Saiba mais sobre a História da África pré-colonial
Teste seus conhecimentos sobre a
História da África
1. Explique a seguinte frase: “Apesar dos aspectos comuns suscetíveis de serem encontrados em muitos dos reinos africanos, é difícil afirmar que exista uma África, mas sim várias Áfricas”.
Resposta: Devido à sua grande
extensão , o continente africano é formado por uma variedade de regiões,
climas, vegetações, hidrografia, sociedades, economias, culturas e línguas
diferentes. Essa complexidade e variedade fazem que entendamos que existem
diferentes Áfricas, com distintas características, e não apenas uma África,
única e com características iguais.
2. Um grande número de reinos
africanos da costa ocidental e central do continente possuía uma concepção de
organização político-espacial semelhante. Suas economias, antes da presença
européia, estabeleciam-se em função de uma relação complementar com os espaços
do hinterland através de comércio a longa distância. Desse modo, o poder
centralizador desses reinos situava-se não no litoral mas no interior, com o
fim de melhor controlar as rotas comerciais. Normalmente o litoral
constituía-se como espaço de produção de sal, peixe seco ou outros produtos
necessários ao interior.
(SERRANO, Carlos.
Ginga, a rainha quilombola de Matamba e Angola. Revista USP, nº 28, Dossiê
“Povo negro – 300 anos”. Dez/jan/fev de 1995-1996, p. 137-145.Disponível
em:< http://www.mnoticias.8m.com/zinga_cserrano.htm>.
Acesso em 05 de junho de 2012.)
Utilizando seus conhecimentos e o
texto acima, explique como os reinos africanos se interligavam.
Resposta:
O primeiro contato entre os povos
africanos se deu através dos rios e lagoas. Com o tempo, grupos fundaram
aldeias e cidades, sobretudo na costa ocidental da África. Nesta região,
iniciou-se um centro comercial, com feiras, mercados, espaços e poderes
públicos e uma área rural nos entornos, para a agricultura e pastagem, Esse
desenvolvimento comercial possibilitou a ligação entre as grandes “cidades”,
“Estados”, “reinos” e “impérios” que foram criados na região.
3. (ENEM) A Lei 10.639, de 9 de
janeiro de 2003, inclui no currículo dos estabelecimentos de ensino fundamental
e médio, oficiais e particulares, a obrigatoriedade do ensino sobre História e
Cultura Afro-Brasileira e determina que o conteúdo programático incluirá o
estudo da História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a
cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional,
resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política
pertinentes à História do Brasil, além de instituir, no calendário escolar, o
dia 20 de novembro como data comemorativa do “Dia da Consciência Negra”.
Disponível em:
http://www.planalto.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado).
A) referida lei representa um
avanço não só para a educação nacional, mas também para a sociedade brasileira,
porque a legitima o ensino das ciências humanas nas escolas.
B) divulga conhecimentos para a
população afro-brasileira.
C) reforça a concepção
etnocêntrica sobre a África e sua cultura.
D) garante aos afrodescendentes a
igualdade no acesso à educação.
E) impulsiona o reconhecimento da
pluralidade étnicoracial do país.
resposta:[E]
4. (ENEM) A identidade negra não
surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma
diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas.
Ela resulta de um longo processo histórico que começa com o descobrimento, no
século XV, do continente africano e de seus habitantes
pelos navegadores portugueses,
descobrimento esse que abriu o caminho às relações mercantilistas com a
África, ao tráfico negreiro, à
escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e de seus povos.
K. Munanga. Algumas considerações
sobre a diversidade e a identidade
negra no Brasil. In:
Diversidade na educação: reflexões e
experiências.
Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.
Com relação ao assunto tratado no
texto acima, é correto afirmar que
A) a colonização da África pelos
europeus foi simultânea ao descobrimento desse continente.
B) a existência de lucrativo
comércio na África levou os portugueses a desenvolverem esse continente.
C) o surgimento do tráfico
negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil.
D) a exploração da África
decorreu do movimento de expansão européia do início da Idade Moderna.
E) a colonização da África
antecedeu as relações comerciais entre esse continente e a Europa.
