sexta-feira, 1 de junho de 2012

Saiba mais sobre a economia no Segundo Reinado (1840-1889)


Teste seus conhecimentos sobre a economia no Segundo Reinado

1. (PITÁGORAS) Analise a tabela sobre os produtos de exportação do Brasil.


Analisando a tabela sobre a economia do Segundo Reinado podemos CONCLUIR que

A) o Brasil deixou de ser um país monocultor e diversificou sua pauta de exportação sendo o café o principal produto exportado.
B) a segunda fase da Revolução Industrial ocorrida a partir de 1850 contribuiu para que o algodão tornasse o produto mais exportado.
C) o fim do tráfico negreiro ocorrido a partir de 1850 contribuiu para queda das exportações de café devido a falta de mão-de-obra.
D) a entrada maciça de imigrantes ingleses ocorrida na segunda metade do século XIX, fez com que a Erva-mate tornasse o principal produto agrícola brasileiro.
E) a diversificação da agricultura de exportação foi um dos fatores que contribuiu para o grande desenvolvimento  industrial brasileiro no final do século XIX.

Resposta:[A]

 2. (PITÁGORAS) A implantação do café no Brasil provocaria diversas transformações socioeconômicas, entre as quais a estabilização financeira, a implantação de um mercado interno e a formação de uma nova aristocracia. Em 1850, o Brasil passaria por um surto industrial. Na política interna, a característica principal seria a conciliação partidária.

INDIQUE duas diferenças entre a cafeicultura no Vale do Paraíba e a cafeicultura no Oeste Paulista.

Resposta: 
Vale do Paraíba                                                           Oeste Paulista

Produção tradicional                                            Produção moderna
Mão-de-obra escrava                                 Mão-de-obra assalariada
Barões do Café                                                    Burguesia cafeeira
Exportação via porto do RJ            Exportação via porto de Santos


3. (Fatec) "Gradativamente, a produção [de café] concentrada no Vale do Paraíba entrou em decadência. Antes da Proclamação da República, o chamado Oeste Paulista superava a região do vale como grande centro produtor". (BORIS FAUSTO, Pequenos Ensaios de História da República - 1889/1945) O deslocamento da produção cafeeira do Vale do Paraíba para o Oeste Paulista deveu-se, entre outros fatores:
a) ao desenvolvimento pouco adequado do sistema de transportes.
b) à excepcional expansão do mercado interno no Oeste Paulista.
c) à presença da pequena propriedade como célula básica da agroexportação.
d) à inexistência de mão-de-obra escrava no Oeste Paulista.
e) às condições geográficas do Oeste Paulista, superiores às do Vale do Paraíba.


resposta:[E]

4. (Fei) "O Brasil é o café e o café é o Vale", esta era uma frase corriqueira no Brasil de meados do século XIX. O que levou à formulação dessa frase foi:
a) O crescimento da produção de café no vale do São Francisco, o que fez com que o Brasil se tornasse o maior produtor mundial do produto.
b) O incremento da produção cafeeira no vale do Ribeira em São Paulo, o que alavancou a província e sua elite ao primeiro plano de importância no período em questão.
c) A grande produção cafeeira no vale do Paraíba, que levou à supremacia dos "barões do café" no período.
d) A supremacia da oligarquia mineira na produção cafeeira no século XIX, notadamente a do vale do Paraíba.
e) O aumento da produção cafeeira no Oeste Paulista, o que levou o segmento oligárquico paulista a controlar a política imperial.


resposta:[C]

5. (Unesp) Charles Ribeyrolles, ao viajar pelo Vale do Paraíba em 1859, deixou o seguinte depoimento: "A fazenda brasileira, viveiro de escravos, é uma instituição fatal. Sua oficina não pode se renovar, e a ciência, mãe de todas as forças, fugirá dela enquanto campearem a ignorância e a servidão. O dilema consiste, pois, no seguinte: transformar ou morrer"
(Charles Ribeyrolles, BRASIL PITORESCO.)

Baseando-se no texto, responda.
a) Quais as críticas do viajante às fazendas da região?
b) Como os fazendeiros de café da região do "oeste paulista" solucionaram o dilema "transformar ou morrer"?


resposta: 
 
a) O viajante questiona a utilização do trabalho escravo, considerando-o um obstáculo ao desenvolvimento tecnológico e econômico, tendo como referência a Revolução Industrial que se processava na Inglaterra.

b) No Oeste paulista, os cafeicultores adotaram a mão-de-obra assalariada ou sistemas de parceria, sobretudo de imigrantes europeus o que resultou na modernização da produção cafeeira na região.


