Saiba mais sobre o Absolutismo francês
Conheça as características do Absolutismo na França.
Roteiro de estudos: Lista de
questões sobre o Absolutismo francês
1. (UFPE) A Idade Média foi um
período em que ocorreram também articulações políticas que procuravam
fortalecer certas monarquias nacionais existentes. Na França, logo no início da
Idade Média, houve tentativas de centralização política. Na análise da monarquia
francesa, no período dos Capetíngios, podemos destacar que:
( ) houve fortalecimento da
nobreza, na época de Hugo Capeto, com uma política de esvaziamento dos
interesses da burguesia emergente.
( ) os contatos entre o rei
Felipe Augusto e a burguesia foram significativos, favorecendo o fortalecimento
do exército.
( ) o rei Felipe Augusto
fracassou em suas tentativas de conquistar a Normandia, sendo derrotado pelo
exército de João Sem Terra.
( ) no reinado de Felipe Augusto
IV, as relações diplomáticas se tornaram tensas com a Igreja Católica, que
ameaçou o rei de excomunhão.
( ) existiram tentativas de
centralização política, que ajudaram no fortalecimento de certos interesses da
burguesia emergente.
resposta:F - V - F - V - V
2. (Ufg)
I. Só a Igreja romana foi fundada
por Deus.
II. Só o pontífice romano,
portanto, tem o direito de ser chamado universal.
III. Só ele pode nomear e depor
bispos. [...]
VIII. Só ele pode usar a insígnia
imperial.
IX. O papa é o único homem a quem todos os príncipes beijam os pés.
IX. O papa é o único homem a quem todos os príncipes beijam os pés.
XII. É-lhe lícito destituir os
imperadores.
GREGÓRIO VII, Dictatus papae.Apud SOUZA, José Antonio C. R. de; BARBOSA, João Morais. "O reino de Deus e o reino dos homens". Porto Alegre: Edipucrs, 1997. p. 47-48.
GREGÓRIO VII, Dictatus papae.Apud SOUZA, José Antonio C. R. de; BARBOSA, João Morais. "O reino de Deus e o reino dos homens". Porto Alegre: Edipucrs, 1997. p. 47-48.
O documento expressa a concepção
do poder papal de Gregório VII (1073-1085) que se relaciona com
a) o "Cisma do
Oriente", que selou a separação entre as duas Igrejas, a católica romana e
a ortodoxa grega.
b) o "Cativeiro de
Avinhão", período de 70 anos em que os papas submeteram-se à autoridade do
rei da França.
c) a "Querela das
Investiduras", conflito político que demarcou as esferas do poder papal e
as do poder imperial.
d) a "Doação de
Constantino", que serviu como justificativa para o estabelecimento do
Patrimônio de São Pedro.
e) o "Cisma do
Ocidente", que dividiu a autoridade suprema da Igreja entre dois papas, o
de Roma e o de Avinhão.
resposta:[C]
3. (Unifesp) Ao longo da Baixa
Idade Média, a Igreja (com o papa à frente) e o Estado (com o imperador ou rei
à frente) mantiveram relações conflituosas como, por exemplo, durante a chamada
"Querela das Investiduras", nos séculos XI e XII, e a transferência
do papado para Avignon, no sul da França, no século XIV. Sobre essa disputa,
indique
a) os motivos.
b) os resultantes e sua importância
ou significação histórica.
resposta:
a) Tal disputa pela hegemonia
política na Europa feudo-medieval foi motivada pelo conflito entre o poder
temporal do Estado, simbolizado pelo rei, e o espiritual, simbolizado pelo
Papa.
b) A principal conseqüência
dessas relações conflituosas foi o declínio do poder feudo-papal frente à
emergência do estado real. Dessa forma, sua importância histórica é a
decadência do mundo medieval.