O texto discorre sobre a
[processo de] ocupação, a colonização e a exploração do continente africano
pelos portugueses processo que abriu caminho ao domínio das populações negras
por outros povos europeus. Foi no decorrer dele que se formou a referida
identidade cultural negra.
Resposta:[D]
5. (Fuvest) "A palavra
[escravidão] carrega (...) a história dolorosíssima de vários milênios, durante
os quais, em quase todos os cantos do mundo, o mais cruel e desumanizador
sistema de recrutar e controlar trabalho predominou sobre todos os demais. Tão
ampla foi sua vigência no espaço e no tempo que hoje todos, na Europa, na Ásia,
na África e nas Américas, fora de grupos como os pigmeus ou os bosquímanos,
somos descendentes de escravos e de senhores e mercadores de escravos".
(Alberto da Costa e
Silva, "A manilha e o libambo".)
Partindo da afirmação do autor,
destaque as particularidades da escravidão na Antigüidade e na Época Moderna,
indicando suas semelhanças e diferenças.
resposta: Resolução: A escravidão
praticada na Antiguidade, período de vigência do chamado Modo de Produção
Escravista, vinculou-se fundamentalmente a dinâmica das guerras e conquistas e
da conseguinte subjulgação dos povos vencidos pelos vencedores. Durante a Idade
Moderna, o Escravismo inseriu-se no contexto do Mercantilismo, sendo o escravo
consIderado, além de força
de trabalho, "produto" do Capitalismo Comercial. A desumanidade e
crueldade, porém, são traços comuns do escravismo em ambos os períodos.
6. (FGV 2008) "Quando Diogo
Cão chegou em 1483, era um reino relativamente forte e estruturado, cuja
formação data possivelmente do final do século XIV. Povoado por grupos bantos,
abrangia grande extensão da África Centro-Ocidental e compunha-se de diversas
províncias. Algumas delas eram administradas por membros de linhagens que
detinham os cargos de chefia há muitas gerações. Outras províncias eram
governadas por chefes escolhidos pelo rei dentre a nobreza. Os chefes locais
eram os encarregados de coletar os impostos devidos ao rei, além de recolherem
para si parte do excedente da produção. A existência de um excedente agrícola
era possível graças à apropriação do trabalho escravo."
(Marina de Mello e
Souza. Adaptado)
O texto faz referência
a) ao Egito.
b) ao Daomé.
c) ao Congo.
d) à Cabo Verde.
e) à Moçambique.
resposta:[C]
7. (Unicamp) Os primeiros
escravos negros chegaram ao Novo Mundo bem no início do século XVI. Por três
séculos e meio as principais potências marítimas competiram entre si em torno
do lucrativo tráfico de escravos, que levou aproximadamente dez milhões de
africanos para as Américas.
(Adaptado de David Brion Davis,
"O problema da escravidão na cultura ocidental". Rio de Janeiro,
Civilização Brasileira, 2001, p. 24.)
a) Cite uma das principais
potências européias que traficava escravos nos séculos XVII e XVIII.
b) Caracterize o comércio
triangular entre Europa, África e América neste período.
c) Quais as conseqüências, para a
África, do tráfico negreiro?
resposta:
a) Inglaterra, Portugal, França e
Holanda eram as principais potências européias que traficavam escravos da
África para as Américas nos séculos XVII e XVIII, tanto em termos do volume de
escravos transportados quanto dos capitais investido por seus comerciantes e
companhias privilegiadas. Nesta questão, esperava-se que o candidato nomeasse
apenas uma destas potências, o que valia 1 ponto.
b) Neste item, esperava-se que o
candidato caracterizasse as trocas comerciais entre os três continentes durante
os séculos XVII e XVIII. Neste período, as nações européias exportavam artigos
manufaturados para suas colônias nas Américas.
Na África, vários produtos
europeus (armas, pólvora, tecidos e quinquilharias) eram trocados por escravos.
Estes, por sua vez eram levados para serem vendidos nas Américas, onde eram
empregados para produzir gêneros tropicais
(açúcar, tabaco, algodão, índigo)
ou extrair metais preciosos enviados à Europa. Subsidiariamente, várias regiões
nas Américas produziam também tabaco e aguardente que eram trocados por
escravos na África. Além disso, algumas nações européias especializaram-se em
fornecer escravos para colônias americanas, como mostram as disputas entre portugueses
e ingleses pelo contrato de fornecimento de escravos para as colônias
espanholas.
c) A pergunta, aqui, estimulava o
candidato a refletir sobre a história africana.
