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QUESTÃO 01 - (PUC-PR 2009)
Com relação à imigração europeia durante o século XIX, é CORRETO afirmar:
a) foi nesse período que teve início a imigração japonesa para o Brasil, em especial para São Paulo e Paraná. Nessas regiões, os japoneses passaram a ser a mão de obra utilizada na indústria ervateira.
b) a imigração de italianos praticamente resolveu os problemas de mão de obra na zona cafeeira. O colono italiano aclimatou-se facilmente e se adaptou sem dificuldades ao trabalho agrícola no Brasil.
c) o exemplo de maior sucesso no projeto de imigração europeia para o Brasil foi o sistema de parceria do senador Nicolau Vergueiro, que instalou, no período de 1847 e 1857, dezenas de famílias de colonos alemães, suíços, portugueses e belgas, em sua fazenda de Ibicaba, no município de Limeira.
d) no sistema de parceria, o colono tinha direito à metade do valor da produção dos lotes que cultivava, devendo pagar ao fazendeiro as despesas feitas com sua viagem e instalação. Esse fator permitiu que os colonos rapidamente pagassem suas dívidas ao fazendeiro e comprassem pequenas e médias propriedades rurais e se tornassem, também eles, fazendeiros.
e) muitos colonos europeus foram assentados em terras devolutas. Isso significa que tiveram de fazer todo o trabalho de desmatamento e preparo da terra. Para isso puderam contar com a ajuda de populações locais, em especial sertanejos e indígenas, com as quais logo estabeleceram bons contatos.
resposta:[B]
QUESTÃO 02 - (PUC-PR 2009)
Durante o período colonial a até meados do século XX, a agricultura foi a atividade econômica predominante no Brasil. Foram as atividades agrícolas que forneceram ao Brasil as maiores riquezas, em especial durante o Segundo Reinado.
Com base nisso, indique os principais produtos agrícolas do Brasil, durante o Segundo Reinado.
a) Soja, centeio, arroz, trigo e milho.
b) Mandioca, cará, abóbora, inhame e banana.
c) Tomate, açúcar, centeio, milho e mandioca.
d) Mamona, pinhão, mandioca, erva-mate, salsaparrilha.
e) Algodão, açúcar, cacau, café e tabaco.
resposta:[E]
QUESTÃO 03 - (UFPB 2008)
Por volta da metade do século XIX, o Brasil ingressa em um processo de mudanças a que se dá o nome de modernização.
Tais mudanças repercutiram sobre a economia e, também, sobre as práticas e valores da sociedade brasileira da época.
A respeito desse processo, leia o texto a seguir:
“A extinção do tráfico muda as circunstâncias – o poderoso comércio negreiro encontra-se sem emprego, com disponibilidades monetárias de grande cabedal. Cerca de 16.000 contos, para um papel moeda em circulação de 46.000, provocaram súbita febre no mercado [...] Coincidiu o fato extraordinário com a maturação da economia cafeeira, que projetava, no setor urbano, as sobras, muitas, mais aparentes do que reais, dos investimentos e reinvestimentos agrícolas. É a época de ouro da liderança de Mauá [...], financiada com empréstimos autorizados pelo Poder Legislativo. O grande empresário funda, agora com capitais privados, o Banco do Brasil (1851).
[...]
O folhetinista do Jornal do Comércio, de 28 de maio de 1854, via bem o momento:
‘Ao jogo, cidadãos, ao jogo! Abandonai o comércio, abandonai vossos empregos, abandonai todos os interesses de
vossa vida, e da sociedade [...] não se perca tempo, banco comercial, banco hipotecário, banco nacional, estrada de
Mauá, iluminação a gás[...], navegação do Paraguai, tudo serve; podem representar no baralho da especulação como
damas, valetes e reis. [...] Iluminai o Pão de Açúcar, o Corcovado [...]’ ”
(Fonte: FAORO, Raymundo. Machado de Assis: a pirâmide e o trapézio. São Paulo: Nacional, 1976, p. 252 e p. 254).