4. (Unicamp)"Em 1348 a peste negra invadiu a
França e, dali para a frente, nada mais seria como antes. Uma terrível
mortalidade atingiu o reino. A escassez de mão-de-obra desorganizou as relações
sociais e de trabalho. Os trabalhadores que restaram aumentaram suas
exigências. Um rogo foi dirigido a Deus, e também aos homens incumbidos de
preservar Sua ordem na Terra. Mas foi preciso entender que nem a Igreja nem o
rei podiam fazer coisa alguma. Não era isso uma prova de que nada valiam? De
que o pecado dos governantes recaía sobre a população? Quando o historiador
começa a encontrar tantas maldições contra os príncipes, novas formas de
devoção e tantos feiticeiros sendo perseguidos, é porque de repente começou a
se estender o império da dúvida e do desvio."
(Adaptado de Georges Duby,
"A Idade Média na França (987-1460): de Hugo Capeto a Joana D arc".
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992, p. 256-258.)
a) A partir do texto, identifique
de que maneira a peste negra repercutiu na sociedade da Europa medieval, em
seus aspectos econômico e religioso.
b) Indique características da
organização social da Europa medieval que refletiam a ordem de Deus na Terra.
resposta:
a) No aspecto econômico, a alta
mortalidade teve impacto sobre a mão-de-obra, o que desorganizou as relações
sociais e de trabalho. No aspecto religioso, o texto faz referência à concepção
da peste como um castigo pelo pecado dos governantes, o que repercutiria, por
exemplo, no surgimento de novas formas de devoção.
b) A concepção era a de uma
sociedade dividida em três ordens (religiosos, guerreiros e trabalhadores), bem
como o próprio caráter sagrado do laço de fidelidade que prendia suseranos a
vassalos.
5. (Fgv) Sobre a formação do
absolutismo na França, é incorreto afirmar que:
a) seus antecedentes situam-se,
também, nos reinados de Filipe Augusto, Luís IX e Filipe IV, entre os séculos
XII e XIV.
b) fez-se necessária nesse
processo a centralização dos exércitos, dos impostos, da justiça e das questões
eclesiásticas;
c) a abolição da soberania dos
nobres feudais não teve um importante papel nesse contexto;
d) a Guerra dos Cem Anos foi
fundamental nesse processo;
e) durante esse processo a
aliança com a burguesia fez-se necessária para conter e controlar a resistência
de nobres feudais.
resposta:[C]
6. (Unesp) "Neste tempo
revoltaram-se os camponeses em Beauvoisin. Entre eles estava um homem muito
sabedor e bem-falante, de bela figura e forma chamado Guilherme Carlos. Os
camponeses fizeram-no seu chefe e estes lhes dizia que se mantivessem unidos. E
quando os camponeses se viram em grande número, perseguiram e mataram os homens
nobres. Inclusive muitas mulheres e crianças nobres, pelo que Guilherme Carlos
lhes disse muitas vezes que se excediam demasiadamente; mas nem por isso
deixaram de o fazer."
(Texto adaptado de Crônica dos
quatros primeiros Valois (1327-1392) in ANTOLOGIA DE TEXTOS HISTÓRICOS
MEDIEVAIS.)
O documento oferece subsídios
sobre a Jacquerie, revolta camponesa ocorrida em 1358 na França, abalada pela
Guerra dos Cem Anos, entremeada de crises e epidemias que se propagavam. Com
base no texto:
a) Justifique o caráter
antifeudal da Jacquerie.
b) Cite três grandes calamidades
do século XIV.
resposta
a) A palavra
"Jacquerie" passou a ser sinônimo de rebelião camponesa e, por
séculos, a nobreza viveu sob o temor de uma repetição do episódio. Na memória
popular, a "Jacquerie" é vista como uma série de massacres feitos
pelos camponeses contra a nobreza.Essa revolta, iniciou-se de forma
espontânea,reflectindo a sensação de desespero em que viviam as camadas mais
pobres da sociedade.
b) Epidemias de fome, Guerra dos
100 anos e Peste Negra.
7. (Fuvest) Sobre a Guerra dos
Cem Anos (séculos XIV e XV) indique:
a) as principais monarquias
envolvidas, e o palco do conflito.
b) sua importância histórica.
resposta:
a) França e Inglaterra.
b) Contribuiu para a unificação
da França e o surgimento do absolutismo monárquico no país.