6. (Unesp) No final do Império, afirmava-se que a Província de São Paulo fora tomada por uma febre de ferrovias. As estradas de ferro foram essenciais para
a) o escoamento da produção industrial da Província, que economicamente já se firmara como a mais importante da federação.
b) o aumento da produção de açúcar no Vale do Paraíba, então a área mais dinâmica da agricultura paulista.
c) iniciar o tráfico da mão-de-obra escrava das economias açucareiras decadentes do nordeste para as áreas produtoras de café.
d) o aumento da entrada de imigrantes, que antes não conseguiam chegar às áreas mais distantes do porto de Santos.
e) a expansão da cafeicultura no chamado oeste paulista, graças à rapidez, eficiência e facilidade para o transporte até o porto de Santos.


resposta:[E]

7. (Ufscar) Analise a tabela a seguir e responda.

a) Quais as características da economia cafeeira no século XIX no Brasil?
b) Dê os motivos das mudanças ocorridas na quantidade de café produzida no Vale do Paraíba e no Oeste Paulista, entre 1854 e 1888.

resposta:
a) Concentrado a princípio no Vale do Paraíba (entre Rio de Janeiro e São Paulo) e depois nas zonas de terra roxa do interior de São Paulo e do Paraná, o grão foi o principal produto de exportação do país durante quase 100 anos. Foi introduzida por Francisco de Melo Palheta ainda no século XVIII, a partir de sementes contrabandeadas da Guiana Francesa.
b) No Vale do Paraíba, a mentalidade aristocrática e arcaica dos fazendeiros e o esgotamento das terras levaram a lavoura ao declínio, enquanto no Oeste Paulista, a expansão das áreas cultiváveis deveu-se à maior produtividade da terra-roxa e da mão-de-obra livre, ás facilidades do transporte ferroviário e a própria mentalidade empresarial da nova aristocracia cafeicultora (burguesia cafeeira).

8. (Uerj) A economia cafeeira começou a prosperar significativamente na região do Vale do Paraíba fluminense e paulista na década de 1840 e entrou em decadência a partir dos anos de 1870. Um dos fatores que contribuíram para essa decadência está descrito em:
a) doação das terras devolutas aos colonos, em conseqüência da Lei de Terras
b) redução do número de escravos, devido à proibição imposta pela Lei Euzébio de Queiroz
c) baixa produtividade agrícola, em razão da falta de escravos gerada pela Lei do Ventre Livre
d) proibição do tráfico de escravos interprovincial, em função das imposições do Bill Aberdeen
 
resposta:[B]

9. (Unesp) O texto seguinte se refere a um esforço de implantação de fábricas no Brasil em meados do século XIX. Não se pode dizer (...) que tenha havido falta de proteção depois de 1844. Nem é lícito considerar reduzido seu nível (...) Não se está autorizado, portanto, a atribuir o bloqueio da industrialização à carência de proteção. O verdadeiro problema começa aí: há que explicar por que o nível de proteção, que jamais foi baixo, revelou-se insuficiente.
(J. M. Cardoso de Mello. O Capitalismo tardio, 1982.)
a) Qual foi a novidade da Tarifa Alves Branco (1844), comparando-a com os tratados assinados com a Inglaterra em 1810?
b) Indique duas razões do "bloqueio da industrialização" ao qual se refere o autor.


resposta:

10. (FGV) Na primeira metade do século XIX constituiu-se o protecionismo alfandegário, ou seja, as taxas alfandegárias, no Brasil, passaram a variar entre 30 e 60%. Esta iniciativa, somada a outras, foi responsável pelo 1.o surto industrial brasileiro. Estamos referindo-nos à/ao:
a) Tarifa Barão de Mauá;
b) Tratado de Comércio e Navegação;
c) Tratado de Livre Comércio;
d) Tarifa Alves Branco;
e) Abertura dos Portos às Nações Amigas.


resposta:[D]

11. (Puccamp) O crescimento industrial na cidade de São Paulo foi especialmente favorecido por duas medidas de grande repercussão econômica: a tarifa Alves Branco (1844) e a lei Eusébio de Queirós (1850). Elas estabeleceram, respectivamente,
a) a fixação do preço mínimo da saca de café e a autorização para o funcionamento de manufaturas em São Paulo.
b) a redução das taxas alfandegárias para os produtos importados da Inglaterra e a abertura dos portos.
c) o subsídio governamental à produção de café no Vale do Paraíba e a instituição do sistema de parceria.
d) o aumento dos impostos sobre os produtos estrangeiros importados e a extinção do tráfico negreiro.
e) a isenção de tributos sobre artigos manufaturados e a concessão de terras para imigrantes europeus.