O tráfico atlântico de escravos implicou um grande desequilíbrio
demográfico no continente africano, com conseqüentes alterações sociais e
econômicas. Provocou ainda um aumento das rivalidades entre povos africanos,
fortalecendo reinos ou grupos sociais ligados aos traficantes. A resistência de
grupos organizados e as condições climáticas adversas impediram, muitas vezes,
que os europeus penetrassem no continente africano. Ocupando sobretudo as
regiões litorâneas, eles estabeleceram acordos comerciais com reinos africanos
para as diversas atividades que sustentavam o tráfico atlântico.
8. (Unicamp 2005) Um dos maiores
problemas nos estudos históricos no Brasil acerca da escravidão é seu relativo
desconhecimento da história e da cultura africanas. Aí, a história do Congo tem
muitas lições a dar, quer para os interessados no estudo da África, quer para
os estudiosos da escravidão e da cultura negra na diáspora colonial. Afinal, a
região do Congo-Angola foi daquelas que mais forneceram africanos para o
Brasil, especialmente para o Sudeste, posição assumida no século XVII e
consolidada na virada do século XVIII para o XIX.
(Adaptado de Ronaldo
Vainfas e Marina de Mello e Sousa, "Catolização e poder no tempo do
tráfico: o reino do Congo da conversão coroada ao movimento Antoniano, séculos
XV-XVIII", Tempo. n. 6, 1998, p. 95-6).
a) O que foi a diáspora colonial
citada no texto acima?
b) Identifique duas influências
africanas no Brasil atual.
c) Nomeie e explique, no Brasil
atual, uma decorrência da prática da escravidão negra.
resposta:
a) Define o deslocamento,
normalmente forçado ou incentivado, de grandes massas populacionais originárias
de uma zona determinada para várias áreas de acolhimento distintas.No caso, da
dispersão da cultura africana nos domínios coloniais europeus.
b) No samba e no candomblé.
c) Preconceito racial.
9. (Fuvest) Ao longo do século
17, vegetais americanos como a batata-doce, o milho, a mandioca, o ananás e o
caju penetraram no continente africano. Isso deve ser entendido como:
a) parte do aumento do tráfico
negreiro, que estreitou as relações entre a América Portuguesa e a África e fez
do sistema sul-atlântico o mais importante do
Império Português.
b) indício do alinhamento
crescente de Portugal com a Inglaterra, que pressupunha a consolidação da
penetração comercial no interior da África.
c) fruto de uma política
sistemática de Portugal no sentido de anular a influência asiática e consolidar
a americana no interior de seu império.
d) imposição da diplomacia
adotada pela dinastia dos Braganças, que desejava ampliar a influência
portuguesa no interior da África, região controlada por comerciantes espanhóis.
e) alternativa encontrada pelo
comércio português, já que os franceses controlavam as antigas possessões
portuguesas no Oriente e no estuário do Prata.
Resolução
No século 17 todas as terras do
litoral africano estavam sob domínio português e tinham grande importância no
fornecimento de escravos, transportados principalmente para o Brasil. No
processo inverso, vários produtos oriundos da América penetraram em território
africano.
Resposta:[A]
10. (UNESP 2009) Leia os
seguintes trechos do poema Vozes d’África, escrito por Castro Alves em 1868, e
assinale a alternativa que os interpreta corretamente.
Deus! Ó Deus! Onde estás que não
respondes? (...)
Há dois mil anos te mandei meu
grito, Que embalde desde então corre o infinito...
(...) Hoje em meu sangue a
América se nutre
– Condor que transformara-se em
abutre, Ave da escravidão (...)
Basta, Senhor! De teu potente
braço
Role através dos astros e do
espaço
Perdão p’ra os crimes meus! ...
Há dois mil anos... eu soluço um
grito...(...)
a) O poeta procura convencer a
Igreja católica e os cristãos brasileiros dos malefícios econômicos da
escravidão.
b) Castro Alves defendeu os
postulados da filosofia positivista e da literatura realista, justificando a escravidão.
c) O continente americano figura
no poema como a pátria da liberdade e da felicidade do povo africano.
d) Abolicionista, Castro Alves
leu em praça pública do Rio de Janeiro o poema Vozes d’ África para come morar
a Lei Áurea.
e) Castro Alves incorpora no
poema o mito bíblico da danação do povo africano, cumprido através de milênios
pela maldição da escravidão.
