Saiba mais sobre o Absolutismo e a sociedade de Corte
Roteiro de estudo:
O absolutismo e a sociedade de corte
1. (FGV) Sobre a formação do
absolutismo na França, é incorreto afirmar que:
a) seus antecedentes situam-se,
também, nos reinados de Filipe Augusto, Luís IX e Filipe IV, entre os séculos
XII e XIV.
b) fez-se necessária nesse
processo a centralização dos exércitos, dos impostos, da justiça e das questões
eclesiásticas;
c) a abolição da soberania dos
nobres feudais não teve um importante papel nesse contexto;
d) a Guerra dos Cem Anos foi
fundamental nesse processo;
e) durante esse processo a
aliança com a burguesia fez-se necessária para conter e controlar a resistência
de nobres feudais.
resposta:[C]
2. (Uel) Sobre o absolutismo
monárquico desenvolvido na França no Século XVI é correto dizer que
a) conseguiu que o povo, através
do voto garantisse a concentração de todo o poder nas mãos do rei.
b) constituiu-se a partir dos
senhores feudais, que haviam sempre jurado fidelidade ao rei.
c) recebeu da Igreja Católica uma
veemente oposição.
d) dependeu basicamente da
convergência parcial dos objetivos da realeza com os interesses da burguesia.
e) impediu o desenvolvimento
comercial dos países onde os reis tinham poderes ilimitados.
resposta:[D]
3. (Unirio) O Absolutismo
monárquico manifestou-se de formas variadas, entre os séculos XVI e XVIII na
Europa, através de um conjunto de práticas e doutrinas político-econômicas que
fundamentavam a atuação do Estado Nacional Absoluto. Dentre essas práticas e
doutrinas, identificamos corretamente a:
a) condenação da doutrina
política medieval que justificava a autoridade monárquica absoluta através do
Direito Divino dos Reis
b) concentração dos poderes de
governo e da autoridade política na pessoa do Rei identificado com o Estado
c) promoção política das
burguesias nacionais, principais empreendedores mercantis da expansão econômica
e geográfica do Estado Moderno Absoluto
d) adoção de práticas
capitalistas e liberais como fundamento da organização econômica dos Impérios
coloniais controlados pelas Monarquias européias
e) rejeição dos princípios
mercantilistas: dirigismo econômico e protecionismo alfandegário.
resposta:[B]
4. (Uece) "A superioridade
das Monarquias sobre os senhores feudais acentuou-se: os castelos feudais
deixaram de ser invulneráveis com o desenvolvimento da artilharia; a criação de
exércitos profissionais, convertidos em poderosos sustentáculos das monarquias,
libertaram-nas da até então imprescindível ajuda da nobreza feudal, cuja
principal instituição militar - a cavalaria - tornou-se inútil diante da
infantaria com arcabuzes e mosquetes."
(AQUINO, Rubim Leão et alli. HISTÓRIA
DAS SOCIEDADES. DAS SOCIEDADES MODERNAS ÀS SOCIEDADES ATUAIS. 2 ed. Rio de
Janeiro: Ao Livro Técnico, 1983. p. 24.)
O estabelecimento das monarquias
absolutas, como enfatiza o texto citado, deu-se em conformidade com uma centralização
política cada vez mais acentuada. Com relação a esta centralização política,
assinale a alternativa certa.
a) a concentração de poderes nas
mãos dos Reis não significou prejuízo político ou econômico para os senhores
feudais.
b) acordos entre setores
burgueses e aristocráticos levaram ao Absolutismo monárquico, cujo objetivo
maior era reprimir as sublevações de servos e camponeses pobres.
c) financiados pelos burgueses e
idolatrados pelos nobres, os Reis europeus exerciam um poder absoluto,
especialmente depois da Revolução Francesa.
d) a concentração de poderes nas
mãos dos Reis, em prejuízo dos senhores feudais, levou à instituição do
Absolutismo monárquico.
resposta:[D]
5. (Unesp) O início da Época
Moderna está ligado a um processo geral de transformações humanística,
artística, cultural e política. A concentração do poder promoveu um tipo de
Estado. Para alguns pensadores da época, que procuraram fundamentar o
Absolutismo:
a) a função do Estado é agir de
acordo com a vontade da maioria.
b) a História se explica pelo
valor da raça de um povo.
c) a fidelidade ao poder absoluto
reside na separação dos três poderes.
d) o rei reina por vontade de
Deus, sendo assim considerado o seu representante na Terra.
e) a soberania máxima reside no
próprio povo.
resposta:[D]
6. (Puccamp) Dentre as
instituições políticas do Estado Moderno, aquela que mais o caracteriza é o:
a) absolutismo monárquico, nova
forma política assumida cujos fundamentos estavam expressos na SUMA TEOLÓGICA
de Tomás de Aquino.
b) mercantilismo que serviam para
justificar o enriquecimento da Igreja Católica, mas não traduziam os interesses
do monarca absolutista.
c) absolutismo monárquico que
intervinha na vida econômica.
