Confira a correção da Avaliação de História
Primeiro ano
1. (Uerj) [O Brasil era] a morada
da pobreza, o berço da preguiça, o teatro dos vícios.
(VILHENA, Luís dos
Santos. "A Bahia no século XVIII". Bahia: Itapuã, 1969.)
A avaliação acima, feita por um
português do final do século XVIII, aponta alguns traços da sociedade do Brasil
colonial, permitindo inferir que, ao lado dos ricos proprietários de terra,
existiam grupos marginalizados.
a) Indique dois grupos sociais
que constituíam os marginalizados da sociedade colonial.
b) Descreva o papel desempenhado
pelos grandes proprietários de terra na vida política e administrativa do
Brasil colonial.
resposta:
a) Vadios, judeus, ciganos, escravos,
prostitutas, libertos ou forros, homens livres pobres além das mulheres.
b) Os grandes proprietários de
terra, por controlarem os cargos preponderantes na vida administrativa local, votavam
e podiam votar nas Câmaras Municipais.
2. (Fuvest) As pirâmides a seguir representam a organização
da sociedade brasileira colonial em duas regiões distintas.
a) Qual a diferença mais importante entre elas quanto à estrutura e aos grupos sociais?
a) Qual a diferença mais importante entre elas quanto à estrutura e aos grupos sociais?
b) A que se deve essa diferença?
resposta:
a) A primeira pirâmide representa
a sociedade mineradora. Nela é representado
diversos grupos sociais, mostrando, que na sociedade mineradora a sociedade era
mais diversificada em profissões e oportunidades de enriquecimento. Na segunda pirâmide
vemos, basicamente, dois grupos sociais: senhores de engenho e escravos. Nela, as possibilidades de
enriquecimento eram reduzidas, pois haviam poucos trabalhadores livres.
b) Basicamente essa diferença se
deve ao fato de, na sociedade açucareira, as oportunidades de enriquecimento passavam, necessariamente, pela
posse da terra e de recursos suficientes
para implantar uma indústria produtora
de açúcar, o engenho.
3. (PITÁGORAS) Leia a frase
abaixo.
A sociedade colonial era
patriarcal.
|
Partindo dessa frase, compare a
estrutura familiar presente na colônia com a atual, apresentando uma diferença
entre elas.
resposta:
No Período Colonial, de maneira
geral, as famílias eram patriarcais, ou seja, o pai era o elemento central do
sistema familiar. As funções e espaços sociais ocupados por homens e mulheres
eram diferenciados. Atualmente, a estrutura familiar sofreu uma grande
alteração. É possível assistirmos famílias comandadas pelo gênero feminino. As
mulheres já ocupam os mesmos espaços que os homens na família, no trabalho e
até mesmo nas instituições políticas.
4. (PITÁGORAS) Leia o texto a
seguir.
Mulher, mulheres: como seriam no
passado? O que faziam? Como viviam, ou melhor, sobreviviam? [...] [Na América
Portuguesa, sua quase invisibilidade as identificava "aos de baixo".
Isso porque a maioria das mulheres era analfabeta, subordinada juridicamente
aos homens e politicamente inexistente. Sua condição as excluía de qualquer
exercício de função nas câmaras municipais, na administração eclesiástica,
proibindo-as de ocupar cargos de administração que Ihes garantissem
reconhecimento social. O sistema patriarcal instalado no Brasil colonial,
sistema que encontrou grande reforço na Igreja Católica, que via as mulheres
como indivíduos submissos e inferiores, acabou por deixar-Ihes, aparentemente,
pouco espaço de ação explícita.
PRIORE, Mary Dei. Mulheres
no Brasil Colonial. São Paulo: Contexto, 2000. p. 9-10
( Repensando a
História).
Um rápido olhar sobre as ruas e
praças das cidades brasileiras logo destaca a crescente e colorida presença das
mulheres, marcando fortemente uma diferença em relação ao passado. Os espaços
públicos se tornam menos constrangedores, percebe a observadora recém-chegada,
concluindo que houve uma grande mudança nos hábitos e costumes da população. Progressivamente
também nota que nos postos de gasolina, nos restaurantes e bares, nas lojas, bancos, empresas, nas
escolas e universidades, ou nas delegacias, seu número aumentou
consideravelmente, mesmo que, muitas vezes, não nos postos de comando. Ainda
assim, uma mulher é a atual prefeita da maior cidade do país e as negras
começam a compor o ministério do governo de esquerda.
