QUESTÃO 1 – (UFF 2010)
O mundo moderno está associado, na
sua origem, à cultura renascentista. Invenções e descobertas só puderam ser realizadas
porque os intelectuais renascentistas reuniram tradições clássicas ocidentais e
orientais, a fim de dar novo sentido à ideia de HOMEM e NATUREZA.
Assinale a afirmativa que pode
ser CORRETAMENTE associada ao Renascimento.
a) O livro da natureza foi escrito
em caracteres matemáticos. (Galileu)
b) O homem é imagem e semelhança
de Deus. (Jean Bodin)
c) O mundo é perfeito porque é
uma obra divina e, assim, só pode ser esférico. (Marsílio Ficino)
d) A perspectiva é o fundamento
da relação entre espaço humano e natureza divina. (Alberti)
e) A proporção é a qualidade
matemática inadequada à representação do mundo natural. (Leonardo da Vinci)
resposta:[A]
QUESTÃO 2 – (PUC-RS 2010)
Entre 1500 e 1530, os interesses
da coroa portuguesa, no Brasil, focavam o pau-brasil, madeira abundante na Mata
Atlântica e existente em quase todo o litoral brasileiro, do Rio Grande do
Norte ao Rio de Janeiro. A extração era feita de maneira predatória e
assistemática, com o objetivo de abastecer o mercado europeu, especialmente as
manufaturas de tecido, pois a tinta avermelhada da seiva dessa madeira era
utilizada para tingir tecidos. A aquisição dessa matéria-prima brasileira era
feita por meio da
a) exploração escravocrata dos
europeus em relação aos índios brasileiros.
b) criação de núcleos povoadores,
com utilização de trabalho servil.
c) utilização de escravos
africanos, que trabalhavam nas feitorias.
d) exploração da mão de obra
livre dos imigrantes portugueses, franceses e holandeses.
e) exploração do trabalho
indígena, no estabelecimento de uma relação de troca, o conhecido escambo.
resposta:[E]
QUESTÃO 3 – (UFF 2010)
A DESCOBERTA DA AMÉRICA E A
BARBÁRIE DOS CIVILIZADOS
– A conquista da América pelos
europeus foi uma tragédia sangrenta. A ferro e fogo! Era a divisa dos
cristianizadores.
Mataram à vontade, destruíram
tudo e levaram todo ouro que havia. Outro espanhol, de nome Pizarro, fez no
Peru coisa idêntica com os incas, um povo de civilização muito adiantada que lá
existia. Pizarro chegou e disse ao imperador inca que o papa havia dado aquele
país aos espanhóis e ele viera tomar conta. O imperador inca, que não sabia
quem era o papa, ficou de boca aberta, e muito naturalmente não se submeteu. Então
Pizarro, bem armado de canhões conquistou e saqueou o Peru.
– Mas que diferença há, vovó, entre
estes homens e aquele Átila ou aquele Gengis-Cã que marchou para o ocidente com
os terríveis tártaros, matando, arrasando
e saqueando tudo?
– A diferença única é que a história
é escrita pelos ocidentais e por isso torcida a nosso favor. Vem daí
considerarmos como feras aos tártaros de Gengis-Cã e como heróis com monumentos
em toda parte, aos célebres “conquistadores” brancos. A verdade, porém, manda dizer
que tanto uns como outros nunca passaram de monstros feitos da mesmíssima massa,
na mesmíssima forma. Gengis-Cã construiu pirâmides enormes com cabeças cortadas
aos prisioneiros. Vasco da Gama encontrou na Índia vários navios árabes
carregados de arroz, aprisionou-os, cortou as orelhas e as mãos de oitocentos
homens da equipagem e depois queimou os pobres mutilados dentro dos seus navios.