Sobre a modernização brasileira no Império, é correto afirmar que
a) os capitais liberados do tráfico negreiro deram margem à criação de bancos, companhias de navegação, de transporte e de serviços urbanos, tais como iluminação, água e esgoto, mas também à criação de muitas empresas de fachada, que colocaram títulos e ações na Bolsa como mero jogo de especulação financeira.
b) os capitais liberados com o fim do tráfico negreiro, em 1850, eram vultosos, porém não puderam ser utilizados em atividades urbanas, porque o Governo Imperial, vinculado aos interesses agro-exportadores, só permitiu o seu reinvestimento em culturas agrícolas para o mercado externo.
c) o incentivo do Governo, isentando de impostos a importação de máquinas, possibilitou um irreversível processo de industrialização, cujo efeito foi a substituição das manufaturas inglesas por produtos nacionais, direcionados para o atendimento do mercado interno.
d) os empreendimentos do Barão de Mauá, maior empresário brasileiro do período, tiveram enorme êxito devido ao seu consórcio com cafeicultores, interessados em investir seus excedentes de capitais, e com capitalistas industriais ingleses, interessados em ampliar o mercado consumidor de suas manufaturas no Brasil.
e) o lucro e a riqueza, com o jogo especulativo-financeiro desencadeado durante o processo modernizador, converteramse em novos valores sociais, expressando mudanças profundas na sociedade brasileira em seu conjunto, ou seja, a passagem de sua configuração agrária para uma configuração, predominantemente, urbano-industrial.
resposta:[A]
QUESTÃO 04 - (IFPE 2010)
“Assumindo o poder com menos de quinze anos de idade, viu-se forçado o jovem imperador a depender da orientação
e dos conselhos de alguns dos principais políticos da época.” (Mathias, Herculano Gomes. D.Pedro II, p. 31)
Analise as proposições seguintes sobre o longo governo de D.Pedro II no Brasil.
I – Ocorreu um surto industrial, favorecido pela tarifa Alves Branco e iniciativas de particulares como o barão de Mauá.
II – Caracterizou-se, no plano político, pela participação da aristocracia rural no poder, através do sistema parlamentarista.
III – Vivenciou a recuperação de nossa economia a partir da cafeicultura, inicialmente com mão-de-obra escrava.
IV – Foi marcado no plano cultural pelos trabalhos artísticos de Pedro Américo (A independência ou morte), Vitor Meireles (A primeira missa no Brasil), Almeida Junior entre outros.
V – Ocorreu a abolição da escravatura, por iniciativa exclusiva do governo imperial e apoio direto dos cafeicultores fluminenses.
Está(ão) correta(as), apenas:
a) I e V.
b) V.
c) I, II, III e IV.
d) I e III.
e) IV e V.
resposta:[C]
QUESTÃO 05 - (UFAC 2010)
A Proclamação da República no Brasil em 1889, ou seja, um ano depois da abolição da escravatura, gerou expectativas
em partes significativas da população de que, a partir daquela data, poderiam participar das decisões governamentais.
Contudo, a Constituição de 1891 frustrou essas expectativas.
Entre as disposições que limitavam a participação popular, podemos identificar uma única correta:
a) o estabelecimento do voto universal masculino, não secreto, que excluía analfabetos, mendigos, mulheres, padres, soldados e menores de 21 anos.
b) o sistema federativo, pois os estados saíram fortalecidos, podendo cada um indicar seu próprio candidato à Presidência da República.
c) a adoção do sistema parlamentar de representação bicameral.
d) as correntes jacobinistas, pois eram formadas por setores intelectualizados da jovem república.
e) 0 próprio Marechal Deodoro da Fonseca, que, por ser militar, queria estender o voto aos soldados.
resposta:[A]
QUESTÃO 06 - (UFAC 2010)
Entre o final do século XIX e o início do século XX, vários movimentos contestatórios agitaram a jovem República Brasileira,.
Entre eles, podemos destacar a Guerra de Canudos, a Revolta da Chibata e a Revolta do Contestado. Esses movimentos e a reação do governo ajudavam a consolidar a ideia do “mito fundador republicano”, por um lado, representado pelas forças da ordem (militares) e, por outro, pelo anti-herói, do líder popular.
Nesse sentido, podemos classificar como anti-heróis, respectivamente
a) Oswaldo Cruz, Benjamin Constant e Manoel Julião.
b) Lampião, Deodoro da Fonseca e José Maria.
c) Rui Barbosa, Oswaldo Cruz e Antônio Conselheiro.
d) João Cândido, Duque de Caxias e Lampião.
e) Antônio Conselheiro, João Cândido e José Maria.
resposta:[E]
QUESTÃO 07 - (IFSP 2009)
Considerando o contexto histórico brasileiro no período inaugurado pelo crack da Bolsa, podemos afirmar que os
desdobramentos políticos da crise econômica foram
a) o incremento dos incentivos governamentais às indústrias e consequente aumento do desemprego.
