Roteiro de estudos: Imperialismo e Neocolonialismo
1) (UFSE-1997) A expansão do Imperialismo na segunda
metade do século XIX relaciona-se com:
a) o desenvolvimento do capitalismo comercial.
b) o fortalecimento do capitalismo financeiro.
c) a ascensão do mercantilismo.
d) a supremacia do liberalismo econômico.
e) a decadência dos grandes conglomerados econômicos.
2) (Mack-1998)
"Assumi o fardo do homem branco,
Enviai os melhores dos vossos filhos,
Condenai vossos filhos ao exílio
Para que sejam os servidores de seus cativos".
"Assumi o fardo do homem branco,
Enviai os melhores dos vossos filhos,
Condenai vossos filhos ao exílio
Para que sejam os servidores de seus cativos".
Rudyard Kipling
A ideologia expressa por esse poeta, que recebeu em 1907 o
prêmio Nobel de literatura, serviu para justificar o:
a) Imperialismo.
b) Iluminismo.
c) Mercantilismo.
d) Socialismo.
e) Anarquismo.
3) (Vunesp-2002) Com a publicação do livro do economista
inglês Hobson, Imperialismo, um estudo, em 1902,
difundiu-se o significado moderno da expressão
“imperialismo”, que passou a ser entendido como
A) um esforço despendido pelas economias centrais, no
sentido de promover as economias periféricas.
B) a condição prévia e necessária ao incremento do
desenvolvimento industrial nos países capitalistas.
C) um acordo entre as potências capitalistas, visando
dividir, de forma pacífica, os mercados mundiais.
D) a expansão econômica e política em escala mundial das
economias capitalistas na fase monopolista.
E) o “fardo do homem branco”, um empreendimento
europeu, procurando expandir a civilização na
África.
4) (UFMG-1997) Todas as alternativas apresentam conflitos
ligados à expansão imperialista das potências europeias na
África e na Ásia, no século XIX, EXCETO:
a) A disputa entre ingleses e boêres na África do Sul.
b) A disputa entre os interesses americanos e russos no
Oriente.
c) Os conflitos para abrir o mercado chinês aos interesses
ingleses.
d) Os movimentos de resistência africana contra a dominação estrangeira.
d) Os movimentos de resistência africana contra a dominação estrangeira.
5) (Mack-2003) No final da segunda metade do século XIX,
desencadeou-se um processo que provocou a centralização
e a concentração de capitais em torno de grandes empresas.
Iniciou-se, aí, nova fase do capitalismo.
Assinale a
alternativa que corresponde a essa fase do capitalismo.
a) Protecionismo
a) Protecionismo
b) Mercantilista
c) Concorrencial
d) Monopolista
e) Comercial
6) (Mack-2005) A partir de meados do século XIX, as
nações capitalistas passaram a exercer novas formas de
dominação sobre as áreas periféricas. Esse processo passou
a ser denominado de
a) Militarismo.
b) Corporativismo.
c) Neocolonialismo.
d) Monopolismo
e) Protecionismo
7) (Cesgranrio-1994) A industrialização acelerada de
diversos países, ao longo do século XIX, alterou o
equilíbrio e a dinâmica das relações internacionais. Com a
Segunda Revolução Industrial emergiu o Imperialismo, cuja
característica marcante foi o(a):
a) substituição das intervenções militares pelo uso da
diplomacia internacional.
b) busca de novos mercados consumidores para as
manufaturas e os capitais excedentes dos países
industrializados.
c) manutenção da autonomia administrativa e dos governos
nativos nas áreas conquistadas.
d) procura de especiarias, ouro e produtos tropicais
inexistentes na Europa.
e) transferência de tecnologia, estimulada por uma política
não intervencionista.
8) (Gama Filho-1997) Assinale a opção INCORRETA,
quanto a uma característica do Imperialismo difundido a
partir da Europa na segunda metade do século XIX.
(A) Busca de novos mercados consumidores de produtos
industrializados.