Monteiro LOBATO. História
do mundo para crianças. Capítulo LX
O texto de Monteiro Lobato
expressa a dificuldade de definirmos quem é civilizado e quem é bárbaro. Mas
isso à parte, pensando a atuação europeia nos séculos XVI e XVII nas áreas
americanas, um número razoável dessas visões equivocadas justificou o avanço espanhol
e a destruição dos astecas, maias e incas explicados por
a) necessidades sociais impostas
pelas características culturais do território espanhol e pela presença
muçulmana que limitava as condições de enriquecimento da monarquia, levando à
conquista da América e à constituição de uma base política iluminista.
b) necessidades religiosas
decorrentes da perda de poder da Igreja Católica frente ao avanço das reformas
protestantes e das alianças com as potências ibéricas para estabelecer o
Império da Cristandade, baseado na Escolástica.
c) necessidades políticas
oriundas das tensões na Península Ibérica que levaram a Espanha a organizar o
processo de conquista do Novo Mundo como única alternativa para sua unidade
política, utilizando para isso o apoio do papado e da França de Francisco I.
d) necessidades econômicas
provenientes da divisão do território espanhol, fruto da diversidade cultural e
étnica, e das disputas pelo poder entre Madri e Barcelona, ampliadas pelas
vitórias portuguesas na África e na Ásia e pelo desenvolvimento da economia do
açúcar no Brasil.
e) necessidades econômicas, políticas
e religiosas dos recém-centralizados Estados modernos, através do mercantilismo
metalista que inundou a Europa de prata e de ouro, levando em seguida a uma
revolução nos preços, que provocou inflação, e ao avanço de novas formas de
desenvolvimento da agricultura.
resposta:[E]
QUESTÃO 4 – (PUC-PR 2009)
Segundo Stefan Ujvari, “O Novo
Mundo saiu perdendo no intercâmbio de doenças. Os europeus podem ter levado a
sífilis, que só raramente era mortal; em compensação, trouxeram para as
Américas numerosas doenças, inclusive e, principalmente, a varíola, que dizimou
populações indígenas e facilitou a tarefa de conquistadores como Cortez e Pizarro.
Os índios não tinham defesas contra tais enfermidades e até a gripe podia matá-los”.
UJVARI, Stefan Cunha. A história
e suas epidemias: a convivência do homem com os microorganismos. Rio de Janeiro:
SENAC, 2003,p.11.
São elementos que caracterizam a
conquista espanhola, EXCETO
a) Não foram apenas o ouro e a
prata que atraíram os espanhóis para o Novo Mundo. O desejo de conquistar e
converter pagãos também contribuiu para isso.
b) Em 1519, Fernão Cortez
desembarcou no litoral mexicano com um pequeno exército e, durante dois anos de
campanha, conseguiu derrotar os astecas e conquistar o México para a coroa
espanhola.
c) No final da década de 1520, Francisco
Pizarro saiu vitorioso sobre o império inca e conquistou o Peru para a Espanha.
d) O interesse pelo Novo Mundo se
dava principalmente pela política empreendida pela Espanha de distribuir
poderes e terras de forma igualitária entre os colonos. Nesse sentido, a Igreja
e os funcionários reais acabaram sendo os que menos receberam privilégios e
riquezas.
e) O ouro e a prata, resultados
da conquista sobre o Novo Mundo, representaram a principal fonte econômica para
o financiamento das guerras empreendidas por Filipe II contra os turcos
muçulmanos e os protestantes holandeses e ingleses em meados do século XVI.
resposta:[D]
QUESTÃO 5 – (UFRR 2010)
Para promover o povoamento e
desenvolvimento do Brasil, o rei português D. João instituiu, em 1534, as
Capitanias Hereditárias. É INCORRETO afirmar que
a) todos os donatários eram da
pequena nobreza, burocratas ou comerciantes ligados à Coroa.
b) as terras foram divididas em
linhas paralelas à linha do Equador.
c) todas as capitanias
responderam aos anseios de sua criação.
d) a Carta de Doação era o
documento que dava a posse das terras.
e) os donatários tinham o direito
de administrar, exercer a justiça e doar sesmarias.
resposta:[C]
QUESTÃO 6 – (UEMG 2010)
Leia atentamente o trecho
selecionado, a seguir:
“... decadência em que se [achava]
o povo das Minas, vexação em que se [via] causada da multidão de negros fugidos
e aquilombados que [havia] em todas elas, de que [resultavam] os
extraordinários casos que continuamente [estavam] sucedendo nos cruéis
assassínios e roubos violentos que a cada instante [estavam] fazendo...”
