obstáculo para esse projeto era a força dos Estados Unidos no Pacífico (Alaska, Ilhas Aleutas, Filipinas e Havaí). 

O projeto imperialista japonês 
A) buscava contemporizar seus interesses com as forças chinesas, vistas como um importante apoio na luta contra o imperialismo norte-americano. 
B) ganhou força com o bombardeamento de Pearl Harbor e a entrada dos EUA na guerra, forçando o recuo dos movimentos anti-imperialistas nipônicos. 
C) manteve, com o fim da Segunda Guerra, suas anexações territoriais, o que lhe permitiu continuar como uma grande potência. 
D) previa a mobilização de recursos das áreas ocupadas para realimentar o complexo industrial-militar que se fortalecia internamente. 



resposta da questão 14:[D]

Comentário da questão:
No início da década de 1940, depois de conquistar importantes pontos estratégicos no Extremo Oriente, o imperialismo japonês entrou em choque com interesses estadunidenses no Pacífico, na região do Havaí.


(UDESC - 2012.1) Observe a imagem.



A imagem refere-se a um cartoon, de autoria de W.A. Rogers, de 1904, e faz referência à política do big stick (“grande porrete” numa tradução literal) do presidente norte-americano Theodore Roosevelt (governou os EUA entre 1901 e 1909).
Assinale a alternativa correta, considerando as representações no cartoon e a política a qual ele se refere.

a) Refere-se à política de tutela norte-americana na América do Sul, nas décadas de 1950 a 1970. Tal política implicava intervenção direta dos EUA nas questões políticas dos países sulamericanos, inclusive no que se relaciona à destituição de governos democráticos e à instituição de ditaduras civis e militares.
b) Refere-se à política de tutela norte-americana na América Central, no início do século XX. Tal política implicava a intervenção direta dos EUA nas questões políticas e econômicas internas dos países centro-americanos, protegendo governos aliados e derrubando os adversários.
c)  Refere-se à política norte-americana de expansão territorial, no início do século XX. Tal política traduz-se pela incorporação de porções territoriais do México (caso do Texas), bem como Havaí e Alasca, que foram anexados aos EUA nesse período.
d) Deve ser entendida no contexto da Guerra da Secessão, no final do século XIX. Tal política refere-se a incentivos concedidos à indústria nortista, que passou a apresentar altos índices de crescimento.
e) Deve ser entendida no contexto da expansão dos EUA, já a partir do final do século XIX. Tal política implicou a consolidação das instituições republicanas e expansão e conquista do Oeste. Com isso os norte-americanos  expandiram seu território, avançaram sobre as fronteiras do México (por isso big stick) e industrializaram-se.


resposta da questão 15:[B]

Comentário da questão:
Ao observar a imagem e relacioná-la com o enunciado da questão, é possível perceber que a política de intervencionismo do big stick está relacionada ao início do século XX e com foco na América Central. Embora os EUA também tenham agido de forma semelhante na América do Sul entre os anos de 1950 e 1970, o cartoon e o enunciado não estão abordando este momento histórico. Portanto, a alternativa [A], apesar de descrever uma verdade do ponto de vista histórico, não é a resposta adequada para esta questão.


16. (Ufg 2012)Leia o texto a seguir.
Por mais que retrocedamos na História, acharemos que a África está sempre fechada no contato com o resto do mundo, é um país criança envolvido na escuridão da noite, aquém da luz da história consciente. O negro representa o homem natural em toda a sua barbárie e violência; para compreendê-lo devemos esquecer todas as representações europeias. Devemos esquecer Deus e as leis morais.
HEGEL, Georg W. F. Filosofia de la historia universal. Apud HERNANDEZ, Leila M.G. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005. p. 20-21. [Adaptado].

O fragmento é um indicador da forma predominante como os europeus observavam o continente africano, no século XIX. Essa observação relacionava-se a uma definição sobre a cultura, que se identificava com a ideia de
a) progresso social, materializado pelas realizações humanas como forma de se opor à natureza.
b) tolerância cívica, verificada no respeito ao contato com o outro, com vistas a manter seus hábitos.
c) autonomia política, expressa na escolha do homem  negro por uma vida apartada da comunidade.

d) liberdade religiosa, manifesta na relativização dos padrões éticos europeus.
e)respeito às tradições, associado ao reconhecimento do  valor do passado para as comunidades locais.



resposta da questão 16:[A]
Comentário da questão:
O texto da questão expressa a visão europeia de dominação com o olhar exótico para as populações africanas. Para a burguesia europeia do final do século XIX que vivia um período de grande expansão do sistema capitalista para todo o planeta, o continente africano era uma região a ser incorporada e explorada a partir das necessidades do capitalismo.O pensamento eurocêntrico apontava a “missão civilizadora” do europeu no momento do Neocolonialismo e Imperialismo do século XIX. A África, bem como a Ásia, deveria ser “civilizada” pelo contato com o europeu.




17. (Unesp 2010) O imperialismo colonial europeu do final do século XIX e início do século XX mudou a geopolítica do continente africano, fragmentando-o em fronteiras representadas pelo aparecimento de novos espaços linguísticos e novas dinâmicas espaciais e econômicas.

 

Analisando o mapa, pode-se afirmar que
a) em 1895, França, Grã-Bretanha, Portugal, Espanha, Alemanha e Itália fizeram um acordo de divisão da totalidade do continente africano.
b) os impérios coloniais, a partir da Conferência de Berlim, dominaram a África para instalar indústrias, visto que era algo inexistente na Europa.
c) os países envolvidos nesse processo necessitavam de mercados exteriores, matérias-primas agrícolas e minerais para compensar o declínio da industrialização na Europa.
d) a repartição da África foi um projeto civilizador europeu, que, para ser estabelecido, exigiu a destruição social das oligarquias locais.
e) o imperialismo apoiou-se também nas rivalidades nacionalistas britânica, francesa e alemã, que originaram novos espaços linguísticos na África.


resposta da questão 17:[E]

Comentário da questão:
A existência de um clima de rivalidade entre potências europeias repercutiu no processo de partilha da África no final do século XIX. Ao dominar povos de diversas origens étnicas e linguísticas, os idiomas das potências coloniais vieram a ser utilizados como meio de comunicação entre os diferentes grupos linguísticos africanos, como, por exemplo, o caso do inglês na Nigéria ou do francês no Senegal.




18. (ENEM 2012) Os chineses não atrelam nenhuma condição para efetuar investimentos nos países africanos. Outro ponto interessante é a venda e compra de grandes somas de áreas, posteriormente cercadas. Por se tratar de países instáveis e com governos ainda não consolidados, teme-se que algumas nações da África tornem-se literalmente protetorados.

BRANCOLI, F. China e os novos investimentos na África: neocolonialismo ou mudanças na arquitetura global? Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).

A presença econômica da China em vastas áreas do globo é uma realidade do século XXI. A partir do texto, como é possível caracterizar a relação econômica da China com o continente africano?

A) Pela presença de órgãos econômicos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, que restringem os investimentos chineses, uma vez que estes não se preocupam com a preservação do meio ambiente.
B) Pela ação de ONGs (Organizações Não Governamentais) que limitam os investimentos estatais chineses, uma vez que estes se mostram desinteressados em relação aos problemas sociais africanos.
C) Pela aliança com os capitais e investimentos diretos realizados pelos países ocidentais, promovendo o crescimento econômico de algumas regiões desse continente.
D) Pela presença cada vez maior de investimentos diretos, o que pode representar uma ameaça à soberania dos países africanos ou manipulação das ações destes governos em favor dos grandes projetos.
E) Pela presença de um número cada vez maior de diplomatas, o que pode levar à formação de um Mercado Comum Sino-Africano, ameaçando os interesses ocidentais.




resposta da questão 18:[D]

Comentário da questão:
No trecho apresentado, não há menção ao fato de os investimentos chineses na África estarem sofrendo restrições de órgãos econômicos (como FMI e Banco Mundial) ou de ONGs. Tampouco os investimentos dependem de parcerias com potências ocidentais ou envolvem numeroso contingente de diplomatas. O texto demonstra apenas uma preocupação: a de que o capital da China, aplicado no continente africano, possa ser um tipo de neocolonialismo ou apenas uma mudança na arquitetura global (conforme a alternativa D e o subtítulo do texto).




