Avaliação de História do Brasil do Segundo Ano
1. (PITÁGORAS) Observe o gráfico a seguir.
Principais produtos exportados pelo
Brasil
Fonte: Atlas do Brasil 500 anos Isto É. São Paulo, 1999, p. 78.
A partir da análise do gráfico, é CORRETO afirmar que:
a) no século XIX, o café tornou-se o principal produto de exportação,
alcançando expressivo crescimento a partir dos anos de 1850.
b) a cana-de-açúcar, líder nas exportações no período
colonial, conseguiu manter-se estável no decorrer do século XIX.
c) a produção cafeeira, líder na pauta de exportações no
século XIX, declinou entre os anos de 1871 e 1880.
d) a exportação de couros e peles manteve-se estável na
segunda posição na pauta de exportações durante o século XIX.
resposta: [A]
Ao longo do século XIX, o café assumiu posto preponderante na economia brasileira, sendo o principal responsável pela estabilização da balança comercial brasileira ao longo do Segundo Reinado (1840-1889)
2. (PITÁGORAS) Leia o fragmento de texto a seguir.
“Num mundo onde os grandes empresários privados costumavam
ter uma única empresa. Mauá apostou na diversificação. No país onde agricultura
parecia destino manifesto, ele montava uma indústria atrás da outra. Enquanto
os brasileiros lamentavam a falta de escravos, Mauá implementava administrações
participativas e distribuição de lucros para empregados.”
Fonte: CALDEIRA, Jorge,
Mauá – Empresário do Império,
Companhia da Letras, 2003
A Era Mauá insere-se no curto período de industrialização
ocorrido durante o Império. Sobre os aspectos econômicos desse período pode-se
afirmar, EXCETO:
a) A proibição do Tráfico Negreiro através da Lei Eusébio de
Queirós possibilitou a destinação de recursos econômicos para a indústria.
b) A Inglaterra que, no século XIX, consolidou a dominação
nos territórios afro-asiáticos apoiou as medidas brasileiras de apoio à
industrialização.
c) O escravismo dificultou a continuidade do processo de
industrialização por inibir a formação de um mercado consumidor amplo.
d) A Tarifa Alves Branco, ao elevar as tarifas alfandegárias
sobre os produtos estrangeiros, favoreceu o processo de industrialização.
resposta:[B]
Essa incorreta a afirmação que aborda o apoio do governo inglês ao processo de industrialização brasileira.
3. (PITÁGORAS) Leia um trecho da
Crônica de Machado de Assis sobre os últimos dias da escravidão:
“Por isso digo, e juro se necessário
for, que toda a história desta Lei de 13 de Maio estava por mim prevista, tanto
que na segunda-feira, antes mesmo dos debates, tratei de alforriar um molecote
que tinha, pessoa de seus dezoito anos, mais ou menos. Alforriá-lo era nada;
entendi que, perdido por mil, perdido por mil e quinhentos, e dei um jantar.
(...) O meu plano está feito; quero ser deputado, e, na circular que mandarei
aos meus eleitores, direi que, antes, muito antes de abolição legal, já eu, em
casa, na modéstia da família, libertava um escravo, ato que comoveu a toda a
gente que dele teve notícia (...)”
Publicado originalmente
na Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, de 05/04/1888 a 29/08/1889
a) EXPLIQUE qual era o objetivo
do abolicionista ao alforriar o seu escravo.
b) APRESENTE os limites da Lei
Áurea para os negros.
resposta:
a)
A libertação foi usada pelo “abolicionista de última hora” para se promover
politicamente.
b)
A Lei Áurea lhes assegurou a liberdade, mas não lhes garantiu cidadania, não
garantiu condições de sobrevivência numa sociedade marcada pela mentalidade
escravista. A tensão racial e o preconceito permaneceram.
4. (PITÁGORAS)
A expansão cafeeira pelo interior
paulista exigia muita mão-de-obra, que, a partir de 1850, não podia mais ser
satisfeita com o braço africano. Era preciso atrair trabalhadores para os
cafezais. Assim, ocorreu uma grande entrada de imigrantes no Brasil.
EXPLIQUE o que fez o governo
brasileiro para incentivar a entrada de imigrantes no país.
resposta:
O governo brasileiro promoveu
propagandas na Europa para conseguir atrair a atenção de pessoas desempregadas
para vir para o Brasil trabalhar nas fazendas de café. Os imigrantes embarcavam
animados com um futuro promissor, sem terem certeza da realidade que os
esperava.