b) a centralização política com a posse das oligarquias ligadas ao núcleo cafeeiro e a implantação do modelo industrializante.
c) a derrubada das oligarquias cafeeiras e a chegada ao poder da Aliança Liberal, chefiada por Getúlio Vargas.
d) o início da política de socialização das perdas com incentivos imediatos à agroexportação.
e) o crescimento dos movimentos operários e a formação de amplas campanhas de classe média em todo o país.
resposta:[C]
QUESTÃO 08 - (UFAM 2009)
Na primeira metade do século XIX, a nova ordem capitalista mundial deu um novo ritmo à expansão dos mercados e dos sistemas de trocas internacionais. A parte que coube ao Brasil foi a de ampliar sua participação no consumo de produtos manufaturados, através de importações, em detrimento de concentrar seus esforços no aumento da produção agrícola exportadora, cujo principal produto era o café.
Sobre a economia cafeeira ao longo do século XIX, podemos depreender que
a) constituindo-se numa economia tipicamente baseada em relações de produção escravista, a economia cafeeira valeparaibana
e fluminense em muito ressentiu com as limitações cada vez mais fortes ao tráfico negreiro.
b) o café foi a grande mola propulsora de ocupação do oeste paulista e sul do Mato Grosso, constituindo a base econômica
do povoamento dessas regiões.
c) ao contrário da economia açucareira, o café exigia vultosos investimentos em capital e mão-de-obra por parte dos
cafeicultores que só conseguiam um retorno significativo após cinco anos de cultivo.
d) juntamente com o fumo e o charque, o café foi a base da expansão ferroviária no sudeste brasileiro.
e) com a diminuição da mão de obra escrava nos cafezais do Rio de Janeiro os grandes proprietários fluminenses optaram
pelo sistema de colonato, que consistia no trabalho assalariado executado por imigrantes nordestinos.
resposta:[A]
QUESTÃO 09 - (PUC-RS 2009)
Na República Velha (Oligárquica), entre 1894 e 1930, predominaram no poder as oligarquias cafeicultoras, que controlavam
a política brasileira, através de mecanismos que limitavam a participação nas eleições.
Como manobras políticas que restringiam a representação, apontam-se
I – o coronelismo, controle político regional exercido através de favorecimentos e coerção pessoais.
II – o voto de cabresto, recurso violento utilizado contra o eleitor, em razão de o voto no Brasil ser, naquele momento,
aberto.
III – a política dos governadores, que compreendia cooperação e revezamento entre as forças que ocupavam os governos
estaduais e federal.
IV – a política salvacionista, que propunha a purificação das instituições republicanas.
Estão corretas apenas as afirmativas
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) III e IV.
e) I, II e III.
resposta:[E]
QUESTÃO 10 - (UECE 2009)
“A República, na voz de seus propagandistas mais radicais, como Silva Jardim e Lopes Trovão, era apresentada como a
irrupção do povo na política na melhor tradição da revolução Francesa de 1789”.
Fonte: CARVALHO, José Murilo. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 9-19.
O fragmento anterior refere-se
a) à República Brasileira que, nos seus sessenta primeiros anos, viveu à sombra do regime monárquico e do poder moderador.
b) ao Manifesto Republicano de 1870, que considerava o regime republicano brasileiro incompatível com a soberania nacional.
c) ao regime republicano brasileiro que, embora proclamado sem a iniciativa popular, despertou, entre os excluídos do sistema anterior, certo entusiasmo quanto às possibilidades de participação.
d) ao regime iniciado em 1889, que, efetivamente, representou uma nova era de participação política para o trabalhador brasileiro, em especial para o operariado.
resposta:[C]
QUESTÃO 11 - (UECE 2009)
A Coluna Prestes, entre 1924 e 1927, percorreu uma vasta extensão do interior brasileiro, na tentativa de manter a luta pelos
seus ideais.
Como solução para os problemas brasileiros, os líderes da Coluna defendiam
a) o estabelecimento de uma ditadura militar que alinhasse o Brasil às experiências do nazismo alemão.
b) uma ampla e irrestrita reforma agrária, com distribuição das terras dos grandes latifúndios entre os camponeses.
c) a realização de uma revolução comunista, seguida da estatização de todas as propriedades particulares.
d) a destruição do sistema oligárquico, acompanhada da reformulação dos costumes e das práticas políticas vigentes.
resposta:[D]
QUESTÃO 12 - (UFG 2009)
Comparada com a Constituição outorgada de 1824, a Constituição republicana de 1891 promoveu mudanças nas regras do
processo eleitoral, o que expressou uma nova experiência sociopolítica brasileira. Uma dessas mudanças é identificada na
a) instituição do voto feminino.
b) exclusão do voto dos oficiais militares.
c) extinção do voto censitário.
d) manutenção do voto estadual indireto.
e) adoção do voto obrigatório.
resposta:[C]
QUESTÃO 13 - (UEG 2009)
“Com o descrédito das instituições imperiais, a proclamação da República parecia ser uma questão de tempo. A abolição havia criado um descontentamento entre os grandes proprietários escravistas, que antes eram o principal apoio da monarquia. Alguns até chegaram a converter-se ao republicanismo. O Império perdia suas bases”.