19. (Ifce 2011) A supremacia britânica, na Europa e no mundo, foi indiscutível no século XIX, atingindo seu apogeu entre 1850 e 1875. O desenvolvimento econômico, o progresso social e a estabilidade política geraram as condições necessárias para a formação de um vasto império colonial na América, na África e na Ásia, no qual se dizia que o sol nunca se punha.
O texto acima se refere ao período da história inglesa, conhecido como
a) Revolução Comercial. 
b) Revolução Gloriosa.
c) Era Puritana.
d) Era Vitoriana.
e) República Britânica.


resposta da questão 19:[D]

Comentário da questão:
A era vitoriana no Reino Unido foi o período do reinado da rainha Vitória, em meados do século XIX, de junho de 1837 a janeiro de 1901.
Este foi um longo período de prosperidade e paz (Pax Britannica) para o povo britânico, com os lucros adquiridos a partir da expansão do Império Britânico no exterior, bem como o auge e consolidação da Revolução Industrial e o surgimento de novas invenções. Isso permitiu que uma grande e educada classe média se desenvolvesse.





20. (UFSM 2011)


Na pintura de John Gast (Figura 1), Colúmbia, a mulher angelical, carrega a "luz da civilização" para iluminar os caminhos e guiar homens e carroças na marcha para o oeste dos Estados Unidos; enquanto ela avança e expande os cabos do telégrafo nos caminhos por onde passa, tanto os indígenas nativos como os animais selvagens fogem amedrontados.

No centro do cartaz (Figura 2), a mulher com armadura (uma referência à heroína Joana d'Arc) traz, na mão direita erguida, um ramo de oliveira, símbolo da sabedoria universal; a mão esquerda segura o escudo com as cores da bandeira francesa e o lema "progresso - civilização - comércio". É a alegoria da França conquistadora que se expande para a Ásia e África distantes, levando as luzes do progresso e do comércio para os povos que, por desconhecerem o majestoso brilho da civilização europeia, vivem na escuridão.

Essas imagens são alegorias de duas ideologias imperialistas do século XIX sintetizadas, respectivamente, nas expressões históricas
a) "ética dos peregrinos" e "luta contra a barbárie".
b) "ideologia do branco anglo-saxão protestante" e "salvacionismo imperial".
c) "aliança para o progresso" e "processo civilizatório afro-asiático".
d) "guerra justa" e "ocidentalização do mundo oriental".
e) "destino manifesto" e "fardo do homem branco".


resposta da questão 20:[E]

Comentário da questão:
Destino Manifesto é o pensamento que expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos é eleito por Deus para civilizar a América, e por isso o expansionismo americano é apenas o cumprimento da vontade Divina.
 "The White Man's Burden" ("O Fardo do Homem Branco") é um poema escrito pelo poeta inglês Rudyard Kipling. Foi publicado originalmente na revista popular McClure's em 1899, com o subtítulo The United States and the Philippine Islands. "The White Man's Burden" foi escrito a respeito da conquista estadunidense das Filipinas e outras ex-colônias espanholas. Embora o poema de Kipling misturasse exortações ao império com ajuizados alertas sobre os custos envolvidos, os imperialistas dos Estados Unidos se fixaram na frase "fardo do homem branco" como uma caracterização para o imperialismo que justificasse a política como um nobre empreendimento.


21.  (Udesc 2011) O imperialismo, ou neocolonialismo, como também é conhecido, é constituído por práticas dos Estados Nacionais, que pretendem colocar-se como expansores de seus domínios, controlando outras nações supostamente imaginadas como mais frágeis e mesmo até menos civilizadas. Sobre o imperialismo das últimas décadas do século XIX, é correto afirmar que:
a) o Brasil foi colaborador da política imperialista na África.
b) os países latino-americanos, no final do século XIX, em sua maioria ainda colônias das metrópoles, também sofreram com o neocolonialismo.
c) os Estados Unidos foram o Estado mais ostensivo em sua política imperialista no período citado.
d) as investidas dos países europeus na expansão de seus domínios foram centradas sobretudo na África e Ásia.
e) Alemanha e Itália, países há muito tempo constituídos como Estados Nacionais, tiveram papel de destaque no imperialismo do final do século XIX.


resposta da questão 21:[D]

Comentário da questão:


O imperialismo contemporâneo pode ser também denominado como neocolonialismo, por possuir muitas semelhanças com o regime vigorado entre os séculos XV e XIX, o colonialismo. Voltou-se, de modo particular para os continentes africano e asiático.


22. (UFSE-1997) A expansão do Imperialismo na segunda  metade do século XIX relaciona-se com:
a) o desenvolvimento do capitalismo comercial.
b) o fortalecimento do capitalismo financeiro.
c) a ascensão do mercantilismo.
d) a supremacia do liberalismo econômico.
e) a decadência dos grandes conglomerados econômicos.


resposta da questão 22:[B]

Comentário da questão:
Na segunda metade do século XIX, o desenvolvimento das forças produtivas e a formação de grandes corporações com interesses internacionais caracterizaram a fase do capitalismo denominada monopolista.



23. (Mack-1998) 
"Assumi o fardo do homem branco,
Enviai os melhores dos vossos filhos,
Condenai vossos filhos ao exílio
Para que sejam os servidores de seus cativos".
Rudyard Kipling

A ideologia expressa por esse poeta, que recebeu em 1907 o prêmio Nobel de literatura, serviu para justificar o:
a) Imperialismo.
b) Iluminismo.
c) Mercantilismo.
d) Socialismo.
e) Anarquismo.

resposta da questão 23:[A]

Comentário da questão:
O "fardo do homem branco" foi a justificativa ideológica para a exploração econômica da Ásia e da África pelas potências imperialistas europeias.


24.  (Vunesp-2002) Com a publicação do livro do economista inglês Hobson, Imperialismo, um estudo, em 1902, difundiu-se o significado moderno da expressão “imperialismo”, que passou a ser entendido como
A) um esforço despendido pelas economias centrais, no sentido de promover as economias periféricas.
B) a condição prévia e necessária ao incremento do desenvolvimento industrial nos países capitalistas.
C) um acordo entre as potências capitalistas, visando dividir, de forma pacífica, os mercados mundiais.
D) a expansão econômica e política em escala mundial das economias capitalistas na fase monopolista.
E) o “fardo do homem branco”, um empreendimento europeu, procurando expandir a civilização na África.


resposta da questão 24:[D]

Comentário da questão:
No decorrer do século XIX, a industrialização deixa de ser um fenômeno exclusivamente britânico. É acirrada a concorrência entre as potências industriais por fontes de matérias-primas, mercados de consumo e áreas onde pudessem investir capitais excedentes. Esse conjunto de interesses concorrentes e conflitantes está na origem do imperialismo naquele período.


25. (UFMG-1997) Todas as alternativas apresentam conflitos ligados à expansão imperialista das potências europeias na África e na Ásia, no século XIX, EXCETO:
a) A disputa entre ingleses e boêres na África do Sul.
b) A disputa entre os interesses americanos e russos no Oriente.
c) Os conflitos para abrir o mercado chinês aos interesses ingleses.
d) Os movimentos de resistência africana contra a dominação estrangeira.


resposta da questão 25:[B]

Comentário da questão:
Os conflitos de interesses envolvendo russos e americanos ocorreu no contexto histórico da Guerra Fria, após o término da 2ª Guerra Mundial.


