Saiba mais sobre a conquista da América Hispânica
Agora teste seus conhecimentos sobre o processo de conquista da América pelos espanhóis
1. (UNESP) "O ouro é o
tesouro e aquele que o possui tem tudo o de que necessita no mundo; com ele
tem, também, o meio de resgatar as almas do Purgatório e de as chamar ao
Paraíso."
(Cristóvão Colombo,
Jamaica, 1503)
A partir desse texto, onde está
clara a avidez e a demasiada importância atribuída ao ouro no despertar da
Época Moderna,
a) discorra sobre os objetivos da
empresa de Colombo;
b) explique porque ele foi
alijado do empreendimento.
resposta:
a) Chegar as Índias. Colombo
pretendia encontrar uma nova rota para o Oriente, a fim de expandir a fé cristã
e promover a ampliação das rotas mercantis da Espanha para o Oceano Atlântico,
a exemplo dos portugueses.
b) Sua persistência em manter os
objetivos originais.
2. (Fuvest) "Herói ou vilão,
Colombo simboliza a conquista". (FOLHA DE SÃO PAULO, 12/10/91)
a) Por que Colombo é tratado como
herói ou vilão?
b) Por que ele é o símbolo da
conquista?
resposta:
a) Para os europeus, Colombo é
considerado herói porque descobriu a América e deu início ao processo
colonizador espanhol. Já pros ameríndios, pode ser considerado um vilão, porque
deu início ao processo de destruição e aculturação dos povos americanos. b) Ele
foi considera símbolo da conquista por ser um navegador, explorador de novos
territórios.
3. (UNESP) "(...) aportei a
Portugal, onde o rei dali entendia descobrir ouro mais do que qualquer outro,
[mas] em quatorze anos não pude fazê-lo entender o que eu dizia."
(CARTA DE CRISTÓVÃO
COLOMBO AOS REIS DA ESPANHA, maio de 1505.)
Conforme o texto de Cristóvão
Colombo, pergunta-se:
a) A que se deve atribuir a
recusa do rei de Portugal?
b) Por que navegadores italianos,
como Cristóvão Colombo e Américo Vespúcio, trabalhavam para os reis da Espanha
ou de Portugal?
resposta:
a) A Coroa portuguesa rejeitou o
projeto de Colombo, uma vez que tinha investido recursos na rota do périplo
africano, como alternativa viável para a conquista do mercado oriental.
b) Devido ao fato de que as
Coroas Ibéricas foram os pioneiros no processo de expansão marítima ou grandes
navegações pelo Oceano Atlântico.
4. (UFU) "Colombo não estava
tão longe de certas concepções correntes durante a Idade Média acerca da
realidade física do Éden, que descresse de sua existência em algum lugar do
globo. E nada o desprendia da idéia (...) de que precisamente as novas Índias,
para onde o guiara a mão da Providência, se situavam na orla do Paraíso
Terreal. (...) A tópica das visões do paraíso impregna todas as suas descrições
daqueles sítios de magia e lenda."
Sérgio Buarque de
Holanda. "Visão do paraíso".
A partir da interpretação do
trecho acima, assinale a alternativa correta.
a) Colombo, conforme a
mentalidade própria de sua época, acreditava na existência do Paraíso
Terrestre, na sua localização nas novas terras descobertas, e que ele havia
sido levado para bem perto desse Paraíso, por vontade de Deus.
b) O paraíso terrestre é um mito
medieval cuja presença nas novas terras descobertas, na era das grandes
navegações atlânticas do século XV e XVI, é evocada apenas como uma metáfora.
c) Colombo não acreditava no
Paraíso Terrestre, mas só pôde compreender a novidade da América comparando-a
ao Paraíso.
d) A América era um território
cujas condições naturais e riquezas lembravam metaforicamente um paraíso, porém
as colonizações espanhola e portuguesa destruíram seu aspecto paradisíaco.
resposta:[A]
5. (UFG 2008) Leia o texto.
Colombo fala dos homens que vê unicamente porque estes, afinal, também fazem
parte da paisagem. Suas menções aos habitantes das ilhas aparecem sempre no
meio de anotações sobre a Natureza, em algum lugar entre os pássaros e as
árvores.
(TODOROV, Tzvetan. "A
conquista da América: a questão do outro". São Paulo: Martins Fontes,
1993. p. 33.)
A passagem acima ressalta que a
atitude de Colombo decorre de seu olhar em relação ao outro. Essa posição,
expressa nas crônicas da Conquista, pode ser traduzida pela
a) interpretação positiva do
outro, associando-a à preservação da Natureza.
b) identificação com o outro,
possibilitando uma atitude de reconhecimento e inclusão.
c) universalização dos valores
ocidentais, hierarquizando as formas de relação com o outro.
d) compreensão do universo de
significações do outro, permitindo suas manifestações religiosas.
e) desnaturalização da cultura do
outro, valorizando seu código lingüístico.
resposta:[C]
6. (UFRJ) O Mestre de México,
Montezuma, nos envia, a nós e a alguns outros nobres, com a ordem de contar a
nosso irmão o Cazonci tudo a que diz respeito à gente estranha que chegou [em
Tenochtitlán]. Nós os enfrentamos no campo de batalha e matamos aproximadamente
duzentos dos que vinham montados em cervos e duzentos dos que andavam a pé. Os
cervos são protegidos por armaduras de couro retorcido e carregam algo que
ressoa como as nuvens, que produz um ruído de trovão e que mata todos os que
encontra em seu caminho, até o último. Romperam completamente nossa formação e
mataram muitos dos nossos. A gente de Tlaxcala os acompanham pois voltou-se
contra nós.
Adaptado de Todorov,
Tzevetan. "A conquista da América (a questão do outro)." São
Paulo: Martins Fontes, 1988, p. 91.