Representação da Câmara de Vila
Rica ao Rei de Portugal de 31 de agosto de 1743. Arquivo Público Mineiro. Seção
Colonial. Códice CMOP 49 fl.81. Citada no livro Vassalos Rebeldes, de Carla M.J.Anastasia,
Belo Horizonte: C/Arte, 1998. p.130
O aumento da violência nos
sertões mineiros, durante o século XVIII, a que se refere o fragmento acima, é
considerado resultado histórico
a) da substituição do trabalho
escravo em Minas Gerais pelo trabalho imigrante italiano, após a proibição do
tráfico negreiro.
b) do declínio da comercialização
da cana-de-açúcar no território mineiro, em virtude da concorrência do produto oriundo
das Antilhas Holandesas.
c) das crises de fome e
abastecimento provocadas pela corrida do ouro ao território mineiro, constantes
fugas de escravos e o aumento da cobrança de impostos sobre os alimentos.
d) dos abusos cometidos pelos
jagunços contratados pelos senhores de engenhos, para matar os negros
reconhecidos como assassinos profissionais.
resposta:[C]
QUESTÃO 7 – (UFRR 2008)
REI ZUMBI
Lá na terra dos Palmares
Vive Zumbi, nosso rei
É um negro belo e forte
Como um deus africano
[...]
Palmares não tem senzala
Palmares não tem feitor
Eu não quero ser escravo
Não quero mais ter senhor
Viva Zumbi, nosso rei
Viva Zumbi, nosso pai
Quem foge da escravidão
Para Palmares se vai
SANTOS MORAES, peça Rei Zumbi, 1965.
CEM ANOS DE LIBERDADE, REALIDADE
OU ILUSÃO
Será...
que já raiou a liberdade
ou foi tudo ilusão
Será...
que a lei Áurea tão sonhada
há tanto tempo assinada
não foi o fim da escravidão.
Hoje dentro da REALIDADE
onde está a liberdade
onde está que ninguém viu.
Moço
Não se esqueça que o negro também
construiu
as riquezas do nosso Brasil.
[...]
Sonhei...
Que ZUMBI DOS PALMARES voltou
a tristeza do negro acabou
foi uma nova redenção [...]
Hélio Turco, Jurandir e Alvinho, Escola
de Samba Mangueira, samba-enredo do desfile do carnaval de 1988.
Levando em conta a história do
quilombo dos Palmares e os versos acima, marque o item CORRETO.
a) Os versos acima mostram o
valor do grande líder que foi Zumbi, rei do quilombo dos Palmares e responsável
por uma
história de vitória de seus
moradores nas resistências às tropas oficiais que garantiram a existência desse
quilombo
por séculos.
b) Zumbi transformou o quilombo
dos Palmares em um verdadeiro reino e o governou semelhante a um rei africano.
c) Os versos de “Cem anos de
liberdade, realidade ou ilusão” louva a liberdade que os negros alcançaram no
Brasil.
d) Os versos acima têm como tema
central a desigualdade social e as resistências dos negros à exploração nas
relações
de trabalho no Brasil colonial. Estes
traços marcam, ainda hoje, a sociedade brasileira.
e) Os versos têm como origem uma
relação de trabalho de exploração, a qual os negros se negaram a aceitar e desafiaram
os poderes constituídos do recém-criado Estado brasileiro do século XVII.
resposta:[D]
QUESTÃO 8 – (UFJF 2010)
Acerca do início da Idade Moderna,
leia a afirmação abaixo. Em seguida, com base na citação e em seus
conhecimentos, responda ao que se pede.
Atividades econômicas, estruturas
e relações sociais, formas políticas, ideologias, manifestações culturais, tudo
afinal se modificou em maior ou menor grau, embora em ritmos e proporções
bastante diferenciados entre si. Tal conjunto permite-nos considerar essa época
o começo de um período distinto do medieval, quaisquer que tenham sido as permanências
e continuidades então verificadas. Explica-se assim o hábito há muito difundido
entre os historiadores de procurar sintetizar todas as transformações do
período que então se iniciava utilizando a noção de moderno.
FALCON, Francisco; RODRIGUES, Antonio
E. A formação do mundo moderno: a construção do Ocidente dos séculos XIV ao
XVIII. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. p.2.