26. (Mack-2003) No final da segunda metade do século XIX,  desencadeou-se um processo que provocou a centralização  e a concentração de capitais em torno de grandes empresas.  Iniciou-se, aí, nova fase do capitalismo. Assinale a  alternativa que corresponde a essa fase do capitalismo.

a) Protecionismo 
b) Mercantilista 
c) Concorrencial 
d) Monopolista 
e) Comercial


resposta da questão 26:[D]

Comentário da questão:
Na segunda metade do século XIX, o desenvolvimento das forças produtivas e a formação de grandes corporações com interesses internacionais caracterizaram a fase do capitalismo denominada monopolista.



27. (Mack-2005) A partir de meados do século XIX, as nações capitalistas passaram a exercer novas formas de dominação sobre as áreas periféricas. Esse processo passou a ser denominado de
a) Militarismo.
b) Corporativismo..
c) Neocolonialismo.
d) Monopolismo
e) Protecionismo


resposta da questão 27:[C]

Comentário da questão:
Esse imperialismo era um aspecto da industrialização, de uma nova situação econômica na qual os europeus lutavam por matérias-primas, por mercados e áreas de investimentos. 
O imperialismo europeu praticado no século XIX por ser definido como um processo de Neocolonialismo. No Neocolonialismo, as potências protagonistas foram as nações industrializadas, como Inglaterra e França em um primeiro momento, seguidas posteriormente por Alemanha e Itália, que procuravam garantir o controle de mercados para os seus respectivos parques produtivos.



28. (Cesgranrio-1994) A industrialização acelerada de diversos países, ao longo do século XIX, alterou o equilíbrio e a dinâmica das relações internacionais. Com a Segunda Revolução Industrial emergiu o Imperialismo, cuja característica marcante foi o(a):
a) substituição das intervenções militares pelo uso da diplomacia internacional.
b) busca de novos mercados consumidores para as manufaturas e os capitais excedentes dos países industrializados.
c) manutenção da autonomia administrativa e dos governos nativos nas áreas conquistadas.
d) procura de especiarias, ouro e produtos tropicais inexistentes na Europa.
e) transferência de tecnologia, estimulada por uma política não intervencionista.


resposta da questão 28:[B]

Comentário da questão:
A industrialização do continente Europeu marcou um intenso processo de expansão econômica. O crescimento dos parques industriais e o acúmulo de capitais fizeram com que as grandes potências econômicas da Europa buscassem a ampliação de seus mercados e procurassem maiores quantidades de matéria-prima disponíveis a baixo custo. Foi nesse contexto que, a partir do século XIX, essas nações buscaram explorar regiões na África e Ásia e da Oceania.



29.  (UFMG-1998) A expansão neocolonial do final do século XIX pode ser associada a:
a) Divisão internacional do trabalho entre produtores de matérias primas e consumidores de produtos industrializados.
b) Necessidade de expansão da influência da Igreja Católica frente ao aumento dos seguidores da Reforma.
c) Atração pelo entesouramento permitido pela conquista de regiões com jazidas de metais preciosos.
d) Busca de novas oportunidades de investimentos lucrativos para o capital excedente nos países industriais.

resposta da questão 29:[A]

Comentário da questão:

Essa nova fase do capitalismo ficou conhecida como capitalismo financeiro e causou modificações na Divisão Internacional do Trabalho, havendo os países desenvolvidos, cuja função era fornecer produtos industrializados e as regiões mais atrasadas, do ponto de vista econômico, cujas funções seriam fornecer matérias primas e consumir a produção industrial europeia. 


30. (Fuvest-2003) “Na realidade são idênticos os nossos interesses e os dos nossos vizinhos sulinos. Eles possuem grandes riquezas naturais e a prosperidade chegará a eles, se reinar a lei e a justiça dentro de suas fronteiras. Enquanto obedecerem às leis elementares da sociedade civilizada, podem estar seguros de que serão tratados por nós com ânimo cordial e compreensivo. Interviríamos somente em último caso, somente se se tornasse evidente a sua inabilidade ou má vontade, quanto a fazerem justiça interna e, em plano externo, se tiverem violado os direitos dos Estados Unidos:”
Theodore Roosevelt. Corolário Roosevelt para a“Doutrina Monroe”. 1904.

A partir do texto,
a) responda qual o entendimento que o presidente norte-americano, Theodore Roosevelt, tinha de “sociedade  civilizada”?

b) Indique uma das decorrências da política externa dos  Estados Unidos para a América Latina no século 20. 

resposta da questão 30:

a) Segundo o texto, a "sociedade civilizada" é entendida como o império da "lei" e da "justiça" que, por suposto, não eram comuns entre os "sulinos". Acrescente-se que o conceito envolve também não violar aquilo que ele chama de "direitos dos Estados Unidos".

b) Pode-se afirmar que a América Latina tem um papel secundário no plano das relações internacionais para os Estados Unidos. As intervenções ocorreram, sobretudo, sob dois contextos: quando ocorreu insolvência financeira –suspensão do pagamento da dívida externa – e por ocasião dos problemas decorrentes do conflito político-ideológico da Guerra Fria.



31. (UFMT-1996) Na(s) questão(ões) a seguir julgue os itens e escreva nos parentes (V) se for verdadeiro ou (F) se for falso.
Entre o final do século XIX e início do XX, os países capitalistas desenvolvidos conseguiram dominar praticamente todo o mundo. Era o imperialismo. Analisando suas motivações e características, julgue os itens.
( ) As causas da expansão imperialista ligaram-se às transformações de estrutura capitalista geralmente na Segunda Revolução Industrial e marcaram, o início do capitalismo monopolista e financeiro.
( ) Razões humanitárias e filantrópicas foram usadas para justificar a política imperialista; a Europa assume uma missão "civilizadora" .
( ) A década de 1870 conheceu uma crise econômica acompanhada de excedentes de capitais o que, por um lado, impossibilitava o reinvestimento na produção e por outro, tornava necessário encontrar áreas extra-europeias para investir.


resposta da questão 31: V - V - F

Comentário da questão:
A década de 1870 corresponde uma fase de expansão capitalista conhecida como II Revolução Industrial que criou a necessidade da ampliação de mercados consumidores e fornecedores de matérias primas.



32. (UEL-2003) “Longe de serem uns monstros de espada, eles querem, majoritariamente, ser os portadores de um grande destino. Por mais que tenham passado populações inteiras pelo fio da espada - como Gallieni em seus primeiros tempos - ou as tenham queimado vivas - como Bugeaud na Argélia -, a seus olhos tais atos são apenas os meios necessários para a realização do projeto colonial [na África], essa missão civilizadora que substitui a evangelização tão cara aos conquistadores do século XVI.” 
(FERRO, Marc. História das colonizações: das conquistas às independências - séculos XIII a XX. Trad. Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 104.)


No texto acima, que trata da partilha e da conquista da África, no século XIX, o autor defende que:
a) Os conquistadores fincavam suas bandeiras sem violar os direitos humanos da igualdade e da liberdade dos povos africanos.
b) Os conquistadores desprezavam a glória, o heroísmo e as riquezas decorrentes da grande obra civilizadora na África.
c) Os conquistadores tinham a convicção de encarnar a razão e a ciência e serem capazes de subjugar as sociedades africanas.
d) Os conquistadores conseguiram que triunfasse a ideia de um projeto colonial tirânico e violento, pois foram incapazes de cooptar lideranças políticas nativas.
e) Assim como Portugal, outros Estados europeus substituíram, na África, os canhões pelas missões evangelizadoras jesuíticas.


resposta da questão 32:[C]

Comentário da questão:
De acordo com o fragmento escrito pelo historiador Marc Ferro, na conquista do continente africano pelos europeus houve intensa violência, apesar da defesa da "missão civilizadora" - suposta superioridade do branco europeu.