O trecho acima é parte do
relatório que dez mensageiros de Montezuma levaram ao Cazonci (rei) dos
Tarascos da região de Michoacán, para pedir-lhe ajuda nas luta contra os
espanhóis.
a) Identifique no texto dois
fatores que auxiliaram a rápida conquista do México pelos espanhóis.
b) Explique como os fatores
identificados no item anterior ajudam a compreender a rapidez através da qual
Hernán Cortéz e seus comandados conquistaram o Império Asteca.
resposta:
a) O texto acima permite concluir que os
espanhóis utilizaram-se do cavalo e de armas de fogo como recursos para
imposição da dominação sobre os nativos.
b) Além de provocar assombro nos
nativos, as armas de fogo mostraram a superioridade bélica do conquistador
europeu quando dos confrontos com as civilizações locais americanas que não
dispunham de equipamentos suficientemente capazes para resistirem à eficiência
destrutiva das armas européias. A utilização do cavalo por sua vez, deu ao
conquistador a capacidade de se locomover por grandes distâncias com extenso
poder de mobilidade sem despender de grande esforço físico.
7. (Fuvest) "... a espada, a
cruz e a fome iam dizimando a família selvagem..."
(Pablo Neruda)
O poeta refere-se à conquista
espanhola da América. Analise o sentido histórico de suas palavras.
resposta:
A frase demonstra o caráter
violento do processo de subjugação da população indígena na América Espanhola.
Além da força das armas propriamente ditas houve também a violência cultural
(como a cristianização) e as novas doenças trazidas pelos europeus. Esse último
fator colaborou fundamentalmente com a dizimação da população indígena, dado
que estes não possuíam imunidade frente a tais patologias. "Espada" -
violência dos conquistadores espanhóis sobre as populações indígenas da América
do Sul. "Cruz" - atividade dos jesuítas na catequese dos povos
indígenas, destruindo seus valores originais. "Fome" - desagregação
da estrutura tribal que levou os indígenas a diversas formas de trabalho
compulsório para garantir sua sobrevivência.
8. (FGV) A conquista de Cuzco,
centro do Império Inca, deu-se por:
a) Hernán Cortez, em 1519;
b) Francisco Pizarro, em 1533;
c) Juan Ponce de Leon, em 1508;
d) Vasco Nunes de Balboa, em
1509;
e) Diego de Velásques, em 1511.
resposta:[B]
9. (Ufpel) No jornal Zero Hora,
do dia 27 de junho de 1999, encontramos o seguinte texto: "A Guerra
Justa" "... toda intervenção armada provoca mais pecados e destruição
do que as ofensas que trata de eliminar... pregar o Evangelho na ponta da
espada é uma heresia digna de Maomé". "Las Casas ao seu
antagonista" Ginés de Sepúlveda, Valladolid, 1550. Quando no ano de 1534 o
teólogo Francisco de Vitória recebeu uma carta da América relatando o fim de
Ataualpa, o inca, supliciado em Cajamarca por Pizarro, indignou-se. Então, era
para isso que os cristãos estavam no Novo Mundo, para pilhar e assar inocentes?
[...] Em 1547, desembarcava na Espanha ninguém menos que o bispo de Chiapas,
Bartolomeu de Las Casas, "o gênio tutelar das américas". Vinha da
Nova Espanha com os baús cheios, provando as atrocidades dos brancos. Os
astecas e os incas, assegurou ele ao imperador, eram como os antigos romanos e
gregos, racionais e bem-organizados que, com o tempo e paciência, poderiam
tornar-se cristãos. O que cometiam lá contra eles era banditismo, era crime,
era roubalheira. A conquista espiritual, disse ele, jamais poderia fazer-se
pela ponta do aço. Resultava do convencimento, da persuasão. Obra da palavra e
não da espada. Que Cristo impingiam aos gentios! Por mais repugnantes que
parecessem os pecados deles, pior ainda era assassiná-los. No momento em que
ideólogos da OTAN reafirmam a justeza do bombardeio humanitário sobre a
Iugoslávia - para que os sérvios e o seu governo acatem o evangelho dos
direitos humanos - é bom lembrar que a justificativa de uma ação armada em
"defesa dos valores mais altos da civilização", longe de representar
"uma nova etapa nas relações internacionais", como enfaticamente
anunciaram, nada mais é do que a conhecida, e mais que rançosa, tentativa de
livrar os mais fortes do seu sentimento de culpa."
Voltaire Schilling -
Historiador
Conforme o texto, é correto
afirmar que
a) ao longo da história, as
nações mais desenvolvidas buscam resolver os conflitos étnicos, tendo por base
o respeito à dignidade da natureza humana, "em defesa dos valores mais
altos da civilização".
b) é demonstrada a necessidade de
as nações mais desenvolvidas se utilizarem de métodos violentos de dominação,
para que povos, como os ameríndios, no século XVI, e os iugoslavos, no século
XX, consigam viver em paz e sem violência étnica.
c) a dominação espanhola, na
América, no século XVI, foi fundamentada exclusivamente nos princípios cristãos
contra os ameríndios e a ação da OTAN, na Iugoslávia, foi baseada no respeito
aos direitos humanos defendidos pela ONU.
d) o historiador está claramente
favorável à ação dos espanhóis, na exploração da América Colonial, e da OTAN,
na Iugoslávia.
e) o historiador estabelece um
paralelo entre os métodos violentos utilizados pela Espanha, no domínio da
América colonial, e os ataques militares da OTAN, na Iugoslávia contemporânea.
resposta:[E]
10. (Unesp) "Em uma
esquematização levada ao extremo, pode-se dizer que os primeiros cento e cinqüenta
anos da presença espanhola nas Américas foram marcados por grandes êxitos
econômicos para a Coroa e para a minoria espanhola que participou diretamente
da conquista, e pela destruição de grande parte da população indígena
preexistente..."
