sábado, 27 de abril de 2013

Confira a correção da avaliação de História: P1 do 2º Bimestre (Primeiro Ano)


Avaliação de História
 
Primeiro Ano
1. (PUC-Rio)
O trabalho na colônia

1. 1500-1532: período chamado pré-colonial, caracterizado por uma economia extrativa baseada no escambo com os índios;
2. 1532-1600: época de predomínio da escravidão indígena;
3. 1600-1700: fase de instalação do escravismo colonial de plantation em sua forma “clássica”;
4. 1700-1822: anos de diversificação das atividades em função da mineração, do surgimento de uma rede urbana, mais tarde de uma importância maior da manufatura – embora sempre sob o signo da escravidão predominante.

CIRO FLAMARION CARDOSO
In:LINHARES, Maria Yedda (org.). História geral do Brasil.9ª ed. Rio de Janeiro:campus, 2000

A partir das informações do texto, verificam-se alterações ocorridas no sistema colonial em relação à mão-de-obra.
Apresente duas justificativas para o incentivo do Estado português à importação de mão-de-obra escrava para sua colônia na América.


resposta:
A importação de mão-de-obra foi uma das marcas mais significativas da colônia portuguesa da América. Isso se deveu, fundamentalmente, a dificuldades para utilização de mão-de-obra local no desenvolvimento da empresa colonial. A Igreja Católica se opunha à escravidão dos indígenas, e estes também impuseram diversas formas de resistência. Além disso, na segunda metade do século XVI, doenças vitimaram milhares de índios. Estes não foram os únicos elementos determinantes, entretanto, para o tráfico de africanos. Devem também ser destacados fatores de ordem econômica, como a lucratividade do tráfico de escravos africanos, e fatores de ordem cultural, como o caráter hierárquico e conservador da sociedade portuguesa, que legitimava o uso da escravidão.


2. (Unesp) "E o pior é que a maior parte do ouro que se tira das minas passa em pó e em moedas para os reinos estranhos e a menor é a que fica em Portugal e nas cidades do Brasil, salvo o que se gasta em cordões, arrecadas e outros brincos, dos quais se vêem hoje carregadas as mulatas de mau viver e as negras, muito mais que as senhoras".
(André João Antonil. "Cultura e opulência do Brasil", 1711.)

No trecho transcrito, o autor denuncia:

a) a corrupção dos proprietários de lavras no desvio de ouro em seu próprio benefício e na compra de escravos.
b) a transferência do ouro brasileiro para outros países em decorrência de acordos comerciais internacionais de Portugal.
c) o prejuízo para o desenvolvimento interno da colônia e da metrópole gerado pelo contrabando de ouro brasileiro.
d) o controle do ouro por funcionários reais preocupados em esbanjar dinheiro e dominar o poder local.
e) a ausência de controle fiscal português no Brasil e o desvio de ouro para o exterior pelos escravos e mineradores ingleses.



resposta:[C]
O jesuíta André João Antonil se refere no fragmento ao contrabando nas regiões mineradoras que prejudicava tanto o desenvolvimento interno da colonial quanto à Metrópole portuguesa que assim ficava sem receber os impostos sobre a extração aurífera.

3. (UFV-MG) "O ouro brasileiro deixou buracos no Brasil, templos em Portugal e fábricas na Inglaterra."
(Eduardo Galeano)

Explique de que forma os fatos contidos na frase anterior estão relacionados historicamente.



resposta:
O tratado de Methuen (1703) permitiu drenagem de grande parte do ouro brasileiro para a Inglaterra, que já estava desenvolvendo a sua Revolução Industrial, tendo seu processo acelerado. Quanto à Portugal, tradicionalmente religioso e ligado à Igreja Católica, "investiu" o ouro em conventos (ex: Convento de Mafra) e, o Brasil, "aplicou" em igrejas e teve seu solo esburacado.


4. (UNESP) O açúcar e o ouro, cada qual em sua época de predomínio, garantiram para Portugal a posse e a ocupação de vasto território, alimentaram sonhos e cobiças, estimularam o povoamento e o fluxo expressivo de negros escravos, subsidiaram e induziram atividades intermediárias; foram fatores decisivos para o relativo progresso material e certa opulência barroca, além de contribuírem para o razoável florescimento das artes e das letras do período colonial. Apesar desta ação comum ou semelhante, a economia aurífera colonial avançou em direção própria e se diferenciou das demais atividades, principalmente porque:
a) não teve efeito multiplicador no desenvolvimento de atividades econômicas secundárias junto às minas e nas pradarias do Rio Grande;
b) interiorizou a formação de um mercado consumidor e propiciou surto urbano considerável;
c) o ouro brasileiro, sendo dependente do mercado externo, não resistiu à influência exercida pela prata das minas de Potosí;
d) representou forte obstáculo às relações favoráveis à Metrópole e não educou o colonizado para a luta contra a opressão do colonizador;
e) as bandeiras não foram além dos limites territoriais estabelecidos em Tordesilhas, apesar dos conflitos com os jesuítas e da ação cruel contra os indígenas do sertão sul-americano.


resposta:[B]
Enquanto a produção de açúcar esteve concentrada no litoral nordestino, a exploração de ouro em Minas Gerais ocorreu no interior do território, o que por sua vez acabou por contribuir para a urbanização e o surgimento de algumas vilas coloniais na região mineradora.

5. (FGV) No século XVIII a produção do ouro provocou muitas transformações na colônia. Entre elas podemos destacar:

a) A urbanização da Amazônia, o início do ciclo do tabaco, a introdução do trabalho livre com os imigrantes;
b) A introdução do trafico negreiro, a integração do índio, a desarticulação das relações com a Inglaterra;
c) A industrialização de São Paulo, a expansão da criação de ovinos em Minas Gerais;
d) A preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeiro, a introdução de operários europeus;
e) O aumento da produção de alimentos, a integração de novas áreas por meio da pecuária e do comércio, a mudança do eixo econômico para o centro-sul.

resposta: [E]
Dentre as principais transformações advindas da mineração podemos mencionar o crescimento populacional, o desenvolvimento de um comércio interno possibilitando uma melhor articulação entre as regiões da colônia e a transferência do eixo econômico para o Centro-Sul.

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