33. (UEL-2003) “A tomada de impressões digitais, inventada em Bengala, durante o domínio britânico na Índia, buscou uma nova maneira segura de identificar os súditos britânicos coloniais. Francis Galton, pai da eugenia moderna, esperava poder provar que elas revelavam a ‘raça’ de cada indivíduo. Mas em 1892, foi forçado a admitir o fracasso: não havia diferenças sistemáticas entre as impressões digitais dos grupos.”
(VINES, Gail. Folha de S. Paulo, 06 ago. 1995.)

Sobre o texto, é correto afirmar:
a) Os ingleses confirmaram na Índia diferenças biológicas entre as raças através de experimentos científicos realizados no corpo humano.
b) Na Índia, os súditos do Império Britânico, independentemente de suas origens, desconheceram ações de discriminação ou segregação.
c) As principais potências europeias estimulavam o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, nas suas respectivas possessões coloniais, para beneficiar as populações locais.
d) Na Índia, a associação entre os ensaios científicos e a dominação política buscava comprovar a superioridade dos ingleses sobre os demais povos.
e) Na Ásia, o colonialismo aliou à busca de novos mercados para o capital a valorização dos atributos raciais dos povos colonizados.


resposta da questão 33:[D]

Comentário da questão:
texto se refere a uma tentativa, por parte dos ingleses, em sua colônia indiana, de utilizar a ciência para provar a superioridade do homem branco.


34. (Mack-2003) Uma das alternativas abaixo NÃO corresponde às diferenças entre o Neocolonialismo do século XIX e o Colonialismo do século XVI.
a) Os agentes do Colonialismo foram a burguesia financeiro-industrial e os Estados da Europa, América, enquanto os do Neocolonialismo foram os Estados metropolitanos europeus e sua burguesia comercial.
b) As principais áreas de dominação do Neocolonialismo foram a África e a Ásia, e as do Colonialismo, as Américas.
c) A fase do capitalismo em que o Neocolonialismo se desenvolveu denominou-se Capitalismo Industrial e Financeiro e a do Colonialismo, Capitalismo Comercial.
d) O Neocolonialismo buscava garantir a reserva de mercados e o fornecimento de matérias-primas, enquanto o Colonialismo buscava o fornecimento de produtos tropicais e metais preciosos.
e) O Neocolonialismo teve como justificativa ideológica a missão civilizadora do homem branco de espalhar o progresso, enquanto no Colonialismo a justificativa era a expansão da fé cristã.


resposta da questão 34:[A]

Comentário da questão:

A sentença correta deveria ser: "Os agentes do Neocolonialismo foram a burguesia financeiro-industrial e os Estados da Europa, América, enquanto os do Colonialismo foram os Estados metropolitanos europeus e sua burguesia comercial".



35. (FGV-2003) Sobre o imperialismo no século XIX, é correto afirmar:
A) caracterizou-se pela valorização da diplomacia e do reconhecimento da autodeterminação dos povos em lugar de intervenções militares e da manutenção das áreas coloniais.
B) caracterizou-se pelo incremento das atividades mercantis e pelo fluxo de matérias-primas dos países desenvolvidos para as regiões em processo de desenvolvimento.
C) caracterizou-se pela emergência de potências asiáticas detentoras de alta tecnologia, abundante mão-de-obra e enormes reservas de matérias-primas.
D) caracterizou-se pela conquista e subordinação de territórios destinados ao papel de fornecedores de matérias primas e consumidores de produtos dos países industrializados.
E) caracterizou-se pelo desenvolvimento do capitalismo monopolista comercial e pela articulação de diversas regiões do planeta por meio do fortalecimento do mercado internacional.


resposta da questão 35:[D]

Comentário da questão:
O imperialismo do século XIX caracterizou-se pela dominação política e econômica das grandes potências europeias sobre territórios da Ásia e da África. O objetivo era se apropriar de novos mercados e de novas áreas fornecedoras de matérias-primas. Essa política culminou na realização da partilha dos territórios mencionados entre os países hegemônicos, processo chamado “neocolonialismo”.



36. (Fuvest-2004) A Primeira Guerra Mundial, (1914-1918), foi o primeiro conjunto de acontecimentos que abalou seriamente o domínio colonial e a existência de impérios europeus no século XX.

Tendo por base o texto, explique:
a) A associação entre o colonialismo europeu e a Primeira Guerra.
b) A relação entre a Primeira Guerra e a destruição do Império Russo.

resposta da questão 36:
a) A Primeira Guerra Mundial teve entre suas principais causas as disputas imperialistas entre as grandes nações europeias, principalmente pelo controle de territórios na Ásia e na África. Um exemplo dessas tensões foi a famosa Questão Marroquina, que acirrou as rivalidades entre França e Alemanha.

b) As derrotas militares do Império Russo diante da Alemanha durante a guerra aceleraram o processo de desagregação do regime do czar Nicolau II. A fome, o alistamento compulsório, o grande número de mortes e a corrupção generalizada ajudaram a precipitar o desfecho revolucionário de 1917.


37. (Vunesp-2004) Os historiadores costumam distinguir a primeira Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no século XVIII, de uma segunda Revolução, datada do último quartel do século XIX.

a) Estabeleça duas distinções entre a 1ª e a 2ª Revolução Industrial.
b) Aponte uma conseqüência política da 2ª Revolução Industrial.

resposta da questão 37:



a) O aluno poderia selecionar duas das distinções abaixo:

• 1ª Revolução Industrial:
1. Alcance restrito (Noroeste da Europa)
2. Utilização de energia hidráulica e a vapor
3. Setores de vanguarda: têxtil e metalúrgico
4. Livre iniciativa
5. Preponderância do capital produtivo sobre o financeiro

• 2ª Revolução Industrial:
1. Maior alcance (Japão, Estados Unidos e diversas áreas da Europa)
2. Utilização de novas fontes de energia (elétrica, derivados de petróleo)
3. Setores de vanguarda: químico e siderúrgico
4. Tendência à formação de monopólios 
5. Ascensão do capital financeiro

b) Dentre as várias conseqüências políticas, pode-se observar: de um lado, a consolidação da burguesia por meio das revoluções liberais e nacionalistas; de outro, a emergência do proletariado urbano, que, por meio de ações reivindicatórias e revoluções de cunho socialista (como o cartismo e a Comuna de Paris), adquiriu uma identidade própria. Por último, a industrialização agravou o nacionalismo ao produzir a expansão imperialista, gerando conflitos internacionais que culminaram com a eclosão da Primeira Guerra Mundial.



38. (Mack-2005) A expansão imperialista do século XIX foi um novo passo no processo de mundialização da ordem capitalista, depois das cruzadas, da expansão ultramarina, da colonização, etc. As populações africanas e asiáticas foram tragadas e incorporadas a uma ordem essencialmente européia.

Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo

Considerando o fragmento de texto acima, assinale a alternativa correta.
a) A busca por mercados consumidores de manufaturados e fornecedores de matérias-primas determinou que a dominação imperialista fosse realizada por meio de alianças com as elites locais.
b) A doutrina científica conhecida como darwinismo social oferecia respaldo para a ocupação dos novos territórios, apesar de os intelectuais europeus serem contrários a essa prática de dominação.
c) Assim como no século XVI, defendia-se que era necessário levar a verdadeira fé cristã aos infiéis, sendo as nações capitalistas responsáveis pela expansão espiritual, que efetivamente ocorreu sem resistências.
d) As nações imperialistas afirmavam que os europeus estavam envolvidos em uma “missão humanista”, que consistiria em melhorar as condições de vida dos nativos, sem entrar em choque com as culturas locais.
e) Caberia ao homem branco europeu cumprir sua “missão civilizadora” e levar aos povos primitivos os benefícios provenientes das sociedades industrializadas e detentoras de modernas tecnologias.

resposta da questão 38:[E]

Comentário da questão:

A colonização afro-asiática empreendida pelas potências industriais e imperialistas no século XIX foi justificada, ideologicamente, pela teoria racista que defendia a “superioridade” do homem branco e da civilização europeia perante os povos colonizados.