(B) Migração de contingentes demográficos para as regiões.
(C) Estabelecimento de bases estratégicas para a segurança
do comércio.
(D) Fim da exportação dos excedentes de capitais dos
países industrializados.
(E) Procura de novas áreas fornecedoras de matérias primas.
9) (Unaerp-1996) "A primeira coisa, portanto, é dizer-nos a
nós mesmos: Não aceitarei mais o papel de escravo. Não obedecerei às ordens como tais, mas desobedecerei quando
estiverem em conflito com minha consciência. O assim
chamado patrão poderá surrar-nos e tentar forçar-nos e
servi-lo. Direis: Não, não vos servirei por vosso dinheiro ou
sob ameaça. Isso poderá implicar sofrimentos. Vossa
prontidão em sofrer acenderá a tocha da liberdade que não
pode jamais ser apagada".
Este revolucionário orientou o seu povo a exercer a
desobediência civil, que está fundamentada no princípio da
ação não violenta.
Referimo-nos a:
a) Emiliano Zapata.
b) Mao-Tsé-Tung.
c) Gandhi.
d) Nehru.
e) Kennedy.
10) (UNIP-1997) O neo-colonialismo, também conhecido
como imperialismo foi responsável pela colonização de
dois novos continentes. São eles:
a) a América e a Oceania.
b) "populismo"
c) a África e a América.
d) "queremismo"
e) a África e a Ásia.
11) (UFMG-1998) A expansão neocolonial do final do
século XIX pode ser associada a:
a) Divisão internacional do trabalho entre produtores de
matérias primas e consumidores de produtos
industrializados.
b) Necessidade de expansão da influência da Igreja Católica
frente ao aumento dos seguidores da Reforma.
c) Atração pelo entesouramento permitido pela conquista de
regiões com jazidas de metais preciosos.
d) Busca de novas oportunidades de investimentos
lucrativos para o capital excedente nos países industriais.
12) (Fuvest-2003) “Na realidade são idênticos os nossos
interesses e os dos nossos vizinhos sulinos. Eles possuem
grandes riquezas naturais e a prosperidade chegará a eles,
se reinar a lei e a justiça dentro de suas fronteiras. Enquanto
obedecerem às leis elementares da sociedade civilizada,
podem estar seguros de que serão tratados por nós com
ânimo cordial e compreensivo. Interviríamos somente em
último caso, somente se se tornasse evidente a sua
inabilidade ou má vontade, quanto a fazerem justiça interna
e, em plano externo, se tiverem violado os direitos dos
Estados Unidos:”
Theodore Roosevelt. Corolário Roosevelt para a“Doutrina
Monroe”. 1904.
A partir do texto,
a) responda qual o entendimento que o presidente norteamericano,
Theodore Roosevelt, tinha de “sociedade
civilizada”?
b) Indique uma das decorrências da política externa dos
Estados Unidos para a América Latina no século 20.
13) (UFSCar-2002) No processo de luta pela independência
da Índia do domínio britânico, Mahatma Gandhi
preconizava a libertação através da desobediência civil e da
revolução pacífica. Isto significava
(A) greve de fome, negação das tradições ancestrais
indianas e ações de solidariedade nos trabalhos nas aldeias.
(B) a recusa da servidão e submissão aos senhores ingleses
através de fugas para lugares isolados nas montanhas.
(C) a desobediência às leis do país consideradas violentas e
injustas, como boicote aos tribunais e não pagamento de
impostos.
(D) a aceitação das leis britânicas e aliança entre hindus e
católicos no processo de unificação nacional.
(E) a luta pela independência através da elaboração de uma
Constituição nacional e aliança com as massas populares.
14) (UFMT-1996) Na(s) questão(ões) a seguir julgue os
itens e escreva nos parentes (V) se for verdadeiro ou (F) se
for falso.
Entre o final do século XIX e início do XX, os países
capitalistas desenvolvidos conseguiram dominar
praticamente todo o mundo.
Era o imperialismo.