Resposta:[E]
11. (Fuvest 2012) Instrução: Leia
o texto para responder às questões de números 5 e 6.
Os africanos não escravizavam africanos,
nem se reconheciam então como africanos. Eles se viam como membros de uma
aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma
língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. (...) Quando um
chefe (...) entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava
vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por
ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada.(...) O comércio transatlântico
(...) fazia parte de um processo de integração econômica do Atlântico, que
envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, de açúcar, algodão,
tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com
o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão
de obra cativa.
(Alberto da Costa e
Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008. Adaptado.)
Ao caracterizar a escravidão na
África e a venda de escravos por africanos para europeus nos séculos XVI a XIX,
o texto
(A) reconhece que a escravidão
era uma instituição presente em todo o planeta e que a diferenciação entre
homens livres e homens escravos era definida pelas características raciais dos
indivíduos. (B) critica a interferência europeia nas disputas internas do
continente africano e demonstra a rejeição do comércio escravagista pelos
líderes dos reinos e aldeias então existentes na África.
(C) diferencia a
escravidão que havia na África da que existia na Europa ou nas colônias
americanas, a partir da constatação da heterogeneidade do continente africano e
dos povos que lá viviam.
(D) afirma que a presença europeia na África e na
América provocou profundas mudanças nas relações entre os povos nativos desses
continentes e permitiu maior integração e colaboração interna.
(E) considera
que os únicos responsáveis pela escravização de africanos foram os próprios
africanos, que aproveitaram as disputas tribais para obter ganhos financeiros.
resposta:[C]
12. (Unicamp 2012) A longa presença de povos árabes no norte da
África, mesmo antes de Maomé, possibilitou uma interação cultural, um
conhecimento das línguas e costumes, o que facilitou posteriormente a expansão
do islamismo. Por outro lado, deve-se considerar a superioridade bélica de
alguns povos africanos, como os sudaneses, que efetivaram a conversão e a
conquista de vários grupos na região da Núbia, promovendo uma expansão do Islã
que não se apoia na presença árabe.
(Adaptado de Luiz Arnaut e Ana
Mônica Lopes, História da África: uma introdução. Belo Horizonte: Crisálida,
2005, p. 29-30.)
Sobre a presença islâmica na
África é correto afirmar que:
a) O princípio religioso do
esforço de conversão, a jihad, foi marcado pela violência no norte da África e
pela aceitação do islamismo em todo o continente africano.
b) Os processos de interação
cultural entre árabes e africanos, como os propiciados pelas relações
comerciais, são anteriores ao surgimento do islamismo.
c) A expansão do islamismo na
África ocorreu pela ação dos árabes, suprimindo as crenças religiosas
tradicionais do continente.
d) O islamismo é a principal
religião dos povos africanos e sua expansão ocorreu durante a corrida
imperialista do século XIX.
Resposta: B
Resolução: A questão pode ser
respondida a partir da leitura do texto e de conhecimentos gerais sobre a expansão
islâmica e não é necessário o conhecimento específico sobre os povos africanos
e seu processo de islamização.
Por conta de interesses
comerciais, grupos árabes estabeleceram contato e se misturavam a povos
africanos, num processo de interação cultural que, mais tarde, contribuiu para
a difusão da religião. Esses grupos mercantis eram minoritários e existiram em
diversas regiões da África, mesmo sob domínio de outros povos. O texto destaca
que alguns grupos africanos – e não árabes – foram, posteriormente,
responsáveis pela expansão do islamismo para diversas partes do interior do
continente.
Saiba mais sobre a expansão
muçulmana.
13. A Lei 10.639/03 que torna
obrigatório o ensino sobre história e
cultura afro-brasileira nas escolas,
infelizmente não está sendo cumprida na maior parte das unidades
escolares brasileiras. Alega-se falta
de material didático,
investimento na formação de professores e até mesmo, de cursos de
especialização sobre a história da
África. Nas escolas, quais disciplinas em
especial deverão tratar deste tema?
a) Educação artística, Filosofia
e Literatura brasileira.
b) Geografia, História e
Sociologia.
c) Literatura brasileira,
Sociologia e História.
d) Educação artística, Literatura
e História brasileira.
e) Educação artística, Geografia
e História.