PEDRO, Antonio. História da civilização ocidental: ensino médio. 2. ed. São Paulo: FTD, 2005. p. 361.
A propósito do processo de instauração da República brasileira em 1889, observa-se que
a) as propostas dos republicanos, organizadas e sistematizadas no Manifesto Republicano de 1870, defendiam que o Brasil deveria se tornar uma República Federativa e que o ensino passasse a ser laico.
b) a disputa entre os partidos Liberal e Conservador provocou uma crise entre os setores governistas do Império, pois os Conservadores eram defensores da Monarquia, enquanto os Liberais defendiam os ideais republicanos.
c) os intelectuais abolicionistas apoiaram o movimento republicano, como Joaquim Nabuco e José do Patrocínio, líderes abolicionistas que tiveram papel destacado na Proclamação da República.
d) a Guerra do Paraguai e a Lei Áurea contribuíram para o fortalecimento do Exército enquanto instituição nacional de caráter popular, possibilitando que os ideais republicanos fossem assimilados pela população brasileira do período.
resposta:[A]
QUESTÃO 14 - (FURG 2009)
Sobre o fim da escravidão no Brasil, podemos afirmar que
I – a segunda metade do século XIX, além do aparecimento das ferrovias e dos imigrantes europeus, viu também o fim do
trabalho escravo.
II – a extinção do tráfico negreiro em 1850 e a convergência dos imigrantes europeus para áreas cafeeiras contribuíram
para a eliminação do trabalho escravo.
III – a campanha abolicionista das décadas de 1870 e 1880 ocorreu num contexto de decadência do sistema escravista.
IV – a abolição significou o completo rompimento com os preconceitos raciais e a inserção da população ex-escrava na
vida social, econômica e política brasileira.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas.
a) I, II e III
b) II, III e IV
c) I, II e IV
d) I e III
e) II e IV
resposta:[A]
QUESTÃO 15 - (UNEMAT 2009)
No dia 15 de novembro de 2008, o Brasil completou 129 (cento e vinte e nove) anos de República. Ao longo de mais de um século de regime republicano, o país vivenciou diversas experiências através de períodos políticos com diferentes características.
Sobre esse processo político do Brasil, assinale a alternativa incorreta.
a) Durante o Estado Novo (1937-1945), Getúlio Vargas exerceu de forma autoritária o poder.
b) O período político delimitado entre 1889 e 1930 ficou caracterizado como um regime de natureza oligárquica.
c) Apesar de oriundos das forças militares, Deodoro da Fonseca e seu sucessor Floriano Peixoto foram eleitos pelo voto direto e universal.
d) A experiência democrática entre 1945 e 1964 foi interrompida com o golpe que destituiu do poder o presidente João Goulart.
e) Após a interrupção de eleições diretas para presidente em 1964, o Brasil volta a eleger o representante para o Executivo
Federal através do voto universal em 1989.
resposta:[C]
QUESTÃO 16 - (UFT 2010)
A partir de 1835, insatisfações em diferentes segmentos sociais nas províncias desencadearam as rebeliões regenciais.
Grande parte das tensões era resultante de desigualdades sociais, crise econômico-financeira e descontentamentos políticos. Sobre as rebeliões regenciais é INCORRETO afirmar que
a) no Maranhão, a revolta conhecida como Balaiada começou em 1838, quando o escravo Raimundo Gomes, que prestava serviços para um fazendeiro liberal, foi hostilizado por autoridades conservadoras da Vila do Manga. Durante a fuga, ele atacou a cadeia e evadiu-se para o sertão. Incentivados pela ação de Raimundo Gomes, bandos de escravos e sertanejos passaram a atacar fazendas da região, tomaram a cidade de Caxias, instituíram o governo provisório, que exigiu a extinção da escravidão.