39. (UNIFESP-2005) “Em meados da década de 1890, em meio à terceira longa depressão em três décadas sucessivas, difundiu-se na burguesia uma repulsa pelo mercado não regulamentado, em todos os grandes setores da economia”. 
O autor (Martin Sklar, 1988) está se referindo à visão dominante entre a burguesia no momento em que o capitalismo entrava na fase
A) globalizada.
B) competitiva.
C) multinacional.
D) monopolista
E) keynesiana



resposta da questão 39:[D]

Comentário da questão:
Quando a Revolução Industrial deixa de ser um fenômeno exclusivamente britânico, sobretudo a partir da segunda metade do século XIX, estabelece-se uma concorrida competição entre as potências industriais por mercados de consumo, fontes de matérias-primas e áreas onde pudessem investir capitais excedentes. Do ponto de vista da história econômica, considera-se este período como a fase do capitalismo monopolista.







40. (Mack-2004) O filósofo Charles Spencer defendia, em meados do século XIX, o darwinismo social, segundo o qual as diferenças sociais seriam encaradas como resultado da luta pela sobrevivência do mais forte. Os teóricos liberais brasileiros foram inspirados por essas idéias, pois:
a) nos meios militares, tais conhecimentos eram difundidos e justificavam que cabia ao Exército, o setor mais disciplinado da sociedade, a missão de governar o país, para a construção de um Estado democrático.
b) para evitar as conturbações sociais, a liderança do governo nacional deveria ser levada a cabo por uma elite intelectual, devidamente preparada e formada nos meios acadêmicos europeus.
c) de acordo com esses pressupostos, o grupo superiormente mais forte seria a burguesia agrária cafeeira, especialmente a paulista, que deveria exercer a liderança política, pois se tratava do grupo economicamente mais forte.
d) as idéias desses teóricos defendiam a adoção de um regime baseado em uma ordem democrática que impediria as desordens e revoltas que poderiam comprometer o bem estar social.
e) nas sociedades capitalistas, a evolução em direção a uma organização voltada para a conquista da ordem e do progresso deveria adotar o regime republicano como forma política que garantiria ampla participação popular.



resposta da questão 40:[C]

Comentário da questão:
O darwinismo social, defendido por Charles Spencer, foi amplamente difundido pela Europa, inspirando os teóricos liberais brasileiros que defendiam a superioridade da burguesia agrária brasileira e o “embranquecimento” da população através da imigração europeia.

41. (Mack 2005) Ao contrário do colonialismo do século XVI, que se dirigiu principalmente para a América, buscando especiarias e metais preciosos, subordinando-se ao mercantilismo do capitalismo comercial e fazendo uso da fé como justificativa para as conquistas, o imperialismo do século XIX refletia a maturidade capitalista industrial.
                                                 (Carlos Guilherme Mota)

Várias doutrinas foram forjadas, nos países europeus, para justificar o neocolonialismo. As mais comuns defendiam

a) a difusão da Doutrina Monroe por todo o planeta.
b) a missão civilizadora do homem branco.
c) o capitalismo mercantilista.
d) a oposição às idéias do Darwinismo Social.
e) os princípios aprovados na Carta do Atlântico.


resposta da questão 41:[B]

Comentário da questão:
O colonialismo do século XIX procurava justificar a conquista e submissão de povos, especialmente na África e na Ásia, sob o pretexto de levar a civilização aos povos considerados atrasados.


42. (Mackenzie) Como a lei da gravitação universal de Newton, a Teoria da Evolução teve conseqüências revolucionárias fora da área científica. [...]Alguns pensadores sociais aplicaram as conclusões darwinianas à ordem social, produzindo teorias que as 
transferiram à explicação dos problemas sociais. As expressões “luta pela existência” e “sobrevivência do mais capaz” foram tomadas de Darwin para apoiar a defesa que faziam do individualismo econômico.
Flávio de Campos e Renan Garcia — Oficina de História

O darwinismo social foi utilizado como argumento para justificar, no século XIX, o:
a) Colonialismo.
b) Imperialismo.
c) Liberalismo.
d) Socialismo.
e) Neoliberalismo.

resposta da questão 42:[B]

Comentário da questão:
As imagens de juventude e vitalidade, de sobrevivência e decadência, de competição e os incapazes eram parte da linguagem do darwinismo social, permeada de alusões a raça e conflito, à superioridade ou inferioridade dos povos. Foi a ideologia que justificou o fenômeno do imperialismo no século XIX, apregoando a pretensa superioridade do branco em relação às outras etnias.

43. (Uel 2007) Quando os britânicos chegaram pela primeira vez, Bengala era um dos lugares mais ricos do mundo. Os primeiros mercadores britânicos descreveram-na como um paraíso. [...] La havia ricas áreas agrícolas, que produziram um algodão de rara qualidade, e também uma indústria avançada para os padrões da época. Para se ter uma ideia, uma firma indiana construiu, durante as guerras napoleônicas, uma das naus para um almirante inglês. [...] Segundo [Adam] Smith, os ingleses destruíram primeiro a economia agrícola, depois transformaram a carência em fome coletiva. Uma maneira de fazer isso foi transformar terras agrícolas em áreas para a produção de papoulas (já que o ópio era a única coisa que a Grã-Bretanha podia vender a China). Houve então fome em massa em Bengala. [...] A partir do século XVIII, a Grã-Bretanha impôs duras leis tarifarias para impedir que os produtos industrializados indianos competissem com a produção têxtil dos ingleses. Eles tiveram de enfraquecer e destruir as indústrias têxteis indianas, pois a Índia tinha uma relativa vantagem - utilizava um algodão de melhor qualidade, e um sistema industrial, em muitos aspectos, comparável ou superior ao britânico.

Fonte: CHOMSKY, N. A minoria prospera e a multidão inquieta. Tradução de Mary Grace Figheira Perpetuo. Brasília: UNB, 1999, p. 84-85.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a afirmativa correta
a) A política comercial britânica refletia as idéias do liberalismo neocolonial. Postulavam e realizavam, assim, a total liberdade de produção e comercialização entre metrópoles e colônias.
b) A Grã-Bretanha não abriu os mercados da China com o ópio das papoulas, pois a corte inglesa pressupunha o exercício da ciência e da preservação da conduta humana na constituição básica da civilização e dos direitos frente aos povos de outros continentes.
c) A acumulação primitiva de capital advinda da abertura das terras publica como exemplo de liberdade de competição entre os camponeses, para o desenvolvimento da economia agrária, foi um dos fatores principais para a Revolução industrial.
d) A indústria têxtil inglesa e a Companhia de Navegação das Índias Orientais estabeleceram um ramo comercial e fabril articulado ao poder monárquico, impondo uma legislação de tarifas aduaneiras as outras metrópoles, impedindo-as de terem uma economia agrícola.
e) O processo histórico de constituição do capitalismo britânico representou, para as suas colônias na Ásia, uma destruição dos sistemas econômicos autóctones.


resposta da questão 43:[E]

Comentário da questão:
De acordo com Noam Chonsky, o processo histórico de constituição do capitalismo britânico representou, para as suas colônias na Ásia, uma destruição dos sistemas econômicos tradicionais. 