d) liberalismo praticado pelos
Príncipes, mas limitado pela tradição e pelo equilíbrio entre as classes
sociais.
e) absolutismo monárquico que
punha em prática uma política econômica de características não
intervencionistas, quase liberais - a política mercantilista.
resposta:[C]
7. (UFPI) A respeito do Estado
Absolutista é correto afirmar:
a) o poder concentrava-se nas
mãos do rei por ter este conseguido afastar a influência da nobreza.
b) Era caracterizado pela
concentração do poder político nas mãos do rei e pela legitimação divina desse
poder.
c) O poder do rei no Estado
absolutista, além de carecer de justificação, era criticado por pensadores como
Maquiavel e Hobbes.
d) Na economia, o Absolutismo
correspondeu ao período de transição do capitalismo para o feudalismo.
e) No plano político, a formação
do Absolutismo correspondeu a uma necessidade de centralização do poder para
adequar-se ao surgimento da nobreza.
resposta:[B]
8. (Unicamp) O grande teórico do
absolutismo monárquico, o bispo Jacques Bossuet, afirmou: "Todo poder vem
de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus
representantes na terra. Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada e
que atacá-lo é sacrilégio. O poder real é absoluto. O príncipe não precisa dar
contas de seus atos a ninguém."
(Citado em "Coletânea de
Documentos Históricos para o 1° grau." São Paulo, SE/CENP, 1978, p. 79.).
a) Aponte duas características do
absolutismo monárquico.
b) Em que período o regime
político descrito no texto esteve em vigor?
c) Cite duas características dos
governos democráticos atuais que sejam diferentes das mencionadas no texto.
resposta:
a) Concentração de todos os
poderes nas mãos do rei ( o poder de legislar, de executar e de julgar);
equilíbrio do rei entre nobreza ( a quem garante privilégios políticos) e
burguesia ( a qual garante privilégios econômicos); prática da política
econômica mercantilista; justificativa do absolutismo pela Teoria do Direito
Divino.
b) Idade Moderna, entre os
séculos XVI e XVIII.
Obs.: Portugal e Espanha já
apresentam o absolutismo monárquico em fins, respectivamente, dos séculos XIV e
XV. Por outro lado, em muitas monarquias européias, o absolutismo prolongou-se
até o século XIX e, na Rússia, até o início do século XX.
c) O poder emana do povo, e não
"de Deus"; os governantes são representantes dos cidadãos e agem em
nome destes, e não como "ministros de Deus e seus representantes na
Terra"; os governantes são responsáveis por seus atos, e não "pessoas
sagradas"; deve haver tripartição de poderes, e não "poder real
absoluto"; o governante deve prestar contas de seus atos, e não deixar de
fazê-lo.
9. (Faap) Principalmente a partir
do século XVI vários autores passam a desenvolver teorias, justificando o poder
real. São os legistas que, através de doutrinas leigas ou religiosas, tentam
legalizar o Absolutismo. Um deles é Maquiavel: afirma que a obrigação suprema
do governante é manter o poder e a segurança do país que governa. Para isso
deve usar de todos os meios disponíveis pois que "os fins justificam os
meios." Professou suas idéias na famosa obra:
a) "Leviatã"
b) "Do Direito da Paz e da
Guerra"
c) "República"
d) "O Príncipe"
e) "Política Segundo as
Sagradas Escrituras"
resposta:[D]
10. (Fuvest) "É praticamente
impossível treinar todos os súditos de um [Estado] nas artes da guerra e ao
mesmo tempo mantê-los obedientes às leis e aos magistrados."
(Jean Bodin, teórico do
absolutismo, em 1578).
Essa afirmação revela que a razão
principal de as monarquias européias recorrerem ao recrutamento de mercenários
estrangeiros, em grande escala, devia-se à necessidade de:
a) conseguir mais soldados
provenientes da burguesia, a classe que apoiava o rei.
b) completar as fileiras dos
exércitos com soldados profissionais mais eficientes.
c) desarmar a nobreza e impedir
que esta liderasse as demais classes contra o rei.
d) manter desarmados camponeses e
trabalhadores urbanos e evitar revoltas.
e) desarmar a burguesia e
controlar a luta de classes entre esta e a nobreza.
resposta:[D]
11. (UFPR) Jacques Bossuet
utilizou argumentos extraídos da Bíblia para justificar o poder absoluto e de
direito divino da realeza, com o lema: "Um rei, uma lei, uma fé". São
características do absolutismo na França:
(01) A concentração dos
mecanismos de governo nas mãos do rei.
(02) A identificação entre Nação
e Coroa.
(04) A influência do racionalismo
iluminista como justificativa do poder absoluto e do "direito
divino".
(08) A criação de exército
nacional permanente.
(16) A ampla liberdade de
expressão e de fé. soma = ( )
resposta: 01 + 02 + 08 = 11
12. (Puc) O fim último, causa
final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio
sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os
vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida
mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela miséria condição de
guerra que é a conseqüência necessária (conforme se mostrou) das paixões
naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em
respeito, forçando-os por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao
respeito àquelas leis de natureza (...)