(Celso Furtado,
FORMAÇÃO ECONÔMICA DA AMÉRICA LATINA.)
a) A que principal atividade
ligam-se "os grandes êxitos econômicos"?
b) A que se deve "a
destruição de grande parte da população indígena preexistente"?
resposta:
a) Os espanhóis beneficiaram-se
da exploração colonial por conta da primazia e sucesso da extração de metais.
b) No processo de dominação e
conquista da América, os europeus
combinaram vários elementos que possibilitaram a destruição das estruturas
sociais locais. As armas de fogo (mosquetes, arcabuzes, pistolas e canhões )
proporcionavam uma vantagem tripla para o conquistador: permitiam combater à
distância, provocavam ferimentos de
morte ou inutilização do adversário, além de causarem terror psicológico
acentuado por conta do espanto que o nativo demonstrava ao verificar o efeito
da utilização desses instrumentos. O uso do cavalo deu ao conquistador grande
mobilidade nos combates e despertava o temor no ameríndio já que o animal não
era conhecido na América. Os espanhóis foram favorecidos também pela existência
de lendas, crenças e superstições locais que chegavam a divinizar a figura dos
conquistadores. A imposição da cristandade e valores europeus contribuíram para
subjugar os nativos que, por serem considerados inferiores e “sem fé”, tiveram seus
valores desprezados e alterados pelo conquistador. E, por fim, a proliferação
de várias doenças como tifo, sarampo, varíola, febre, por exemplo, das quais os
nativos não possuíam capacidade imunológica.
11. (Unesp) "(...) desde o
começo até hoje a hora presente os espanhóis nunca tiveram o mínimo cuidado em
procurar fazer com que a essas gentes fosse pregada a fé de Jesus Cristo, como
se os índios fossem cães ou outros animais: e o que é pior ainda é que o
proibiram expressamente aos religiosos, causando-lhes inumeráveis aflições e
perseguições, a fim de que não pregassem, porque acreditavam que isso os
impediria de adquirir o ouro e riquezas que a avareza lhes prometia."
(Frei Bartolomeu de Las
Casas. "Brevíssima relação da destruição das Índias", 1552.)
No contexto da colonização
espanhola na América, é possível afirmar que:
a) existia concordância entre
colonizadores e missionários sobre a legitimidade de sujeitar os povos
indígenas pela força.
b) os missionários influenciaram
o processo de conquista para salvar os índios da cobiça espanhola.
c) colonizadores, soldados e
missionários respeitavam os costumes, o modo de vida e a religião dos povos
nativos.
d) os padres condenavam as
atitudes dos soldados porque pretendiam ficar com as riquezas das terras
descobertas.
e) os missionários condenavam o
uso da força e propunham a conversão religiosa dos povos indígenas.
resposta:[E]
12. (Fuvest) Frei Antônio de
Montesinos, em 1512, no Caribe, pregava aos conquistadores espanhóis: "Com
que direito haveis desencadeado uma guerra atroz contra essas gentes que viviam
pacificamente em sua própria terra? Por que os deixais em semelhante estado de
extenuação? Por que os matais a exigir que vos tragam diariamente seu ouro?
Acaso não são eles homens? Acaso não possuem razão e alma? Não é vossa
obrigação amá-los como a vós próprios?" Explique essas palavras de
Montesinos dentro do contexto da conquista espanhola da América.
resposta:
O texto reflete o extermínio das
populações indígenas da América de colonização espanhola, notadamente no
Caribe, onde ocorreu verdadeiro desaparecimento das populações nativas. Apesar
da visão inocente e idealista dos indígenas da América presente nas palavras do
religioso, percebe-se o reconhecimento da existência do caráter humano no
indígena, visto como ser dotado de alma e razão. A maior parte dos
colonizadores da época (inclusive membros do clero) negava essa visão.
13. (Mackenzie) Começa-se por
agarrar os índios. Uma vez acorrentados, alguém leu para eles o Requerimiento,
sem conhecer sua língua e sem intérpretes; nem o leitor nem os índios se
entendiam. Mesmo depois de alguém que compreendia a língua lhes ter explicado,
os índios não tiveram nenhuma chance de responder, pois foram imediatamente
levados prisioneiros.
(Fernandes Oviedo y
Valdés)
Requerimiento, documento
utilizado pelos espanhóis durante a conquista da América, determinava:
a) a conversão dos índios à fé
cristã e a aceitação do rei espanhol como seu senhor.
b) a imposição da encomienda e da
mita como formas de escravidão e imposto.
c) o regime de trabalho escravo
para todos os nativos americanos.
d) a remoção dos Maias da América
central para a região do atual México.
e) a exploração das minas de ouro
e prata e a imposição do exclusivo metropolitano.
resposta:[A]
14. (UFU) "(...) Assim, não
pense ninguém que foram tirados o poder, os bens e a liberdade (dos indígenas):
e sim que Deus lhes concedeu a graça de pertencerem aos espanhóis, que os
tornaram cristãos e que os trata e os consideram exatamente como digo. (...)
Ensinaram-lhes o uso do ferro e da candeia (...) Deram-lhes moedas para que
saibam o que compram e o que vendem, o que devem e possuem. Ensinaram-lhes
latim e ciências, que valem mais do que toda a prata e todo o ouro que eles
tomaram. Porque, com conhecimentos, são verdadeiramente homens, e da prata nem
todos tiravam muito proveito. (...)"