8. (Mackenzie) A crise do sistema
feudal agravou-se no século XIV com o início da Guerra dos Cem Anos entre
França e Inglaterra (1337-1453). Eduardo III, rei dos ingleses, invadiu a
França, declarando-se rei. A respeito desse período, é correto afirmar que:
a) eclodiram, na França, revoltas
de camponeses, famintos e insatisfeitos com a superexploração, conhecidas pelo
nome de "Jacqueries", em alusão a Jacques Bonhomme, expressão que os
nobres usavam para designar o homem do campo.
b) a vitória dos ingleses sobre
os exércitos de Joana D Arc, filha de humildes camponeses, nas batalhas de
Orleans, Reims, Paris, Toulouse e Compiégne, acabaram por definir a sorte da
guerra a seu favor, apesar da mítica religiosidade católica dos franceses.
c) após a vitória, a França
mergulhou em um novo conflito, a Guerra das Duas Rosas, uma disputa pelo trono
motivada pelos interesses monárquicos da família Lancaster, que acabou sendo
derrotada por Luís IX, em Toulouse.
d) as transformações no modo de
exploração feudal acabaram por beneficiar a nobreza francesa, que permaneceu
neutra durante o conflito, enquanto o rei era obrigado a se aliar à burguesia
para conseguir recursos para armar seu exército.
e) ocorreu a morte de inúmeros camponeses
ingleses em virtude da brutal retaliação dos franceses, que, depois de
expulsarem os ingleses de suas terras, passaram a ocupar e explorar os
territórios dos anglo-saxões.
resposta:[A]
9. (Fgv) "Quando Joana D’Arc
chegou, a 29 de abril de 1429, os habitantes da cidade estavam prestes a
capitular, pois os ingleses tinham-se apoderado das fortalezas e dos castelos
que rodeavam Orléans. A 4 de maio, Joana, com os seus soldados, tomou primeiro
o castelo (...) Na manhã de 8 de maio, a Donzela verificou que os ingleses
haviam abandonado os outros castelos. Orléans estava libertada e os seus
habitantes aclamaram em delírio Joana D’Arc, que se sentia feliz por ter
cumprido a promessa feita ao seu rei."
(Gabalda e Beaulieu)
Tendo o trecho anterior como base,
assinale a alternativa correta.
a) A tomada de Orléans define o
fim da Guerra dos Cem Anos, consolidando a unidade e a monarquia francesas;
b) Joana D Arc, camponesa de
Domremy, recebeu como recompensa pelo feito o título de nobreza e, portanto, o
direito às terras nas quais anteriormente vivia;
c) nacionalismo emergente,
reforçado pelo significado desse feito, foi capitalizado pelos reis da dinastia
Valois para consolidar a monarquia francesa;
d) Joana D Arc, aristocrata de
nascimento e posses, foi condenada à fogueira posteriormente, tornando-se
símbolo do nacionalismo francês;
e) A derrota dos ingleses em
Orléans marca o fim da Guerra dos Cem anos, mas não define, de imediato, a
unidade e a monarquia francesas.
resposta:[C]
10. (Mackenzie) Sobre as Guerras
de Religião ocorridas na França durante o século XVI, é correto afirmar que:
a) decretaram o fim da Dinastia
dos Bourbons, através do Edito de Nantes, proclamado na "Noite de São
Bartolomeu".
b) aceleraram o processo de
consolidação do Estado Absolutista, permitindo a chegada ao poder de reis
protestantes aliados à burguesia mercantil católica.
c) motivaram a aliança do Partido
Huguenote com a Rainha Catarina de Médicis, provocando, na célebre "Noite
de São Bartolomeu", o massacre dos membros da Santa Liga aliada da nobreza
calvinista.
d) expressaram o confronto
político-religioso entre a nobreza católica, liderada pelos Guises e os
Huguenotes ligados aos Bourbons, ocasionando crises no processo de consolidação
do absolutismo.
e) provocaram o confronto entre
os Huguenotes, membros do Partido Papista e os Calvinistas integrantes da Santa
Liga, fortalecendo o absolutismo.
resposta:[D]
11. (Mackenzie) Durante o reinado
de Carlos IX (1560-1574), acirrou-se a luta entre católicos e huguenotes (na
França os protestantes calvinistas). A facção católica, liderada pela família
Guise, que tinha o apoio de Catarina de Médicis, mãe do rei, e a huguenote,
dirigida pelos Bourbons, colocaram em confronto a nobreza católica defensora
dos antigos privilégios feudais e a burguesia mercantil calvinista.