(Hobbes, T. "Das causas,
geração e definição de um Estado". In: Leviatã. São Paulo: Abril Cultural,
2. ed.,1979, p. 103.)
Considerando o fragmento
anterior, podemos dizer que Thomas Hobbes, pensador inglês do séc.XVII, defende
a noção de que
a) apenas um Estado democrático,
surgido de um ato de liberdade dos cidadãos, teria legitimidade para criar leis
e zelar pela segurança e demais necessidades sociais.
b) certos indivíduos, extraordinariamente,
quando apaixonados, amam dominar os outros e é preciso forçá-los, através do
castigo, a manter o respeito; essa seria a função do Estado.
c) o Estado resulta do desejo dos
indivíduos de garantir a propriedade privada, para deixar de ter uma condição
mísera e participar ativamente do pacto social.
d) o homem é naturalmente bom,
mas a vida social o corrompe, fazendo com que passe a querer dominar a
liberdade dos outros; o nascimento do Estado é diretamente responsável por essa
corrupção.
e) os homens são naturalmente
inaptos para a vida social, a menos que constituam uma autoridade à qual
entreguem sua liberdade em troca de segurança.
resposta:[E]
13. (Cesgranrio) "...o
príncipe, que trabalha para o seu Estado, trabalha para os seus filhos, e o amor
que tem pelo seu reino, confundindo com o que tem pela sua família,
torna-se-lhe natural... O rei vê de mais longe e de mais alto; deve
acreditar-se que ele vê melhor..."
(Jacques de Bossuet. POLÍTICA
TIRADA DA SAGRADA ESCRITURA. Livro II, 10 proposição e Livro VI, artigo 1.o)
O trecho anterior se refere ao
Absolutismo monárquico, que se constituiu no próprio modelo dos regimes
políticos dos Estados europeus do Antigo Regime. Apresentou variáveis locais
conforme se expandia na Europa, entre os séculos XVI e XVIII. Entretanto,
podemos identificar no Absolutismo monárquico características comuns que o
distinguiam, dentre as quais destacamos corretamente a:
a) unificação de diversas
atribuições de Estado e de governo na figura dos monarcas, tais como a prerrogativa
de legislar e a administração da justiça real.
b) substituição de um tipo de
administração baseada na distribuição de privilégios e concessões régias por
uma organização burocrática profissional que atuava em atividades desvinculadas
do Estado.
c) implementação de práticas
econômicas liberais como forma de consolidar a aliança política e econômica dos
reis absolutos com as burguesias nacionais.
d) submissão política dos
governos reais absolutistas à hierarquia eclesiástica, conforme definido pela doutrina
do Direito Divino dos Reis.
e) definição da autoridade dos
monarcas absolutos e seus limites de poder, através da atuação dos parlamentos
nacionais constitucionalistas, controlados por segmentos burgueses.
resposta:[A]
14. (Puc-pr) Um dos teóricos
defensores do Absolutismo real escreveu: "...Já o disse, sois deuses, isto
é, tendes em vossa autoridade, trazeis em vossa fronte, um caráter divino...
Entretanto, ó deuses de carne e sangue, ó deuses de lodo e pó, morreis como
homens... A grandeza separa os homens por breve tempo; uma queda comum, no fim,
a todos iguala...". O texto acima consta da obra:
a) "Sobre o Direito da
Guerra e da Paz", de Hugo Grotius.
b) "Os Seis Livros da
República", de Jean Bodin.
c) "O Príncipe", de
Nicolau Maquiavel.
d) "O Leviatã", de
Thomas Hobbes.
e) "Política Resultante da
Sagrada Escritura", de Jacques Bossuet.
resposta:[E]
15. (UFPE) As teorias de
Maquiavel e Hobbes foram fundamentais para o estabelecimento do absolutismo, a
consolidação do Estado Moderno e para mudanças nas relações políticas da
Europa. Entre as idéias básicas de Hobbes, podemos destacar:
a) a necessidade de educar o ser
humano, para que ele retomasse sua boa relação com a natureza e transformasse a
vida social da sua época.
b) a crença na capacidade de se
estabelecer relações harmoniosas entre os povos, desenvolvendo-se o comércio e
os negócios públicos.
c) a crítica feita ao
Cristianismo e sua insistência em derrotar o poderio da Igreja e das religiões,
que, segundo ele, eram as únicas responsáveis pela hipocrisia social.
d) a preocupação com a
centralização do poder político, fundamental para a posterior consolidação do
Estado Moderno.
e) a preocupação com a política,
que não impediu a produção de obras literárias importantes para sua época dentro
de uma perspectiva artística.
resposta:[D]
16. (Ufpel) "Daqui nasce um
dilema: é melhor ser amado do que temido, ou o inverso? Respondo que seria
preferível ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me
muito mais seguro ser temido do que amado, se só se puder ser uma delas. [...]