Analisando suas motivações e características, julgue os
itens.
( ) As causas da expansão imperialista ligaram-se às
transformações de estrutura capitalista geralmente na
Segunda Revolução Industrial e marcaram, o início do
capitalismo monopolista e financeiro.
( ) Razões humanitárias e filantrópicas foram usadas para
justificar a política imperialista; a Europa assume uma
missão "civilizadora".
( ) A década de 1870 conheceu uma crise econômica
acompanhada de excedentes de capitais o que, por um lado,
impossibilitava o reinvestimento na produção e por outro,
tornava necessário encontrar áreas extra-europeias para
investir.
15) (UEL-2003) “Longe de serem uns monstros de espada,
eles querem, majoritariamente, ser os portadores de um
grande destino. Por mais que tenham passado populações
inteiras pelo fio da espada - como Gallieni em seus
primeiros tempos - ou as tenham queimado vivas - como
Bugeaud na Argélia -, a seus olhos tais atos são apenas os
meios necessários para a realização do projeto colonial [na
África], essa missão civilizadora que substitui a
evangelização tão cara aos conquistadores do século XVI.”
(FERRO, Marc. História das colonizações: das conquistas
às independências - séculos XIII a XX. Trad. Rosa Freire
d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 104.)
No texto acima, que trata da partilha e da conquista da
África, no século XIX, o autor defende que:
a) Os conquistadores fincavam suas bandeiras sem violar os
direitos humanos da igualdade e da liberdade dos povos
africanos.
b) Os conquistadores desprezavam a glória, o heroísmo e as
riquezas decorrentes da grande obra civilizadora na África.
c) Os conquistadores tinham a convicção de encarnar a
razão e a ciência e serem capazes de subjugar as sociedades
africanas.
d) Os conquistadores conseguiram que triunfasse a ideia de
um projeto colonial tirânico e violento, pois foram
incapazes de cooptar lideranças políticas nativas.
e) Assim como Portugal, outros Estados europeus
substituíram, na África, os canhões pelas missões
evangelizadoras jesuíticas.
16) (UEL-2003) “A tomada de impressões digitais,
inventada em Bengala, durante o domínio britânico na
Índia, buscou uma nova maneira segura de identificar os
súditos britânicos coloniais. Francis Galton, pai da eugenia
moderna, esperava poder provar que elas revelavam a ‘raça’
de cada indivíduo. Mas em 1892, foi forçado a admitir o
fracasso: não havia diferenças sistemáticas entre as
impressões digitais dos grupos.”
(VINES, Gail. Folha de S. Paulo, 06 ago. 1995.)
Sobre o texto, é correto afirmar:
a) Os ingleses confirmaram na Índia diferenças biológicas
entre as raças através de experimentos científicos realizados
no corpo humano.
b) Na Índia, os súditos do Império Britânico,
independentemente de suas origens, desconheceram ações
de discriminação ou segregação.
c) As principais potências europeias estimulavam o
desenvolvimento da ciência e da tecnologia, nas suas
respectivas possessões coloniais, para beneficiar as
populações locais.
d) Na Índia, a associação entre os ensaios científicos e a
dominação política buscava comprovar a superioridade dos
ingleses sobre os demais povos.
e) Na Ásia, o colonialismo aliou à busca de novos mercados
para o capital a valorização dos atributos raciais dos povos
colonizados.
17) (Mack-2003) Uma das alternativas abaixo NÃO
corresponde às diferenças entre o Neocolonialismo do
século XIX e o Colonialismo do século XVI.
a) Os agentes do Colonialismo foram a burguesia
financeiro-industrial e os Estados da Europa, América,
enquanto os do Neocolonialismo foram os Estados
metropolitanos europeus e sua burguesia comercial.
b) As principais áreas de dominação do Neocolonialismo
foram a África e a Ásia, e as do Colonialismo, as Américas.
c) A fase do capitalismo em que o Neocolonialismo se
desenvolveu denominou-se Capitalismo Industrial e
Financeiro e a do Colonialismo, Capitalismo Comercial.
d) O Neocolonialismo buscava garantir a reserva de
mercados e o fornecimento de matérias-primas, enquanto o
Colonialismo buscava o fornecimento de produtos tropicais
e metais preciosos.
e) O Neocolonialismo teve como justificativa ideológica a
missão civilizadora do homem branco de espalhar o
progresso, enquanto no Colonialismo a justificativa era a
expansão da fé cristã.