Resposta:[E]
14. (Ifsul) “Predomina na
consciência coletiva ocidental-eurocentrista um estereótipo da África como continente escuro, abrigando tribos
primitivas, imóveis no tempo e no espaço, com suas culturas arcaicas e estáticas. Segundo essa imagem,
não haveria comunicação e troca de idéias entre várias etnias africanas, e muito menos entre elas e
o restante do mundo.”
(NASCIMENTO, Eliza Larkin. As
civilizações Africanas no Mundo Antigo. In: Thoth: Escriba dos Deuses.
Brasília, Gabinete do Sen. Abdias do
Nascimento, 1997, p.229.)
Com base no texto acima,
assinale, de cima para baixo, F para
afirmativas falsas e V para verdadeiras.
Sobre a História da África, é
correto afirmar-se que
( ) o continente africano possui os primeiros
registros de fósseis antropoides nas proximidades do Lago Vitória e é considerado o berço da
humanidade.
( ) a África não atraía o interesse das nações europeias até
meados do século XIX, pela falta de
riquezas naturais, ouro e pedras preciosas.
( ) a escravidão negro-africana, explorada
por Portugal, era uma forma distorcida e agravada da escravidão já existente em boa parte do
continente.
( ) a maioria dos Estados africanos, como os
conhecemos hoje, foi formada a partir do processo de descolonização pós-1945.
A ordem correta para responder a
esta questão é
a) V – F – V – F.
b) V – F – V – V.
c) F – V – F – F.
d) F – V – V – V.
resposta:[B]
15. (Cesgranrio) “Poder casar com
várias mulheres era sinal de prestígio: quanto mais poderoso um chefe, mais mulheres ele tinha. E isso valia tanto para as
regiões islamizadas como para as que
mantinham as tradições locais”.
MELLO E SOUZA, Marina de. África
e Brasil Africano. São Paulo: Ática,
2007, p. 31.
A cultura europeia se diferenciava
da africana e, quando os europeus passaram a se relacionar com as comunidades
africanas, foram construídas teses que atribuíam
à poligamia características de
(A) prática social associada a
formas de viver atrasadas e combatidas pela religião católica.
(B) diferença cultural,
considerada de relacionamento produtivo demograficamente.
(C) prática doentia associada à
transgressão da sexualidade.
(D) nova relação de parentesco,
muito utilizada entre os europeus.
(E) disseminação das religiões
pagãs entre os africanos, que eram promíscuas e desordenadas.
Resposta:[A]
16. (FGV 2008) Durante a
Antigüidade e a Idade Média,
a África permaneceu relativamente isolada do resto do mundo. Em 1415, os
portugueses conquistaram Ceuta, no norte do continente, dando início à
exploração de sua costa ocidental.
José Jobson de A.
Arruda e Nelson Piletti, Toda a História
Acerca da África, na época da
chegada dos portugueses em Ceuta, é correto afirmar que:
a) nesse continente havia a
presença de alguns Estados organizados, como o reino do Congo, e a exploração
de escravos, mas não existia uma sociedade escravista.
b) assim como em parte da Europa,
praticava-se a exploração do trabalho servil que, com a presença européia,
transformou-se em trabalho escravo.
c) a população se concentrava no
litoral e o continente não conhecia formas mais elaboradas de organização
política, daí a denominação de povos primitivos.
d) os poucos
Estados , organizados pelos
bantos , encontravam-se no Norte e economicamente viviam da exploração
dos escravos muçulmanos.
e) a escravidão
e outras modalidades
de trabalho compulsório eram
desconhecidas na África e foram introduzidas apenas no século XVI, pelos
portugueses
e espanhóis.