Os homens hesitam menos em prejudicar um homem que se torna amado do que outro
que se torna temido, pois o amor mantém-se por um laço de obrigações que, em
virtude de os homens serem maus, quebra-se quando surge ocasião de melhor
proveito. Mas o medo mantém-se por um temor do castigo que nunca nos abandona.
Contudo, o príncipe deve-se fazer temer de tal modo que, se não conseguir a
amizade, possa pelo menos fugir à inimizade, visto haver a possibilidade de ser
temido e não ser odiado, ao mesmo tempo."
MAQUIAVEL, Nicolau (1469-1527).
"O Príncipe". Lisboa: Europa-América, 1976. O documento embasa
a) a organização de uma sociedade
liberal, precursora dos ideais da Revolução Francesa.
b) o direito divino dos reis,
reforçando as estruturas políticas e religiosas medievais.
c) o absolutismo monárquico, sob
a ótica de um escritor renascentista.
d) a origem do Estado Moderno,
através do Contrato Social.
e) o republicanismo como regime
político, apropriado para os Estados Modernos.
resposta:[C]
17. (Uflavras) Apresentamos,
abaixo, três obras representativas do absolutismo (coluna 1) e as principais
idéias nelas contidas (coluna 2). Numere a coluna 2 de acordo com a coluna 1 e
identifique a alternativa que apresenta a seqüência CORRETA:
COLUNA 1
1. O Príncipe (1513-16)
2. Leviatã (1651)
3. A República (1576)
COLUNA 2
( ) Defende a soberania do Estado
e o caráter divino do monarca, não havendo limites à autoridade do mesmo.
( ) Afirma haver a necessidade de
um Estado nacional forte, independente da Igreja e encarnado na figura do chefe
de governo.
( ) Justifica o surgimento do
Estado enquanto um contrato social. Sem a existência do Estado, a humanidade
viveria em permanente situação de guerra.
a) 2, 1, 3
b) 1, 3, 2
c) 3, 2, 1
d) 3, 1, 2
e) 1, 2, 3
resposta:[D]
18. (Unaerp) A política externa
de Luís XIV, o Rei Sol, teve como principal característica:
a) A ruína da economia francesa
em decorrência das sucessivas guerras que a França travou contra outros países
para preservar sua supremacia na Europa, juntamente com os gastos vultosos para
manutenção da corte.
b) A consolidação do absolutismo
monárquico através da redução dos poderes da alta burguesia.
c) Concentração da autoridade
política na pessoa do rei.
d) Por ter reduzido seus
ministros à condição de meros funcionários, passar a fiscalizar, pessoalmente,
todos os negócios do Estado.
e) A auto-suficiência do país com
a regulamentação da produção, a criação de manufaturas do Estado e o incremento
do comércio exterior.
resposta:[A]
19. (Uel) "Tudo na França no
século XVII é angústia: a de Pascal, siderado pelo silêncio dos espaços
infinitos, a de Racine, situando o homem entre um universo mudo e um Deus
oculto, e o riso de Moliere, que fez toda França compreender a farsa que lhe
impunha o absolutismo, ao fazê-lo crer que vivia uns novos tempos, quando na
verdade, não se libertara da herança feudal."
O texto refere-se a um período
que ficou conhecido, na história da França, como
a) "O Século das Luzes."
b) "O Século de Luís
XIV."
c) "A fase do
Renascimento."
d) "O período da
Restauração."
e) "A época de Felipe, O
Belo."
resposta:[B]
20. (UFRS) O maior representante
do absolutismo francês, autor da frase "O Estado sou eu", foi
a) Henrique VIII.
b) Felipe II.
c) Carlos V.
d) Luís XIV.
e) Jaime I.
resposta:[D]
21. (UFBA) Na questão adiante
julgue os itens numerados de I a V e assinale a alternativa correta utilizando
a chave de respostas a seguir:
"A imagem do rei-sol , como
era chamado Luís XIV, que reinou até sua morte, em 1715, se construiu sobre a
pintura, a gravura, a escultura, a arquitetura, a música e a palavra escrita ou
oral."
(ONOFRE, p. 74)
Associando seus conhecimentos
sobre absolutismo monárquica ao texto anterior, pode-se afirmar:
I - A construção da imagem
pública do rei absolutista evidencia uma defasagem entre teoria e prática do
absolutismo.
II - A utilização da arte como
veículo de propaganda política indica o interesse do monarca absolutista em
promover o desenvolvimento cultural das camadas populares. III - A preocupação
com a difusão de uma imagem positiva perante a sociedade caracteriza o
"rei-sol" como o precursor do despotismo esclarecido.
IV - Os monarcas absolutos, assim
como os políticos atuais, também buscavam, na construção de uma imagem pública,
formas para legitimar o exercício do poder.