b) a insatisfação das elites gaúchas atingiu o auge quando o presidente da província, Antonio Rodrigues Braga, nomeado pela Regência, fixou um imposto sobre as propriedades rurais. Como consequência, em setembro de 1835, o coronel farroupilha Bento Gonçalves e seus homens ocuparam Porto Alegre e depuseram Braga. No ano seguinte, proclamaram a República Rio-Grandense, com sede na cidade de Piratini.
c) em novembro de 1837, na Bahia, tropas do forte de São Pedro e de outras unidades, contando com apoio de oficiais e soldados do exército, sob a liderança de Sabino, sublevaram-se contra o despotismo do poder central. Os rebeldes formaram um grupo autônomo, anunciando a separação da Bahia, até que o príncipe D. Pedro II completasse a maioridade.
d) em 1835, africanos e afro-brasileiros de religião muçulmana se levantaram em armas na Bahia contra a escravidão e contra o predomínio da religião católica no Brasil. O movimento dos Males acabou sufocado sob violenta repressão, sendo condenados à pena de morte 5 líderes negros.
e) No ano de 1835 teve início a Cabanagem. Rebeldes ocuparam a cidade de Belém, em protesto ao governador Bernardo Lobo de Sousa, em razão de ter prendido, em 1834, líderes oponentes ao seu governo. Lobo de Sousa foi executado. Opoder passou para as mãos dos Cabanos, grupo formado na maioria por trabalhadores rurais. Felix Antonio Malcher, um dos principais líderes, foi deposto por Antonio Vinagre e Eduardo Angelim, que defendiam o rompimento da província com o Poder Central.
resposta:[A]
QUESTÃO 17 - (UEMS 2010)
A Revolta da Chibata pode ser considerada a maior revolta na Marinha durante a Primeira República e foi protagonizada
por marinheiros, na sua maioria formada por negros e mulatos, oriundos das camadas mais pobres da população. A revolta
teve início em vários navios de guerra fundeados na Guanabara. Sobre o episódio pode-se dizer que
a) se integra às chamadas lutas tenentistas que visavam aniquilar o Exército Brasileiro.
b) não tinha nenhuma conotação política, visando apenas acabar com os maus-tratos e a violência de castigos físicos a que os marinheiros eram submetidos.
c) contou com a atuação decisiva da Coluna Prestes.
d) foi um movimento de revolta contra a miséria e a fome que assolavam as populações urbanas, liderado pela Marinha do Brasil.
e) foi uma forma de denúncia contra a seca, a miséria e a arbitrariedade dos coronéis oligárquicos.
resposta:[B]
QUESTÃO 18 - (PUC-Minas 2010)
Segundo Sérgio Silva, “No começo da segunda metade do século XIX, a produção de café toma proporções muito importantes: a cifra se aproxima de 3 milhões de sacas em média por ano. A partir da década de 1870, e sobretudo a partir de 1880, quando a produção média anual ultrapassa os 5 milhões de sacas, o café torna-se o centro motor do desenvolvimento do capitalismo no Brasil.”
(SILVA, Sérgio. A expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil.)
Pode-se apontar como fator responsável por esse aumento de produtividade:
a) o aporte de grande capital internacional para o financiamento da safra.
b) a diminuição da produção colombiana de café provocada por problemas climáticos.
c) o uso intensivo de trabalho escravo na produção e beneficiamento do café.
d) o crescimento dos mercados externos consumidores do produto, o que estimulou o crescimento da produção interna.
resposta:[D]
QUESTÃO 19 - (UNIMONTES 2009)
Com as medidas que compuseram o chamado “Encilhamento”, Rui Barbosa pretendia, como Ministro da Fazenda,
a) Concorrer com a indústria norte-americana, em virtude de sua xenofobia.
b) Criar alternativas de investimento para os capitais liberados pela Lei Áurea.
c) Conter o processo inflacionário e enxugar os gastos do recente estado republicano.
d) Estimular a industrialização e fortalecer a classe média urbana.resposta:[D]
QUESTÃO 20 - (UEMG 2010)
Leia atentamente o texto e, a seguir, responda:
“Mas o número de gripados aumentou rapidamente nas semanas seguintes e outras medidas médico-governamentais foram tomadas na tentativa de minimizar a propagação epidêmica. Escolas, internatos, cinemas, teatros, e vários outros lugares de reunião pública cerraram suas portas. As igrejas diminuíram drasticamente suas atividades. Práticas cotidianas, como beijos e abraços ou as compras nos mercados por mais de uma pessoa de uma mesma família, foram desaconselhadas (era necessário diminuir a quantidade de indivíduos circulando e assim o contato/contágio). A vida da cidade foi parando.”