Alvarez, Sonia - Engendering Democracy in Brazil. Princeton
University Press, 1990
Após uma leitura dos textos
ESTABELEÇA as permanências e as rupturas na condição da mulher no Brasil
Colonial e na atualidade.
resposta:
Na atualidade as mulheres
obtiveram grandes conquista e cada vez mais vai buscando seu espaço na
sociedade. A presença da mulher pode ser
notada em todos os setores da vida econômica, política e social. A situação da
mulher mudou consideravelmente, porém ainda percebemos que em muitos a mulher é
marginalizada. Na relação de trabalho ainda são os homens que ocupam a maioria
dos cargos de chefia e ainda ganham os melhores. Percebemos que muita coisa
mudou, mas ainda esta longe de ser o ideal.
5. (UNESP) Parece-me cousa mui
conveniente mandar Sua Alteza algumas mulheres que lá têm pouco remédio de
casamento a estas partes, ainda que fossem erradas, porque casarão todas mui
bem, com tanto que não sejam tais que de todo tenham perdido a vergonha a Deus
e ao mundo. E digo que todas casarão mui bem, porque é terra muito grossa e
larga (…) De maneira que logo as mulheres terão remédio de vida, e os homens
[daqui] remediariam suas almas, e facilmente se povoaria a terra.
(Manuel da Nóbrega. Carta
do Brasil, 1549.)
Tendo como base a carta do padre
Manuel da Nóbrega:
a) dê uma característica da
colonização portuguesa nos seus primeiros tempos.
b) por que o jesuíta considera
que as mulheres que viessem de Portugal teriam “remédio de vida” e os homens
residentes na colônia “remediariam suas almas”?
resposta:
a) Necessidade de ocupar o
litoral da Colônia, tanto para fins de exploração econômica como de defesa. Para
tanto, seria preciso intensificar o povoamento da terra pelos portugueses – até
então reduzidos a uma escassa população predominantemente masculina.
b) Para as mulheres de vida
“errada” (prostitutas), o casamento na Colônia “remediaria suas vidas”, ou seja,
dar-lhes-ia respeitabilidade. Quanto aos homens, o casamento com mulheres
portuguesas, ratificado pela Igreja, “remediaria suas almas”, já que deixariam
de viver promiscuamente ou em concubinato com as mulheres indígenas.
Questões extras
1. (UFPR) "O engenho de
açúcar era uma verdadeira empresa capitalista, mas era ao mesmo tempo uma
comunidade patriarcal que, para suas necessidades mais vitais, vivia em regime
de economia fechada."
(MAURO, Frédéric.
HISTÓRIA DO BRASIL. São Paulo, DIFEL, 1974.)
A lavoura canavieira desempenhou
papel fundamental na economia do Brasil colonial, exercendo forte influência
nas condições de vida e na organização social. Quais os componentes que
caracterizam a sociedade colonial brasileira durante o predomínio da economia
canavieira?
resposta:
A Sociedade colonial açucareira era
caracterizada pela ausência de mobilidade social, portanto estamental. Além
disso, destaca-se seu caráter
oligárquico/aristocrático, onde uma elite rural exerce pleno poder sobre os
demais grupos sociais. Vale ressaltar o
caráter patriarcal desta sociedade, herança que persiste no Brasil até hoje.
2. (PITÁGORAS) NÃO podemos
afirmar sobre a ação da Igreja durante o período colonial que
a) a Igreja se preocupou
demasiadamente com a sexualidade do povo esquecendo as injustiças cometidas
pelos poderosos.
b) o Santo Ofício era o órgão da
Igreja responsável pelo estabelecimento dos padrões de comportamentos do povo.
c) a Inquisição foi um dos meios
utilizados pelos reis com o aval da Igreja para perseguir prender e matar os
opositores políticos.
d) a Inquisição foi uma
instituição importante, pois regulamentou a existência de outras religiões na
colônia estabelecendo assim a liberdade religiosa.
e) a Igreja, através da
Inquisição estabeleceu um grande controle no modo de vida da população do reino
e da colônia, ditando regras e normas de conduta.
resposta:[D]
A alternativa D está incorreta pois a Inquisição perseguia os adeptos de outras religiões na América Portuguesa, tais como os cristãos-novos que conservavam praticas judaizantes, assim como os adeptos do luteranismo e do calvinismo. A intolerância foi uma prática constante em relação à religião na colônia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário