sexta-feira, 27 de julho de 2012

Confira a correção do Simula 1




QUESTÃO 1 – (UFF 2010)
O mundo moderno está associado, na sua origem, à cultura renascentista. Invenções e descobertas só puderam ser realizadas porque os intelectuais renascentistas reuniram tradições clássicas ocidentais e orientais, a fim de dar novo sentido à ideia de HOMEM e NATUREZA.
Assinale a afirmativa que pode ser CORRETAMENTE associada ao Renascimento.
a) O livro da natureza foi escrito em caracteres matemáticos. (Galileu)
b) O homem é imagem e semelhança de Deus. (Jean Bodin)
c) O mundo é perfeito porque é uma obra divina e, assim, só pode ser esférico. (Marsílio Ficino)
d) A perspectiva é o fundamento da relação entre espaço humano e natureza divina. (Alberti)
e) A proporção é a qualidade matemática inadequada à representação do mundo natural. (Leonardo da Vinci)

 
resposta:[A]

QUESTÃO 2 – (PUC-RS 2010)
Entre 1500 e 1530, os interesses da coroa portuguesa, no Brasil, focavam o pau-brasil, madeira abundante na Mata Atlântica e existente em quase todo o litoral brasileiro, do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro. A extração era feita de maneira predatória e assistemática, com o objetivo de abastecer o mercado europeu, especialmente as manufaturas de tecido, pois a tinta avermelhada da seiva dessa madeira era utilizada para tingir tecidos. A aquisição dessa matéria-prima brasileira era feita por meio da
a) exploração escravocrata dos europeus em relação aos índios brasileiros.
b) criação de núcleos povoadores, com utilização de trabalho servil.
c) utilização de escravos africanos, que trabalhavam nas feitorias.
d) exploração da mão de obra livre dos imigrantes portugueses, franceses e holandeses.
e) exploração do trabalho indígena, no estabelecimento de uma relação de troca, o conhecido escambo.

 
resposta:[E]

QUESTÃO 3 – (UFF 2010)
A DESCOBERTA DA AMÉRICA E A BARBÁRIE DOS CIVILIZADOS
– A conquista da América pelos europeus foi uma tragédia sangrenta. A ferro e fogo! Era a divisa dos cristianizadores.
Mataram à vontade, destruíram tudo e levaram todo ouro que havia. Outro espanhol, de nome Pizarro, fez no Peru coisa idêntica com os incas, um povo de civilização muito adiantada que lá existia. Pizarro chegou e disse ao imperador inca que o papa havia dado aquele país aos espanhóis e ele viera tomar conta. O imperador inca, que não sabia quem era o papa, ficou de boca aberta, e muito naturalmente não se submeteu. Então Pizarro, bem armado de canhões conquistou e saqueou o Peru.
– Mas que diferença há, vovó, entre estes homens e aquele Átila ou aquele Gengis-Cã que marchou para o ocidente com
os terríveis tártaros, matando, arrasando e saqueando tudo?
– A diferença única é que a história é escrita pelos ocidentais e por isso torcida a nosso favor. Vem daí considerarmos como feras aos tártaros de Gengis-Cã e como heróis com monumentos em toda parte, aos célebres “conquistadores” brancos. A verdade, porém, manda dizer que tanto uns como outros nunca passaram de monstros feitos da mesmíssima massa, na mesmíssima forma. Gengis-Cã construiu pirâmides enormes com cabeças cortadas aos prisioneiros. Vasco da Gama encontrou na Índia vários navios árabes carregados de arroz, aprisionou-os, cortou as orelhas e as mãos de oitocentos homens da equipagem e depois queimou os pobres mutilados dentro dos seus navios.
Monteiro LOBATO. História do mundo para crianças. Capítulo LX
O texto de Monteiro Lobato expressa a dificuldade de definirmos quem é civilizado e quem é bárbaro. Mas isso à parte, pensando a atuação europeia nos séculos XVI e XVII nas áreas americanas, um número razoável dessas visões equivocadas justificou o avanço espanhol e a destruição dos astecas, maias e incas explicados por
a) necessidades sociais impostas pelas características culturais do território espanhol e pela presença muçulmana que limitava as condições de enriquecimento da monarquia, levando à conquista da América e à constituição de uma base política iluminista.
b) necessidades religiosas decorrentes da perda de poder da Igreja Católica frente ao avanço das reformas protestantes e das alianças com as potências ibéricas para estabelecer o Império da Cristandade, baseado na Escolástica.
c) necessidades políticas oriundas das tensões na Península Ibérica que levaram a Espanha a organizar o processo de conquista do Novo Mundo como única alternativa para sua unidade política, utilizando para isso o apoio do papado e da França de Francisco I.
d) necessidades econômicas provenientes da divisão do território espanhol, fruto da diversidade cultural e étnica, e das disputas pelo poder entre Madri e Barcelona, ampliadas pelas vitórias portuguesas na África e na Ásia e pelo desenvolvimento da economia do açúcar no Brasil.
e) necessidades econômicas, políticas e religiosas dos recém-centralizados Estados modernos, através do mercantilismo metalista que inundou a Europa de prata e de ouro, levando em seguida a uma revolução nos preços, que provocou inflação, e ao avanço de novas formas de desenvolvimento da agricultura.