Liane Maria Bertucci-Martins. Fragmentos do discurso científico na gripe espanhola. Texto integrante dos Anais do XVII Encontro Regional de História – O lugar da História. ANPUH/SPUNICAMP. Campinas, 6 a 10 de setembro de 2004. Cd-rom.
A gripe de 1918, também conhecida como gripe espanhola, tornou-se uma pandemia no segundo semestre daquele ano.
No Brasil, foram registradas cerca de 300 mil mortes. Dentre as vítimas ilustres da doença, o presidente Rodrigues Alves e a educadora Anália Franco. Na década de 1910, algumas transformações sociais possibilitaram a formação de condições ideais para a propagação da doença. Assinale, a seguir, o processo histórico que NÃO está relacionado com a propagação da gripe espanhola, no Brasil:
a) As cidades brasileiras do Sudeste no início da década de 10 tiveram um forte período de crescimento, sem, no entanto, implementar reformas urbanas estruturais, dificultando a prevenção da doença entre os mais pobres.
b) Com o incremento da produção de café, vários grupos financeiros expandiram suas atividades econômicas nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, provocando um forte empobrecimento, expandindo o número de contaminados no meio rural.
c) O processo de urbanização acelerado pela implantação das primeiras fábricas de produtos têxteis e alimentícios no Brasil, concentrou várias famílias de trabalhadores em cortiços e moradias insalubres.
d) Os trabalhadores das fábricas eram contratados num regime assalariado de baixa renda, incompatível com as nascentes necessidades da vida urbana.
resposta:[B]
QUESTÃO 21 - (FGV 2010)
Os textos a seguir são fragmentos de manifestos favoráveis a movimentos políticos surgidos no Brasil na década de 1930.
Após lê-los, responda às questões.
[...] uma nação precisa ter perfeita consciência do Princípio da Autoridade. Precisamos de hierarquia, de disciplina, sem o que só haverá desordem [...]. O cosmopolitismo, isto é, a influência estrangeira, é um mal de morte para o nosso Nacionalismo [...]. O direito de propriedade é fundamental para nós considerado no seu caráter natural e pessoal.
(Manifesto da Ação Integralista Brasileira (AIB), outubro de 1932. In Saga – a grande história do Brasil, Abril.)
[...] Marchamos, assim, rapidamente, à implantação de um governo popular revolucionário [...] um governo contra o imperialismo e o feudalismo. A idéia do assalto ao poder amadurece na consciência das grandes massas. Cabe aos seus chefes organizá-las e dirigi-las. Brasileiros. [...] Arrancai o Brasil das garras do imperialismo e dos seus lacaios.
(Manifesto de Luís Carlos Prestes a favor da Aliança Nacional Libertadora (ANL), julho de 1935. In: Saga – a grande história do Brasil”, Abril.)
a) De que forma a situação econômica e a Revolução de 1930 marcaram o clima político do Brasil da época?
b) Como podemos explicar as tendências políticas de cada um dos movimentos citados, e que relações podemos estabelecer entre cada um deles e a situação política do mundo da época?
c) Qual foi o desfecho da crise política brasileira no final dos anos 30?
resposta:
a) A quebra da bolsa de Nova York, em 1929, provocou estrondosa crise no Brasil, culminando na decadência da cafeicultura. Também no âmbito político, a República oligárquica era esfacelada, e agora Getúlio Vargas assumia um governo provisório. Nesse contexto de instabilidade políticofinanceira, duas correntes antagônicas se chocam; o comunismo, liderado por Luís Carlos Prestes, e o fascismo, liderado por Plínio Salgado.
b) A Aliança Nacional Libertadora possuía forte influência comunista e pode ser associada ao desenvolvimento dessa corrente no mundo, assim como à consolidação de um Estado socialista, a URSS. Já a Ação Integralista Brasileira apresentava forte caráter fascista, muito rígida e contrária ao comunismo, de modo que pode ser relacionada a ascensão do fascismo na Itália, liderado por Benito Mussolini.
c) A crise política do final dos anos 30 acabou tendo como desfecho a instalação do governo ditatorial de Getúlio Vargas, no período do Estado Novo, entre 1937 e 1945. A crise foi agravada pelo surgimento de diferentes tendências como os socialistas e os integralistas, os quais também lançaram candidatos para as eleições de 37, que definiriam o substituto de Vargas. Inicialmente as eleições seriam disputadas por Armando Salles de Oliveira e José Américo de Almeida. Percebendo a falta de interesse popular nas eleições e desejando manter-se no poder, Getúlio Vargas e seus aliados lançaram um falso plano comunista de chegar ao poder por meio da violência, o Plano Cohen, e o colocaram como motivo para o continuismo de Vargas a fim de evitar a “ameaça comunista”. Assim, Getúlio dá o golpe que inicia o Estado Novo, encerrando a crise sucessória e instalando uma ditadura.