GÓMARA, Francisco López de. "Historia General de las India". Coletânea de Documentos para a História da América. São Paulo: CENP, 1978
O texto acima expressa uma forma de se ver a conquista e a colonização da América pelos espanhóis. A partir da análise do texto e de seus conhecimentos sobre este processo histórico
GÓMARA, Francisco López de. "Historia General de las India". Coletânea de Documentos para a História da América. São Paulo: CENP, 1978
O texto acima expressa uma forma de se ver a conquista e a colonização da América pelos espanhóis. A partir da análise do texto e de seus conhecimentos sobre este processo histórico
a) faça um comentário sobre a
visão antropocêntrica do autor, destacando a forma como os valores culturais de
espanhóis e indígenas tão tratados no texto.
b) identifique e caracterize uma
das três principais sociedades indígenas conquistadas pelos espanhóis - Maias,
Astecas ou Incas - mostrando como viviam e se organizavam social e
politicamente no período imediatamente anterior à conquista.
resposta:
a) Destacando a inferioridade do
indígena perante o europeu.
b) A civilização maia foi uma
cultura mesoamericana pré-colombiana,A civilização maia divide muitas
características com outras civilizações da Mesoamérica, devido ao alto grau de
interação e difusão cultural que caracteriza a região. Avanços como a escrita epigrafa
e o calendário não se originaram com os maias; no entanto, sua civilização se
desenvolveu plenamente.
15. (Fuvest) "Em suma, a combinação
de eficiência técnica e convicção mística, submetidas ambas à expansão
comercial e ao poder político foi a característica (...) da conquista espanhola
na América."
David A. Brading, Orbe
indiano.
Com base no texto, estabeleça as
relações entre:
a) avanços tecnológicos e
expansão comercial;
b) poder político da Coroa
Espanhola e Igreja Católica.
resposta:
a) Os avanços tecnológicos
promovidos pela influência muçulmana com a criação da bússola, por exemplo; o
desenvolvimento de embarcações capazes de cruzar o Oceano Atlântico, além da
necessidade de uma concorrência no mercado europeu pela busca de produtos
orientais, fez com que fosse possível a expansão comercial marítima espanhola
que colocou a América no universo europeu.
b) A Coroa Espanhola governada
pelos reis católicos, D. Fernando de Aragão e D. Isabel de Castela, teve amplo
apoio da Igreja Católica na expansão marítimo-comercial, movidos pela idéia de
riqueza através do acúmulo de metais preciosos e pela busca de novos fiéis para
a Igreja, através do trabalho da Companhia de Jesus na conversão dos nativos.
16. (Unicamp) Na América do Sul,
o que impressiona é a diferença essencial que existe entre a colonização
espanhola e a portuguesa. Desde início, a Coroa de Castela encoraja a imigração
de mulheres que, com suas criadas, contribuem para a expansão da civilização
espanhola na América. As leis de sucessão dão-lhes direito à herança, o que
aumenta sua autoridade quando são filhas únicas. Os casamentos inter-raciais
são raros e a preocupação com a "limpeza de sangue" é fundamental,
inclusive para o acesso aos mais altos cargos.
(Adaptado de Marc Ferro, História
das Colonizações: das conquistas às independências - séculos XVIII a XX. São
Paulo, Cia. das Letras, 1996, p. 135.)
a) De acordo com o texto, qual o
papel da mulher na colonização espanhola?
b) O que foi a política de
"limpeza de sangue"?
c) Por que os criollos foram
importantes no processo de Independência?
resposta:
a) A mulher contribuiria para a
expansão da civilização espanhola, isto é, dos ideais da cultura hispânica,
principalmente
através do casamento, garantindo,
assim, não apenas a reprodução dos colonizadores, mas a sua limpeza de sangue.
Além disso, gozam de certa
autoridade por possuírem direito à herança.
b) A política de limpeza de
sangue consistia no incentivo ao casamento apenas entre espanhóis ou
descendentes diretos, mantendo-se, assim, o sangue limpo de miscigenação (fosse
com indígenas, negros, judeus ou mouros), e, quando esta ocorria, não se
reconheciam os filhos inter-raciais.
c) Foram os criollos,
descendentes de espanhóis, porém nascidos na América, que lideraram o processo
de independência. Esta elite colonial, educada nos princípios liberais e
iluministas, tinha não só interesses econômicos na independência, visando à
liberdade de comércio, sem a intermediação da metrópole, como interesses
políticos, uma vez que não tinha acesso aos mais altos cargos da administração,
reservados aos espanhóis de nascimento. Os criollos desencadearam, então, o
processo de independência, financiando o movimento e organizando as massas
populares, compostas de mestiços, índios e negros, que, no entanto, acabaram
marginalizados na organização política do pós-independência.
17. (Ufg) [...]Nos caminhos jazem
dardos quebrados; os cabelos estão espalhados. Destelhadas estão as casas,
incandescentes estão seus muros. Vermes abundam por ruas e praças, e as paredes
estão manchadas de miolos arrebentados.[...]
(O canto triste dos conquistados: os últimos dias de Technochtitlan (México, 1521-1528).In: LEÓN-PORTILLA, Miguel et al. " História documental do México". México: UNAM, 1984. v. 1. p. 122.)
(O canto triste dos conquistados: os últimos dias de Technochtitlan (México, 1521-1528).In: LEÓN-PORTILLA, Miguel et al. " História documental do México". México: UNAM, 1984. v. 1. p. 122.)
O trecho acima descreve a
violência da conquista espanhola na América, ocorrida no final do século XV e
início do XVI, a qual, a despeito de um reduzido número de soldados, conseguiu
submeter os povos astecas, com uma população estimada em 25 milhões, e os povos
incas, com 10 milhões de pessoas.
