Avaliação de História
Primeiro Ano
1. (PUC-Rio)
O trabalho na colônia
1. 1500-1532: período chamado
pré-colonial, caracterizado por uma economia extrativa baseada no escambo com
os índios;
2. 1532-1600: época de predomínio
da escravidão indígena;
3. 1600-1700: fase de instalação
do escravismo colonial de plantation em sua forma “clássica”;
4. 1700-1822: anos de
diversificação das atividades em função da mineração, do surgimento de uma rede
urbana, mais tarde de uma importância maior da manufatura – embora sempre sob o
signo da escravidão predominante.
CIRO
FLAMARION CARDOSO
In:LINHARES,
Maria Yedda (org.). História geral do Brasil.9ª ed. Rio de Janeiro:campus, 2000
A partir das informações do
texto, verificam-se alterações ocorridas no sistema colonial em relação à
mão-de-obra.
Apresente duas justificativas
para o incentivo do Estado português à importação de mão-de-obra escrava para
sua colônia na América.
resposta:
A importação de mão-de-obra foi
uma das marcas mais significativas da colônia portuguesa da América. Isso se
deveu, fundamentalmente, a dificuldades para utilização de mão-de-obra local no
desenvolvimento da empresa colonial. A Igreja Católica se opunha à escravidão
dos indígenas, e estes também impuseram diversas formas de resistência. Além
disso, na segunda metade do século XVI, doenças vitimaram milhares de índios. Estes
não foram os únicos elementos determinantes, entretanto, para o tráfico de
africanos. Devem também ser destacados fatores de ordem econômica, como a
lucratividade do tráfico de escravos africanos, e fatores de ordem cultural, como
o caráter hierárquico e conservador da sociedade portuguesa, que legitimava o
uso da escravidão.
2. (Unesp) "E o pior é que a
maior parte do ouro que se tira das minas passa em pó e em moedas para os
reinos estranhos e a menor é a que fica em Portugal e nas cidades do Brasil,
salvo o que se gasta em cordões, arrecadas e outros brincos, dos quais se vêem
hoje carregadas as mulatas de mau viver e as negras, muito mais que as
senhoras".
(André João Antonil.
"Cultura e opulência do Brasil", 1711.)
No trecho transcrito, o autor
denuncia:
a) a corrupção dos proprietários
de lavras no desvio de ouro em seu próprio benefício e na compra de escravos.
b) a transferência do ouro
brasileiro para outros países em decorrência de acordos comerciais
internacionais de Portugal.
c) o prejuízo para o
desenvolvimento interno da colônia e da metrópole gerado pelo contrabando de
ouro brasileiro.
d) o controle do ouro por
funcionários reais preocupados em esbanjar dinheiro e dominar o poder local.
e) a ausência de controle fiscal
português no Brasil e o desvio de ouro para o exterior pelos escravos e
mineradores ingleses.
3. (UFV-MG) "O ouro
brasileiro deixou buracos no Brasil, templos em Portugal e fábricas na
Inglaterra."
(Eduardo Galeano)
Explique de que forma os fatos
contidos na frase anterior estão relacionados historicamente.
resposta:
O tratado de Methuen (1703) permitiu
drenagem de grande parte do ouro brasileiro para a Inglaterra, que já estava
desenvolvendo a sua Revolução Industrial, tendo seu processo acelerado. Quanto
à Portugal, tradicionalmente religioso e ligado à Igreja Católica, "investiu"
o ouro em conventos (ex: Convento de Mafra) e, o Brasil, "aplicou" em
igrejas e teve seu solo esburacado.
4. (UNESP) O açúcar e o ouro, cada
qual em sua época de predomínio, garantiram para Portugal a posse e a ocupação
de vasto território, alimentaram sonhos e cobiças, estimularam o povoamento e o
fluxo expressivo de negros escravos, subsidiaram e induziram atividades
intermediárias; foram fatores decisivos para o relativo progresso material e
certa opulência barroca, além de contribuírem para o razoável florescimento das
artes e das letras do período colonial. Apesar desta ação comum ou semelhante,
a economia aurífera colonial avançou em direção própria e se diferenciou das
demais atividades, principalmente porque:
a) não teve efeito multiplicador
no desenvolvimento de atividades econômicas secundárias junto às minas e nas
pradarias do Rio Grande;
b) interiorizou a formação de um
mercado consumidor e propiciou surto urbano considerável;
c) o ouro brasileiro, sendo
dependente do mercado externo, não resistiu à influência exercida pela prata
das minas de Potosí;
d) representou forte obstáculo às
relações favoráveis à Metrópole e não educou o colonizado para a luta contra a
opressão do colonizador;
e) as bandeiras não foram além
dos limites territoriais estabelecidos em Tordesilhas, apesar dos conflitos com
os jesuítas e da ação cruel contra os indígenas do sertão sul-americano.
resposta:[B]
Enquanto a produção de açúcar esteve concentrada no litoral nordestino, a exploração de ouro em Minas Gerais ocorreu no interior do território, o que por sua vez acabou por contribuir para a urbanização e o surgimento de algumas vilas coloniais na região mineradora.
5. (FGV) No século XVIII a
produção do ouro provocou muitas transformações na colônia. Entre elas podemos
destacar:
a) A urbanização da Amazônia, o
início do ciclo do tabaco, a introdução do trabalho livre com os imigrantes;
b) A introdução do trafico
negreiro, a integração do índio, a desarticulação das relações com a
Inglaterra;
c) A industrialização de São
Paulo, a expansão da criação de ovinos em Minas Gerais;
d) A preservação da população
indígena, a decadência da produção algodoeiro, a introdução de operários
europeus;
e) O aumento da produção de
alimentos, a integração de novas áreas por meio da pecuária e do comércio, a
mudança do eixo econômico para o centro-sul.
resposta: [E]
Dentre as principais transformações advindas da mineração podemos mencionar o crescimento populacional, o desenvolvimento de um comércio interno possibilitando uma melhor articulação entre as regiões da colônia e a transferência do eixo econômico para o Centro-Sul.
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