44. (Fuvest-1999) "Quando os brancos chegaram, nós tínhamos as terras e eles a Bíblia; depois eles nos ensinaram a rezar; quando abrimos os olhos, nós tínhamos a Bíblia e 
eles as terras".
Essa frase - atribuída a Jomo Kenyatta, fundador da República do Quênia - remete à partilha da África, no quadro do imperialismo europeu. Comente e interprete o trecho.

resposta da questão 44:

Comentário da questão:
O texto refere-se a dominação branca da África dando destaque as pessoas que se utilizando da Bíblia com a “missão” de levar à estes povos, que segundo eles eram aculturados, a fé cristã. Mas na verdade a intenção era a de dominar estes povos e ocupar suas terras.



45. (Fuvest-2000) Na segunda metade do século XIX, em face do avanço do Ocidente na Ásia, a China
a) tornou-se, como a Índia, uma colônia, com a única diferença de ser dominada por várias potências e não apenas pela Inglaterra.
b) reagiu, como o Japão, realizando, ao mesmo tempo, um processo de restauração imperial e de modernização econômica.
c) manteve, formalmente, seu estatuto de Império Celestial,  mas ao preço de enormes perdas e concessões às potências ocidentais.
d) conseguiu fechar-se ao Ocidente graças à Rebelião  Taiping, depois de derrotada pela Inglaterra na Guerra do Ópio.
e) resistiu vitoriosamente a todas as agressões do Ocidente até Pequim ser saqueada durante a Guerra dos Boxers.


resposta da questão 45:[C]

Comentário da questão:
A China manteve formalmente seu estatuto de Império Celestial, entretanto acabou subordinada através da assinatura de dois acordos: o Tratado de Nanquim, com a abertura de cinco portos chineses ao Ocidente e a cessão da ilha de Hong Kong ao domínio britânico até o ano de 1997, e o Tratado de Pequim, que estabeleceu a instalação de embaixadas ocidentais no território chinês.




46. (FGV-2004) "(...) Que tínhamos feito à forte e opulenta Inglaterra? (...) Não era Portugal um aliado antigo e fiel, correndo com terna solicitude a depor-lhe no estômago insondável pedaços de seus domínios no Ultramar, a assumir a defesa dos seus múltiplos interesses econômico-políticos, e a lançar-se-Ihe nos braços magnânimos nas horas de turbação e de amargura?(...) Pois não lhe bastavam Bombaim, Tânger, Ceuta, e tantas outras paragens longínquas de que mal sabíamos os nomes?(...) O Zaire não tinha já ido na corrente da distribuição leonina de Berlim, em 1885?
Então não era nossa, legitimamente nossa, a bacia do Zambeze?(...)"
(TELES. Basílio, Do Ultimatum ao 31 de Janeiro. Esboço de História Política. 28 ed., Lisboa, Portugália Editora, 1968, p.7-8)

O texto acima refere-se a tensões que se estabeleceram:
a) Devido à recusa do governo português em cumprir os ditames do Tratado de Methuen.
b) Devido ao revanchismo português após a perda de suas feitorias localizadas na Índia.
c) Devido ao revanchismo inglês provocado pela aliança histórica entre Portugal e França.
d) Entre Inglaterra e Portugal devido à disputa de territórios situados no interior da África.
e) Entre Inglaterra e Portugal, provocadas pela condenação britânica ao tráfico negreiro.




resposta da questão 46:[D]

Comentário da questão:

O texto trata do choque de imperialismo envolvendo a Inglaterra expansionista, organizadora de seu império colonial na África e Portugal, país decadente no século 19, que é forçado a recuar de suas pretensões territoriais no sentido de unir Angola e Moçambique.



47. (FGV-2004) No século XIX, potências europeias protagonizaram conflitos no continente asiático, devido ao comércio com a China e à produção e venda de ópio. Com relação a tais conflitos, é correto afirmar:
a) A primeira “Guerra do Ópio” foi desencadeada pela Inglaterra, preocupada em eliminar a produção da droga no Oriente e o seu consumo, que se alastrava pela sociedade chinesa e pelo Oriente.
b) A primeira “Guerra do Ópio” permitiu aos chineses o controle sobre o tráfico de ópio no Oriente e a recuperação da Mandchúria, tomada inicialmente pelas tropas inglesas.
c) O fim da primeira “Guerra do Ópio” resultou no controle sobre a distribuição do chá pelos comerciantes chineses e no fim da participação dos ingleses no tráfico de ópio.
d) Ao final da primeira “Guerra do Ópio”, os ingleses obtiveram, pelo Tratado de Nanquim, a concessão da ilha de Hong Kong e o acesso a novos portos comerciais chineses.
e) A primeira “Guerra do Ópio” decretou o fim das intervenções ocidentais na China e o estabelecimento de uma política de isolamento semelhante àquela adotada pelo Japão no mesmo período.

resposta da questão 47:[D]

Comentário da questão:
Depois da derrota do Império Chinês frente à Inglaterra na primeira Guerra do Ópio (1839-1842), a China teve que abrir cinco portos ao livre comércio e entregar a ilha de Hong Kong à Inglaterra (só devolvida à China em 1998). Durante a segunda Guerra do Ópio (1856-1860), a China sofreu o Tratado de Tientsin (1858) que, entre outras concessões, admitia: a livre importação do ópio (vendido em sua maioria por traficantes ingleses), a abertura de mais dez portos ao comércio europeu, a permissão de entrada de missionários cristãos, o direito de extraterritorialidade aos europeus e a garantia de áreas do território chinês para uso exclusivo de estrangeiros. Os dois tratados ficaram conhecidos como osTratados Desiguais.



48. (Vunesp-2005) A ocupação de regiões da África e da Ásia, levada a efeito por potências europeias no decorrer do século XIX, não se fez pacificamente, a despeito da supremacia bélica dos conquistadores.
a) Cite dois conflitos nas áreas dominadas, decorrentes do processo mencionado.
b) Aponte e comente um motivo que justifique o interesse das potências europeias nessas áreas.


resposta da questão 48:

a) Dentre os conflitos ocorridos na Ásia e na África, envolvendo a resistência às potências colonizadoras, o candidato poderia citar:
— Guerra do Ópio (1840-42), na China;
— Guerra dos Sipaios (1857), na Índia;
— Revolta dos Boxers (1900), na China;
— Guerra dos Boeres (1899-1902), na África.

b) A expansão econômica decorrente da Segunda Revolução Industrial ampliou a necessidade de matérias primas e de mercados consumidores de produtos industrializados. Na Ásia e na África, encontravam-se áreas que atendiam a essas condições e nas quais, além disso, era possível aplicar capital excedente. Por isso foram transformadas em novos espaços de exploração capitalista.


49. (Mack-2004) O chanceler alemão Otto von Bismarck organizou uma importante reunião, a Conferência de Berlim (1884-1885). Participaram desse encontro representantes de 15 países, além dos Estados Unidos da América.
O objetivo desse encontro foi:
a) estabelecer as bases da Política de Alianças. 
b) partilhar o Continente Africano. 
c) formular o Equilíbrio Europeu.
d) instaurar a Liga do Três Imperadores.
e) organizar os Zollverein.


resposta da questão 49:[B]

Comentário da questão:
A Conferência de Berlim formalizou a partilha do continente africano entre as grandes potências industriais.


50. (Vunesp-2005) 
I. Em 1914, 85% das terras do planeta eram áreas coloniais. O dado é impressionante e nos revela de que maneira a Europa tornou-se “senhora do mundo”. Tal número é reflexo de um novo movimento imperialista ocorrido principalmente a partir dos anos 1870. (…) Importa destacar que naquele momento [década de 1870] formulou-se um emaranhado de explicações culturais, humanitárias e filosóficas para explicar a necessidade do imperialismo.
(Adhemar Marques e outros, História contemporânea através de textos.)