V - O apoio da nobreza, classe
politicamente privilegiada durante o Antigo Regime, era fundamental para a
governabilidade do Estado, já que, na prática, ninguém governa sem o apoio das
camadas mais fortes da população.
a) II e III são corretas.
b) I, II e V são corretas.
c) I, IV e V são corretas.
d) II, III, IV e V são corretas.
e) Todas as afirmativas são
corretas.
resposta: [C]
22. (Cesgranrio) A frase de Luiz
XIV, "L Etat c est moi" (O Estado sou eu), como definição da natureza
do absolutismo monárquico, significava:
a) a unidade do poder estatal,
civil e religioso, com a criação de uma Igreja Francesa (nacional);
b) a superioridade do príncipe em
relação a todas as classes sociais, reduzindo a um lugar humilde a burguesia
enriquecida;
c) a submissão da nobreza feudal
pela eliminação de todos os seus privilégios fiscais;
d) a centralização do poder real
e absoluto do monarca na sua pessoa, sem quaisquer limites institucionais
reconhecidos;
e) o desejo régio de garantir ao
Estado um papel de juiz imparcial no conflito entre a aristocracia e o
campesinato.
resposta:[D]
23. (UFU) Com o objetivo de
aumentar o poder do Estado diante dos outros Estados, [o Mercantilismo] encorajava
a exportação de mercadorias, ao mesmo tempo em que proibia exportações de ouro
e prata e de moeda, na crença de que existia uma quantidade fixa de comércio e
riqueza no Mundo.
ANDERSON, Perry. "Linhagens
do Estado Absolutista", São Paulo Brasiliense, 1998. p. 35.
O trecho acima refere-se aos
princípios básicos da doutrina mercantilista, que caracteriza a política
econômica dos Estados modernos dos séculos XVI, XVII e XVIII. Com base nessa
doutrina, marque a alternativa correta.
a) A doutrina mercantilista
pregava que o Estado deveria se concentrar no fortalecimento das atividades
produtivas manufatureiras, não se envolvendo em guerras e em disputas
territoriais contra outros Estados.
b) Uma das características do
mercantilismo é a competição entre os Estados por mercados consumidores, cada
qual visando fortalecer as atividades de seus comerciantes, aumentando,
conseqüentemente, a arrecadação de impostos.
c) Os teóricos do mercantilismo
acreditavam na possibilidade de conquistar mercados por meio da livre
concorrência, de modo que era essencial desenvolver produtos competitivos,
tanto no que diz respeito ao preço como em relação à qualidade.
d) A conquista de áreas coloniais
na América é a base de qualquer política mercantilista. Tanto que o ouro e a
prata, de lá provenientes, possibilitaram ao Estado espanhol figurar como o
mais poderoso da Europa após a Guerra dos Trinta Anos.
resposta:[B]
24. (Fei) A famosa frase
atribuída a Luis XIV: "O Estado sou eu", define:
a) o absolutismo;
b) o iluminismo,
c) o liberalismo;
d) o patriotismo do rei;
e) a igualdade democrática.
resposta:[A]
25. (Cesgranrio) Assinale a opção
que NÃO caracteriza o absolutismo de Luís XIV na França no século XVII:
a) A associação do Estado à
pessoa do rei expressa na frase "L Etat c est moi", a prática do
governo ligada à produção de decretos, o fortalecimento da administração com a
criação dos intendentes reais para as províncias e dos magistrados reais para
as cidades.
b) O fortalecimento do poder do
Estado através da constituição de símbolos concretos de autoridade, como
Palácio de Versailles, a ênfase na cultura com o patrocínio estatal das artes e
da literatura e o desenvolvimento de uma política econômica mercantilista
dirigida por Colbert.
c) A constituição de um sistema
nacional de impostos, a organização permanente do exército e a unificação do
direito através de sua codificação reproduzindo a dinâmica da obediência ao rei
e a Deus.
d) A constituição de uma economia
baseada no livre desenvolvimento da produção, a permanente organização da
burocracia real comandada pelos nobres e estruturada em critérios de
competência e eficácia, a representação divina do poder através da associação
entre rei e Deus.
e) A eliminação da figura do 1.o
Ministro e a constituição da dominação política através de um reforço acentuado
dos vínculos pessoais de obediência do clero e da nobreza com a
institucionalização de uma sociedade de corte baseada no poder pessoal do rei.
resposta:[D]
26. (UFRJ) "A monarquia
absolutista, com uma longa gestação no espírito da realeza, tornou-se a
realidade dominante em França apenas durante o reinado de Luís XIV (1643-1715).
A Fronda de 1648-1653 representou a última vez que seções da nobreza
territorial pegaram em armas contra a realeza centralizadora."
SKOCPOL Theda. "Estados
e Revoluções Sociais". Lisboa, Editorial Presença, 1985. p. 62.
O Antigo Regime estendeu-se em
França até a Revolução Francesa de 1789. Um dos impedimentos à consolidação do
poder monárquico era justificado pela tenaz resistência da nobreza. Uma vez
dominada a nobreza, consolidava-se a monarquia absoluta.
a) Cite duas características do
Absolutismo.
b) Estabeleça uma relação entre o
reinado de Luís XIV e o Absolutismo.
resposta:
a) Intervenção do Estado na
economia, mercantilismo, sociedade rigidamente dividida, concentração do poder
político nas mãos do rei.
b) Luis XIV, o rei sol, foi o
principal representante do absolutismo, personificou o poder político ao
eternizar a expressão “o Estado sou Eu”, empreendeu uma agressiva política
militarista com o objetivo de transformar a França na principal potência da
Europa e construiu o Palácio de Versalhes, nos arredores de Paris, onde hospedou a corte francesa.