Sobre as diversas modificações
ocorridas no período, marque a alternativa INCORRETA.
a) O movimento conhecido como
Renascimento Cultural tinha como uma de suas características centrais o
antropocentrismo.
b) O desenvolvimento dos Estados Modernos
foi caracterizado pela crescente descentralização dos poderes, que enfraqueceu o
poder dos monarcas.
c) O movimento da Reforma
Protestante criticou as práticas da Igreja Católica e dividiu a Cristandade
Ocidental.
d) Ocorreu a propagação de importantes
correntes de pensamento tais como as teorias de direito divino dos reis.
e) O surgimento de avanços
tecnológicos como a bússola e o astrolábio colaborou para a realização das
grandes navegações.
resposta:[B]
QUESTÃO 9 – (IFPE 2009)
Em 1630, após fracassada invasão
a Bahia, os holandeses chegaram a Pernambuco, aqui permanecendo por mais de
duas décadas. Baseado nessa afirmação, é CORRETO afirmar que
a) a busca pelo ouro foi um
grande estímulo para as invasões holandesas ao Brasil.
b) coube a Duarte Coelho, governador
de Pernambuco, a liderança da resistência luso-brasileira através do arraial do
Bom Jesus.
c) Maurício de Nassau, calvinista,
caracterizou sua administração no Nordeste brasileiro pela tolerância e por uma
política conciliatória junto à aristocracia pernambucana.
d) Olinda tornou-se a sede da
corte de Nassau, sendo reedificada com a construção de pontes e palácios.
e) Em 1649, com a segunda Batalha
dos Guararapes, os holandeses se renderam ante os luso-pernambucanos, sendo Maurício
de Nassau preso pelas tropas de Fernandes Vieira.
resposta:[C]
QUESTÃO 10 – (UFAL 2010)
Com a fragmentação do feudalismo,
a Europa passou por transformações importantes nos seus hábitos e organização social.
Na Inglaterra, houve lutas políticas e rompimento com a Igreja Católica. Era o
anúncio de mudanças nas relações de poder. Na época do rei Henrique VIII, houve
a) a fundação da Igreja Anglicana,
inspirada nos ensinamentos dos sacerdotes que defendiam o fim do celibato e do
batismo.
b) o fim da interferência da
Igreja Católica no governo inglês, com a centralização maior da administração
nas mãos do monarca.
c) a queda do poder da nobreza e
mudanças na economia, com adoção, para o comércio, das soluções dos economistas
clássicos.
d) as viagens marítimas para a
América, a expansão militar da Inglaterra e uma descentralização administrativa.
e) o fim do sistema
parlamentarista e a adoção do mercantilismo, condenando a escravidão e o livre
comércio.
resposta:[B]
QUESTÃO 11 – (UFAL 2009)
A descoberta das minas de ouro
trouxe euforia para os portugueses. Realizava-se um sonho de há muito
perseguido. Não
só o ouro como também o diamante
deram fôlego à exploração de Portugal. Com relação aos diamantes
a) o Brasil no século XVIII
chegou a ser o maior produtor do mundo.
b) o esquema de exportação foi
importante até o século XX.
c) a política portuguesa trouxe a
valorização internacional do produto.
d) o seu rendimento foi maior do
que o da cana-de-açúcar.
e) a sua descoberta se deu apenas
no início do século XIX.
resposta:[A]
QUESTÃO 12 – (Uncisal 2010)
Na transição do feudalismo para o
capitalismo, cresceu uma economia que tendia cada vez mais para o caráter
comercial
e urbano. Na esfera social, política
e cultural desse cenário, houve, respectivamente,
a) ascensão da burguesia; formação
das monarquias nacionais; visão antropocêntrica de mundo.
b) projeção dos camponeses; dissolução
das monarquias liberais; visão idealista de mundo.
c) enfraquecimento da burguesia; formação
das repúblicas nacionalistas; visão holística de mundo.
d) projeção da nobreza; dissolução
das monarquias nacionais; visão teocêntrica de mundo.
e) ascensão do clero; formação
das monarquias teocráticas; visão dualista de mundo.