(Cláudio Vicentino)
O texto, apresenta parte do
cenário das Guerras de Religião em França no século XVI. Dentre os
acontecimentos abaixo, pode ser considerado o ponto máximo desse conflito:
a) o Tratado de Verdun.
b) a Noite de São Bartolomeu.
c) a guerra de Reconquista.
d) a Rebelião Jacquerie.
e) o Massacre de Lyon.
resposta:[B]
12. (Ufrs) Pelo Edito de Nantes,
em 1598, Henrique IV da França
a) reprimiu violentamente os
protestantes em Paris, no acontecimento conhecido como "A Noite de São
Bartolomeu".
b) instituiu a cobrança de
impostos territoriais somente para os protestantes franceses.
c) estabeleceu a igualdade
política entre os diferentes credos.
d) diminuiu o poder dos católicos
franceses, assegurando a supremacia política aos huguenotes.
e) concentrou todo o poder nas
suas mãos, implantando o absolutismo na França.
resposta:[C]
13. (Mackenzie) "...herdara
uma nação dividida pelos conflitos religiosos, sociais (Frondas) e externos
(Guerra dos Trinta Anos). Seu reinado submeteu a nobreza, recolhendo-a ao seu
grandioso Palácio, onde se desenvolveram paralelamente o Barroco e o
Classicismo..."
(Cláudio Vicentino -
adaptado)
O fragmento de texto
relaciona-se:
a) ao despotismo esclarecido da
Czarina Catarina, a Grande da Rússia.
b) ao absolutismo monárquico do
rei francês Luís XIV.
c) ao Imperialismo de Napoleão
Bonaparte.
d) à monarquia feudal francesa do
rei Felipe, o Belo.
e) à Inglaterra, durante a
reforma religiosa do rei Henrique VIII.
resposta:[B]
14. (Uel) "Tudo na França no
século XVII é angústia: a de Pascal, siderado pelo silêncio dos espaços
infinitos, a de Racine, situando o homem entre um universo mudo e um Deus
oculto, e o riso de Moliere, que fez toda França compreender a farsa que lhe
impunha o absolutismo, ao fazê-lo crer que vivia uns novos tempos, quando na
verdade, não se libertara da herança feudal." O texto refere-se a um
período que ficou conhecido, na história da França, como
a) "O Século das
Luzes."
b) "O Século de Luís
XIV."
c) "A fase do Renascimento."
d) "O período da
Restauração."
e) "A época de Felipe, O
Belo."
resposta:[B]
15. (Puc-pr) As Guerras Civis
Religiosas do século XVI na França favoreceram o fortalecimento do poder
absoluto dos monarcas da dinastia Bourbon, que reinaram do século XVI ao XVIII
e parte do XIX. Assinale a única alternativa errada no que se refere ao
absolutismo real na França:
a) Luís XIII, filho de Henrique
IV e Maria de Médicis, teve longo reinado, sendo muito ajudado pela hábil
política do Cardeal Richelieu.
b) Luís XIV marcou o auge do
absolutismo real, mandou construir o suntuoso Palácio de Versalhes e continuou,
através de Colbert, a aplicar o mercantilismo no plano econômico.
c) Na Guerra dos Sete Anos
(1756-1763), sob o rei Luís XV, a França vitoriosa tomou aos ingleses partes da
Índia e, na América, a enorme região da Louisiana.
d) Na Guerra de Sucessão da
Espanha (1701-1713), França e Espanha lutaram contra uma coligação européia. Os
tratados de Utrecht e Rastadt definiram a paz. A França perdeu para a
Inglaterra a Terra Nova e Acádia e a Espanha perdeu Gibraltar, ainda em poder
daquela potência insular.
e) Henrique IV fundou a dinastia
de Bourbon e pacificou a França, tendo os protestantes (huguenotes) alcançado
liberdade de culto e o domínio sobre várias cidades fortificadas, nos termos do
Edito de Nantes (1598).