27. (UFRS) Conflito complexo, com
motivações que percorreram o campo do religioso, do político e do econômico, a
Guerra dos Trinta Anos, travada entre 1618 e 1648, começou na Boêmia e logo se
estendeu pelo continente europeu. Os resultados finais da contenda foram
fundamentais para a redefinição geopolítica da Europa. Entre estes, é correto
citar
a) o fracasso das ambições dos
Habsburgos e o fortalecimento político da França e da Suécia.
b) o fim da hegemonia da Rússia
na Europa Central e o colapso da política expansionista prussiana.
c) a vitória espanhola, com o
crescimento do seu império para as terras centrais da Europa.
d) a conquista das margens do mar
Báltico pela Dinamarca, garantindo o controle sobre o comércio marítimo da
região.
e) a consolidação do poder
hegemônico da Inglaterra sobre o continente e a livre extensão dos mercados a
seus produtos.
resposta:[A]
28. (Ufscar) Sobre a "Guerra
dos Trinta Anos" (1618-1648), é correto afirmar que
a) foi um conflito entre
católicos e protestantes dentro do Sacro Império Germânico.
b) Espanha e Portugal se aliaram
para combater o protestantismo holandês.
c) Portugal negociou tratados de
abastecimento de alimentos com a Inglaterra, para sobreviver aos ataques
holandeses.
d) Portugal expandiu sua
conquista na Ásia, pelo fato de o continente estar fora dos interesses dos
negociantes flamengos.
e) o Brasil permaneceu sob o
controle português, garantindo os lucros açucareiros para a Coroa lusa.
resposta:[A]
29. (UFRS) Observe a figura a
seguir, que representa a construção da imagem do Rei-Sol.
Luís XIV assumiu o poder
monárquico francês em 1661 e, em pouco tempo, impôs à França e à Europa a
imagem pública de um Rei-Sol todo poderoso. Toda uma máquina de propaganda foi
colocada a serviço do rei francês. Escritores, historiadores, escultores e
pintores foram convocados ao exercício da sua glorificação. O mito de Luís XIV
foi criado em meio a mudanças socioeconômicas e políticas na França do século
XVII. A esse respeito, considere as seguintes afirmações.
I - Luís XIV, rei por direito
divino, suscitou a admiração de seus pares europeus, Versalhes foi copiada por
toda a Europa, o francês consolidou-se como língua falada pela elite européia.
Porém, sombras viriam a ofuscar o Rei-Sol, visto que a oposição exilada começou
a denunciar a autocracia do monarca francês.
II - Para restabelecer a paz no
reino, após a rebelião da Fronda e a Guerra dos Trinta Anos, e dedicar-se à
consolidação da cultura francesa como universal, Luís XIV devolveu o poder das
províncias às grandes famílias aristocráticas.
III - A fim de criar uma imagem
pública positiva e democrática, Luís XIV organizou a partilha do poder de
Estado com o Parlamento e com o Judiciário, dando início à divisão dos três
poderes, cara a Montesquieu e fundamental para os novos rumos da política
européia.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.
resposta:[A]
30. (FGV) A chamada Guerra dos
Trinta Anos (1618-1648) foi considerada como a última grande guerra de religião
da Época Moderna. A seu respeito é correto afirmar:
a) O conflito levou ao
enfraquecimento do império Habsburgo e ao estabelecimento de uma nova situação
internacional com o fortalecimento do reino francês.
b) O conflito iniciou-se com a
proclamação da independência das Províncias Unidas, que se separavam, assim,
dos domínios do império Habsburgo.
c) O conflito marcou a vitória
definitiva dos huguenotes sobre os católicos na França, apoiados pelo monarca
Henrique de Bourbon, desde o final do século XVI.
d) O conflito estimulou a reação dos
Estados Ibéricos que, em aliança com o papado, desencadearam a chamada
Contra-Reforma Católica.
e) O conflito caracterizou-se
pelas intervenções inglesas no continente europeu, através de tropas formadas
por grupos populares enviadas por Oliver Cromwell.
resposta:[A]
31. (Mackenzie) Sobre as Guerras
de Religião ocorridas na França durante o século XVI, é correto afirmar que:
a) decretaram o fim da Dinastia
dos Bourbons, através do Edito de Nantes, proclamado na "Noite de São
Bartolomeu".
b) aceleraram o processo de
consolidação do Estado Absolutista, permitindo a chegada ao poder de reis
protestantes aliados à burguesia mercantil católica.
c) motivaram a aliança do Partido
Huguenote com a Rainha Catarina de Médicis, provocando, na célebre "Noite
de São Bartolomeu", o massacre dos membros da Santa Liga aliada da nobreza
calvinista.