18) (FGV-2003) Sobre o imperialismo no século XIX, é
correto afirmar:
A) caracterizou-se pela valorização da diplomacia e do
reconhecimento da autodeterminação dos povos em lugar
de intervenções militares e da manutenção das áreas
coloniais.
B) caracterizou-se pelo incremento das atividades mercantis
e pelo fluxo de matérias-primas dos países desenvolvidos
para as regiões em processo de desenvolvimento.
C) caracterizou-se pela emergência de potências asiáticas
detentoras de alta tecnologia, abundante mão-de-obra e
enormes reservas de matérias-primas.
D) caracterizou-se pela conquista e subordinação de
territórios destinados ao papel de fornecedores de matérias primas
e consumidores de produtos dos países
industrializados.
E) caracterizou-se pelo desenvolvimento do capitalismo
monopolista comercial e pela articulação de diversas
regiões do planeta por meio do fortalecimento do mercado
internacional.
19) (Fuvest-2004) A Primeira Guerra Mundial, (1914-
1918), foi o primeiro conjunto de acontecimentos que
abalou seriamente o domínio colonial e a existência de
impérios europeus no século XX.
Tendo por base o texto, explique:
a) A associação entre o colonialismo europeu e a Primeira
Guerra.
b) A relação entre a Primeira Guerra e a destruição do
Império Russo.
20) (Vunesp-2004) Os historiadores costumam distinguir a
primeira Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no
século XVIII, de uma segunda Revolução, datada do último
quartel do século XIX.
a) Estabeleça duas distinções entre a 1ª e a 2ª Revolução
Industrial.
b) Aponte uma conseqüência política da 2ª Revolução
Industrial.
21) (Mack-2005) A expansão imperialista do século XIX foi
um novo passo no processo de mundialização da ordem
capitalista, depois das cruzadas, da expansão ultramarina,
da colonização, etc. As populações africanas e asiáticas
foram tragadas e incorporadas a uma ordem essencialmente
europeia.
Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo
Considerando o fragmento de texto acima, assinale a
alternativa correta.
a) A busca por mercados consumidores de
manufaturados e fornecedores de matérias-primas
determinou que a dominação imperialista fosse
realizada por meio de alianças com as elites locais.
b) A doutrina científica conhecida como darwinismo
social oferecia respaldo para a ocupação dos novos
territórios, apesar de os intelectuais europeus serem
contrários a essa prática de dominação.
c) Assim como no século XVI, defendia-se que era
necessário levar a verdadeira fé cristã aos infiéis,
sendo as nações capitalistas responsáveis pela
expansão espiritual, que efetivamente ocorreu sem
resistências.
d) As nações imperialistas afirmavam que os
europeus estavam envolvidos em uma “missão
humanista”, que consistiria em melhorar as condições
de vida dos nativos, sem entrar em choque com as
culturas locais.
e) Caberia ao homem branco europeu cumprir sua
“missão civilizadora” e levar aos povos primitivos os
benefícios provenientes das sociedades
industrializadas e detentoras de modernas
tecnologias.
22) (UNIFESP-2005) “Em meados da década de 1890, em
meio à terceira longa depressão em três décadas sucessivas,
difundiu-se na burguesia uma repulsa pelo mercado não
regulamentado, em todos os grandes setores da economia”.
O autor (Martin Sklar, 1988) está se referindo à visão
dominante entre a burguesia no momento em que o
capitalismo entrava na fase
A) globalizada.
B) competitiva.
C) multinacional.
