Na hora certa, no lugar exato
Ranieri Mazzilli foi presidente da Câmara dos Deputados durante o governo de João Goulart, o Jango (1961-1964). Nessa condição, viu de perto os eventos que desaguaram na ditadura militar, momento sombrio no período republicano. Assumiu a presidência em momentos cruciais. Em 1961, com a renúncia de Jânio Quadros, presidiu o país quando os militares queriam impedir o vice Jango, em viagem à China comuninsta, de assumir o mandato. Em 1964, com o golpe que derrubou Jango, assumiu novamente, mas era um cargo simbólico pois o poder de fato era exercido por uma junta militar. Com saúde muito frágil, Mazzili assumiu o governo em épocas conturbadas, mas não escapou das línguas venenosas da época sendo chamado de "presidente modess", referência grosseira à marca de um absorvente feminino. Nas palavras de Lira Neto, "descartável, estava sempre na hora certa - e no lugar certo - para evitar derramamento de sangue".
Em Castello: a marcha para a ditadura, de Lira Neto.
propaganda de absorvente na década de 1950.
fonte: Almanaque, Revista de História da Biblioteca Nacional, nº 51, dez. 2009, p. 87.
Ranieri Mazzilli foi presidente da Câmara dos Deputados durante o governo de João Goulart, o Jango (1961-1964). Nessa condição, viu de perto os eventos que desaguaram na ditadura militar, momento sombrio no período republicano. Assumiu a presidência em momentos cruciais. Em 1961, com a renúncia de Jânio Quadros, presidiu o país quando os militares queriam impedir o vice Jango, em viagem à China comuninsta, de assumir o mandato. Em 1964, com o golpe que derrubou Jango, assumiu novamente, mas era um cargo simbólico pois o poder de fato era exercido por uma junta militar. Com saúde muito frágil, Mazzili assumiu o governo em épocas conturbadas, mas não escapou das línguas venenosas da época sendo chamado de "presidente modess", referência grosseira à marca de um absorvente feminino. Nas palavras de Lira Neto, "descartável, estava sempre na hora certa - e no lugar certo - para evitar derramamento de sangue".
Em Castello: a marcha para a ditadura, de Lira Neto.
propaganda de absorvente na década de 1950.
fonte: Almanaque, Revista de História da Biblioteca Nacional, nº 51, dez. 2009, p. 87.
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