resposta:[A]
QUESTÃO 13 – (FURG 2010)
No processo de transição entre a
Idade Média e a Moderna houve uma lenta transformação das mentalidades. Enquanto
no medievo os homens viviam dentro de uma ordem social estamentária, na
modernidade o privado passou a ser valorizado. Essa nova forma de pensar foi
representada pela busca dos bens materiais, caracterizada na Idade Moderna por
dois fenômenos históricos, o primeiro chamado de Mercantilismo e o segundo de
Navegações. Sobre estes, considere as afirmativas:
I – O mercantilismo foi um
movimento voltado para a aquisição de metais, com o objetivo de aumentar as
reservas de riquezas das monarquias, apoiado pela Igreja e direcionado para
conquistar a Terra Santa.
II – As navegações marítimas não
tiveram como motivador apenas os interesses comerciais, mas, também, o desejo
de conhecer o maravilhoso, o fantasioso e o desconhecido.
III – O mercantilismo foi uma
teoria econômica que privilegiava a aquisição da mercadoria, mas desprezava o
metal.
IV – Os Estados mercantilistas
investiram nas navegações como forma de ampliar territórios, de buscar metais preciosos
e de explorar as novas colônias como mercados fornecedores de matéria-prima e
ao mesmo tempo como consumidores.
V – O que auxiliou os navegadores
da Idade Moderna foi a abundância de mapas, que contava muito com a contribuição
dos mapas antigos.
VI – As práticas mercantilistas
tiveram como principais características a intervenção do Estado na economia e a
regulamentação dos investimentos públicos, de forma a acumular capital.
Leia atentamente e assinale a
alternativa que apresenta todas as afirmativas CORRETAS.
a) Somente a I e a V estão
corretas.
b) Apenas a VI está correta.
c) A I, a III e a V estão
corretas.
d) A II, a IV e a VI estão corretas.
e) Apenas a I está correta.
resposta:[D]
QUESTÃO 14 – (UEA 2010)
A experiência nos faz viver sem
engano das abusões e fábulas que alguns dos antigos cosmógrafos escreveram
acerca da descrição da terra e do mar os quais disseram que toda terra que jaz
debaixo do círculo equinocial (equador) era inabitável pela grande quentura do
ar – e isto achamos falso e pelo contrário [...] nesta terra há muita habitação
de gente os quais são negros que em nenhuma parte do mundo pode mais haver...
Duarte Pacheco Pereira. Esmeraldo
de situ orbis, século XVI.
O trecho refere-se à
a) ocupação da região do
Mediterrâneo pelos países ibéricos.
b) divisão da África entre os
países industrializados.
c) cristianização dos africanos
pelos missionários portugueses.
d) escravização dos povos da
África pelos europeus.
e) expansão marítima e comercial
europeia.
resposta:[E]
QUESTÃO 15 – (UFAM 2009)
Segundo o historiador Hilário
Franco Júnior a depressão de fins da Idade Média desorganizou a economia
europeia e gerou a necessidade de uma intervenção estatal que indicasse os
caminhos e fornecesse os elementos para a superação daquela conjuntura
desfavorável. Assim, gradativamente, foi-se constituindo a política econômica
que denominamos mercantilismo.
Das alternativas abaixo, qual a
que MELHO R define esse sistema?
a) Um conjunto de teorias e
práticas de intervenção econômica que se desenvolveram em toda a Europa moderna
desde a metade do século XV até o final do século XIX.
b) Uma política econômica de
rígida centralização praticada pelo Estado Moderno na sua forma Absolutista, como
instrumento de unificação, de superação das crises e do engrandecimento
nacional.
c) Uma política econômica
desenvolvida pelo capitalismo comercial estruturada na indústria artesanal e no
sistema corporativo.
d) Um conjunto heterogêneo de
riquezas concentradas na posse privada da burguesia, cuja base consiste na
especulação do mercado por poderosos grupos mercantis.
e) Um sistema econômico que
permite tanto aos produtores diretos quanto aos proprietários dos meios de
produção acumular excedentes e trocá-los por meio do monopólio corporativo.
resposta:[B]
QUESTÃO 16 – (UFAM 2009)
Mais do que um recurso natural. Mais
do que um artigo de exportação. O que se descobriu em Minas, depois de dois séculos
de colonização, foi uma fortuna em estado puro. Ao contrário do que ocorria com
a cana-de-açúcar no Nordeste, o metal extraído dos leitos dos rios mineiros não
dependia da demanda internacional e suas oscilações de cotação; já vinha em
forma de dinheiro, pronto para ser posto em circulação ali mesmo. O ouro em pó
transformou-se imediatamente na principal moeda das Minas Gerais naquele final
do século XVII. E era tão abundante que, embora quase sempre tivesse Portugal
como destino, causou enorme impacto econômico e social também deste lado do
Atlântico.
REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA
NACIONAL, nov.2008.
Como foi exposto no texto acima, a
atividade mineradora provocou profundas transformações na colônia. Assinale a alternativa
que NÃO representa um resultado da economia mineira.
a) A atividade mineradora
promoveu uma certa flexibilidade social ao possibilitar a alguns escravos a
compra da sua alforria.
b) A descoberta aurífera
facilitou a integração econômica das diversas regiões da colônia promovendo a
formação de um
mercado interno articulado.
c) A atividade mineradora
favoreceu a urbanização de Minas Gerais bem como a diversificação da sociedade
mineira com
o surgimento de novos grupos
sociais como artesãos e comerciantes.
d) A mineração deslocou o eixo
econômico do Nordeste para o Centro-Sul da colônia, o que levou à transferência
da capital
de Salvador para o Rio de Janeiro.
e) A crescente demanda de mão de
obra escrava para as Minas Gerais promoveu o recrudescimento do tráfico e
propiciou
o aparecimento de armadores e
traficantes brasileiros que trocavam africanos por aguardente e algodão.
resposta:[E]
QUESTÃO 17 – (UFC 2008)
Leia o texto que segue:
Conversava, como se fosse para
uma feira. [..] dirigi-lhe mais uma vez a palavra, pois os maracajás eram
amigos dos portugueses [...] Ao que retrucou ele que sabia bem, nós não
comíamos carne humana. Depois lhe disse que devia ter ânimo, pois comeriam
apenas a sua carne; seu espírito iria a uma outra região, para onde vai também
o espírito da nossa gente e lá há muita alegria. Perguntou ele se isto era
verdade. Referi que sim e respondeu-me que nunca havia visto Deus. Concluí
dizendo que veria Deus na outra vida e deixei-o quando terminou a conversa.
STADEN, Hans. Duas viagens ao
Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: USP, 1974, p. 112-113.
No trecho anterior, o explorador
alemão Hans Staden narra o seu diálogo com um índio maracajá, prisioneiro, como
ele, dos tupinambás, nos meados do século XVI. Analisando esse relato, infere-se
que
a) o narrador sugere o papel
civilizador do cristianismo frente à barbárie dos nativos.
b) Hans Staden procura convencer
o companheiro de sina da sacralidade do canibalismo.
c) a separação entre carne e
espírito, aludida pelo explorador, sinaliza sua adesão a crenças pagãs.
d) o maracajá se mostra
desconsolado com o destino, visto que não havia maior desonra a um indígena que
ser devorado pelo inimigo.
e) a prática do canibalismo foi
inexistente, e sua invenção deve-se aos colonizadores, sequiosos por legitimar
o desígnio da conquista.
resposta:[A]
QUESTÃO 18 – (UFJF 2009)
Os choques constantes entre o rei
e o parlamento, entre a religião oficial e as demais, entre os grupos populares
e a burguesia, tornaram o século XVII um momento conturbado na história da Inglaterra
e ajudam a explicar como se processou a colonização inglesa na costa atlântica
da América do Norte.