Sobre a conquista espanhola na América,
Sobre a conquista espanhola na América,
a) descreva a formação do Estado
moderno na Espanha e sua relação com a expansão marítima nos séculos XV e XVI.
b) identifique duas estratégias
militares utilizadas pelos espanhóis que facilitaram a conquista dos povos
astecas e incas.
resposta:
a) A formação do Estado moderno na Espanha se deu após a Guerra de Reconquista, com a expulsão de muçulmanos e judeus dos territórios da Península Ibérica, e foi selada com o casamento dos reis católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Dentro do ideal cruzadístico que norteou boa parte da história de formação da Coroa Espanhola, ocorreu o processo de expansão marítima que objetivava não apenas a descoberta de uma rota alternativa para as Índias, mas também o entesouramento real, ou seja, a busca de metais preciosos e a conquista de novas terras.
b) Entre as estratégias militares utilizadas pelos conquistadores espanhóis na América podemos citar o uso de armas de fogo (arcabuzes, bacamartes, canhões, mosquetes), o uso de cavalos nos combates, as alianças estabelecidas com nações indígenas inimigas das grandes civizações pré-colombianas (astecas e incas), a proliferação de doenças (tifo, varíola, sarampo) entre as populações nativas do Novo Mundo.
18. (UFPE) A colonização dos
povos da América envolveu conflitos culturais e embates militares expressivos.
Com relação à conquista dos astecas, feita pelos espanhóis, podemos afirmar
que:
a) a atuação militar dos
espanhóis foi que decidiu a derrota dos astecas, devido à fragilidade do seu
exército e à sua desorganização política.
b) a grandiosidade dos astecas
impressionou os conquistadores espanhóis, sobretudo, o comandante Fernão
Cortez.
c) apesar de sua riqueza, os
astecas não tinham conquistas culturais que impressionassem os europeus; eram
apenas bons artesãos.
d) a vitória de Cortez expressou,
na época dos grandes descobrimentos, a força imbatível do exército espanhol,
aliado dos portugueses na colonização da América.
e) essa conquista trouxe riquezas
para o conquistador Fernão Cortez, rico comerciante de minérios da época;
contudo, as vantagens para o domínio espanhol na América foram insignificantes.
resposta:[B]
19. (UFRRJ) Leia o texto a
seguir. Um dos períodos [da história do México] mais riscados, apagados e
emendados com maior fúria tem sido a da Nova Espanha. (...) A Nova Espanha não
se parece nem com o México pré-colombiano nem com o atual. E muito menos com a
Espanha, embora tenha sido um território submetido à coroa espanhola.
PAZ, O. Sóror Juana Inés de la Cruz: "As Artimanhas da Fé". São Paulo: Mandarim, 1998.
PAZ, O. Sóror Juana Inés de la Cruz: "As Artimanhas da Fé". São Paulo: Mandarim, 1998.
Sobre a sociedade colonial construída em Nova Espanha, é correto afirmar que
a) se apoiava, como na sociedade
colonial da brasileira, em uma divisão bipolar entre senhores europeus de um
lado e escravos africanos do outro, visto que os indígenas haviam sido quase
absolutamente exterminados no processo de conquista por doenças ou pela
violência do colonizador.
b) se distinguia de outras
sociedades coloniais, pois as diferenças sociais presentes nela eram de classe
e não de cunho étnico: não importava a cor da pele para a determinação de um
lugar social, mas as posses de um indivíduo.
c) se tratava, como em outras
sociedades coloniais, de uma sociedade de superiores e de inferiores que,
entretanto, reconhecia os mestiços, filhos de senhores brancos com mulheres
indígenas, como fazendo parte da elite política local, sendo chamados criollos.
d) Recaíam, exclusivamente, os
privilégios da sociedade colonial sobre a minoria branca que apresentava,
contudo, uma divisão interna entre aqueles brancos nascidos na Europa,
ocupantes dos cargos de nível superior, e aqueles nascidos na América,
ocupantes de posições claramente secundárias na hierarquia social.
e) se constituía em uma sociedade
com uma estrutura hierárquica bem clara, em cuja base se encontravam os grupos
desprovidos de quaisquer direitos sociais: índios e negros africanos, ambos
trabalhando como escravos e sendo tratados exclusivamente como mercadoria,
vendidos e comprados em grandes mercados nas principais cidades mexicanas.
resposta:[D]
20. (Uel) "Se, às vezes,
estranhas famílias desembarcam - como uma pobre mulher de Granada, com um filho
e quatro filhas das quais uma vai cair nos braços de Hernán Cortés -, aqueles
que chegam são, em sua maioria, homens sós, solteiros ou casados que deixaram
mulher, amante e filhos na Espanha. Como a astúcia e a teimosia, a juventude e
a mobilidade dão a quem sobreviver e enriquecer atributos indispensáveis. Las
Casas está com dezoito anos, Bernal Díaz e Cortés com dezenove, quando
atravessam o Atlântico. O futuro conquistador do México responde a um amigo que
propõe que permaneça na Hispaniola e que aceite ficar lá por pelo menos cinco
anos para aproveitar dos privilégios reservados aos residentes (vecinos): Nem
nesta ilha, nem em nenhuma outra, não tenho a intenção nem o pensamento de
ficar por muito tempo; é por isto que não ficarei aqui nestas condições ".
(GRUZINSKI, Serge; BERNARD,
Carmen. "História do Novo Mundo". Trad. Cristina Murachco. São Paulo:
EDUSP, 1997. p. 294.)
Com base no texto e nos
conhecimentos sobre a Conquista e a Colonização da América, considere as
afirmativas a seguir.
I. Os conquistadores, na sua
maioria, eram filhos caçulas de famílias de média, pequena e bem pequena
nobreza que conheceram em suas casas o modo de vida aristocrata, com as
ambições que a terra de Espanha não podia mais alimentar.