 resposta:[E]

QUESTÃO 4 – (PUC-PR 2009)
Segundo Stefan Ujvari, “O Novo Mundo saiu perdendo no intercâmbio de doenças. Os europeus podem ter levado a sífilis, que só raramente era mortal; em compensação, trouxeram para as Américas numerosas doenças, inclusive e, principalmente, a varíola, que dizimou populações indígenas e facilitou a tarefa de conquistadores como Cortez e Pizarro. Os índios não tinham defesas contra tais enfermidades e até a gripe podia matá-los”.
UJVARI, Stefan Cunha. A história e suas epidemias: a convivência do homem com os microorganismos. Rio de Janeiro: SENAC, 2003,p.11.
São elementos que caracterizam a conquista espanhola, EXCETO
a) Não foram apenas o ouro e a prata que atraíram os espanhóis para o Novo Mundo. O desejo de conquistar e converter pagãos também contribuiu para isso.
b) Em 1519, Fernão Cortez desembarcou no litoral mexicano com um pequeno exército e, durante dois anos de campanha, conseguiu derrotar os astecas e conquistar o México para a coroa espanhola.
c) No final da década de 1520, Francisco Pizarro saiu vitorioso sobre o império inca e conquistou o Peru para a Espanha.
d) O interesse pelo Novo Mundo se dava principalmente pela política empreendida pela Espanha de distribuir poderes e terras de forma igualitária entre os colonos. Nesse sentido, a Igreja e os funcionários reais acabaram sendo os que menos receberam privilégios e riquezas.
e) O ouro e a prata, resultados da conquista sobre o Novo Mundo, representaram a principal fonte econômica para o financiamento das guerras empreendidas por Filipe II contra os turcos muçulmanos e os protestantes holandeses e ingleses em meados do século XVI.

 
resposta:[D]

QUESTÃO 5 – (UFRR 2010)
Para promover o povoamento e desenvolvimento do Brasil, o rei português D. João instituiu, em 1534, as Capitanias Hereditárias. É INCORRETO afirmar que
a) todos os donatários eram da pequena nobreza, burocratas ou comerciantes ligados à Coroa.
b) as terras foram divididas em linhas paralelas à linha do Equador.
c) todas as capitanias responderam aos anseios de sua criação.
d) a Carta de Doação era o documento que dava a posse das terras.
e) os donatários tinham o direito de administrar, exercer a justiça e doar sesmarias.

 
resposta:[C]

QUESTÃO 6 – (UEMG 2010)
Leia atentamente o trecho selecionado, a seguir:
“... decadência em que se [achava] o povo das Minas, vexação em que se [via] causada da multidão de negros fugidos e aquilombados que [havia] em todas elas, de que [resultavam] os extraordinários casos que continuamente [estavam] sucedendo nos cruéis assassínios e roubos violentos que a cada instante [estavam] fazendo...”
Representação da Câmara de Vila Rica ao Rei de Portugal de 31 de agosto de 1743. Arquivo Público Mineiro. Seção Colonial. Códice CMOP 49 fl.81. Citada no livro Vassalos Rebeldes, de Carla M.J.Anastasia, Belo Horizonte: C/Arte, 1998. p.130