QUESTÃO 22 - (UFRJ 2010)b) A Aliança Nacional Libertadora possuía forte influência comunista e pode ser associada ao desenvolvimento dessa corrente no mundo, assim como à consolidação de um Estado socialista, a URSS. Já a Ação Integralista Brasileira apresentava forte caráter fascista, muito rígida e contrária ao comunismo, de modo que pode ser relacionada a ascensão do fascismo na Itália, liderado por Benito Mussolini.
c) A crise política do final dos anos 30 acabou tendo como desfecho a instalação do governo ditatorial de Getúlio Vargas, no período do Estado Novo, entre 1937 e 1945. A crise foi agravada pelo surgimento de diferentes tendências como os socialistas e os integralistas, os quais também lançaram candidatos para as eleições de 37, que definiriam o substituto de Vargas. Inicialmente as eleições seriam disputadas por Armando Salles de Oliveira e José Américo de Almeida. Percebendo a falta de interesse popular nas eleições e desejando manter-se no poder, Getúlio Vargas e seus aliados lançaram um falso plano comunista de chegar ao poder por meio da violência, o Plano Cohen, e o colocaram como motivo para o continuismo de Vargas a fim de evitar a “ameaça comunista”. Assim, Getúlio dá o golpe que inicia o Estado Novo, encerrando a crise sucessória e instalando uma ditadura.
“Fábrica 1: A duração do trabalho diário é de 11 horas úteis. O trabalho é interrompido pelo almoço, que dura uma hora e meia, e pelo café, para o qual os operários têm direito a um quarto de hora. Trabalham nessa fábrica 500 operários, na maioria italianos e espanhóis. (...) Impressão desagradável causa ao visitante o excessivo número de menores em trabalho (...).
Fábrica 2: Os contramestres são todos adultos, de nacionalidade italiana e em número de 20. Entre os 374 operários recenseados, a nacionalidade predominante é italiana, vindo em seguida a espanhola e depois a brasileira. Dos brasileiros, 44 são menores de 12 anos. Esqueléticos, raquíticos, alguns! O tempo de trabalho varia para as seções [setores] de onze horas e meia a doze horas e meia por dia”.(Trechos de relatórios de funcionários do Departamento do Trabalho do Estado de São Paulo, 1912)
A partir dos documentos, indique duas características do operariado que trabalhava nas indústrias de São Paulo nas duas primeiras décadas do século XX.
resposta:
Podem ser citadas, entre outras, as seguintes características do operariado: a presença, entre os operários, de um grande contingente de imigrantes, em especial italianos e espanhóis; a exploração do trabalho de menores; as longas jornadas trabalhistas a que eram submetidos os operários, alcançando onze horas diárias em média.
QUESTÃO 23 - (UFRN 2009)
Analisando a modernização da sociedade brasileira, os historiadores Antônio Paulo Rezende e Maria Thereza Didier afirmam: A década de 1920 foi muito importante, porque representou um momento significativo de reflexão sobre nosso passado e nossa identidade histórica. Apesar do autoritarismo, o povo não assistiu passivamente à ação de seus governantes; não se entregou a uma apatia desmobilizante nem se submeteu à vontade quase imperial dos coronéis.
REZENDE, Antônio Paulo, DIDIER, Maria Thereza. Rumos da história. São Paulo: Atual, 2005. p. 495.
A partir desse fragmento textual,
a) cite e explique três elementos que caracterizam o poder político vigente, no Brasil, na década de 1920.
b) cite e explique duas manifestações sociais contrárias ao poder político vigente ocorridas nesse período.
resposta:
a) Poder local controlado pelo coronel – Os grandes proprietários de terras exerciam o controle político dos municípios e articulavam-se às oligarquias dominantes em nível federal.
• Mecanismo de sustentação do poder coronelístico – O clientelismo e a violência de suas milícias sustentavam o poder dos coronéis, que se valiam de um sistema eleitoral fraudulento, que incluía o “voto de cabresto” e os “currais eleitorais”.
