Confira a correção da avaliação de recuperação semestral de História do Brasil
Terceiro ano
1. (FGV) A administração de
Maurício de Nassau sobre parte do Nordeste do Brasil, no século XVII,
caracterizou-se
a) por uma forte intolerância
religiosa, representada, principalmente, por meio do confisco das propriedades
dos judeus e dos católicos.
b) pela proteção às pequenas e
médias propriedades rurais, o que contribuiu para o aumento da produção de
açúcar e tabaco em Pernambuco.
c) por uma ocupação territorial
limitada a Pernambuco, em função da proteção militar efetuada por Portugal nas
suas colônias africanas.
d) por inúmeras vantagens
econômicas aos colonos e pela ausência de tolerância religiosa, representada
pela imposição do calvinismo.
e) pela atenção aos proprietários
luso-brasileiros, que foram beneficiados com créditos para a recuperação dos
engenhos e a compra de escravos.
resposta:[E]
A administração de Maurício de Nassau no Brasil holandês foi responsável pela revitalização da produção açucareira paralisada pelas batalhas entre os luso-brasileiros e os invasores holandeses. Em seu governo foram concedidos empréstimos aos senhores de engenhos e realizados diversos investimentos urbanísticos em Pernambuco.
2. (FGV) No século XVIII a produção do ouro provocou muitas
transformações na colônia. Entre elas podemos destacar:
a) A urbanização da Amazônia, o início do ciclo do tabaco, a
introdução do trabalho livre com os imigrantes;
b) A introdução do trafico negreiro, a integração do índio,
a desarticulação das relações com a Inglaterra;
c) A industrialização de São Paulo, a expansão da criação de
ovinos em Minas Gerais;
d) A preservação da população indígena, a decadência da
produção algodoeiro, a introdução de operários europeus;
e) O aumento da produção de alimentos, a integração de novas
áreas por meio da pecuária e do comércio, a mudança do eixo econômico para o
centro-sul.
resposta:[E]
Entre as principais consequências
da mineração no Brasil ao longo do século XVIII, inclui-se o desenvolvimento de
um intenso comércio interno, fator que promoveu uma grande integração entre
diferentes regiões da colônia, também podemos afirmar que a mineração promoveu
um fator de diferenciação na sociedade que se tornou mais urbanizada do que a
sociedade açucareira que predominou nos séculos anteriores no Nordeste brasileiro, bem como a mudança do eixo econômico para o Centro-Sul e a capital para o Rio de Janeiro.
3. (PITÁGORAS) Veja as imagens. Elas apresentam alguns
aspectos da economia do Brasil colonial.
Mineração
Pecuária
Cana de açúcar
http://www.brasilescola.com/historiab/pecuaria-no-periodo-colonial.htm
Leia as afirmativas a seguir
sobre a economia do Brasil colonial.
1 – Salvador deixou de ser a
capital do Brasil, sendo substituída pelo Rio de Janeiro, que possuía melhor
localização, segundo os interesses da Coroa.
2 – A área colonial recebeu
intenso fluxo de migração interna e externa e nela predominou, inicialmente,
uma atividade econômica sem o suporte adequado de outras, o que gerou escassez
de alimentos e inflação.
3 – A metrópole passou a exercer
um maior controle fiscal e político sobre a área colonial em questão,
aumentando o corpo de funcionários administrativos.
As afirmativas anteriores REFEREM-SE à(ao):
a) Mineração.
b) Pecuária.
c) Cultivo de cana-de-açúcar.
d) Exploração do pau-brasil.
e) Extração das drogas do sertão.
resposta:[A]
Todas as assertivas dizem respeito ao período da mineração durante o século XVIII no Brasil colonial.
4. (PITÁGORAS) Em realidade, se o
ouro criou condições favoráveis ao desenvolvimento interno da colônia, não é
menos verdade que o ouro também dificultou o aproveitamento dessas condições ao
entorpecer o desenvolvimento manufatureiro da metrópole."
"O ouro deixou buracos no
Brasil, igrejas em Portugal e fábricas na Inglaterra."
As expressões acima, muito
citadas pelos historiadores, define a herança deixada pela mineração no Brasil.