D) monopolista
E) keynesiana
23) (UNIFESP-2005) “Em meados da década de 1890, em
meio à terceira longa depressão em três décadas sucessivas,
difundiu-se na burguesia uma repulsa pelo mercado não
regulamentado, em todos os grandes setores da economia”.
O autor (Martin Sklar, 1988) está se referindo à visão
dominante entre a burguesia no momento em que o
capitalismo entrava na fase
A) globalizada.
B) competitiva.
C) multinacional.
D) monopolista
E) keynesiana
24) (Mack-2004) Como a lei da gravitação universal de
Newton, a Teoria da Evolução teve conseqüências
revolucionárias fora da área científica. [...]
Alguns pensadores sociais aplicaram as conclusões
darwinianas à ordem social, produzindo teorias que as
transferiram à explicação dos problemas sociais. As
expressões “luta pela existência” e “sobrevivência do mais
capaz” foram tomadas de Darwin para apoiar a defesa que
faziam do individualismo econômico.
Flávio de Campos e Renan Garcia — Oficina de História
O darwinismo social foi utilizado como argumento para
justificar, no século XIX, o:
a) Colonialismo.
b) Imperialismo.
c) Liberalismo.
d) Socialismo.
e) Neoliberalismo.
25) (Unitau-1995) A China, durante o seu império, sofrendo
pressões de vários países, foi obrigada a ceder algumas
partes do seu território a países europeus. Atualmente, um
desses territórios, em poder do Reino Unido, prepara-se
para ser devolvido ao governo chinês. Trata-se do território
de:
a) Cingapura.
b) Macau.
c) Taiwan.
d) Hong-Kong.
e) Saigon.
26) (Fuvest-1999) "Quando os brancos chegaram, nós
tínhamos as terras e eles a Bíblia; depois eles nos ensinaram
a rezar; quando abrimos os olhos, nós tínhamos a Bíblia e
eles as terras".
Essa frase - atribuída a Jomo Kenyatta, fundador da
República do Quênia - remete à partilha da África, no
quadro do imperialismo europeu.
Comente e interprete o trecho.
27) (Fuvest-2000) Na segunda metade do século XIX, em
face do avanço do Ocidente na Ásia, a China
a) tornou-se, como a Índia, uma colônia, com a única
diferença de ser dominada por várias potências
e não apenas pela Inglaterra.
b) reagiu, como o Japão, realizando, ao mesmo tempo, um
processo de restauração imperial e de
modernização econômica.
c) manteve, formalmente, seu estatuto de Império Celestial,
mas ao preço de enormes perdas e concessões
às potências ocidentais.
d) conseguiu fechar-se ao Ocidente graças à Rebelião
Taiping, depois de derrotada pela Inglaterra
na Guerra do Ópio.
e) resistiu vitoriosamente a todas as agressões do Ocidente
até Pequim ser saqueada durante a
Guerra dos Boxers.
28) (UFC-1996) Na(s) questão(ões) a seguir escreva no
espaço apropriado a soma dos itens corretos ‘É bom lembrar: o que chamamos hoje de globalização era
chamado, há cerca de um século atrás, de imperialismo.
Este conduziu a rupturas sociais e políticas que
disseminaram regimes despóticos e, mais cedo ou mais
tarde, paralisaram as economias submetidas ao poder
totalitário’.
(Alain Touraine. ‘Riscos do Pensamento
Único’. In: FOLHA DE SÃO PAULO. Caderno MAIS. 18
de Fev. 1996. p.7).
Sobre o Imperialismo e a Globalização podemos afirmar:
01. o imperialismo foi o movimento de expansão europeu
no século XIX em direção aos mercados africano e asiático.
02. a globalização econômica se caracteriza pela adoção de
princípios liberais, tais como, abertura de mercado e Estado
mínimo.
04. a expansão imperialista visava principalmente a
exploração de metais preciosos e de produtos tropicais.
08. a globalização econômica coincide com o
aprimoramento de tecnologias informatizadas aplicadas ao
processo de trabalho.