• Políticas de alianças no plano federal – A “política dos governadores” (troca de favores entre os governos estaduais e o governo federal) e a política do “café-com-leite” (acordos entre oligarcas mineiros e paulistas, com o intuito de controlar a Presidência da República).
b) Tenentismo – militares se sentiam marginalizados na República e
protestavam contra o sistema vigente. Faziam oposição ao governo central. A Revolta do Forte, por exemplo, é um evento tenentista.
• Coluna Prestes – organizada por Luís Carlos Prestes, a Coluna percorreu diferentes estados brasileiros, denunciando os desmandos do sistema eleitoral. Fundação do PCB – O Partido Comunista Brasileiro, fundado em 1922, protestava contra a situação vivenciada pelo país, em especial, pelo
operariado.
• Organização operária – possibilitou a formação de grandes greves, pois, desde a Proclamação da República, os operários, sobretudo os migrantes, reivindicavam melhorias sociais, como o salário mínimo e a jornada de trabalho de 8 horas diárias.
• Semana de Arte Moderna – ocorrida de 11 a 18 de fevereiro de 1922, propunha a renovação da cultura e reforçava o nacionalismo.
• Cangaço – movimento surgido no sertão nordestino em razão das
péssimas condições de vida da população desfavorecida economicamente e excluída dos privilégios sociais.
• Movimento Sufragista – lideranças feministas que reivindicavam maior participação das mulheres no cenário político nacional. A luta pelo direito ao voto constituía a bandeira desse movimento.
• Criação do BOC – nesse contexto, as organizações operárias marcaram presença no Parlamento brasileiro, a exemplo da formação do Bloco Operário e Camponês, de considerável influência comunista.
QUESTÃO 24 - (UNICAMP 2010)
O imperador D. Pedro II era um mito antes de ser realidade. Responsável desde pequeno, pacato e educado, suas imagens constroem um príncipe diferente de seu pai, D. Pedro I. Não se esperava do futuro monarca que tivesse os mesmos arroubos do pai, nem a imagem de aventureiro, da qual D. Pedro I não pôde se desvincular. A expectativa de um imperador capaz de garantir segurança e estabilidade ao país era muito grande. Na imagem de um monarca maduro, buscava-se unificar um país muito grande e disperso.(Adaptado de Lilia Moritz Schwarcz. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 64, 70, 91)
a) Segundo o texto, quais os significados políticos da construção de uma imagem de D. Pedro II que o diferenciasse de seu pai?
b) Que características do período regencial ameaçavam a estabilidade do país?
resposta:
b) Uma característica do período regencial que gerava instabilidade era a vacância do trono, durante a menoridade de D. Pedro II, e a consequente ausência de uma figura que representasse a legitimidade do poder monárquico.
Além disso, a estabilidade do país era ameaçada, por exemplo, pela ocorrência de revoltas com aspirações autonomistas ou separatistas, nas províncias; ou por revoltas escravas, como o levante dos Malês (Salvador, 1835).
QUESTÃO 25 - (UNICAMP 2009)
O progresso econômico no Brasil da segunda metade do século XIX acarretou profundo desequilíbrio entre poder econômico e poder político. Na década de 1880, o sistema político, concebido a partir de 1822, parecia pouco satisfatório aos setores novos. O Partido Republicano recrutou adeptos nesses grupos sociais insatisfeitos.(Adaptado de Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república: momentos decisivos. São Paulo: Editorial Grijalbo, 1977. p. 15-16.)
a) Dê duas características do sistema político brasileiro concebido em 1822.
b) Quais as transformações ocorridas no Brasil da segunda metade do século XIX que levaram ao desequilíbrio entre poder econômico e poder político?
resposta:
a) O sistema político brasileiro concebido em 1822 poderia ser definido como uma monarquia constitucional, cuja Constituição previa a existência de um quarto poder, o Poder Moderador. Além disso, o candidato poderia mencionar um senado vitalício e o voto censitário, entre outras características.
b) O desequilíbrio entre o poder econômico e o poder político, na segunda metade do século XIX, pode ser relacionado, por exemplo, a transformações econômicas, como a decadência da economia açucareira no Nordeste ou a decadência da economia cafeeira no Vale do Paraíba, frente à expansão da cafeicultura no Oeste Paulista.
b) O desequilíbrio entre o poder econômico e o poder político, na segunda metade do século XIX, pode ser relacionado, por exemplo, a transformações econômicas, como a decadência da economia açucareira no Nordeste ou a decadência da economia cafeeira no Vale do Paraíba, frente à expansão da cafeicultura no Oeste Paulista.
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