resposta:[D]


12. (FGV 2008) "(...) visando aumentar a renda do Estado, em um momento de consolidação do sistema imperial, o liberalismo alfandegário foi abandonado em prol do protecionismo aduaneiro. (...) [O] ministro da Fazenda tinha em mente aumentar a carga fiscal do Estado, aspecto que foi bem recebido pela Câmara. A nova lei (...) estabeleceu que os tributos sobre os produtos de importação subiriam de 15% para 30% (caso não houvesse similar nacional) ou 60% (caso o artigo fosse produzido no país).
(Rubim Santos Leão Aquino et alii, "Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais")

No contexto do Brasil Império, o trecho apresenta
a) a Lei de Terras.
b) o Tratado de 1827.
c) a Bill Aberdeen.
d) a Tarifa Alves Branco.
e) a Lei Eusébio de Queiroz.


resposta:[D]

13. (Mackenzie) Contribuíram decisivamente para o surto industrial de meados do século XIX, conhecido como "Era Mauá".
a) A sólida política industrial implantada pelo governo monárquico.
b) A extinção do tráfico negreiro que liberou capitais, bem como a Tarifa Alves Branco e os lucros obtidos com o café.
c) O crescimento do mercado interno, devido à bem sucedida política imigratória criada pelo Sistema de Parceria.
d) O apoio da elite agrária, grande incentivadora das atividades industriais.
e) O desenvolvimento tecnológico, a qualidade da mão-de-obra e a Tarifa Silva Ferraz.


resposta:[B]

14. (Uerj) Leia o trecho abaixo, extraído das memórias do barão e visconde de Mauá. Era já então, como é hoje ainda, minha opinião que o Brasil precisava de alguma indústria (...) para que o mecanismo de sua vida econômica possa funcionar com vantagem; e a indústria que manipula o ferro, sendo a mãe das outras, me parecia o alicerce dessa aspiração.
(Adaptado de PRIORE, Mary del et alii. "Documentos de História do Brasil: de Cabral aos anos 90". São Paulo: Scipione, 1997.)

Considerando as ações empreendidas por Mauá, tanto no setor industrial quanto no setor de serviços, exemplifique:
a) duas condições econômicas que possibilitaram essas ações;
b) duas melhorias urbanas introduzidas na Era Mauá.


resposta:
 
a) Duas dentre as condições:
- proibição do tráfico negreiro
- política emissionista do governo
- política tarifária de Alves Branco
b) Duas dentre as melhorias:
- iluminação a gás
- transportes coletivos
- serviço de coleta de lixo


15. (Unesp) "Reunir capitais que se viam repentinamente deslocados do ilícito comércio e fazê-los convergir a um centro donde pudessem ir alimentar as forças produtivas do país, foi o pensamento que me surgiu na mente ao ter certeza de que aquele fato era irrevogável." Responda:
a) A qual comércio ilícito Irineu Evangelista de Souza (Barão e Visconde de Mauá) faz referência?
b) O referido comércio foi revogado através de que lei?
c) Em sua opinião esta é a única explicação para o impulso de desenvolvimento econômico no Segundo Reinado?


resposta:
a) O tráfico negreiro.
b) Lei Eusébio de Queirós (1850)
c) Não havia condições propícias que proporcionaram o desenvolvimento industrial verificado durante a Era Mauá (1850-1880) tais como a aprovação da Tarifa Alves Branco e a iniciativa pioneira de Irineu Evangelista de Souza.


16. (Fuvest) "...esta estrada de ferro, que se abre hoje ao trânsito público, é apenas o primeiro passo de um pensamento grandioso. Esta estrada, Senhor (D. Pedro II), não deve parar e, se puder contar com a proteção de Vossa Majestade, seguramente não parará senão quando tiver assentado a mais espaçosa de suas estações na margem esquerda do rio das Velhas."
(Barão de Mauá, quando da inauguração da estrada de ferro Rio-Petrópolis, em 1854.)

Com base no texto, comente o processo de modernização no Brasil e explicite a posição de Mauá nesse processo.

 resposta:
Barão de Mauá - Expoente empresário e acima de tudo grande empreendedor - Já enxergava naquele momento a necessidade de escoar a produção do interior brasileiro até os portos além da integração capital - interior. Além do mais, traria ao Brasil a vanguarda da revolução cultural e industrial contemporânea aos dois. Vale lembrar também que a construção da estrada de ferro beneficiaria diretamente o próprio Irineu em seus negócios relativos ao mercado da mineração no interior de Minas Gerais
 
17. (UFU) Os dados a seguir indicam a expressão econômica dos principais gêneros de exportação no Brasil, na primeira metade do século XIX.