resposta:[C]
16. (Fgv) Os Tratados de
Westfália (Münster e Osnabruch), que puseram fim à Guerra dos Trinta Anos (1618-1648),
tiveram ampla repercussão, tendo em vista que
a) consagraram os princípios de
uma ideologia católica, absolutista e autoritária, que foram impostos pela
França.
b) romperam com o estatuto que
definia a estabilidade política e religiosa das nações européias.
c) atraíram a participação da
Inglaterra para a solução dos problemas continentais advindos da evolução
econômica.
d) acabaram com a política de
hegemonia dos Habsburgos e impediram, provisoriamente, a idéia de uma unidade
imperial da Europa.
e) permitiram à Espanha, então
governada por Filipe IV, obter bases marítimas nos Países Baixos e nas
Províncias Unidas.
resposta:[D]
17. (Ufscar) Sobre a "Guerra
dos Trinta Anos" (1618-1648), é correto afirmar que
a) foi um conflito entre
católicos e protestantes dentro do Sacro Império Germânico.
b) Espanha e Portugal se aliaram
para combater o protestantismo holandês.
c) Portugal negociou tratados de
abastecimento de alimentos com a Inglaterra, para sobreviver aos ataques
holandeses.
d) Portugal expandiu sua
conquista na Ásia, pelo fato de o continente estar fora dos interesses dos
negociantes flamengos.
e) o Brasil permaneceu sob o
controle português, garantindo os lucros açucareiros para a Coroa lusa.
resposta:[A]
18. (Fgv) A chamada Guerra dos
Trinta Anos (1618-1648) foi considerada como a última grande guerra de religião
da Época Moderna. A seu respeito é correto afirmar:
a) O conflito levou ao
enfraquecimento do império Habsburgo e ao estabelecimento de uma nova situação
internacional com o fortalecimento do reino francês.
b) O conflito iniciou-se com a
proclamação da independência das Províncias Unidas, que se separavam, assim, dos
domínios do império Habsburgo.
c) O conflito marcou a vitória definitiva
dos huguenotes sobre os católicos na França, apoiados pelo monarca Henrique de
Bourbon, desde o final do século XVI.
d) O conflito estimulou a reação
dos Estados Ibéricos que, em aliança com o papado, desencadearam a chamada
Contra-Reforma Católica.
e) O conflito caracterizou-se
pelas intervenções inglesas no continente europeu, através de tropas formadas
por grupos populares enviadas por Oliver Cromwell.
resposta:[A]
19. (Ufrs) Observe a figura a
seguir, que representa a construção da imagem do Rei-Sol.
Luís XIV assumiu o poder
monárquico francês em 1661 e, em pouco tempo, impôs à França e à Europa a
imagem pública de um Rei-Sol todo poderoso. Toda uma máquina de propaganda foi
colocada a serviço do rei francês. Escritores, historiadores, escultores e
pintores foram convocados ao exercício da sua glorificação. O mito de Luís XIV
foi criado em meio a mudanças socioeconômicas e políticas na França do século
XVII. A esse respeito, considere as seguintes afirmações.
I - Luís XIV, rei por direito
divino, suscitou a admiração de seus pares europeus, Versalhes foi copiada por
toda a Europa, o francês consolidou-se como língua falada pela elite européia. Porém,
sombras viriam a ofuscar o Rei-Sol, visto que a oposição exilada começou a
denunciar a autocracia do monarca francês.
II - Para restabelecer a paz no
reino, após a rebelião da Fronda e a Guerra dos Trinta Anos, e dedicar-se à
consolidação da cultura francesa como universal, Luís XIV devolveu o poder das
províncias às grandes famílias aristocráticas.