O aumento da violência nos sertões mineiros, durante o século XVIII, a que se refere o fragmento acima, é considerado resultado histórico
a) da substituição do trabalho escravo em Minas Gerais pelo trabalho imigrante italiano, após a proibição do tráfico negreiro.
b) do declínio da comercialização da cana-de-açúcar no território mineiro, em virtude da concorrência do produto oriundo das Antilhas Holandesas.
c) das crises de fome e abastecimento provocadas pela corrida do ouro ao território mineiro, constantes fugas de escravos e o aumento da cobrança de impostos sobre os alimentos.
d) dos abusos cometidos pelos jagunços contratados pelos senhores de engenhos, para matar os negros reconhecidos como assassinos profissionais.

 resposta:[C]

QUESTÃO 7 – (UFRR 2008)
REI ZUMBI
Lá na terra dos Palmares
Vive Zumbi, nosso rei
É um negro belo e forte
Como um deus africano
[...]
Palmares não tem senzala
Palmares não tem feitor
Eu não quero ser escravo
Não quero mais ter senhor
Viva Zumbi, nosso rei
Viva Zumbi, nosso pai
Quem foge da escravidão
Para Palmares se vai
SANTOS MORAES, peça Rei Zumbi, 1965.

CEM ANOS DE LIBERDADE, REALIDADE OU ILUSÃO
Será...
que já raiou a liberdade
ou foi tudo ilusão
Será...
que a lei Áurea tão sonhada
há tanto tempo assinada
não foi o fim da escravidão.
Hoje dentro da REALIDADE
onde está a liberdade
onde está que ninguém viu.
Moço
Não se esqueça que o negro também construiu
as riquezas do nosso Brasil.
[...]
Sonhei...
Que ZUMBI DOS PALMARES voltou
a tristeza do negro acabou
foi uma nova redenção [...]
Hélio Turco, Jurandir e Alvinho, Escola de Samba Mangueira, samba-enredo do desfile do carnaval de 1988.
Levando em conta a história do quilombo dos Palmares e os versos acima, marque o item CORRETO.
a) Os versos acima mostram o valor do grande líder que foi Zumbi, rei do quilombo dos Palmares e responsável por uma
história de vitória de seus moradores nas resistências às tropas oficiais que garantiram a existência desse quilombo
por séculos.
b) Zumbi transformou o quilombo dos Palmares em um verdadeiro reino e o governou semelhante a um rei africano.
c) Os versos de “Cem anos de liberdade, realidade ou ilusão” louva a liberdade que os negros alcançaram no Brasil.
d) Os versos acima têm como tema central a desigualdade social e as resistências dos negros à exploração nas relações
de trabalho no Brasil colonial. Estes traços marcam, ainda hoje, a sociedade brasileira.
e) Os versos têm como origem uma relação de trabalho de exploração, a qual os negros se negaram a aceitar e desafiaram os poderes constituídos do recém-criado Estado brasileiro do século XVII.

 
resposta:[D]