d) expressaram o confronto
político-religioso entre a nobreza católica, liderada pelos Guises e os
Huguenotes ligados aos Bourbons, ocasionando crises no processo de consolidação
do absolutismo.
e) provocaram o confronto entre
os Huguenotes, membros do Partido Papista e os Calvinistas integrantes da Santa
Liga, fortalecendo o absolutismo.
resposta:[D]
32. (UFRS) Pelo Edito de Nantes,
em 1598, Henrique IV da França
a) reprimiu violentamente os
protestantes em Paris, no acontecimento conhecido como "A Noite de São
Bartolomeu".
b) instituiu a cobrança de
impostos territoriais somente para os protestantes franceses.
c) estabeleceu a igualdade
política entre os diferentes credos.
d) diminuiu o poder dos católicos
franceses, assegurando a supremacia política aos huguenotes.
e) concentrou todo o poder nas
suas mãos, implantando o absolutismo na França.
resposta:[C]
33. (Puc-pr) As Guerras Civis
Religiosas do século XVI na França favoreceram o fortalecimento do poder
absoluto dos monarcas da dinastia Bourbon, que reinaram do século XVI ao XVIII
e parte do XIX. Assinale a única alternativa errada no que se refere ao
absolutismo real na França:
a) Luís XIII, filho de Henrique
IV e Maria de Médicis, teve longo reinado, sendo muito ajudado pela hábil
política do Cardeal Richelieu.
b) Luís XIV marcou o auge do
absolutismo real, mandou construir o suntuoso Palácio de Versalhes e continuou,
através de Colbert, a aplicar o mercantilismo no plano econômico.
c) Na Guerra dos Sete Anos
(1756-1763), sob o rei Luís XV, a França vitoriosa tomou aos ingleses partes da
Índia e, na América, a enorme região da Louisiana.
d) Na Guerra de Sucessão da
Espanha (1701-1713), França e Espanha lutaram contra uma coligação européia. Os
tratados de Utrecht e Rastadt definiram a paz. A França perdeu para a
Inglaterra a Terra Nova e Acádia e a Espanha perdeu Gibraltar, ainda em poder
daquela potência insular.
e) Henrique IV fundou a dinastia
de Bourbon e pacificou a França, tendo os protestantes (huguenotes) alcançado
liberdade de culto e o domínio sobre várias cidades fortificadas, nos termos do
Edito de Nantes (1598).
resposta:[C]
34. (Mackenzie) "...herdara
uma nação dividida pelos conflitos religiosos, sociais (Frondas) e externos
(Guerra dos Trinta Anos). Seu reinado submeteu a nobreza, recolhendo-a ao seu
grandioso Palácio, onde se desenvolveram paralelamente o Barroco e o
Classicismo..." (Cláudio Vicentino - adaptado) O fragmento de texto
relaciona-se:
a) ao despotismo esclarecido da
Czarina Catarina, a Grande da Rússia.
b) ao absolutismo monárquico do
rei francês Luís XIV.
c) ao Imperialismo de Napoleão
Bonaparte.
d) à monarquia feudal francesa do
rei Felipe, o Belo.
e) à Inglaterra, durante a
reforma religiosa do rei Henrique VIII.
resposta:[B]
35. (FGV) Os Tratados de
Westfália (Münster e Osnabruch), que puseram fim à Guerra dos Trinta Anos
(1618-1648), tiveram ampla repercussão, tendo em vista que
a) consagraram os princípios de
uma ideologia católica, absolutista e autoritária, que foram impostos pela
França.
b) romperam com o estatuto que
definia a estabilidade política e religiosa das nações européias.
c) atraíram a participação da
Inglaterra para a solução dos problemas continentais advindos da evolução
econômica.
d) acabaram com a política de
hegemonia dos Habsburgos e impediram, provisoriamente, a idéia de uma unidade
imperial da Europa.
e) permitiram à Espanha, então
governada por Filipe IV, obter bases marítimas nos Países Baixos e nas Províncias
Unidas.
resposta:[D]
36. (UFMG) Leia o texto.
"Por enquanto, ainda el-rei
está a preparar-se para a noite. Despiram-no os camaristas, vestiram-no com o
trajo da função e do estilo, passadas as roupas de mão em mão tão
reverentemente como relíquias santas, e isto se passa na presença de outros
criados e pagens, este que abre o gavetão, aquele que afasta a cortina, um que
levanta a luz, outro que lhe modera o brilho, dois que não se movem, dois que
imitam estes, mais uns tantos que não se sabe o que fazem nem porque estão.
Enfim, de tanto se esforçarem todos ficou preparado el-rei, um dos fidalgos
retifica a prega final, outro ajusta o cabeção bordado."
(SARAMAGO, José.
MEMORIAL DO CONVENTO.)