III - A fim de criar uma imagem
pública positiva e democrática, Luís XIV organizou a partilha do poder de
Estado com o Parlamento e com o Judiciário, dando início à divisão dos três
poderes, cara a Montesquieu e fundamental para os novos rumos da política
européia.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.
resposta:[A]
20. (Fei) A famosa frase
atribuída a Luis XIV: "O Estado sou eu", define:
a) o absolutismo;
b) o iluminismo,
c) o liberalismo;
d) o patriotismo do rei;
e) a igualdade democrática.
resposta:[A]
21. (Ufal) Algumas das principais
características do reinado de Luis XIV, o Rei Sol, foram:
a) ampliação dos privilégios
concedidos à alta hierarquia eclesiástica, suspensão dos acordos diplomáticos
firmados com a Inglaterra e desenvolvimento de um política cultural voltada
para o entretenimento da população pobre das cidades.
b) livre manifestação das idéias
religiosas e dos interesses econômicos, convocação sistemática da representação
política dos estamentos e agressividade militar frente aos demais Estados
Nacionais da Europa Ocidental.
c) descentralização econômica do
Reino mediante a criação dos cargos de síndico e prefeito, diminuição da venda
de cargos públicos e liberdade religiosa.
d) estímulo à diversificação das
atividades econômicas do Reino, regulamentação do processo de arrendamento das
terras improdutivas pelo campesinato pobre e concessão de representação
política aos setores ligados à nascente manufatura.
e) intervenção direta do monarca
nas questões da justiça, criação dos intendentes reais nas províncias e dos
magistrados reais nas cidades.
resposta:[E]
22. (Unesp) "Desejando
tratar favoravelmente o senhor Van Robais e servir-me dele como exemplo para
atrair os estrangeiros que primam em qualquer espécie de manufatura, a fim de
que venham estabelecer-se em nosso Reino, pedimos ao Prefeito e aos Magistrados
que lhe forneçam alojamentos convenientes para a instalação dos teares... Queremos
que ele [Van Robais] e os trabalhadores estrangeiros sejam considerados súditos
do Rei e naturalizados... Ele será ainda isento de impostos, da corvéia e de
outros encargos públicos durante a vigência da presente concessão... Permitimos
a esse empresário e aos operários que continuem a professar a religião
reformada... Proibimos a outras pessoas imitar ou falsificar a marca dos ditos
tecidos, pelo prazo de vinte anos, bem como que se estabeleçam na cidade de
Abbeville e a dez léguas de seus arredores oficinas de tecelagem semelhantes...".
(Luís XIV, ao autorizar
o estabelecimento de manufatura em Abbeville, no ano de 1651).
Apoiando-se no documento acima, ofereça
subsídios para a compreensão da política econômica denominada colbertista.
resposta:
- Estímulo às manufaturas;
- Companhias de comércio;
- Tentativa de expansão marítima;
- Tentativa de Expansão
territorial;
23. (G1) Quais as propostas de
Colbert para o Mercantilismo Francês?
resposta:
Uma vez que a maior
parte do comércio internacional se fazia por meio de metais, como o ouro e a
prata, o colbertismo propunha que o volume de exportações fosse maior que o de
importações para que se obtivesse uma balança comercial favorável.
24. (Cesgranrio) Assinale a opção
que NÃO caracteriza o absolutismo de Luís XIV na França no século XVII:
a) A associação do Estado à
pessoa do rei expressa na frase "L Etat c est moi", a prática do
governo ligada à produção de decretos, o fortalecimento da administração com a
criação dos intendentes reais para as províncias e dos magistrados reais para
as cidades.
b) O fortalecimento do poder do
Estado através da constituição de símbolos concretos de autoridade, como
Palácio de Versailles, a ênfase na cultura com o patrocínio estatal das artes e
da literatura e o desenvolvimento de uma política econômica mercantilista
dirigida por Colbert.
c) A constituição de um sistema
nacional de impostos, a organização permanente do exército e a unificação do
direito através de sua codificação reproduzindo a dinâmica da obediência ao rei
e a Deus.
d) A constituição de uma economia
baseada no livre desenvolvimento da produção, a permanente organização da
burocracia real comandada pelos nobres e estruturada em critérios de
competência e eficácia, a representação divina do poder através da associação
entre rei e Deus.
e) A eliminação da figura do 1.o
Ministro e a constituição da dominação política através de um reforço acentuado
dos vínculos pessoais de obediência do clero e da nobreza com a
institucionalização de uma sociedade de corte baseada no poder pessoal do rei.
resposta:[D]
(Unesp) Não há a menor dúvida de
que as guerras cada vez mais dispendiosas contribuíram para o desenvolvimento
do mercantilismo. Com a ampliação da artilharia, dos arsenais, das marinhas de
guerra, dos exércitos permanentes e das fortificações, as despesas dos Estados
modernos dão um salto. Guerras pressupõem dinheiro e mais dinheiro, e assim a
posse de dinheiro, a acumulação de metais nobres, torna-se uma mania e domina, como
última conclusão de toda sabedoria, o pensamento e o juízo.