QUESTÃO 8 – (UFJF 2010)
Acerca do início da Idade Moderna, leia a afirmação abaixo. Em seguida, com base na citação e em seus conhecimentos, responda ao que se pede.
Atividades econômicas, estruturas e relações sociais, formas políticas, ideologias, manifestações culturais, tudo afinal se modificou em maior ou menor grau, embora em ritmos e proporções bastante diferenciados entre si. Tal conjunto permite-nos considerar essa época o começo de um período distinto do medieval, quaisquer que tenham sido as permanências e continuidades então verificadas. Explica-se assim o hábito há muito difundido entre os historiadores de procurar sintetizar todas as transformações do período que então se iniciava utilizando a noção de moderno.
FALCON, Francisco; RODRIGUES, Antonio E. A formação do mundo moderno: a construção do Ocidente dos séculos XIV ao XVIII. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. p.2.
Sobre as diversas modificações ocorridas no período, marque a alternativa INCORRETA.
a) O movimento conhecido como Renascimento Cultural tinha como uma de suas características centrais o antropocentrismo.
b) O desenvolvimento dos Estados Modernos foi caracterizado pela crescente descentralização dos poderes, que enfraqueceu o poder dos monarcas.
c) O movimento da Reforma Protestante criticou as práticas da Igreja Católica e dividiu a Cristandade Ocidental.
d) Ocorreu a propagação de importantes correntes de pensamento tais como as teorias de direito divino dos reis.
e) O surgimento de avanços tecnológicos como a bússola e o astrolábio colaborou para a realização das grandes navegações.


 resposta:[B]


QUESTÃO 9 – (IFPE 2009)
Em 1630, após fracassada invasão a Bahia, os holandeses chegaram a Pernambuco, aqui permanecendo por mais de duas décadas. Baseado nessa afirmação, é CORRETO afirmar que
a) a busca pelo ouro foi um grande estímulo para as invasões holandesas ao Brasil.
b) coube a Duarte Coelho, governador de Pernambuco, a liderança da resistência luso-brasileira através do arraial do Bom Jesus.
c) Maurício de Nassau, calvinista, caracterizou sua administração no Nordeste brasileiro pela tolerância e por uma política conciliatória junto à aristocracia pernambucana.
d) Olinda tornou-se a sede da corte de Nassau, sendo reedificada com a construção de pontes e palácios.
e) Em 1649, com a segunda Batalha dos Guararapes, os holandeses se renderam ante os luso-pernambucanos, sendo Maurício de Nassau preso pelas tropas de Fernandes Vieira.


 resposta:[C]

QUESTÃO 10 – (UFAL 2010)
Com a fragmentação do feudalismo, a Europa passou por transformações importantes nos seus hábitos e organização social. Na Inglaterra, houve lutas políticas e rompimento com a Igreja Católica. Era o anúncio de mudanças nas relações de poder. Na época do rei Henrique VIII, houve
a) a fundação da Igreja Anglicana, inspirada nos ensinamentos dos sacerdotes que defendiam o fim do celibato e do batismo.
b) o fim da interferência da Igreja Católica no governo inglês, com a centralização maior da administração nas mãos do monarca.
c) a queda do poder da nobreza e mudanças na economia, com adoção, para o comércio, das soluções dos economistas clássicos.
d) as viagens marítimas para a América, a expansão militar da Inglaterra e uma descentralização administrativa.
e) o fim do sistema parlamentarista e a adoção do mercantilismo, condenando a escravidão e o livre comércio.

 resposta:[B]

QUESTÃO 11 – (UFAL 2009)
A descoberta das minas de ouro trouxe euforia para os portugueses. Realizava-se um sonho de há muito perseguido. Não
só o ouro como também o diamante deram fôlego à exploração de Portugal. Com relação aos diamantes
a) o Brasil no século XVIII chegou a ser o maior produtor do mundo.
b) o esquema de exportação foi importante até o século XX.
c) a política portuguesa trouxe a valorização internacional do produto.
d) o seu rendimento foi maior do que o da cana-de-açúcar.
e) a sua descoberta se deu apenas no início do século XIX.


 resposta:[A]

QUESTÃO 12 – (Uncisal 2010)
Na transição do feudalismo para o capitalismo, cresceu uma economia que tendia cada vez mais para o caráter comercial
e urbano. Na esfera social, política e cultural desse cenário, houve, respectivamente,
a) ascensão da burguesia; formação das monarquias nacionais; visão antropocêntrica de mundo.
b) projeção dos camponeses; dissolução das monarquias liberais; visão idealista de mundo.
c) enfraquecimento da burguesia; formação das repúblicas nacionalistas; visão holística de mundo.
d) projeção da nobreza; dissolução das monarquias nacionais; visão teocêntrica de mundo.
e) ascensão do clero; formação das monarquias teocráticas; visão dualista de mundo.