Como consequência:
a) que grande parte do ouro
brasileiro era levado para as manufaturas inglesas em função do comércio
deficitário entre o Brasil e a Inglaterra, que comprava o algodão bruto e
exportava tecidos.
b) O comércio deficitário entre a
metrópole portuguesa e o reino inglês favoreceu o escoamento do ouro brasileiro
para o setor manufatureiro têxtil da Inglaterra, sobretudo após o tratado de
Methuen.
c) A Inglaterra apoderou-se da
maior parte do ouro brasileiro através da pirataria e das atividades corsárias.
d) As guerras ocorridas na
Europa, nas quais Portugal sempre esteve do lado da Inglaterra, procovaram a
transferência de grande parte das riquezas auríferas extraídas do Brasil.
e) A transferência de grande
parte das riquezas minerais exercidas do Brasil para a Inglaterra resultou,
principalmente, da importação de máquinas e equipamentos pelo reino português.
resposta:[B]
A célebre frase atribuía ao escritor uruguaio Eduardo Galeano se explica devido ao fato de que boa parte do ouro produzido no Brasil foi parar nos bancos ingleses contribuindo para o processo de acumulação primitiva de capitais, devido ao fato de Portugal possuir uma grande dependência econômica em relação à Inglaterra. Um exemplo dessa dependência é a assinatura do Tratado de Methem ou "panos e vinhos" que acarretou num grande endividamento da economia lusitana em relação aos ingleses.
5. (PITÁGORAS) Leia o texto a
seguir:
A sociedade colonial brasileira
"herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas
acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das
ocupações, raça, cor e condição social. As distinções essenciais entre fidalgos
e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os
colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em
potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores
possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. Com índios,
podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em
um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de
categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígines e, mais tarde, os
africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou
oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na
cor."
(Stuart B. Schwartz,
Segredos internos.)
Podemos afirmar que o texto
anterior defende a ideia de inferioridade dos povos indígenas e africanos?
JUSTIFIQUE a sua resposta.
resposta:
Não, o texto revela somente que a
sociedade colonial criou oportunidades para a hierarquização das “raças”
baseados em critérios de cultura e cor de pele.
Questões extras
1. (PITÁGORAS) Leia a afirmação abaixo.
“No sigilo das grossas portas fechadas, nascia o ideário de
liberdade dos inconfidentes”.
Sobre a Inconfidência Mineira, responda:
a) Quais suas principais características?
resposta:
Movimento elitista, revolucionário,
questionador, não contou com a participação popular e se omitiu em relação à
escravidão.
b) Em que quadro ideológico e histórico ela se insere?
resposta:
Influência das ideias iluministas no contexto histórico de crise do antigo sistema colonial.
c) EXPLIQUE o que a Conjuração Mineira (1789) e a Conjuração
Baiana (1798) possuem em comum.
resposta:
Elas visavam à emancipação
política do Brasil e expressavam insatisfação com a política metropolitana
portuguesa.
2. (PITÁGORAS) Analise os textos a seguir.
TEXTO 1
http://www.ecodebate.com.br/foto/trabescravo.jpg.
Acesso em 19/05/2010
TEXTO 2
Pior que gado
(...)
“De um modo geral, em todas as
carvoarias inspecionadas observou-se: (...) O trabalho é realizado em condições
absolutamente aviltantes e degradantes, em total ofensa à própria dignidade dos
trabalhadores, o que, segundo entendo pela atual redação do artigo 149 do
Código Penal Brasileiro, tipifica a conduta pertinente à redução à condição
análoga à de escravo”.
(...)
Tempos modernos
A
fumaça arde os olhos e aperta a respiração. Nas carvoarias tudo é negro: a
madeira queimada desenha nos homens uma armadura sinistra, uma camuflagem que
os confunde com o próprio carvão que produzem. São como cavaleiros
fantasmagóricos, escondidos pela cortina de fumaça que sai dos fornos,
protegidos por senhores que os alimentam e os deixam dormir no curral.
Poderiam
viver em qualquer tempo, talvez na Idade Média. Ou na época em que homens e
mulheres eram caçados e atirados em porões negreiros. Nos tempos atuais, estão
um tanto deslocados, não têm identidade, estudo, renda, liberdade. Não votam,
não pagam impostos, não têm os direitos reconhecidos. É uma cena surrealista
acompanhar uma libertação de escravos num dia comum de 2004.
(...)
Observatório Social Em Revista. Trabalho escravo no Brasil. N°6. Junho
de 2004
a) De acordo como texto 1, o que diz a legislação brasileira
sobre a escravidão nos dias atuais?
b) Identifique uma semelhança entre o trabalho escravo no
Brasil Colonial e o trabalho escravo no Brasil atual.
c) Cite duas medidas políticas que poderiam ser tomadas na
tentativa de erradicar o trabalho escravo no Brasil atual.
resposta:
a) A escravidão atualmente é ilegal.
O Código Penal Brasileiro, em seu artigo 149, estabelece pena de dois a oito
anos e multa para quem reduzir alguém à “condição análoga à de escravo, quer
submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a
condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua
locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto”.
b) Na atualidade, o trabalho
escravo se assemelha ao trabalho escravo - no Brasil Colonial -, pois continua
sendo uma atividade penosa e insalubre.
c) Combater a impunidade; fornecer
recursos adequados os agentes da lei; o confisco de terras dos criminosos; programas
integrados, que combinem prevenção e reabilitação.
fosa-se
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