(F. Braudel, citado em
R. Kurz, "O colapso da modernização".)
A política econômica predominante
na época do Absolutismo ficou conhecida com o nome de mercantilismo, cujo maior
expoente foi Colbert, ministro de Luís XIV, rei da França.
a) Além da política econômica que
era estimulada por guerras, como demonstra o texto de Fernand Braudel, quais as
características principais da economia mercantilista?
b) Em oposição às teorias
mercantilistas, surgiram as teorias dos Fisiocratas e dos Liberais. Explique as
idéias principais de cada uma dessas teorias econômicas.
resposta:
a) O mercantilismo, política
econômica dos Estados absolutistas europeus da Era Moderna, caracterizou-se
pelo esforço do Estado-nação em acumular metais preciosos via comércio e
através de taxas alfandegárias protecionistas, que estimulassem as exportações
e inibissem as importações; caracterizou-se ainda pela instauração de colônias
de exploração fora da Europa, reguladas pelo regime de monopólio.
b) Oriunda da tradição iluminista,
a escola de pensamento econômico fisiocrata, que teve em Quesnay, Gournay e
Turgot seus principais representantes, criticou o mercantilismo e pregou a
adoção de uma "economia natural" — ou seja, que a atividade
econômica se desvinculasse do controle estatal e que tivesse ênfase a
agricultura. Na mesma tradição ilustrada, o liberalismo clássico, inaugurado
por Adam Smith, condenava igualmente a intervenção estatal na economia; defendia
a liberdade econômica, com ênfase na racionalização da produção (Divisão do
trabalho) e no livre comércio.
26. (Uff) Existem dúvidas em
torno da caracterização do Estado Absoluto em França, na época de Luis XIV. O
empenho do rei em associar a França aos Tempos Modernos, promovendo o progresso
e transformando o país em modelo de civilização, embaralha a definição do seu
reinado e dificulta sua inclusão na idéia de Antigo Regime. Com base no texto, caracterize
o Antigo Regime francês nos níveis político, econômico e social.
resposta:
A resposta terá que fazer menção
à renovação artística, literária e científica realizada por Luis XIV. Essa renovação
envolveu a política de abertura das Academias em França e o incentivo ao
conhecimento da história do país através do mecenato real que promoveu a
ligação entre o rei e os grandes intelectuais franceses. Muitos deles,
depois, tornaram-se opositores do
Antigo Regime e foram incluídos na lista de filósofos das Luzes. Outro aspecto que
poderá ser apreciado é a questão da Querela entre Antigos e Modernos que deu
origem ao processo de crítica à presença da Antiguidade na cultura européia
moderna, diminuindo a presença da cultura clássica e instituindo o novo modo de
ver a realidade, agora voltado para as coisas do presente. Essa atmosfera de
renovação levou a mudanças importantes em todos os setores da sociedade
francesa. No nível político a centralização se realizou através do
aprimoramento da máquina burocrática que levou a um melhor controle dos
sistemas de cobrança de impostos, gerando maior arrecadação para o Estado. Com
essa riqueza acumulada Luis XIV pode, através de Colbert, avançar nas suas
práticas mercantilistas e disputar com ingleses e holandeses as áreas do Caribe
e do Atlântico Norte. No plano social as ações diminuíram os controles feudais
sobre os campos e as cidades e ajudaram na eliminação das barreiras que
impediam a circulação das mercadorias pelas várias regiões da França, favorecendo
os burgueses. As reformas jurídicas também estabeleceram um novo modo de
relacionamento entre o Estado e a sociedade, pois a criação dos tribunais
ligados ao rei fez com que os camponeses pudessem apelar ao rei diante da opressão
dos poderes locais. A síntese de tudo isso está na construção do Palácio de
Versalles e na sua função
civilizatória, fazendo o exemplo
de França projetar-se sobre a Europa.
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