sábado, 27 de abril de 2013

Confira a correção da avaliação de História P1 do 2º bimestre (Segundo Ano)


Avaliação de História
Segundo Ano

1. (PUC-Rio) A partir da observação do gráfico, faça o que se pede a seguir
 

APRESENTE dois fatores que expliquem o movimento do fluxo de imigrantes no Brasil, entre os anos de 1870 e 1899, representado no gráfico.


resposta:
O aluno poderá apresentar como fatores que explicam o aumento do fluxo de imigrantes ao Brasil entre os anos de 1870 e 1899:
- o início de uma nova política imigrantista, de subvenção, a partir de 1870, na qual os governos provincial e imperial assumiam parte dos custos da vinda de imigrantes;
- a expansão cafeeira e a adesão de parte dos fazendeiros ao emprego do trabalho imigrante sob o sistema do colonato;- uma conjuntura marcada pela crise da escravidão n o Brasil na qual o Estado Imperial colocava em prática a proposta da abolição gradual da escravidão – de que são exemplos as leis do Ventre Livre (1871) e a dos Sexagenários (1885)
– impondo-se para os contemporâneos o enfrentamento da questão da mão-de-obra;
- a abolição da escravidão em 1888;
- a situação de crise econômica vivenciada em alguns países europeus naquela conjuntura, como, por exemplo, Itália e Espanha, obrigou um número significativo de camponeses a abandonar suas terras de origem e buscar oportunidades nas Américas, com o sonho de “fazer a América”.



2. (PUC-Rio) A capa da Revista Ilustrada do ano de 1880 apresenta a ilustração de Ângelo Agostini intitulada Emancipação uma nuvem que não pára de crescer.


 

a) Explique por que a “nuvem da emancipação” não parava de crescer naquela conjuntura.

b) Com base na ilustração e nos seus conhecimentos, identifique dois argumentos utilizados por uma parcela dos proprietários  de escravos para se oporem ao crescimento da “nuvem da emancipação.

resposta:
a) A “nuvem da emancipação” não parava de crescer naquela conjuntura porque foi a partir da década de 1880 que o movimento abolicionista ganhou força com o surgimento de associações, jornais e o avanço da propaganda, construindo uma opinião pública favorável à abolição da escravidão no Brasil. Por outro lado, nesse mesmo momento, intensificaram-se as fugas coletivas e revoltas escravas.

Em 1886, atuaram em São Paulo os chamados caifazes, libertando os escravos das fazendas. Todos esses fatores contribuíam para o crescimento da “nuvem da emancipação”. No contexto internacional, o Brasil figurava como a única nação escravista.

b) Ao longo da década de 1880, apegavam-se à escravidão os proprietários de terras das zonas cafeeiras do Vale do Paraíba. Diante do crescimento do movimento abolicionista, os defensores dos interesses escravocratas colocavam-se contra o crescimento da “nuvem da emancipação” argumentando que a abolição feria seu direito de propriedade e que, portanto, deveria ser realizada com indenização. Afirmavam, ainda, que a imediata libertação dos escravos provocaria a perturbação da tranquilidade e da segurança pública.



3. (Fuvest - 2012) Examine a seguinte tabela:
História
A tabela apresenta dados que podem ser explicados
a) pela lei de 1831, que reduziu os impostos sobre os escravos importados da África para o Brasil.
b) pelo descontentamento dos grandes proprietários de terras em meio ao auge da campanha abolicionista no Brasil.
c) pela renovação, em 1844, do Tratado de 1826 com a Inglaterra, que abriu nova rota de tráfico de escravos entre Brasil e Moçambique.
d) pelo aumento da demanda por escravos no Brasil, em função da expansão cafeeira, a despeito da promulgação da Lei Aberdeen, em 1845.
e) pela aplicação da Lei Eusébio de Queirós, que ampliou a entrada de escravos no Brasil e tributou o tráfico interno.

resposta:[D]
A tabela mostra um grande aumento da entrada de escravos no Brasil, nos três anos subsequentes à decretação  do Bill Aberdeen. É claro que a expansão da cafeicultura nesse período, embora significativa, nem de longe  acompanhou o crescimento da importação de escravos. Seria mais correto, portanto, dizer que o aumento do  tráfico deveu-se ao receio de que sua extinção ocasionasse uma dramática falta de mão de obra, levando os  fazendeiros a formar um estoque de escravos.