Nesse texto Saramago descreve o
cotidiano na corte no período de consolidação do Estado Moderno. Todas as
alternativas referem-se ao Absolutismo Monárquico, EXCETO:
a) A classe dominante, durante
toda a época moderna, não era mais a mesma do período feudal tanto política
quanto economicamente.
b) A história do Absolutismo
Monárquico é a história da lenta reconversão da nobreza a um papel parasitário,
o que lhe permitiu regalias.
c) A nobreza passou por profundas
transformações no período monárquico de centralização, mas nunca foi desalojada
do poder político.
d) O Absolutismo era um rearranjo
do aparelho de dominação, destinado a sujeitar as massas camponesas, que
sublevadas questionavam o papel tradicional da nobreza.
e) O Estado Absolutista era uma
nova carapaça política de uma nobreza atemorizada, que passou a ocupar um lugar
junto ao Rei, se tornando cortesã.
resposta:[C]
37. (Cesgranrio) A política
econômica do Estado Absolutista, o Mercantilismo, reuniu práticas e doutrinas
que, em suas diversas modalidades entre os séculos XVI e XVIII, caracterizou-se
por um (a):
a) liberalismo econômico como
forma de manutenção da aliança política do Rei com os segmentos burgueses.
b) protecionismo alfandegário
através de proibições das exportações que visava ao equilíbrio da balança
comercial do Estado.
c) intervencionismo estatal nas
atividades comerciais lucrativas que proibiu a concessão de monopólios a grupos
privados.
d) expansão do poderio naval como
garantia das comunicações marítimas entre as metrópoles e seus impérios
coloniais.
e) restrição dos privilégios senhoriais
relacionados à participação da nobreza no comércio ultramarino e nas companhias
comerciais do Estado, tais como a Companhia das Índias Orientais e das Índias
Ocidentais.
resposta:[D]
38. (Fuvest) A política econômica
do Estado Moderno Absolutista, conhecida por Mercantilismo, atingiu seu pleno
apogeu no século XVII. Aponte e explique duas de suas características.
resposta:
Protecionismo
alfandegário e o monopólio comercial.
O protecionismo limitava as
importações e estimulava a produção interna para exportações. Já o monopólio
fornecia produtos a baixo preço e mantinha um mercado para absorver a produção
metropolitana, propiciando elevada lucratividade, que favorecia a balança
comercial real.
39. (Unesp) "A monarquia
absoluta foi uma forma de monarquia feudal diferente da monarquia dos Estados
medievais que a precedeu; mas a classe dominante permaneceu a mesma, tal como
uma república, uma monarquia constitucional e uma ditadura fascista podem ser
todas [elas] formas de dominação burguesa."
(Christopher Hill,"Um comentário",
citado por Perry Anderson em LINHAGENS DO ESTADO ABSOLUTISTA.)
O texto apoia a seguinte
afirmação:
a) os Estados medievais
precederam a monarquia.
b) a expressão "monarquia
feudal" não é aplicável aos Estados medievais.
c) os Estados medievais podem ser
considerados Estados de transição.
d) o absolutismo foi uma forma de
dominação feudal.
e) o absolutismo foi
politicamente neutro do ponto de vista social.
resposta:[D]
40. (Unesp) Não há a menor dúvida
de que as guerras cada vez mais dispendiosas contribuíram para o
desenvolvimento do mercantilismo. Com a ampliação da artilharia, dos arsenais,
das marinhas de guerra, dos exércitos permanentes e das fortificações, as
despesas dos Estados modernos dão um salto. Guerras pressupõem dinheiro e mais
dinheiro, e assim a posse de dinheiro, a acumulação de metais nobres, torna-se
uma mania e domina, como última conclusão de toda sabedoria, o pensamento e o
juízo.
(F. Braudel, citado em
R. Kurz, "O colapso da modernização".)
A política econômica predominante
na época do Absolutismo ficou conhecida com o nome de mercantilismo, cujo maior
expoente foi Colbert, ministro de Luís XIV, rei da França.
a) Além da política econômica que
era estimulada por guerras, como demonstra o texto de Fernand Braudel, quais as
características principais da economia mercantilista?
b) Em oposição às teorias
mercantilistas, surgiram as teorias dos Fisiocratas e dos Liberais. Explique as
idéias principais de cada uma dessas teorias econômicas.
resposta:
a) O mercantilismo, política
econômica dos Estados absolutistas europeus da Era Moderna, caracterizou-se
pelo esforço do Estado-nação em acumular metais preciosos via comércio e
através de taxas alfandegárias protecionistas, que estimulassem as exportações
e inibissem as importações; caracterizou-se ainda pela instauração de colônias
de exploração fora da Europa, reguladas pelo regime de monopólio.
b) Oriunda da tradição
iluminista, a escola de pensamento econômico fisiocrata, que teve em Quesnay,
Gournay e Turgot seus principais representantes, criticou o mercantilismo e
pregou a adoção de uma "economia natural" — ou seja, que a
atividade econômica se desvinculasse do controle estatal e que tivesse ênfase a
agricultura. Na mesma tradição ilustrada, o liberalismo clássico, inaugurado
por Adam Smith, condenava igualmente a intervenção estatal na economia; defendia
a liberdade econômica, com ênfase na racionalização da produção (Divisão do
trabalho) e no livre comércio.
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