Confira a correção da prova de
recuperação de História geral (Terceiro Ano)
1. (Fuvest) Como se deu a ascensão
de Hitler na conjuntura alemã, no período entre guerras, e quais as
conseqüências do nazismo?
resposta:
Hitler surgiu com um discurso
nacionalista e salvacionista para uma Alemanha mergulhada em grave crise econômica
e social. Trouxe consigo a reconstrução da Alemanha e a II Guerra Mundial.
2. (Cefet-ce) Ásia, África e América
Latina são continentes que pertencem ao Terceiro Mundo e caracterizam-se pela
enorme pobreza humana. Há relações entre o passado histórico desses continentes
com a miséria reinante na atualidade? Justifique sua resposta.
resposta:
Sim. Explicar o fato de terem
sido colônias, de terem sido violentamente explorados, de terem se tornado
dependentes economicamente, culturalmente e politicamente. A miséria atual é
fruto exatamente desta exploração e dependência., etc...
3. (Mackenzie) Os Estados Unidos
viviam seus dias de glória. A dança agitava os salões, principalmente aquelas
que tivessem características menos convencionais como a valsa, que predominou
no século XIX. Houve uma verdadeira busca de ritmos e sons diferentes, emocionantes,
como os africanos e latino-americanos. (....) o jazz e o blues conseguiram
espaços e se espalharam por todo o mundo, com muita rapidez, auxiliados pelo
gramofone e pela prosperidade dos "Anos Felizes" do capitalismo norte-americano.
Eric J. Hobsbawm - História
social do jazz
Assinale a alternativa que NÃO
corresponde ao período caracterizado no fragmento de texto acima.
a) O clima de otimismo econômico
do período do pós-guerra dissimulou os conflitos envolvendo negros e imigrantes,
assim como a intolerância social, o crime organizado e a corrupção política.
b) Possuindo aproximadamente a
metade de todo o ouro que circulava nos mercados financeiros do mundo, os EUA
saíram da Primeira Guerra como grandes credores da Europa.
c) O pós-guerra, período
conhecido como os "anos felizes", foi uma fase de enorme euforia e
prosperidade para os EUA, que durou até a crise econômica de 1929.
d) A prosperidade econômica dos
EUA, na década de 1920, não era partilhada por todos os norte-americanos; havia
grande concentração de renda e cerca de 50% da população vivia abaixo da linha
de pobreza.
e) Nessa época, as leis de
segregação racial, que proibiam os negros de freqüentar as mesmas escolas e
bares que os brancos e até de entrar em ônibus e banheiros públicos exclusivos
dos brancos, foram abolidas na região sul dos EUA.
Resposta: [E]
Resolução: As leis
segregacionistas vigentes nos estados sulistas somente foram abolidas na década
de 1960, como decorrência da luta dos negros por seus direitos civis, sob a
liderança maior de Martin Luther King (havia movimentos negros mais radicais - os
Panteras Negras e os Muçulmanos Negros - mas com influência muito menos
significativa).
4. (UFC) A partir das últimas
décadas do século XIX, uma nova onda colonialista levou à partilha quase total
da África e da Ásia entre países industrializados. Sobre esta fase imperialista,
é correto afirmar que foi motivada fundamentalmente:
a) pelo interesse de importar
bens manufaturados da Índia, China e África islâmica e foi estimulada pelos países
industriais emergentes: Bélgica, Alemanha e Japão.
b) pela política religiosa e
missionária de difundir o cristianismo no mundo e foi liderada pelos países
católicos europeus, como a França e a Bélgica.
c) pela exigência do conhecimento
científico positivista de ocupar os territórios a serem estudados e foi
impulsionada pela Grã-Bretanha.
d) pela necessidade de adquirir
facilmente matéria-prima a baixo custo e foi facilitada pela política
imperialista dos Estados Unidos.
e) pelo interesse de continuar a
expandir o capitalismo num período de crise e teve à sua frente a França e a
Grã-Bretanha.
resposta:[E]
5. (Fuvest) O período entre as
duas guerras mundiais (1919-1939) foi marcado por:
a) crise do capitalismo, do
liberalismo e da democracia e polarização ideológica entre fascismo e comunismo.
b) sucesso do capitalismo, do
liberalismo e da democracia e coexistência fraterna entre fascismo e comunismo.
c) estagnação das economias
socialista e capitalista e aliança entre os E.U.A. e a U.R.S.S. para deter o
avanço fascista na Europa.
d) prosperidade das economias
capitalista e socialista e aparecimento da guerra fria entre os E.U.A e a U.R.S.S.
e) coexistência pacífica entre os
blocos americano e soviético e surgimento do capitalismo monopolista.
resposta:[A]
Questões extras
1. (Uftpr) Em 1917, o governo
czarista russo sofria a oposição de várias forças políticas, especialmente dos
mencheviques e dos bolcheviques. Às dificuldades econômicas e resistências ao
absolutismo dos Romanov somaram-se os efeitos da Primeira Guerra Mundial e as
derrotas russas. Em fevereiro de 1917, o czar Nicolau II foi deposto com a
revolução liberal liderada por Kerensky.
Sobre o desenrolar da Revolução
Russa e surgimento da U.R.S.S. é INCORRETO afirmar que:
a) o governo de Kerensky, ao
manter a Rússia na Primeira Guerra, enfraqueceu-se, favorecendo seus opositores,
liderados por Lênin, que defendia as "teses de abril", sintetizadas
no slogan "paz, terra e pão".
b) em outubro (novembro no
calendário gregoriano) de 1917, teve início a Revolução Socialista, liderada
por Lênin, que fez o Tratado de Brest-Litovsk, que tirou a Rússia da Primeira
Guerra.
c) a resistência nacional e
internacional ao governo revolucionário socialista mergulhou a Rússia numa
sangrenta guerra civil, contrapondo os "vermelhos" (revolucionários) contra
os "brancos" (monarquistas, reacionários e imperialistas). Com a
vitória dos seguidores de Lênin, o governo socialista implementou a NEP (Nova
Política Econômica), ao mesmo tempo que era constituída a União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas (U.R.S.S.).
d) a morte de Lênin, em 1924, abriu
a disputa pelo poder soviético entre Stálin, favorável ao socialismo num só
país e Trotsky, favorável à internacionalização da revolução.
e) Trotsky saiu vitorioso e
implantou planos qüinqüenais de desenvolvimento, nos quais procurou-se a
socialização total da economia, ampla burocratização da administração e a
eliminação física dos opositores ao regime, entre eles, Stálin, assassinado em 1940,
no México.
resposta:[E]
2. (UNESP)
INSTRUÇÃO: Leia atentamente o
texto a seguir.
Os Tratados com a Bolívia
A Bolívia é uma espécie de Estado
de Minas da América do Sul; não tem comunicação com o mar. Quando a Standard
Oil abriu lá os poços de petróleo de Santa Cruz de la Sierra, na direção de
Corumbá de Mato Grosso, a desvantagem da situação interna da Bolívia tornou-se
patente. Estava com petróleo, muito petróleo, mas não tinha porto por onde
exportá-lo. Ocorreu então um fato que parece coisa de romance policial.
Os poços de petróleo da Standard
trabalhavam sem cessar mas o petróleo que passava pelas portas aduaneiras
bolivianas e pagava a taxa estabelecida no contrato de concessão era pouco. O
boliviano desconfiou. “Aqueles poços não cessam de jorrar e o petróleo que paga
taxa é tão escasso… Neste pau tem mel.”
E tinha. A espionagem boliviana
acabou descobrindo o truque: havia um oleoduto secreto que subterraneamente
passava por baixo das fronteiras e ia emergir na Argentina. A maior parte do
petróleo
boliviano escapava à taxação do
governo e entrava livre no país vizinho. Um negócio maravilhoso.
Ao descobrir a marosca, a Bolívia
fez um barulho infernal e cassou todas as concessões de petróleo dadas à
Standard Oil. Vitórias momentâneas sobre a Standard quantas a história não
registra!