Resolução:
Ao adentrarem o território
africano, a partir do século XIV, os europeus encontraram sociedades bastante
distintas umas das outras, desde aquelas com organizações tribais simples até
os grandes impérios, como o reino do Congo. Nestas variadas sociedades, era
conhecida a prática da escravidão por guerras;os escravos eram utilizados no
âmbito doméstico ou então eram comercializados. Contudo, a escravidão não
constituía a base da mão-de-obra nem uma atividade econômica fundamental nestas
sociedades, como ocorreu na América, após a organização sistema colonial
17. (Fuvest) “(...) e em lugar de
ouro, de prata e de outros bens que servem de moeda em outras regiões, aqui a
moeda é feita de pessoas, que não são nem ouro, nem tecidos, mas sim criaturas.
E a nós a vergonha e a de nossos predecessores, de termos, em nossa
simplicidade, aberto a porta a
tantos males (...)”
Garcia II, rei do Congo,
século XVII
Comente os acontecimentos a que
se refere o rei africano e como estão relacionados à colônia brasileira.
Resolução:
O rei africano Garcia II refere-se,
em seu texto, à utilização do instituto de escravismo tradicional africano
pelas metrópoles européias como justificativa moral para o empreendimento
escravista levado a cabo, em grande escala, durante o desenvolvimento do capitalismo comercial. A
partir das facilidades encontradas por comerciantes europeus de escravos, diante
das lutas tribais africanas, que os abasteciam com os prisioneiros de suas
guerras, o novo mundo tornou-se mercado consumidor da força de trabalho africana. No Brasil a
introdução da mão-de-obra africana na lavoura canavieira foi parte de mais esse
projeto comercial europeu.
(PITÁGORAS) As questões 18 e 19 se
referem ao texto a seguir.
“Antes mesmo dos europeus
chegarem à África Ocidental já existiam variadas formas de escravidão, que
alias, estenderam-se até o século XX. Predominavam os trabalhos domésticos e
artesanais, porém houve importantes empreendimentos escravistas agrícolas e
mineratórios, muitos similares ao do Novo Mundo. (...) O comércio de escravos
na África é bem anterior ao tráfico negreiro praticado por europeus. Estes
últimos aproveitaram a organização comercial já existente para consolidar seu
novo negócio internacional.”
(LIBBY & PAIVA, p.
14)
|
18. Identifique, no texto, uma característica econômica
presente em alguns impérios e reinos africanos.
resposta:
A utilização de escravos na lavoura e na mineração; a
prática de comércio de escravos.
19. Apresente uma diferença entre a escravidão existente na
África antes da chegada dos europeus e a escravidão na América Portuguesa.
resposta:
Na África, o escravo não era visto como uma propriedade de
outra pessoa. Já no Brasil, o cativo tornava-se uma mercadoria que podia ser
comprada e vendida.
A condição de escravo na América Portuguesa era permanente. Na
África, a escravidão era temporária.
Na África, filhos de escravos nasciam livres, o que não
ocorria no Brasil.
20. (Fuvest) "Angola, Congo, Benguela Monjolo, Cabinda,
Mina Quiloa, Rebolo" (Jorge Ben, África/Brasil-Zumbi)
O texto refere-se a.
a) colônias holandesas de exploração na África do século XVI
ao século XVIII.
b) grupos africanos escravizados e trazidos para o Brasil durante
a colonização.
c) reinos africanos que se rebelaram contra a colonização
portuguesa na época da independência do Brasil.
d) comunidades livres formadas por escravos fugitivos.
e) países africanos atuais que mantêm estreitos vínculos com
a cultura brasileira.
resposta:[B]
21. (PITÁGORAS) Com base nessa imagem, PRODUZA um
pequeno texto sobre o tema: Áfricas. Compare as características dos povos
retratados, apresente suas diferenças étnicas e culturais. Dê um título para
seu texto e lembre-se que além do conteúdo, a ortografia e organização de
ideias também são importantes para que o leitor entenda a mensagem que você
quer comunicar.
Resposta:
Professor verifique se o aluno
rompeu com a visão de que os africanos têm a mesma cultura e pertencem a mesma
etnia e descreveu esses povos identificando os aspectos culturais que os
diferenciam, como o tipo de corte de
cabelos, a barba e os apetrechos usados .