II. Ainda em 1939, a Grã-Bretanha tinha comércio “internações” comparável ao dos Estados Unidos, e uma força industrial tão desenvolvida quanto a da Alemanha. 
(…) a guerra fria e os conflitos do Oriente Médio continuavam a onerar o orçamento, ao passo que a Alemanha e o Japão, e até a Itália, concorrentes industriais, podiam se reconstruir sem ter que suportar esses fardos. 
(…) Na África do Norte [francesa], por exemplo, a ajuda financeira metropolitana direta quadruplicou, de 1948 a 1951, e, no mesmo período, 15% dos investimentos franceses foram para as colônias, proporção que alcançou 20% em 1955.
(Marc Ferro, História das colonizações — Das conquistas às independências – Séculos XIII a XX.)

a) Como as nações europeias justificavam a ocupação e a neocolonização da África a partir do século XIX?

b) No fragmento II, identifique o problema vivido pela França e pela Grã-Bretanha em relação aos seus espaços neocoloniais na África.


resposta da questão 50:
a) O neocolonialismo foi justificado pelo argumento da superioridade racial e do “fardo do homem branco”, segundo o qual as nações europeias teriam a obrigação de levar a civilização aos povos da África, considerados “atrasados”.

b) De acordo com o fragmento II, a França e a Grã-Bretanha passaram a ter gastos elevados com a manutenção de seus impérios coloniais, ao mesmo tempo que precisavam obter recursos para sustentar a mobilização militar típica da Guerra Fria. Dessa forma, seus orçamentos se desequilibravam.




51. (VUNESP-2006) É difícil acreditar na guerra terrível, mas silenciosa, que os seres orgânicos travam em meio aos bosques serenos e campos risonhos.
(C. Darwin, anotação no Diário de 1839.)

Na segunda metade do século XIX, a doutrina sobre a seleção natural das espécies, elaborada pelo naturalista inglês Charles Darwin, foi transferida para as relações humanas, numa situação histórica marcada
A) pela concórdia universal entre povos de diferentes continentes.
B) pela noção de domínio, supremacia e hierarquia racial.
C) pelos tratados favoráveis aos povos colonizados.
D) pelas concepções de unificação européia e de paz armada.
E) pela fundação de instituições destinadas a promover a paz.


resposta da questão 51:[B]

Comentário da questão:
A teoria de Charles Darwin foi transferida para as relações humanas por Herbert Spencer (1820-1903), que, no contexto do imperialismo do século XIX, justificou o domínio e a supremacia européia, através de uma proposta de hierarquia racial.


52. (FUVEST-2006) A História Contemporânea, no programa de História da FUVEST, contém um item que diz: “A Europa em competição (1871-1914): imperialismo, neocolonialismo e belle époque”. Indique
a) em que consistia essa competição e por que era imperialista.
b) o significado da expressão belle époque.


resposta da questão 52:
a) A competição entre os países europeus foi uma decorrência das necessidades expansionistas criadas pela Revolução Industrial. Assim, a busca de mercados para os seus produtos e capitais provocou uma nova forma de dominação, na Ásia e na África, que deu origem ao imperialismo.

b) A expressão belle époque designa um período anterior à Primeira Guerra Mundial em que a vida urbana passou a refletir os avanços produzidos pela industrialização. Dessa maneira, paralelamente ao enriquecimento da alta burguesia e ao aumento da classe média, houve a eletrificação das cidades e a implantação de projetos urbanísticos, criando uma sensação de progresso e prosperidade que se manifestou também na cultura.



53. (Fatec-1997) Ata Geral da Conferência de Berlim - 26 de fevereiro de 1885
"Capítulo 1 - Declaração referente à liberdade de comércio 
na bacia do Congo ...
Artigo 6º - Todas as Potências que exercem direitos de soberania ou uma influência nos referidos territórios comprometem-se a velar pela conservação dos aborígenes e pela melhoria de suas condições morais e materiais de existência e a cooperar na supressão de escravatura e principalmente no tráfico de negros; elas protegerão e favorecerão, sem distinção de nacionalidade ou de culto, todas as instituições e empresas religiosas, científicas ou de caridade, criadas e organizadas para esses fins ou que tendam a instruir os indígenas e a lhes fazer compreender e apreciar as vantagens da Civilização."

Pela leitura do texto acima, podemos deduzir que ele:
a) demonstra que os interesses capitalistas voltados para investimentos financeiros eram a tônica do tratado.
b) caracteriza a atração exercida pela abundância de recursos minerais, notadamente na região sul-saariana.
c) explicita as intenções de natureza religiosa do imperialismo, através da proteção à ação dos missionários.
d) revela a própria ideologia do colonialismo europeu ao se referir às vantagens da Civilização.
e) reflete a preocupação das potências capitalistas em manter a escravidão negra.


resposta da questão 53:[D]

Comentário da questão:
A ideologia do colonialismo do século XIX enfatizava a questão da "missão civilizadora".

54. (UNICAMP-1995) Ao exaltar o imperialismo inglês, Rudyard Kipling escreveu em um de seus poemas:
"Aceitai o fardo do homem branco,
Enviai os melhores dos vossos filhos,
Condenai vossos filhos ao exílio,
Para que sejam os servidores de seus cativos."

a) Como esses versos de Kipling explicam o imperialismo inglês?
b) Quais as áreas mais cobiçadas pelo imperialismo inglês e por quê?


resposta da questão 54:
a) Kipling justifica o imperialismo inglês como sendo um  fardo que o homem é obrigado a carregar, sendo um ser superior , o homem branco tem que levar a civilização a  que deve ser seu dominado.

b) Ásia e África




55. (FGV-1999) "A violência colonial não tem somente o objetivo de garantir o respeito desses homens subjugados; procura desumanizá-los. Nada deve ser poupado para liquidar suas tradições (…), é preciso embrutecê-los pela fadiga. Desnutridos, enfermos, se ainda resistem, o medo concluirá o trabalho: assestam-se os fuzis sobre o camponês, vêm civis que se instalam na terra e o obrigam a cultivá-la para eles. Se resiste, os soldados atiram, é um homem morto; se cede, degrada-se o caráter, não é mais um homem; a vergonha e o temor vão fender-lhe o caráter, desintegrar-lhe a personalidade." (Jean-Paul Sartre/1979)

O texto acima expressa a violência colonial como:
a) desestruturadora não apenas das tradições culturais, mas fundamentalmente do próprio sujeito subjugado;
b) dialética, pois o sujeito colonizado passa a ter os valores do colonizador após sua desestruturação;
c) diretamente vinculada às experiências em África e Ásia;
d) cruel, porém necessária para a constituição da modernidade;
e) resultado direto da ação do sujeito subjugado.


resposta da questão 55:[A]

Comentário da questão:
De acordo com o texto de Jean-Paul Sartre, descrito no enunciado da questão o processo de neocolonialismo provocou uma intensa violência contra as populações subjugadas, pois desestruturou as tradições culturais e fundamentalmente o próprio sujeito dominado e explorado pelos interesses do grande capital.




56. (UFSCar-2000) O final do século XIX assistiu a um processo de divisão e de ocupação de territórios internacionais pelos países desenvolvidos.

a) Qual é o termo que usualmente se aplica a esta expansão econômica, política e territorial?

b) Em que aspectos essa expansão, característica dos séculos XIX e XX, difere da exploração colonialista do Antigo Regime da época moderna?

resposta da questão 56:

a) Imperialismo ou Neocolonialismo. Esta forma visava atender as necessidades criadas pela industrialização, buscando mercados consumidores de produtos industrializados e fornecedores de matérias primas. 

b) Enquanto o colonialismo mercantilista visara ao fortalecimento do Estado, o Imperialismo visava o fortalecimento da burguesia das grandes potências. Para isso, colonizou novas áreas na África e na Ásia e assumiu o controle econômico de países periféricos, por exemplo, América Latina e no Oriente.