 resposta:[A]

QUESTÃO 13 – (FURG 2010)
No processo de transição entre a Idade Média e a Moderna houve uma lenta transformação das mentalidades. Enquanto no medievo os homens viviam dentro de uma ordem social estamentária, na modernidade o privado passou a ser valorizado. Essa nova forma de pensar foi representada pela busca dos bens materiais, caracterizada na Idade Moderna por dois fenômenos históricos, o primeiro chamado de Mercantilismo e o segundo de Navegações. Sobre estes, considere as afirmativas:
I – O mercantilismo foi um movimento voltado para a aquisição de metais, com o objetivo de aumentar as reservas de riquezas das monarquias, apoiado pela Igreja e direcionado para conquistar a Terra Santa.
II – As navegações marítimas não tiveram como motivador apenas os interesses comerciais, mas, também, o desejo de conhecer o maravilhoso, o fantasioso e o desconhecido.
III – O mercantilismo foi uma teoria econômica que privilegiava a aquisição da mercadoria, mas desprezava o metal.
IV – Os Estados mercantilistas investiram nas navegações como forma de ampliar territórios, de buscar metais preciosos e de explorar as novas colônias como mercados fornecedores de matéria-prima e ao mesmo tempo como consumidores.
V – O que auxiliou os navegadores da Idade Moderna foi a abundância de mapas, que contava muito com a contribuição dos mapas antigos.
VI – As práticas mercantilistas tiveram como principais características a intervenção do Estado na economia e a regulamentação dos investimentos públicos, de forma a acumular capital.
Leia atentamente e assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas CORRETAS.
a) Somente a I e a V estão corretas.
b) Apenas a VI está correta.
c) A I, a III e a V estão corretas.
d) A II, a IV e a VI estão corretas.
e) Apenas a I está correta.


 resposta:[D]

QUESTÃO 14 – (UEA 2010)
A experiência nos faz viver sem engano das abusões e fábulas que alguns dos antigos cosmógrafos escreveram acerca da descrição da terra e do mar os quais disseram que toda terra que jaz debaixo do círculo equinocial (equador) era inabitável pela grande quentura do ar – e isto achamos falso e pelo contrário [...] nesta terra há muita habitação de gente os quais são negros que em nenhuma parte do mundo pode mais haver...
Duarte Pacheco Pereira. Esmeraldo de situ orbis, século XVI.
O trecho refere-se à
a) ocupação da região do Mediterrâneo pelos países ibéricos.
b) divisão da África entre os países industrializados.
c) cristianização dos africanos pelos missionários portugueses.
d) escravização dos povos da África pelos europeus.
e) expansão marítima e comercial europeia.


 resposta:[E]

QUESTÃO 15 – (UFAM 2009)
Segundo o historiador Hilário Franco Júnior a depressão de fins da Idade Média desorganizou a economia europeia e gerou a necessidade de uma intervenção estatal que indicasse os caminhos e fornecesse os elementos para a superação daquela conjuntura desfavorável. Assim, gradativamente, foi-se constituindo a política econômica que denominamos mercantilismo.
Das alternativas abaixo, qual a que MELHO R define esse sistema?
a) Um conjunto de teorias e práticas de intervenção econômica que se desenvolveram em toda a Europa moderna desde a metade do século XV até o final do século XIX.
b) Uma política econômica de rígida centralização praticada pelo Estado Moderno na sua forma Absolutista, como instrumento de unificação, de superação das crises e do engrandecimento nacional.
c) Uma política econômica desenvolvida pelo capitalismo comercial estruturada na indústria artesanal e no sistema corporativo.
d) Um conjunto heterogêneo de riquezas concentradas na posse privada da burguesia, cuja base consiste na especulação do mercado por poderosos grupos mercantis.
e) Um sistema econômico que permite tanto aos produtores diretos quanto aos proprietários dos meios de produção acumular excedentes e trocá-los por meio do monopólio corporativo.


 resposta:[B]