22. (PITÁGORAS) “(...) cabe lembrar
que é quase impossível falar da África no singular, de ‘uma’ só África no
Brasil: são muitas as origens, as trajetórias, as culturas. A própria noção de
‘africano’ não existia entre os escravos até o século XIX. A identidade de cada
povo, que o mundo escravocrata dissolvia, ainda assim prevalecia sobre a ideia
da identidade africana, da África como terra de todos. Esta só se desenvolveria
na própria África nos séculos XIX e XX, a partir das lutas de independência [no
século XX].”
LIMA, Mônica. A
África na sala de aula. In: Nossa história. Ano 1, nº 4, fev. 2004. p. 85.
Segundo a autora,
a) a África é uma região marcada
pela miséria, doenças e conflitos.
b) a África é um continente
marcado pela diversidade histórica e étnica.
c) os africanos têm o mesmo
passado e a mesma etnia.
d) os africanos, desde a
antiguidade, se reconheciam como africanos.
resposta:[B]
(PITÁGORAS) As questões 23 e 24 se referem à imagem e ao
texto a seguir.
PRIORE, Mary Del; VENÂNCIO,
Renato P. Ancestrais: uma introdução à história da África Atlântica. Rio
de Janeiro, Elsevier, 2004.p154
Muito antes de europeus colocarem
o pé no continente africano, havia escravos no Reino do Congo. A estratificação
social do reino, por sinal, era de uma nitidez absoluta. Havia a aristocracia, um
segmento intermediário de homens livres e a massa escrava. A aristocracia
formava uma casta, desde que seus membros eram impedidos de se casar com
plebeus. A parte pesada dos trabalhos agrícolas recaía, evidentemente, sobre os
escravos.
RISÉRIO, Antonio. Escravos de
escravos. In: Nossa história. Ano 1, nº 4, fev. 2004. p. 63.
23. (PITÁGORAS) A imagem confirma as informações
do texto na medida em que mostra
a) indivíduos em posições sociais
diferentes: o nobre e o cativo.
b) um escravo exercendo trabalho
pesado.
c) pessoas se oferecendo como
escravos para obter recursos necessários à sua subsistência.
d) um tumbeiro adquirindo escravo
através da prática do sequestro.
resposta:[A]
24. (PITÁGORAS) Quem se tornava
um escravo na África, antes da chegada dos europeus neste continente?
a) Pessoas de pele escura
considerada inferior pelos outros elementos da sociedade.
b) Pessoas prisioneiras de guerra,
devedores e excluídos.
c) Pessoas que se iludiam por
falsas promessas e acabavam se transformando em propriedade de outra.
d) Pessoas que demonstravam certa
habilidade para o trabalho agrícola.
resposta:[B]
25. (PITÁGORAS) De acordo com esse
esquema, podemos dizer que o tráfico de escravos era um negócio complexo que
envolvia a participação de
b) agentes africanos e
brasileiros.
c) brasileiros. Europeus e
asiáticos.
d) agentes africanos e europeus
resposta:[A]
26. (Ufscar 2007) Nem todos os brancos que chegavam do mar eram
portugueses, e os povos que viviam nas cercanias do litoral logo aprenderam a
distingui-los. (...) Se os surpreendiam, os portugueses os atacavam, queimavam
e punham a pique. Mas às vezes, ocorria o oposto. (...)
Os portugueses insistiam com os
reis e notáveis do litoral para que não transacionassem com os outros europeus,
por eles qualificados de piratas. E recomendavam que lhes dessem combate. (...)
Por volta de 1560, os portugueses
começaram a usar galés para patrulhar as costas próximas ao forte da Mina.
(...)
Os entrepostos nas mãos de
portugueses fiéis à Coroa eram poucos e quase sempre dependentes da boa vontade
dos chefes nativos, até para seus alimentos.
(Alberto
da Costa e Silva. "A manilha e o libambo", 2002.)
O texto descreve a conquista
portuguesa
a) no Brasil.
b) nas Guianas.
c) nas Índias Orientais.
d) no Japão.
e) na África.
resposta:[E]
diferenças ser escravo na áfrica e na europa?
ResponderExcluirMe ajudou num trabalho aqui...hehe
ResponderExcluir22222222222222222222222222222222222222
ResponderExcluiraprova ae
ResponderExcluirpfv
ResponderExcluirbati com a cabeça no teclado e deu enter
ResponderExcluir... ae to aqui... deixa meu posto ser postado pls