16. a globalização econômica se fundamenta em ideologias
racistas baseadas no darwinismo social e na superioridade
da raça branca.
A resposta é a soma dos pontos das alternativas corretas.
29) (FGV-2004) "(...) Que tínhamos feito à forte e opulenta
Inglaterra? (...) Não era Portugal um aliado antigo e fiel,
correndo com terna solicitude a depor-lhe no estômago
insondável pedaços de seus domínios no Ultramar, a
assumir a defesa dos seus múltiplos interesses
econômico políticos, e a lançar-se-Ihe nos braços
magnânimos nas horas de turbação e de amargura? (...) Pois
não lhe bastavam Bombaim, Tânger, Ceuta, e tantas outras
paragens longínquas de que mal sabíamos os nomes?(...) O
Zaire não tinha já ido na corrente da distribuição leonina de
Berlim, em 1885?
Então não era nossa, legitimamente nossa, a bacia do
Zambeze?(...)"
(TELES. Basílio, Do Ultimatum ao 31 de Janeiro. Esboço
de História Política. 28 ed., Lisboa, Portugália Editora,
1968, p.7-8)
O texto acima refere-se a tensões que se estabeleceram:
a) Devido à recusa do governo português em cumprir os
ditames do Tratado de Methuen.
b) Devido ao revanchismo português após a perda de suas
feitorias localizadas na Índia.
c) Devido ao revanchismo inglês provocado pela aliança
histórica entre Portugal e França.
d) Entre Inglaterra e Portugal devido à disputa de territórios
situados no interior da África.
e) Entre Inglaterra e Portugal, provocadas pela condenação
britânica ao tráfico negreiro.
30)(FGV-2004) No século XIX, potências europeias protagonizaram conflitos no continente asiático, devido ao
comércio com a China e à produção e venda de ópio. Com
relação a tais conflitos, é correto afirmar:
a) A primeira “Guerra do Ópio” foi desencadeada pela
Inglaterra, preocupada em eliminar a produção da droga no
Oriente e o seu consumo, que se alastrava pela sociedade
chinesa e pelo Oriente.
b) A primeira “Guerra do Ópio” permitiu aos chineses o
controle sobre o tráfico de ópio no Oriente e a recuperação
da Mandchúria, tomada inicialmente pelas tropas inglesas.
c) O fim da primeira “Guerra do Ópio” resultou no controle
sobre a distribuição do chá pelos comerciantes chineses e
no fim da participação dos ingleses no tráfico de ópio.
d) Ao final da primeira “Guerra do Ópio”, os ingleses
obtiveram, pelo Tratado de Nanquim, a concessão da ilha
de Hong Kong e o acesso a novos portos comerciais
chineses.
e) A primeira “Guerra do Ópio” decretou o fim das
intervenções ocidentais na China e o estabelecimento de
uma política de isolamento semelhante àquela adotada pelo
Japão no mesmo período.
31) (Vunesp-2005) A ocupação de regiões da África e da
Ásia, levada a efeito por potências europeias no decorrer do
século XIX, não se fez pacificamente, a despeito da
supremacia bélica dos conquistadores.
a) Cite dois conflitos nas áreas dominadas, decorrentes do
processo mencionado.
b) Aponte e comente um motivo que justifique o interesse
das potências européias nessas áreas.
33) (Mack-2004) O chanceler alemão Otto von Bismarck
organizou uma importante reunião, a Conferência de
Berlim (1884-1885). Participaram desse encontro
representantes de 15 países, além dos Estados Unidos da
América.
O objetivo desse encontro foi:
a) estabelecer as bases da Política de Alianças.
b) partilhar o Continente Africano.
c) formular o Equilíbrio Europeu.
d) instaurar a Liga do Três Imperadores.
e) organizar os Zollverein.
34) (Vunesp-2005)
I. Em 1914, 85% das terras do planeta
eram áreas coloniais. O dado é impressionante e nos revela
de que maneira a Europa tornou-se “senhora do mundo”.