5. (UFAL) "O Brasil, antes
fragmentado em várias regiões que se comunicavam diretamente com a metrópole,
adquiriu unidade política e territorial, graças aos mecanismos
jurídico-administrativos centralizadores instaurados (...) na cidade. O Rio de
Janeiro, antes uma cidade de ruas lamacentas e hábitos provincianos, transformou-se
num movimentado centro comercial e cultural (...). O modo de vida da corte,
denominação dada à capital, mudou radicalmente. O luxo e a ostentação
empolgaram a elite rural escravista, que se transferiu para a cidade. Homens e
mulheres, trajando à moda européia, passaram a circular pelas ruas do Rio, numa
demonstração eloqüente de colonialismo cultural".
O texto descreve um fenômeno
relacionado
a) à extinção do tráfico negreiro
e à vinda de imigrantes para o Brasil.
b) à política de incentivo
cultural adotada por D. Pedro I.
c) ao desenvolvimento da economia
cafeeira no Vale do Paraíba.
d) à instalação da família real
portuguesa no Brasil.
e) ao crescimento industrial e à
urbanização do Sudeste no final do século XIX.
resposta:[D]
As transformações culturais e urbanísticas ocorridas na cidade do Rio de Janeiro no início do século XIX foram impulsionadas pela instalação e permanência da corte portuguesa no Brasil (1808-1821).
Questões extras
1. (Uerj) "Possa este, para
sempre memorável dia, ser celebrado com universal júbilo por toda a América
Portuguesa, por uma dilatada série de séculos, como aquele em que começou a
raiar a aurora da felicidade, prosperidade e grandeza, a que algum dia o Brasil
se há de elevar, sendo governado de perto pelo seu soberano. Sim, nós já
começamos a sentir os saudáveis efeitos da paternal presença de tão ótimo
príncipe, que [...] nos deu as mais evidentes provas, que muito alentam as
nossas esperanças, de que viera ao Brasil a criar um grande Império."
Luís Gonçalves dos Santos
"Memórias para servir à História do reino do Brasil". Belo Horizonte:
Ed. Itatiaia, São Paulo: EDUSP, 1981.
O texto acima revela o entusiasmo
e as esperanças daqueles que assistiram à chegada da família real portuguesa ao
Brasil. Indique duas inovações de caráter científico ou cultural decorrentes da
política de D. João. Indique também uma mudança política ou econômica observada
durante a permanência da Corte e sua respectiva consequência para o Brasil.
resposta:
Duas das
inovações:
• Biblioteca
Real, atual Nacional
• Academia Real
Militar
• Impressão
Régia
• Gazeta do Rio
de Janeiro
• aulas de
Comércio
• Real Horto, atual
Jardim Botânico
• Intendência de
Polícia
• vinda da
Missão Artística Francesa
Uma das mudanças
e sua respectiva consequência:
• abertura dos
portos às nações amigas – rompimento com o pacto colonial
• assinatura dos
tratados de 1810 com a Inglaterra – aprofundamento da influência comercial
britânica
• elevação do
Brasil a Reino Unido – fim do status de colônia da América Portuguesa
•
estabelecimento do Rio de Janeiro como capital do Império luso-brasileiro –
inversão de papéis entre Portugal e Brasil
2. Observe a imagem a seguir.
DEBRET, Jean Baptiste. Empregado do governo saindo com sua família.
Século XIX.
Disponível em:
http://www.cliohistoria.hpg.ig.com.br
O termo boa
sociedade foi usado pelo historiador Ilmar Rohlloff de Matos ao
caracterizar a organização do Estado Imperial brasileiro. O termo refere-se a
(ao)
a) conjunto de pessoas de boa
índole e defensoras da liberdade que condenavam a prática da escravidão
contrariando a elite econômica e política da época.
b) grupo de intelectuais do
Brasil Império que rejeitava a influência dos valores europeus na cultura
brasileira criando o mito da “boa sociedade”.
c) elite imperial brasileira
formada por pessoas que tinham poder econômico, cultural e intelectual que
cultivavam valores europeizados e detinham os direitos de propriedade e
liberdade.
d) aos políticos brasileiros do
período imperial que se dedicavam às causas filantrópicas, sobretudo à campanha
abolicionista e de ampliação da cidadania.
resposta:[C]
O historiador Ilmar Rohlloff de Matos ao
caracterizar a organização do Estado Imperial brasileiro usou o termo boa sociedade referindo-se aos membros da boa
sociedade imperial. Essa expressão foi usada para designar a elite econômica,
política e cultural do Império.
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