Assista ao filme Mauá, o imperador e o rei
MAUÁ, O IMPERADOR E O REI
(Brasil. 1999)
DIREÇÃO: Sérgio Resende
ELENCO: Paulo Betti, Malu Mader, Othon
Bastos, Antonio Pitanga, Rodrigo Penna; 134 min.
RESUMO
O filme mostra a infância, o
enriquecimento e a falência de Irineu Evangelista de Souza (1813-1889), o
empreendedor gaúcho mais conhecido como barão de Mauá, considerado o primeiro
grande empresário brasileiro, responsável por uma série de iniciativas
modernizadoras para economia nacional, ao longo do século XlX.
Mauá, um vanguardista em sua
época, arrojado em sua luta pela industrialização do Brasil, tanto era recebido
com tapete vermelho, como chutado pela porta dos fundos por D. Pedro II.
CONTEXTO HISTÓRICO
A aprovação da Tarifa Alves
Branco, que majorou as taxas alfandegárias, e da Lei Eusébio de Queirós, que em
1850 aboliu o tráfico negreiro, liberando capitais para outras atividades, estimularam
ainda mais uma série de atividades urbanas no Brasil. Foram fundadas 62
empresas industriais, 14 bancos, 8 estradas de ferro, 3 caixas econômicas, além
de companhias de navegação a vapor, seguros, gás e transporte urbano.
Nessa realidade, destaca-se a
figura de Irineu Evangelista de Souza, o Barão e Visconde de Mauá, símbolo
maior do emergente empresariado brasileiro, que atuou nos mais diversos setores
da economia urbana. Suas iniciativas iniciam-se em 1846, com a aquisição de um
estabelecimento industrial na Ponta de Areia (Rio de Janeiro), onde foram
desenvolvidas várias atividades, como fundição de ferro e bronze e construção
naval. No campo dos serviços Mauá foi responsável pela produção de navios a
vapor, estradas de ferro comunicações telegráficas e bancos. Essas iniciativas
modernizadoras encontravam seu revés na manutenção da estrutura colonial agro-exportadora
e escravista e na concorrência com empreendimentos estrangeiros, principalmente
britânicos. Essa concorrência feroz, não mediu esforços e em 1857 um incêndio
nitidamente provocado destruiu a Ponta de Areia.
Suas iniciativas vanguardistas
representavam uma ameaça para os setores mais conservadores do governo e para o
próprio imperador, que não lhe deu o devido apoio. Sua postura liberal em
defesa da abolição da escravatura e sua atitude contrária à Guerra do Paraguai,
acabam o isolando ainda mais, resultando na falência ou venda por preços
reduzidos de suas empresas.
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