Acerca desse processo, assinale a
alternativa INCORRETA.
a) A monarquia britânica concedeu
às companhias de navegação uma parte significativa do empreendimento
colonizador, permitindo que elas explorassem determinadas regiões.
b) Os puritanos, grupo religioso
perseguido pela monarquia inglesa, atravessaram o Atlântico e se estabeleceram
na costa nordeste dos EUA, buscando instituir uma sociedade de acordo com os
princípios de sua religião.
c) A Inglaterra adotou uma
“Política da Salutar Negligência” em relação às proibições comerciais por ela
mesma impostas às treze colônias, o que possibilitou a constituição de
triângulos comerciais entre Nova Inglaterra, África e Caribe.
d) A decisão inglesa de copiar o
modelo de colonização de seus antecessores no Novo Mundo (espanhóis e
portugueses) visava explorar a força de trabalho indígena, utilizando-se da
catequese.
e) A fraca presença da autoridade
inglesa na costa leste dos atuais Estados Unidos da América nos séculos XVII e
XVIII colaborou para a precocidade do processo de independência da América do
Norte, a primeira do continente.
resposta:[D]
QUESTÃO 19 – (ESPM 2009)
Tropeiro é termo utilizado pela
historiografia para designar diversas ocupações ligadas ao comércio interno ou
à condução de tropas de mulas no período colonial. O carregamento de
mercadorias em lombo de mulas tornou-se a principal forma de transporte
terrestre a partir do povoamento do interior. A criação do gado muar difundiu-se,
então, nas planícies do sul e sua comercialização ocorria nas feiras de São
Paulo, sobretudo em Sorocaba, para onde se dirigiam os compradores de diversas
regiões.
(VAINFAS Ronaldo. Dicionário
do Brasil Colonial)
As tropas de mulas foram
fundamentais como transporte terrestre de carga, sobretudo, segundo o texto, a
partir do povoamento do interior. Isso deve ser relacionado com
a) a cultura canavieira.
b) a atividade mineradora.
c) a extração do pau-brasil.
d) a cafeicultura.
e) a extração da borracha.
resposta:[B]
QUESTÃO 20 – (UFMT 2009)
Sobre a questão agrária e a cana-de-açúcar
no Brasil, assinale a afirmativa CORRETA.
a) A Zona da Mata do Nordeste é
uma faixa territorial historicamente marcada pelo domínio da monocultura
canavieira, muitas vezes utilizando o emprego de mão de obra assalariada de
baixa remuneração.
b) A demanda crescente nos
mercados interno e externo por combustíveis renováveis, especialmente o álcool,
atrai novos investimentos para o setor no Brasil, embora esse fato não
signifique uma tendência concentradora do setor canavieiro.
c) A possibilidade de aumento da
área plantada de cana-de-açúcar devida ao crescimento da demanda por
biocombustíveis foi neutralizada por pressões internacionais.
d) Após sua expulsão de
Pernambuco, os holandeses pilharam a produção açucareira nas Antilhas, marcando
o início do apogeu da produção nordestina de açúcar.
e) A criação do Instituto do
Açúcar e do Álcool, devido ao crescimento da indústria alcooleira, marcou o fim
do controle pelo Estado da produção e distribuição do produto.
resposta:[A]
QUESTÃO 21 – (FGV 2009)
Ao mesmo tempo em que se
instituía o Governo-Geral (1549), ocorria a passagem de uma economia
extrativista para uma economia de produção na América portuguesa. A esse
respeito, responda:
a) Do ponto de vista político-administrativo,
a introdução do Governo-Geral possibilitou uma centralização efetiva do poder e
o controle metropolitano sobre a colônia? Justifique sua resposta.
b) Em que medida o
desenvolvimento da economia escravista contribuiu para a defesa e a ocupação do
território americano por parte dos portugueses?
resposta:
a) Não. A introdução do Governo-Geral
não foi eficaz para controlar e proteger o vasto território colonial, resolver
as tensões entre colonos e povos indígenas, garantir a segurança dos colonos, controlar
a arrecadação de tributos, impedir a presença estrangeira e combater o
contrabando. Do ponto de vista jurídico, até mesmo a aplicação da justiça
esbarrava na força e resistência exercidas pelos poderes locais representados
pelos homens bons que dominavam as câmaras municipais.
b) O desenvolvimento de
atividades econômicas lucrativas como a plantation açucareira foi capaz
de atrair colonos portugueses para a América e gerar riquezas, permitindo um
primeiro avanço de ocupação do litoral do território colonial. Tal ocupação foi
possível através da relação grande propriedade / escravismo e permitiu vincular
o Brasil aos circuitos do comércio mundial em expansão. Além disso, o tráfico
negreiro representou um importante ingrediente no arsenal político metropolitano,
auxiliando a submeter os povoadores às engrenagens do sistema colonial. Por
isso, o tráfico foi definido como o instrumento político-econômico que permitiu
à Coroa exercer não apenas o seu domínio, mas também o seu imperium.