II. As vilas, muitas vezes
miseráveis, que deveriam reter e fixar os recém-chegados, revelaram-se lugar de
descanso provisório até que conseguissem, em outro lugar, um destino melhor,
índios e ouro.
III. Os casamentos de espanhóis
com mulheres indígenas acrescentaram às sociedades americanas elementos
estáveis e integradores, suficientes para constituir o núcleo de um mundo
futuro.
IV. Naquela fronteira americana
do mundo ocidental, os conquistadores organizaram suas vidas de maneira
estável, fixando suas famílias e cultivando a terra para a produção de
especiarias exportáveis.
Estão corretas apenas as
afirmativas:
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
resposta:[A]
21. (Uel) "Dada a
diversidade dos povos, a relativa escassez de fontes e a natureza das
circunstâncias em que foram produzidas, seria temerário afirmar que os
registros que chegaram até nós dão-nos a perspectiva indígena da conquista. Mas
fornecem, na verdade, uma série de evocações pungentes, filtradas pelas lentes
da derrota, do impacto que provocou em certas regiões a súbita erupção de
invasores estrangeiros, cuja aparência e comportamento estavam tão distantes da
expectativa normal".
(ELLIOTT, J. H. A conquista
espanhola e a colonização da América. In: BETHELL, L. (Org.) "História da
América Latina". São Paulo: USP, 1998. p. 160.)
Com base no texto e nos
conhecimentos sobre o tema é, correto afirmar:
a) Os marinheiros espanhóis, logo
que chegaram ao "Novo Mundo", constituíram famílias com as índias com
o objetivo de introduzi-las, bem como a seus filhos, nas cortes européias.
b) A violência e a destruição
causadas pela conquista espanhola impediram a sobrevivência física dos nativos
americanos, obstaculizando, também, a manutenção de relações coletivas de
trabalho.
c) A unidade étnica e política
dos países americanos resultou do movimento indígena de resistência à dominação
dos países colonizadores.
d) A perspectiva indígena da
conquista da América pelos europeus é um conjunto homogêneo de registros,
porque as ações dos colonizadores, guiadas pelo respeito à diversidade,
preservaram os escritos das populações nativas.
e) Um dos efeitos danosos da
conquista da América Latina diz respeito à forma como o sistema colonial
estruturou-se, com a introdução do gado e do cultivo agrícola de produtos
europeus, desorganizando as atividades e os modos de vida anteriores.
resposta:[E]
22. (Ufpel)
" Naquele tempo, não havia
doenças, nem febres, nem doenças dos ossos ou de cabeça (...). Naquele tempo,
tudo estava em ordem. Os estrangeiros mudaram tudo quando chegaram. De fato,
por mais saudosismo que possa expressar esse lamento, parece mesmo que as
doenças do Velho Mundo foram mais freqüentemente mortais nas Américas do que na
Europa. O missionário alemão chegou inclusive a escrever no finalzinho do
século XVIII que os índios morrem tão facilmente que só a visão ou o cheiro de
um espanhol os fazem passar deste para outro mundo . Umas quinze epidemias
dizimaram a população do México e do Peru."
FERRO, Marc. "História das
colonizações - das conquistas às independências - séculos XIII a XIX". São
Paulo: Cia. das Letras, 1996.
Os documentos denunciam as
doenças provocadas pelos agentes do
a) Colonialismo espanhol que
dizimaram populações nativas na América, na Idade Moderna.
b) Colonialismo português em suas
possessões, entre os séculos XVI e XVIII.
c) Imperialismo ibérico e dos
Países Baixos exterminando as populações incas, maias e astecas, na Idade
Contemporânea.
d) Mercantilismo europeu nas
colônias anglosaxônicas, desde o final da Idade Média.
e) Colonialismo lusitano no
México e no Peru, a partir do século XVI.
resposta:[A]
23. (Ufjf) O texto a seguir se
refere ao processo de colonização da América Espanhola. Leia-o e, em seguida,
faça o que se pede.
"Ao longo do séc. XVI, a
ocidentalização instaurou novas referências (...) destinadas a controlar os
distúrbios induzidos pela Conquista. (...) Como na Castela longínqua, as
cidades foram comandadas por poderosas municipalidades, nas cidades, os
cabildos. (...) A colonização foi acompanhada de uma política de uniformização
da língua e da lei. Da Flórida ao Chile, o castelhano foi o instrumento da
administração (...); o "direito castelhano nas índias", regia a vida
cotidiana, definia as relações do indivíduo com o estado, impunha a noção de
propriedade privada e legitimava o lucro."
(GRUZINSKI, S. "O Pensamento
Mestiço")
a) Destaque do texto dois
recursos utilizados pelos espanhóis para garantir a Conquista da América.
b) Além dos recursos indicados na
citação, existe outro, de ordem cultural, que não foi mencionado, mas pode ser
considerado fundamental no processo de Colonização. Cite e explique esse
recurso.
resposta:
a) De acordo com o texto, os recursos utilizados pelos espanhóis para garantir a Conquista da América foram o estabelecimento do comando nas
cidades através poderosas municipalidades, os
cabildos. A colonização foi acompanhada de uma política de uniformização
da língua e da lei.
b) A imposição da cristandade e valores europeus
contribuíram para subjugar os nativos que, por serem considerados inferiores e
“sem fé”, tiveram seus valores desprezados e alterados pelo conquistador.
24. (Fuvest) "Podemos dar
conta boa e certa que em quarenta anos, pela tirania e ações diabólicas dos
espanhóis, morreram injustamente mais de doze milhões de pessoas..." Bartolomé de Las Casas,
1474 - 1566.
"A espada, a cruz e a fome
iam dizimando a família selvagem."
