quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

No paraíso perigoso que a palma da sua mão mostrou



Jovem liberada resolve abandonar a cidade de Governador Valadares para tentar carreira artística no Rio de Janeiro. Na cidade maravilhosa, ela se decepciona com os empresários da música e com a violência urbana, mas também encontra apoio no namorado e nos novos amigos.

Escrito e dirigido por Lael Rodrigues e estrelado por Débora Bloch. O filme conta as aventuras e desventuras de Bete (Debora Bloch) ao deixar Minas Gerais à procura do sucesso como cantora no Rio de Janeiro. Vinda de Governador Valadares, Bete se estabelece no Rio. Auxiliada por seu namorado Rodrigo (Lauro Corona) e por diversos amigos, entre eles Paulinho (Diogo Vilela), ela se inicia nas dificuldades da indústria fonográfica, com as quais se decepciona. Entre sexo, drogas e rock and roll, o filme traça um panorama do rock brasileiro dos anos 1980. A trilha sonora foi composta por Cazuza e gravada pelo Barão Vermelho e a faixa título foi um dos maiores sucessos da banda.




Bete mora em Governador Valadares e acaba de ser aprovada no vestibular, cantora de Blues e Rock na cidade, mas está entediada com a vida pacata que leva ali. Seu desejo é ser famosa, brilhar, alcaçar o estrelato. Por causa disso, deixa o interior de Minas Gerais e parte em busca do seu sonho na cidade maravilhosa. Passa a morar na casa de um amigo (Diogo Vilela) e começa “a tentar a vida”. Numa das cenas, entrega panfletos. Mas Bete ainda é menor de idade, uma limitação no Rio de Janeiro. E ainda falta um mês para ela atingir a maioridade. Eis que num incidente conhece um fotógrafo, que posteriormente a fotografa e publica suas fotos nua. Enraivecida, ela vai tomar satisfações, e descobre que ele conseguiu um trabalho pra ela em uma propaganda de jeans. Depois os dois até se tornam namorados. Isso tudo ocorre nos loucos anos 1980. Nesse ínterim, ela continua a tentar a carreira de música. Tem inclusive uma cena com o Cazauza e o Barão vermelho, na praia. E tem também Bete cantando com Cazuza mais tarde. Então ela consegue um empresário, e começa a gravar. Mas por causa seu jeito intempestuoso, briga com o empresário, que a substitui rapidamente. Bete, desiludida, pensa em voltar para sua Valadares. Decidi ir, mas deixa uma fita com o namorado, que volta ao estúdio do empresário para convencê-lo ao ouvir outra música na voz de Bete. Era o que o estúdio estava procurando. No fim tem a cena clichê do namorado perseguindo o ônibus de moto para dizer a Bete que ela deveria voltar. Logicamente que ela volta. E então aparece o clipe de Bete cantando a música. Lembra até propaganda de Shopping Center, um pouco apelativo, mas a gente finge que tá bom. Bete Balanço é um filme que aguça a curiosidade de muita gente, afinal a música tema dessa película fez muito sucesso com Cazuza e Barão Vermelho. Não é dramalhão, tem momentos muito engraçados e atmosfera de anos 1980 forte. Antes de assistir, lembre-se quão difícil é fazer cinema no Brasil, principalmente nos anos 1980, não por acaso intitulada de a "década perdida" por conta da crise econômica, época que ainda impunha restrições tanto no aspecto de liberdade de expressão e na falta de apoio para o financiamento das produções nacionais.


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