QUESTÃO 16 – (UFAM 2009)
Mais do que um recurso natural. Mais do que um artigo de exportação. O que se descobriu em Minas, depois de dois séculos de colonização, foi uma fortuna em estado puro. Ao contrário do que ocorria com a cana-de-açúcar no Nordeste, o metal extraído dos leitos dos rios mineiros não dependia da demanda internacional e suas oscilações de cotação; já vinha em forma de dinheiro, pronto para ser posto em circulação ali mesmo. O ouro em pó transformou-se imediatamente na principal moeda das Minas Gerais naquele final do século XVII. E era tão abundante que, embora quase sempre tivesse Portugal como destino, causou enorme impacto econômico e social também deste lado do Atlântico.
REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL, nov.2008.
Como foi exposto no texto acima, a atividade mineradora provocou profundas transformações na colônia. Assinale a alternativa que NÃO representa um resultado da economia mineira.
a) A atividade mineradora promoveu uma certa flexibilidade social ao possibilitar a alguns escravos a compra da sua alforria.
b) A descoberta aurífera facilitou a integração econômica das diversas regiões da colônia promovendo a formação de um
mercado interno articulado.
c) A atividade mineradora favoreceu a urbanização de Minas Gerais bem como a diversificação da sociedade mineira com
o surgimento de novos grupos sociais como artesãos e comerciantes.
d) A mineração deslocou o eixo econômico do Nordeste para o Centro-Sul da colônia, o que levou à transferência da capital
de Salvador para o Rio de Janeiro.
e) A crescente demanda de mão de obra escrava para as Minas Gerais promoveu o recrudescimento do tráfico e propiciou
o aparecimento de armadores e traficantes brasileiros que trocavam africanos por aguardente e algodão.
  


resposta:[E]

QUESTÃO 17 – (UFC 2008)
Leia o texto que segue:
Conversava, como se fosse para uma feira. [..] dirigi-lhe mais uma vez a palavra, pois os maracajás eram amigos dos portugueses [...] Ao que retrucou ele que sabia bem, nós não comíamos carne humana. Depois lhe disse que devia ter ânimo, pois comeriam apenas a sua carne; seu espírito iria a uma outra região, para onde vai também o espírito da nossa gente e lá há muita alegria. Perguntou ele se isto era verdade. Referi que sim e respondeu-me que nunca havia visto Deus. Concluí dizendo que veria Deus na outra vida e deixei-o quando terminou a conversa.
STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: USP, 1974, p. 112-113.
No trecho anterior, o explorador alemão Hans Staden narra o seu diálogo com um índio maracajá, prisioneiro, como ele, dos tupinambás, nos meados do século XVI. Analisando esse relato, infere-se que
a) o narrador sugere o papel civilizador do cristianismo frente à barbárie dos nativos.
b) Hans Staden procura convencer o companheiro de sina da sacralidade do canibalismo.
c) a separação entre carne e espírito, aludida pelo explorador, sinaliza sua adesão a crenças pagãs.
d) o maracajá se mostra desconsolado com o destino, visto que não havia maior desonra a um indígena que ser devorado pelo inimigo.
e) a prática do canibalismo foi inexistente, e sua invenção deve-se aos colonizadores, sequiosos por legitimar o desígnio da conquista.

 resposta:[A]

QUESTÃO 18 – (UFJF 2009)
Os choques constantes entre o rei e o parlamento, entre a religião oficial e as demais, entre os grupos populares e a burguesia, tornaram o século XVII um momento conturbado na história da Inglaterra e ajudam a explicar como se processou a colonização inglesa na costa atlântica da América do Norte.
Acerca desse processo, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A monarquia britânica concedeu às companhias de navegação uma parte significativa do empreendimento colonizador, permitindo que elas explorassem determinadas regiões.
b) Os puritanos, grupo religioso perseguido pela monarquia inglesa, atravessaram o Atlântico e se estabeleceram na costa nordeste dos EUA, buscando instituir uma sociedade de acordo com os princípios de sua religião.
c) A Inglaterra adotou uma “Política da Salutar Negligência” em relação às proibições comerciais por ela mesma impostas às treze colônias, o que possibilitou a constituição de triângulos comerciais entre Nova Inglaterra, África e Caribe.
d) A decisão inglesa de copiar o modelo de colonização de seus antecessores no Novo Mundo (espanhóis e portugueses) visava explorar a força de trabalho indígena, utilizando-se da catequese.
e) A fraca presença da autoridade inglesa na costa leste dos atuais Estados Unidos da América nos séculos XVII e XVIII colaborou para a precocidade do processo de independência da América do Norte, a primeira do continente.