Pablo Neruda, 1904 - 1973.
As duas frases lidas colocam como
causa da dizimação das populações indígenas a ação violenta dos espanhóis
durante a Conquista da América. Pesquisas históricas recentes apontam outra
causa, além da já indicada, que foi
a) a incapacidade das populações
indígenas em se adaptarem aos padrões culturais do colonizador.
b) o conflito entre populações indígenas
rivais, estimulado pelos colonizadores.
c) a passividade completa das
populações indígenas, decorrente de suas crenças religiosas.
d) a ausência de técnicas
agrícolas por parte das populações indígenas, diante de novos problemas
ambientais.
e) a série de doenças trazidas
pelos espanhóis (varíola, tifo e gripe), para as quais as populações indígenas
não possuíam anticorpos.
resposta:[E]
25. (Puc-sp) Os indígenas da
América
a) viviam pacificamente no
interior dos grandes impérios pré-colombianos (Inca, Maia e Asteca) até a
chegada dos europeus, que destruíram as comunidades indígenas e dizimaram
milhões de pessoas.
b) atravessaram conflitos em
todos os períodos conhecidos de sua história, das lutas contra a dominação dos
grandes impérios pré-colombianos à resistência frente aos europeus
conquistadores e aos estados independentes.
c) conseguiram autonomia política
após as independências nacionais, pois as repúblicas hispano-americanas
permitiram o retorno à vida comunitária, suprimiram os tributos e o trabalho
forçado.
d) mantiveram-se livres na área
de colonização portuguesa, mas foram escravizados nas regiões de colonização
espanhola e inglesa, tornando-se a principal mão-de-obra na agricultura e
mineração.
e) unificaram-se atualmente em
amplos movimentos de libertação que visam recuperar as formas de vida e de
trabalho do período pré-colombiano e restaurar a autonomia das antigas
comunidades.
resposta:[B]
26. (Ufg) Leia o texto.
Colombo fala dos homens que vê
unicamente porque estes, afinal, também fazem parte da paisagem. Suas menções
aos habitantes das ilhas aparecem sempre no meio de anotações sobre a Natureza,
em algum lugar entre os pássaros e as árvores.
(TODOROV, Tzvetan. "A
conquista da América: a questão do outro". São Paulo: Martins Fontes,
1993. p. 33.)
A passagem acima ressalta que a
atitude de Colombo decorre de seu olhar em relação ao outro. Essa posição,
expressa nas crônicas da Conquista, pode ser traduzida pela
a) interpretação positiva do
outro, associando-a à preservação da Natureza.
b) identificação com o outro,
possibilitando uma atitude de reconhecimento e inclusão.
c) universalização dos valores
ocidentais, hierarquizando as formas de relação com o outro.
d) compreensão do universo de
significações do outro, permitindo suas manifestações religiosas.
e) desnaturalização da cultura do
outro, valorizando seu código lingüístico.
resposta:[C]
27. (Uel) "A conquista
espanhola, em todas as regiões onde se viu coroada de êxito, conduziu a um
processo de crise geral das culturas submetidas. Em certas situações, como no
caso Arawak das Antilhas, levou ao completo desaparecimento físico da população
conquistada. Noutros casos, como no México ou no Peru, ainda que não tenha
eliminado totalmente a população indígena, provocou alterações e deformações
profundas na cultura e no modo de vida dos povos conquistados.
(VAINFAS, R. "Economia e
sociedade na América espanhola". Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 40.)
De acordo com o texto e com os
conhecimentos sobre o tema é correto afirmar:
a) A historiografia
hispano-americana explica que a baixa populacional indígena está diretamente
vinculada à prática do homicídio entre os nativos, quando estes perceberam que
seriam obrigados a adotar o cristianismo como religião única. A baixa
demográfica, desse modo, está relacionada a uma falta do conhecimento dos
preceitos da Fé Cristã, que condena o atentado contra a própria vida.
b) Vírus e bactérias até então
desconhecidos pelos nativos foram responsáveis pela baixa populacional indígena.
Sem imunidade para várias doenças como sarampo, gripe, asma, tuberculose e
sífilis, a população nativa adoecia morria rapidamente. A Coroa espanhola
procurou enviar médicos para as colônias mas, como as viagens por mar eram
muito demoradas, a população não conseguiu resistir.
c) A crise das culturas indígenas
americanas deu-se em função das diversas alterações empreendidas pelos europeus
nas colônias: instalação de uma economia mercantil que redefiniu o ritmo e a
intensidade do trabalho; modificação dos cultivos que fez com que mudasse a
dieta dos nativos; deslocamento de aldeias causando distúrbios ecológicos e
culturais; atitudes de autodestruição ao verem ruir seus costumes; epidemias e
falta de imunidade, entre outros.
d) As mulheres indígenas adotaram,
em massa, práticas abortivas, impedindo a perpetuação das diversas culturas
nativas e forçando os europeus a importarem da África a mão-de-obra escrava
necessária. A baixa demográfica, desse modo, pode ser explicada pela vinda de
africanos para a América e a intensa miscigenação iniciada nesse momento.
e) A superioridade armamentista
dos espanhóis foi responsável pela dizimação da maior parte da população
indígena, pois, ao depararem-se com armas superiores, os nativos não tinham
como se defender. Embora existisse o comércio informal de armas - contrabando -
os indígenas não conseguiam comprá-las e assim continuavam em desvantagem
utilizando arcos e flechas com pontas envenenadas.
resposta:[C]
28. (PITÁGORAS)
A violência marcou a dominação dos espanhóis sobre os
povos pré-colombianos.
http://www.alunosonline.com.br/historia/dominacaoespanhola/
EXPLIQUE quais foram os efeitos
da conquista espanhola na América entre os nativos, além do sofrimento causado
pelo uso da violência.
