segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

UNESP - 2010 - CIÊNCIAS HUMANAS (HISTÓRIA)
2ª FASE dezembro de 2009


1
No século XVIII, surgiram novas ideias que despertaram o interesse de muitos adeptos que rejeitavam as tradições e almejavam explicações racionais para compreender os fenômenos naturais e sociais. Como ficaram conhecidos os pensadores desse período e de que modo esses pensadores influenciaram monarcas e ministros europeus?

Resolução
Iluministas. Sua influência em relação a monarcas e ministros europeus do período manifestou-se no “despotismo esclarecido” – adoção, por aqueles governantes, de medidas reformistas propugnadas pelos pensadores iluministas, sem no entanto abandonar o absolutismo característico do Antigo
Regime.

2
A pecuária, ao longo de praticamente todo período colonial brasileiro, foi uma atividade econômica sempre secundária, mas sempre em expansão, ao contrário do que ocorreu com a agricultura canavieira e com a mineração aurífera. Explique, com relação à pecuária, o porquê destas características.

Resolução
A posição secundária da pecuária no conjunto da economia colonial brasileira prende-se ao fato de ter sido uma atividade subsidiária de outras mais importantes, como a produção açucareira e a mi neração.Por outro lado, sua expansão no Brasil Colônia, para além do apoio às atividades citadas, foi motivada pela importância como fornecedora de alimento e de meios de transporte, somada às possi bilidades de interiorização oferecidas tanto pelo sertão nordestino como pelo pampa gaúcho.



3

Leia atentamente o texto.
O período de pré-independência assistiu ao nascimento de uma literatura de identidade, na qual os americanos glorificavam seus países, proclamavam seus recursos e louvavam seu povo. Enquanto mostravam a seus compatriotas as suas qualidades, esses autores apontavam as qualificações dos americanos para os cargos públicos e na verdade para o autogoverno. Os próprios termos instilavam confiança por repetição – pátria, país, nação, nossa América, nós americanos. Embora ainda se tratasse de um nacionalismo mais cultural do que político e não fosse incompatível com a unidade imperial, mesmo assim ele preparava as mentes dos homens para a independência, ao lembrar-lhes que a América tinha recursos independentes e as pessoas para administrá-los.
(John Lynch. As origens da independência da América Espanhola. Leslie Bethell: História da América Latina, 2001.)
Indique os principais motivos que levaram as colônias espanholas à independência.

Resolução
Aquisição de uma identidade nacional americana, reação contra a opressão metropolitana, pretensão da aristocracia criolla em alcançar o poder político (rivalizando com os chapetones), influência da ideologia liberal-iluminista, exemplos das Revoluções Norte-Americana e Francesa e interesse da Inglaterra em quebrar o exclusivo metropolitano espanhol – devendo-se entender todos esses fatores no quadro das crises do Antigo Regime e do Sistema Colonial, ligadas à consolidação do capitalismo advinda da Revolução Industrial.

4
Discorra sobre a experiência socialista iniciada na Europa no período entre as duas Guerras Mundiais.

Resolução

A partir da Revolução Russa de 1917 e da guerra civiltravada entre Vermelhos e Brancos, foi implantado naRússia (redenominada União das Repúblicas Socialistas Soviéticas em 1922) o primeiro Estado socialistada História. Após a tentativa malsucedida do “comunismo de guerra” e o recuo temporário representado pela NEP/Nova Política Econômica (ambos postos em prática por Lênin), o sistema socialista foi consolidado por Stálin, que realizou a coletivização forçada da agricultura e pôs em prática a planificação estatal, traduzida nos Planos Quinquenais.


5
Quais as principais transformações da cultura brasileira na década de 1920? Incluir neste contexto a Semana de Arte Moderna.

Resolução
Início do Movimento Modernista, tendo como ponto alto a Semana de Arte Moderna de 1922, e a busca de uma arte (o que inclui a literatura e a música) genuinamente brasileira desvinculada dos padrões acadêmicos e das influências europeias.



6
Analise os textos e a charge.
O arsenal do neoliberalismo inclui o farto uso de neologismos que procuram destruir a perspectiva histórica dando novos nomes a velhos processos ou conferir respeito a pseudoconceitos. Surgem, assim, o pós-mo - derno, o desenvolvimento sustentável, os movimentos sociais urbanos, a exclusão social, os atores (sociais), as ongs, a globalização, o planejamento estratégico..., que procuram encobrir, ao invés de revelar, a natureza do capitalismo contemporâneo.
(www.usp.br/fau/docentes/depprojeto/ Adaptado.)

(www.jornalcomunicacao.ufpr.br/node/6782)
Certezas que não se desmancham no ar
Os efeitos sociais da atual crise capitalista são pouco mencionados, especialmente nos veículos de comunicação. Existe uma distorção ideológica nesses veículos e em muitas mensagens governamentais sobre a retomada econômica, mas secundarizando o principal problema aí existente: a hecatombe social sobre milhões de trabalhadores. Não é algo automático ou “natural” a retomada econômica e o retorno dos empregos. Depois do fim das crises econômicas, analisa a OIT, entre quatro a cinco anos são necessários para a recuperação dos empregos. (…) A história social parece-nos que sempre se repete no que se refere às crises capitalistas. Por isso, a pergunta é também histórica: quem vai pagar os custos sociais dessa crise.

Luiz Fernando da Silva
(www.unesp.br/aci/debate Adaptado.)

Explicite os princípios básicos do neoliberalismo e faça afirmações que o vinculem com a crise econômica global e o contexto brasileiro.

Resolução
Princípios básicos do neoliberalismo: Estado mínimo, com pouca ou nenhuma intervenção nas relações econômicas e sociais (deixadas por conta da autorregula mentação do mercado) e com a privatização de empresas e serviços estatais. A crise econômica global tem sido atribuída ao neoliberalismo porque deixou de haver algum tipo de controle sobre as grandes corporações, as quais assumiram riscos incompatíveis com a manutenção do equilíbrio econômico. O Brasil foi atingido pela crise por estar integrado no capitalismo globalizado, ainda que na periferia do sistema.

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