 resposta:[D]

QUESTÃO 19 – (ESPM 2009)
Tropeiro é termo utilizado pela historiografia para designar diversas ocupações ligadas ao comércio interno ou à condução de tropas de mulas no período colonial. O carregamento de mercadorias em lombo de mulas tornou-se a principal forma de transporte terrestre a partir do povoamento do interior. A criação do gado muar difundiu-se, então, nas planícies do sul e sua comercialização ocorria nas feiras de São Paulo, sobretudo em Sorocaba, para onde se dirigiam os compradores de diversas regiões.
(VAINFAS Ronaldo. Dicionário do Brasil Colonial)
As tropas de mulas foram fundamentais como transporte terrestre de carga, sobretudo, segundo o texto, a partir do povoamento do interior. Isso deve ser relacionado com
a) a cultura canavieira.
b) a atividade mineradora.
c) a extração do pau-brasil.
d) a cafeicultura.
e) a extração da borracha.

 resposta:[B]

QUESTÃO 20 – (UFMT 2009)
Sobre a questão agrária e a cana-de-açúcar no Brasil, assinale a afirmativa CORRETA.
a) A Zona da Mata do Nordeste é uma faixa territorial historicamente marcada pelo domínio da monocultura canavieira, muitas vezes utilizando o emprego de mão de obra assalariada de baixa remuneração.
b) A demanda crescente nos mercados interno e externo por combustíveis renováveis, especialmente o álcool, atrai novos investimentos para o setor no Brasil, embora esse fato não signifique uma tendência concentradora do setor canavieiro.
c) A possibilidade de aumento da área plantada de cana-de-açúcar devida ao crescimento da demanda por biocombustíveis foi neutralizada por pressões internacionais.
d) Após sua expulsão de Pernambuco, os holandeses pilharam a produção açucareira nas Antilhas, marcando o início do apogeu da produção nordestina de açúcar.
e) A criação do Instituto do Açúcar e do Álcool, devido ao crescimento da indústria alcooleira, marcou o fim do controle pelo Estado da produção e distribuição do produto.


resposta:[A]

QUESTÃO 21 – (FGV 2009)
Ao mesmo tempo em que se instituía o Governo-Geral (1549), ocorria a passagem de uma economia extrativista para uma economia de produção na América portuguesa. A esse respeito, responda:
a) Do ponto de vista político-administrativo, a introdução do Governo-Geral possibilitou uma centralização efetiva do poder e o controle metropolitano sobre a colônia? Justifique sua resposta.

b) Em que medida o desenvolvimento da economia escravista contribuiu para a defesa e a ocupação do território americano por parte dos portugueses?

resposta:
 
a) Não. A introdução do Governo-Geral não foi eficaz para controlar e proteger o vasto território colonial, resolver as tensões entre colonos e povos indígenas, garantir a segurança dos colonos, controlar a arrecadação de tributos, impedir a presença estrangeira e combater o contrabando. Do ponto de vista jurídico, até mesmo a aplicação da justiça esbarrava na força e resistência exercidas pelos poderes locais representados pelos homens bons que dominavam as câmaras municipais.
b) O desenvolvimento de atividades econômicas lucrativas como a plantation açucareira foi capaz de atrair colonos portugueses para a América e gerar riquezas, permitindo um primeiro avanço de ocupação do litoral do território colonial. Tal ocupação foi possível através da relação grande propriedade / escravismo e permitiu vincular o Brasil aos circuitos do comércio mundial em expansão. Além disso, o tráfico negreiro representou um importante ingrediente no arsenal político metropolitano, auxiliando a submeter os povoadores às engrenagens do sistema colonial. Por isso, o tráfico foi definido como o instrumento político-econômico que permitiu à Coroa exercer não apenas o seu domínio, mas também o seu imperium.

QUESTÃO 22 – (UFRJ 2009)
“A sociedade feudal era uma estrutura hierárquica: alguns eram senhores, outros, seus servidores. Numa peça teatral
da época, um personagem indagava:
– De quem és, homem?
– Sou um servidor, porém não tenho senhor ou cavaleiro.
– Como pode ser isto?’ Retrucava o personagem.”
Adaptado de HILL, Christopher. O mundo de ponta-cabeça. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 55.
No século XVI, a sociedade rural inglesa, até então relativamente estática, estava se desagregando.
Apresente um processo socioeconômico que tenha contribuído para essa desagregação.


resposta:
 
Entre outros processos, temos as transformações no campo com os cercamentos (expropriação dos camponeses tradicionais); o crescimento comercial e manufatureiro de Londres, atraindo populações rurais; a proliferação de seitas protestantes que procuravam se desvencilhar das tradicionais relações senhoriais.

QUESTÃO 23 – (UFBA 2010)
A formação das Monarquias Nacionais na Europa, entre os séculos XV e XVIII, resultou da superação de antigas práticas feudais e do estabelecimento de novos princípios. A partir dessa afirmação, identifique uma dentre as práticas superadas e um novo princípio estabelecido para a formação das referidas monarquias.

resposta:
Práticas superadas:
• economia agrícola e autosuficiente;
• autonomia de feudos e cidades;
• hierarquia social estamental;
• poder pessoal do senhor feudal;
• cultura teológica – subordinação à universalidade da Igreja Católica.
Princípios estabelecidos:
• ênfase na cultura racional e científica;
• centralização do poder na pessoa do rei;
• fortalecimento das relações comerciais;
• desenvolvimento dos centros urbanos – fortalecimento da burguesia;
• adoção de língua, moeda e legislação nacionais;
• soberania do Estado no território nacional; exército permanente;
• flexibilização da sociedade estamental com a ascensão da burguesia comercial.


QUESTÃO 24 – (UFRJ 2010)
“A primeira coisa que os moradores desta costa do Brasil pretendem são índios escravizados para trabalharem nas suas fazendas, pois sem eles não se podem sustentar na terra.”

Adaptado de GANDAVO, Pero Magalhães. Tratado descritivo da terra do Brasil. São Paulo: Itatiaia e EDUSP, 1982, p. 42 [1576]
Nesse trecho percebe-se a adesão do cronista ao ideário dos colonos lusos no Brasil de fins do século XVI.
Com base no texto, e considerando que em Portugal prevalecia uma hierarquia social aristocrática e católica, explique por que, ao desembarcarem na América portuguesa da época, os colonos imediatamente procuravam lançar mão do trabalho escravo.


resposta:
 
Deve-se explicar que o ideal aristocrático prevalecente em sua sociedade de origem levava os colonos a viver à custa do trabalho alheio como traço de distinção social.

QUESTÃO 25 – (UFRJ 2010)
“Por mais de um século o Brasil foi o principal exportador mundial de açúcar. De 1600 a 1650 o açúcar respondia por 90% a 95% dos ganhos brasileiros com exportações. Mesmo no período em torno de 1700, quando o setor açucareiro declinou, ele continuava a representar 15% dos ganhos do Brasil com exportações.”
SKIDMORE, Thomas E. Uma história do Brasil. São Paulo: Paz e Terra, 1998, p. 36
Explique um fator, externo à América portuguesa, responsável pelo declínio relativo do setor açucareiro brasileiro na segunda metade do século XVII.

resposta:
 Deve-se explicar que o declínio relativo do setor açucareiro da América portuguesa, a partir da segunda metade do século XVII, deveu-se à concorrência da produção de açúcar implementada em diversas colônias européias na região caribenha (Martinica, Guadalupe, Jamaica, Barbados, dentre outras).

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