Resposta:
Os nativos foram inferiorizados
pelos conquistadores espanhóis, tiveram a sua rotina alterada, sua religião,
cultura e costumes foram alterados.
29. (UNESP 2010) (...) como
puder, direi algumas coisas das que vi, que, ainda que mal ditas, bem sei que
serão de tanta admiração que não se poderão crer, porque os que cá com nossos
próprios olhos as vemos não as podemos com o entendimento compreender.
(Hernán Cortés. Cartas de Relación de la
Conquista de Mexico, escritas de 1519 a 1526.)
O processo de conquista do México
por Cortés estendeu-se de 1519
a 1521.
A passagem acima manifesta a reação de Hernán Cortés
diante das maravilhas de Tenochtitlán, capital da Confederação Mexica. A reação
dos europeus face ao novo mundo teve, no entanto, muitos aspectos, compondo
admiração com estranhamento e repúdio. Tal fato decorre
a) do desinteresse dos
conquistadores pelas riquezas dos Astecas.
b) do desconhecimento pelos
europeus das línguas dos índios.
c) do encontro de padrões
culturais diferentes.
d) das semelhanças culturais
existentes entre os povos do mundo.
e) do espírito guerreiro e
aventureiro das nações europeias.
Resposta:[C]
Uma característica marcante do
processo de conquista e colonização da América foi o choque de diferentes
valores culturais entre nativos e europeus, como fica evidente nas palavras de
Cortez. A questão poderia ser respondida apenas por interpretação do enunciado.
30. (UNICAMP 2012) Durante a
conquista espanhola no México, iniciada em 1519 por Cortés, a superioridade
tecnológica dos europeus era amplamente compensada pela superioridade numérica
dos indígenas e muitos truques foram inventados para atrapalhar o deslocamento
dos cavalos: os indígenas acostumaram-se a cavar fossas profundas nas quais
espetavam paus em que as montarias eram empaladas. Mais tarde, em 1521, canoas
“encouraçadas” resistiriam às armas de fogo. A tática indígena evoluiu e
adaptou-se às práticas do adversário: os mexicas, contrariamente ao costume,
armaram ataques noturnos ou em terreno coberto. Por outro lado, se as epidemias
de varíola já estavam dizimando as tropas de México-Tenochtitlan, também não
poupavam os índios de Tlaxcala ou de Texcoco, que apoiavam os espanhóis.
(Adaptado de Carmen Bernand e
Serge Gruzinski, História do Novo Mundo. São Paulo: Edusp, 1997, p.
351.)
a) Identifique uma estratégia
utilizada por espanhóis e outra pelos indígenas durante as disputas pelo
domínio do México.
b) Explique por que houve
acentuada queda demográfica entre as populações indígenas nas primeiras décadas
após a conquista espanhola.
resposta:
a) Entre as estratégias adotadas
pelos espanhóis durante as disputas pelo domínio do México, é possível
identificar: uso de cavalos, armas de fogo, disseminação de epidemias e alianças
com povos nativos adversários dos mexicas.
Já os índios, de acordo com o
texto, além de superiores numericamente, desenvolveram armadilhas como fossas
profundas nas quais espetavam paus em que as montarias eram empaladas, canoas
“encouraçadas” resistentes às armas de fogo e ataques noturnos ou em terreno
coberto.
b) Esta acentuada queda
demográfica entre os nativos deveu-se ao massacre promovido pelos espanhóis
durante as guerras de conquista e à disseminação de doenças contra as quais os
índios não tinham resistência.
Cabe ressaltar que,
posteriormente, a mita e a encomenda — formas de trabalho compulsório adotadas
pelos colonizadores — também contribuíram para o extermínio de uma grande
parcela da população indígena
sou estudante de história. e estamos fazendo estudos sobre a hitoriografia da america latina, sobre tudo no quesito conquista das americas.!
ResponderExcluir“Nos tempos da fundação de São Paulo, os tupiniquins dominavam os campos de Piratininga e o Vale do Tietê. O planalto era povoado por várias aldeias tupis. Os índios desciam para o litoral na época do frio para pescar e foram os responsáveis pela criação de várias trilhas, a maioria usada pelos jesuítas e portugueses. Os tupis eram formados por diversos grupos indígenas, que, na sua maioria, viviam para a guerra. Tinham na sua força e coragem profundo orgulho.Entre as famílias tupis, predominavam na Ilha de São Vicente os tamoios, quando a expedição portuguesa chegou em 1532.
ResponderExcluirÉ importante ressaltar que o cacique Tibiriçá, chefe de uma parte da nação indígena estabelecida nos campos de Piratininga, com sede na aldeia de Inhampuambuçu, foi grande colaborador dos jesuítas e portugueses. Defendeu muitas vezes São Paulo de ataques de outras tribos e facilitou o trabalho de catequese. Seus restos mortais se encontram hoje depositados em uma cripta na Catedral da Sé.
Sobre os nativos da América é possível afirmar????
a existência de pouca diferença cultural entre os grupos facilitou a ação dos jesuítas e colonizadores;
salvo a região de São Paulo e do grande Amazonas a presença indígena era diminuta;
independente da multiplicidade cultural dos povos nativos da América as ações colonizadoras forma muito próximas: dizimação pela pólvora, doenças etc.;
os índios aliados dos colonizadores nada sofrem de prejuízo cultural, político e econômico;
o canibalismo predominante entre todos os povos impediu ações harmoniosas entre os nativos e os colonizadores, fator número um dos massacres dos últimos.
Nos dias de hoje como a lingua espanhola e utilizada
ResponderExcluirNos dias de hoje como a lingua espanhola e utilizada
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