4. (FGV) A Lei de Terras, aprovada em 1850, duas semanas após a proibição do tráfico de escravos, "tentou pôr ordem na confusão existente em matéria de propriedade rural, determinando que, no futuro, as terras públicas fossem vendidas e não doadas, como acontecera com as antigas sesmarias, estabeleceu normas para legalizar a posse de terras e procurou forçar o registro das propriedades."

Boris Fausto, "História do Brasil", 1994.

Sobre essa Lei de Terras é correto afirmar que:

a) Sua promulgação coincidiu com a Lei Eusébio de Queiroz, mas não há nenhuma relação de causalidade entre ambas.
b) Ao entrar em vigor, não foi respeitada, podendo ser considerada mais uma "lei para inglês ver".
c) Sua promulgação foi concebida como uma forma de evitar o acesso à propriedade da terra por parte de futuros imigrantes.
d) Sua aprovação naquele momento decorreu de os Estados Unidos terem acabado de aprovar uma lei de terras para o seu território.
e) Ao entrar em vigor, teve efeito contrário ao de sua intenção original, que era a de facilitar o acesso à propriedade.


resposta:[C]
A Lei de Terras, aprovada pelo Parlamento brasileiro em setembro de 1850, atribuía uma valor imobiliário à terra, dificultando dessa maneira o acesso à propriedade rural por parte dos imigrantes ou de ex-escravos, e ainda favoreceu a concentração fundiária no país.


5. (ENEM)


Um dia, os imigrantes aglomerados na amurada da proa chegavam à fedentina quente de um porto, num silêncio de mato e de febre amarela. Santos. — É aqui! Buenos Aires é aqui! — Tinham trocado o rótulo das bagagens, desciam em fila. Faziam suas necessidades nos trens dos 62 animais aonde iam. Jogavam-nos num pavilhão comum em São Paulo. — Buenos Aires é aqui! — Amontoados com trouxas, sanfonas e baús, num carro de bois, que pretos guiavam através do mato por estradas esburacadas, chegavam uma tarde nas senzalas donde acabava de sair o braço escravo. Formavam militarmente nas madrugadas do terreiro homens e mulheres, ante feitores de espingarda ao ombro.
Oswald de Andrade. Marco Zero II – Chão. Rio de Janeiro: Globo, 1991.

Levando-se em consideração o texto de Oswald de Andrade e a pintura de Antonio Rocco reproduzida acima, relativos à imigração europeia para o Brasil, é correto afirmar que
a) a visão da imigração presente na pintura é trágica e, no texto, otimista.
b) a pintura confirma a visão do texto quanto à imigração de argentinos para o Brasil.
c) os dois autores retratam dificuldades dos imigrantes na chegada ao Brasil.
d) Antonio Rocco retrata de forma otimista a imigração, destacando o pioneirismo do imigrante.
e) Oswald de Andrade mostra que a condição de vida do imigrante era melhor que a dos ex-escravos.

resposta: [C]
A pintura e o texto verbal retratam os imigrantes numa perspectiva semelhante, provocando um efeito de sentido negativo sobre a chegada deles ao Brasil. Na pintura, são representados com a expressão carregada, cabisbaixos, exauridos pelo cansaço e pelos receios em relação à nova vida. A tela de Antonio Rocco parece traduzir visualmente as palavras de Oswald de Andrade: “os imigrantes aglomerados (...) chegavam à fedentina quente de um porto (...) amontoados com trouxas”.





Nenhum comentário:

Postar um comentário