1821/1830
1831/1840
1841/1850
Açúcar
30,1%
24,9%
26,7%
Algodão
20,6%
10,8%
7,5%
Café
18,4%
43,8%
41,5%
Couro e peles
13,6%
7,9%
8,5%
(Dados retirados da obra de Sodré, Nelson, Werneck, História da Burguesia Brasileira, Ed. Civilização Brasilieira, 1964, p. 78.)


Em relação à análise desses dados é incorreto afirmar.


a) A partir da terceira década do século XIX, o processo de produção do café era irreversível.
b) A perspectiva da economia algodoeira foi a de manter-se insatisfatória face à concorrência norte-americana.
c) O período Regencial é caracterizado por uma significativa alta na produção do café.
d) A passagem do Brasil-Colônia para um Estado livre alterou profundamente a estrutura econômica vigente que se baseava principalmente na monocultura, surgindo daí uma diversificação de produtos agrícolas.
e) Comparando a produção do Primeiro Reinado com a do Segundo Reinado, nota-se uma ascensão da produção do café em detrimento dos demais gêneros agrícolas de exportação.



Resposta:[D]






18. (FUVEST 2012) Examine a seguinte tabela:
 

A tabela apresenta dados que podem ser explicados

a) pela lei de 1831, que reduziu os impostos sobre os escravos importados da África para o Brasil.
b) pelo descontentamento dos grandes proprietários de terras em meio ao auge da campanha abolicionista no Brasil.
c) pela renovação, em 1844, do Tratado de 1826 com a Inglaterra, que abriu nova rota de tráfico de escravos entre Brasil e Moçambique.
d) pelo aumento da demanda por escravos no Brasil, em função da expansão cafeeira, a despeito da promulgação da Lei Aberdeen, em 1845.
e) pela aplicação da Lei Eusébio de Queirós, que ampliou a entrada de escravos no Brasil e tributou o tráfico interno.


Resposta:[D]

Resolução

A tabela mostra um grande aumento da entrada de escravos no Brasil, nos três anos subsequentes à decretação do Bill Aberdeen. É claro que a expansão da cafeicultura nesse período, embora significativa, nem de longe acompanhou o crescimento da importação de escravos. Seria mais correto, portanto, dizer que o aumento do tráfico deveu-se ao receio de que sua extinção ocasionasse uma dramática falta de mão de obra, levando os fazendeiros a formar um estoque de escravos.

 
19. (PITÁGORAS) Considerando os dados sobre a expansão das ferrovias entre 1854 e 1906, resposta:

 

a) Em que medida a economia cafeeira se vinculou à expansão do transporte ferroviário?

b) Compare a expansão ferroviária no Brasil com a expansão cafeeira antes e depois da Proclamação da República.




Resposta:

a) Entre meados do século XIX e início do século XX, a economia cafeeira passa por diversas transformações como a substituição da mão de obra escrava por imigrantes e, sobretudo, pela ocupação de novas áreas no Oeste paulista. A vinculação com a expansão do transporte ferroviário também é forte, correspondendo quase ao total da malha ferroviária do restante do Brasil. A ligação entre as áreas produtoras (fazendas) e os portos de escoamento (exportação) se fazem por meio das ferrovias.

b) Antes da Proclamação da República (1889), a malha ferroviária está estritamente ligada à economia cafeeira em fins do século XIX e o traçado das ferrovias começa a se diferenciar com a abertura de novos circuitos econômicos e o crescimento industrial do país.


20. (PITÁGORAS-ENEM VIRTUAL) Analise a tabela e assinale a alternativa que faz um balanço correto acerca da economia agrário-exportadora brasileira durante o período em questão.

 


a) A exploração do pau-brasil, primeira atividade econômica empreendida por portugueses, contribuiu de forma significativa na pauta das exportações brasileiras durante os períodos colonial e imperial.
b) Mesmo em tempos de exportação do ouro, o açúcar continuou a ser importante produto na pauta do total das exportações brasileiras, sendo superado apenas pelo café durante o Brasil Império.
c) Ao contrário do que ocorrera com a produção do açúcar entre 1650 e 1700, e a do café, entre 1850 e1900, a economia mineradora não conheceu diminuição da sua participação na pauta das exportações durante o século XVIII.
d) Entre 1850 e 1990, o café não conseguiu se tornar o principal produto das exportações brasileiras devido à força da tradicional e imbatível produção açucareira.
e) A partir do início do século XX, a borracha figuraria como produto principal na pauta das exportações brasileiras, desbancando os gêneros agrícolas tradicionais.


Resposta: [B]




resposta:

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