57. (UNICAMP-2000) Na origem do pitoresco há a guerra e a repulsa em compreender o inimigo: na verdade nossas luzes sobre a Ásia vieram, inicialmente, de missionários irritados e de soldados. Mais tarde chegaram os viajantes – comerciantes e turistas – que são militares frios: o saque se denomina shopping e as violações são praticadas honrosamente nas casas especializadas. (...) Criança, eu era vítima do pitoresco: tinham feito tudo para tornar os chineses apavorantes (...). 
(Adaptado de Jean-Paul Sartre, Colonialismo e Neocolonialismo) 

a) Retire do texto dois personagens da colonização européia da Ásia e da África do século XVI ao século XX e explique qual o seu papel na exploração e dominação colonial. 

b) Explique como a Revolução Cultural Chinesa de 1968 se posicionou frente aos valores econômicos e culturais do Ocidente.



resposta da questão 57:

 a) O texto apresenta como personagens da colonização europeia na África e na Ásia os missionários, os soldados e os viajantes – comerciantes e turistas. Os missionários representam uma dominação de ordem cultural, com a imposição de um sistema de valores cristão e europeu aos povos africanos e asiáticos, resguardados pelos homens das armas, os soldados. Estes representam a dominação militar sobre a África e Ásia e a possibilidade de estabelecimento de instituições europeias nas áreas dominadas. Já no caso dos viajantes, há a representação básica da "venda da Europa", dos objetos produzidos na Europa industrial aos 
africanos e asiáticos. 

b) A Revolução Cultural Chinesa significou uma oposição radical ao sistema de valores econômicos e culturais europeus. Mao Tsé-tung, líder revolucionário chinês, instigou a negação do conhecimento produzido pelo que considerava ser o "sistema burguês". Chegou-se até ao fechamento das universidades na China, o que, de certa forma, esteve associado ao atraso chinês do período. 


58. (UNICAMP 2004)



resposta da questão 58:

a) Ao neocolonialismo (imperialismo).

b) Principalmente busca de matérias-primas e de mercados consumidores; mas também escoamento de excedentes demográficos europeus e aplicação, no setor terciário das colônias africanas, de capitais excedentes dos países industrializados.

c) A descolonização da África ocorreu no contexto da Guerra Fria, com maior intensidade na década de 1960. O processo se deu por duas vias: pacífica (colônias britânicas e quase todas as colônias francesas) e violenta (colônias portuguesas). A descolonização foi seguida, na maioria dos casos, por guerras civis de origem étnica.


59. (Fuvest-2003) 
Tarzan, foto de 1931
Os personagens acima, difundidos pelo cinema em todo o mundo, representam
a) o modelo de “bom selvagem” segundo a teoria do filósofo J. Jacques Rousseau.
b) o protótipo da mestiçagem defendido pelas teorias do nazi-facismo.
c) o ideal de beleza e de preservação ambiental difundidos pela ideologia do “american way of life”.
d) a superioridade do “homem branco” segundo os defensores da expansão “civilizatória ocidental”.
e) um valor estético permanente no mundo ocidental, criado pela cultura grega, a partir do mito de Ulisses e Penélope.

resposta da questão 59:[D]

Comentário da questão:
A foto mostra um clássico do cinema, dos seriados de televisão e das histórias em quadrinhos. No cinema, Tarzan foi imortalizado pelo ator Jonny W. Miller, com seu fantástico e inconfundível grito. O personagem encarna com maestria os objetivos racistas e dominadores do homem branco em relação ao negro africano. Tarzan é mais inteligente, rápido, astuto, forte e genial do que os africanos.
Lembremos que na Europa do século XIX havia uma  enorme necessidade de justificar a dominação e os massacres europeus sobre os povos africanos e asiáticos. A desculpa poderia ser baseada em teses de pseudo-cientistas, como o inglês Spencer, que justificava a superioridade do homem branco através de um darwinismo social, ou em obras literárias, como as de R. Kepling, com o seu famoso “Fardo do Homem Branco”. O personagem Tarzan foi a consagração e o exemplo máximo da ideologia racista da sociedade anglo-saxã cristã para legitimar a expansão das potências industriais do século XIX e começo do XX.


60. (Enem 2008) William James Herschel, coletor do governo inglês, iniciou na Índia seus estudos sobre as impressões digitais que firmavam com o governo. Essas impressões serviam de assinatura. Aplicou-as, então, aos registros de falecimentos e usou esse processo nas prisões inglesas, na Índia, para reconhecimento dos fugitivos. Henry Faulds, outro inglês, médico de hospital em Tóquio, contribuiu para o estudo da datiloscopia. Examinando impressões digitais em peças de cerâmica pré-histórica japonesa, previu a possibilidade de se descobrir um criminoso pela identificação das linhas papilares e preconizou uma técnica para a tomada de impressões digitais, utilizando-se de uma placa de estanho e de tinta de imprensa.
Internet: (com adaptações)

Que tipo de relação orientava os esforços que levaram à descoberta das impressões digitais pelos ingleses e, posteriormente, à sua utilização nos dois países asiáticos?
a) De fraternidade, já que ambos visavam os mesmos fins, ou seja, autenticar contratos.
b) De dominação, já que os nativos puderam identificar os ingleses falecidos com mais facilidade.
c) De controle cultural, já que Faulds usou a técnica para libertar os detidos nas prisões japonesas.
d) De colonizador-colonizado, já que na Índia, a invenção foi usada em favor dos interesses da coroa inglesa.
e) De médico-paciente, já que Faulds trabalhava em um hospital de Tóquio.



resposta da questão 60:[D]

Comentário da questão:
O texto aborda as primeiras utilizações da técnica de impressões digitais, tendo como, pano de fundo, o processo de dominação inglesa na Índia, durante o chamado Imperialismo ou Neocolonialismo. A leitura do texto deve ser cuidadosa e, eliminando as absurdas, chegamos na resposta.



61. (ENEM 2013) A África também já serviu como ponto de partida para comédias bem vulgares, mas de muito sucesso, como Um príncipe em Nova York e Ace Ventura: um maluco na África; em ambas, a África parece um lugar cheio de tribos doidas e rituais de desenho animado. A animação O rei Leão, da Disney, o mais bem-sucedido filme americano ambientado na África, não chegava a contar com elenco de seres humanos.
LEIBOWITZ, E. Filmes de Hollywood sobre África ficam no clichê. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em 17 abr, 2010.
A produção cinematográfica referida no texto contribui para a constituição de uma memória sobre a África e seus habitantes. Essa memória enfatiza e negligencia, respectivamente, os seguintes aspectos do continente africano:
A) A história e a natureza.
B) O exotismo e as culturas.
C) A sociedade e a economia.
D) O comércio e o ambiente.
E) A diversidade e a política.


resposta da questão 61:[B]

Comentário da questão:

O texto ressalta filmes em que a África é vista em uma visão estereotipada, ressaltando seu exotismo e um olhar etnocêntrico desse continente. Por outro lado, tais filmes negligenciam a riqueza cultural dos povos africanos, assim como sua contribuição para a história do homem, construindo uma memória sobre a África partindo de pressupostos preconceituosos e etnocêntricos.




2 comentários:

  1. Bateria de exercícios muito boa! Além disso, os comentários são muito interessantes, têm ajudado-me muito. Obrigada.

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    1. Valeu, Luana! Que bom o blog ter auxiliado em seus estudos! Forte abraço.

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