QUESTÃO 22 – (UFRJ 2009)
“A sociedade feudal era uma
estrutura hierárquica: alguns eram senhores, outros, seus servidores. Numa peça
teatral
da época, um personagem indagava:
– De quem és, homem?
– Sou um servidor, porém não
tenho senhor ou cavaleiro.
– Como pode ser isto?’ Retrucava
o personagem.”
Adaptado de HILL, Christopher. O
mundo de ponta-cabeça. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 55.
No século XVI, a sociedade rural
inglesa, até então relativamente estática, estava se desagregando.
Apresente um processo
socioeconômico que tenha contribuído para essa desagregação.
resposta:
Entre outros processos, temos as
transformações no campo com os cercamentos (expropriação dos camponeses
tradicionais); o crescimento comercial e manufatureiro de Londres, atraindo
populações rurais; a proliferação de seitas protestantes que procuravam se
desvencilhar das tradicionais relações senhoriais.
QUESTÃO 23 – (UFBA 2010)
A formação das Monarquias
Nacionais na Europa, entre os séculos XV e XVIII, resultou da superação de
antigas práticas feudais e do estabelecimento de novos princípios. A partir
dessa afirmação, identifique uma dentre as práticas superadas e um novo
princípio estabelecido para a formação das referidas monarquias.
resposta:
Práticas superadas:
• economia agrícola e
autosuficiente;
• autonomia de feudos e cidades;
• hierarquia social estamental;
• poder pessoal do senhor feudal;
• cultura teológica –
subordinação à universalidade da Igreja Católica.
Princípios estabelecidos:
• ênfase na cultura racional e
científica;
• centralização do poder na
pessoa do rei;
• fortalecimento das relações
comerciais;
• desenvolvimento dos centros
urbanos – fortalecimento da burguesia;
• adoção de língua, moeda e
legislação nacionais;
• soberania do Estado no
território nacional; exército permanente;
• flexibilização da sociedade
estamental com a ascensão da burguesia comercial.
QUESTÃO 24 – (UFRJ 2010)
“A primeira coisa que os
moradores desta costa do Brasil pretendem são índios escravizados para
trabalharem nas suas fazendas, pois sem eles não se
podem sustentar na terra.”
Adaptado de GANDAVO, Pero
Magalhães. Tratado descritivo da terra do Brasil. São Paulo: Itatiaia e EDUSP, 1982,
p. 42 [1576]
Nesse trecho percebe-se a adesão
do cronista ao ideário dos colonos lusos no Brasil de fins do século XVI.
Com base no texto, e considerando
que em Portugal prevalecia uma hierarquia social aristocrática e católica, explique
por que, ao desembarcarem na América
portuguesa da época, os colonos imediatamente procuravam lançar mão do trabalho escravo.
resposta:
Deve-se explicar que o ideal
aristocrático prevalecente em sua sociedade de origem levava os colonos a
viver à custa do trabalho alheio como traço de distinção social.
QUESTÃO 25 – (UFRJ 2010)
“Por mais de um século o Brasil
foi o principal exportador mundial de açúcar. De 1600 a 1650 o açúcar
respondia por 90% a 95% dos ganhos brasileiros com exportações. Mesmo no
período em torno de 1700, quando o setor açucareiro declinou, ele continuava a
representar 15% dos ganhos do Brasil com exportações.”
SKIDMORE, Thomas E. Uma história
do Brasil. São Paulo: Paz e Terra, 1998, p. 36
Explique um fator, externo à
América portuguesa, responsável pelo declínio relativo do setor açucareiro
brasileiro na segunda metade do século XVII.
resposta:
Deve-se explicar que o declínio relativo do setor açucareiro da América portuguesa, a partir da segunda metade do século XVII, deveu-se à concorrência da produção de açúcar implementada em diversas colônias européias na região caribenha (Martinica, Guadalupe, Jamaica, Barbados, dentre outras).
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