Vitórias momentâneas. Meses
depois um coronel ou general encabeça um pronunciamento político, derruba o
governo e toma o poder. O primeiro ato do novo governo está claro que foi
restaurar as concessões da Standard Oil cassadas pelo governo caído…
Mas como resolver o problema da
saída daquele petróleo fechado? De todas as soluções estudadas a melhor
consistia no seguinte: forçar o Brasil por meio dum tratado a ser o comprador
do petróleo boliviano; esse petróleo iria de Santa Cruz a Corumbá por uma
estrada de ferro a construir-se e de Corumbá seguiria pela Estrada de Ferro
Noroeste. Isto, provisoriamente. Mais tarde
se construiria um oleoduto de La
Sierra a Santos, Paranaguá ou outro porto brasileiro do Atlântico. Desse modo o
petróleo boliviano abasteceria as necessidades do Brasil e também seria
exportado por um porto do Brasil.
Ótima a combinação, mas para que
não viesse a falhar era indispensável que o Brasil não tirasse petróleo. Eis o
segredo de tudo. A hostilidade oficial contra o petróleo brasileiro vem de
grande número de elementos oficiais fazerem parte do grande
grupo americano, boliviano e
brasileiro que propugna essa solução – maravilhosa para a Bolívia, desastrosíssima
para nós.
Os tratados que sobre a matéria o
Brasil assinou com a Bolívia
não foram comentados pelos
jornais dos tempos; era assunto petróleo e a Censura não admitia nenhuma
referência a petróleo nos jornais. A 25 de janeiro de 1938 foi assinado o
tratado entre o Brasil e a Bolívia no qual se estabelecia o orçamento para a
realização de estudos e trabalhos de petróleo no total de 1.500.000 dólares, dos
quais o Brasil entrava com a metade, 750 mil dólares, hoje 15 milhões de
cruzeiros. O Brasil entrava com esse dinheiro para estudos de petróleo na
Bolívia, o mesmo Brasil oficial que levou sete anos para fornecer a Oscar
Cordeiro uma sondinha de 500 metros…
Um mês depois, a 25 de fevereiro
de 1938, novo tratado entre
os dois países, com estipulações
para a construção duma estrada de ferro Corumbá a Santa Cruz de la Sierra; a
benefício dessas obras em território boliviano o Brasil entrava com um milhão
de libras ouro…
O representante do Brasil para a
formulação e execução dos
dois tratados tem sido o Sr. Fleury
da Rocha.Chega. Não quero nunca mais tocar neste assunto do petróleo. Amargurou-me
doze anos de vida, levou-me à cadeia – mas isso não foi o pior. O pior foi a
incoercível sensação de repugnância que desde então passei a sentir sempre que
leio ou ouço a expressão Governo Brasileiro…
(José Bento Monteiro Lobato. Obras
completas – volume 7. São Paulo:Editora Brasiliense, 1951, p.225-227.)
O texto descreve uma situação
histórica em que imposições de grandes empresas capitalistas internacionais
preponderam sobre interesses econômicos de algumas nações. O que diferencia
este tipo de exploração, mais contemporâneo, da dominação imperialista
instituída nos séculos XIX e XX na África e na Ásia?
resposta:
O imperialismo que permeou as
relações entre as nações industrializadas emergentes da Segunda Revolução
Industrial e os países da África e da Ásia, pautou-se na instalação de colônias
e na exploração dos recursos naturais dessas regiões. O controle político, seja
por dominação pura e simples, seja pela criação de protetorados, garantiu a
acumulação de capitais significativa que mudou o panorama político
principalmente da Europa . O esgotamento
das possibilidades de exploração foram determinantes para a eclosão da Primeira
Guerra Mundial. O modelo de exploração econômica descrito no texto está ligado
à configuração do capitalismo no pós Segunda Guerra Mundial. De acordo com essa
nova dominação, a lógica passa a ser imposta pelo controle de interesses
defendidos por transnacionais, alinhavados aos mecanismos de controle das
elites locais. O resultado é a manutenção de uma estrutura capitalista
dependente que caracteriza as economia dos eufemisticamente chamados “países
emergentes”.
gostei
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