Tal número é reflexo de um novo movimento imperialista
ocorrido principalmente a partir dos anos 1870. (…)
Importa destacar que naquele momento [década de 1870]
formulou-se um emaranhado de explicações culturais,
humanitárias e filosóficas para explicar a necessidade do
imperialismo.
(Adhemar Marques e outros, História contemporânea através de textos.)
II. Ainda em 1939, a Grã-Bretanha tinha comércio
“internações” comparável ao dos Estados Unidos, e uma
força industrial tão desenvolvida quanto a da Alemanha.
(…) a guerra fria e os conflitos do Oriente Médio
continuavam a onerar o orçamento, ao passo que a
Alemanha e o Japão, e até a Itália, concorrentes industriais,
podiam se reconstruir sem ter que suportar esses fardos. (…) Na África do Norte [francesa], por exemplo, a ajuda
financeira metropolitana direta quadruplicou, de 1948 a
1951, e, no mesmo período, 15% dos investimentos
franceses foram para as colônias, proporção que alcançou
20% em 1955.
(Marc Ferro, História das colonizações — Das conquistas às
independências – Séculos XIII a XX.)
a) Como as nações europeias justificavam a ocupação e a
neocolonização da África a partir do século XIX?
b) No fragmento II, identifique o problema vivido pela
França e pela Grã-Bretanha em relação aos seus espaços
neocoloniais na África.
35)
A expansão imperialista, em
finais do século XIX, submeteu diversas sociedades ao controle de países
europeus.
Identifique:
A) dois interesses dos países
europeus no controle de regiões africanas no século XIX;
B) uma região africana e os
países que disputaram seu controle.
36) (VUNESP-2006) É difícil acreditar na guerra terrível,
mas silenciosa, que os seres orgânicos travam em meio aos
bosques serenos e campos risonhos.
(C. Darwin, anotação no Diário de 1839.)
Na segunda metade do século XIX, a doutrina sobre a
seleção natural das espécies, elaborada pelo
naturalista inglês Charles Darwin, foi transferida para
as relações humanas, numa situação histórica
marcada
A) pela concórdia universal entre povos de diferentes
continentes.
B) pela noção de domínio, supremacia e hierarquia
racial.
C) pelos tratados favoráveis aos povos colonizados.
D) pelas concepções de unificação européia e de paz
armada.
E) pela fundação de instituições destinadas a
promover a paz.
37) (FUVEST-2006) A História Contemporânea, no
programa de História da FUVEST, contém um item que
diz: “A Europa em competição (1871-1914): imperialismo,
neocolonialismo e belle époque”.
Indique
a) em que consistia essa competição e por que era
imperialista.
b) o significado da expressão belle époque.
38) (Fatec-1997) Ata Geral da Conferência de Berlim - 26
de fevereiro de 1885
"Capítulo 1 - Declaração referente à liberdade de comércio
na bacia do Congo ...
Artigo 6Ž - Todas as Potências que exercem direitos de
soberania ou uma influência nos referidos territórios
comprometem-se a velar pela conservação dos aborígenes e
pela melhoria de suas condições morais e materiais de
existência e a cooperar na supressão de escravatura e
principalmente no tráfico de negros; elas protegerão e
favorecerão, sem distinção de nacionalidade ou de culto,
todas as instituições e empresas religiosas, científicas ou de
caridade, criadas e organizadas para esses fins ou que
tendam a instruir os indígenas e a lhes fazer compreender e
apreciar as vantagens da Civilização."
Pela leitura do texto acima, podemos deduzir que ele:
a) demonstra que os interesses capitalistas voltados para
investimentos financeiros eram a tônica do tratado.
b) caracteriza a atração exercida pela abundância de
recursos minerais, notadamente na região sul-saariana.
c) explicita as intenções de natureza religiosa do
imperialismo, através da proteção à ação dos missionários.
d) revela a própria ideologia do colonialismo europeu ao se
referir às vantagens da Civilização.
e) reflete a preocupação das potências capitalistas em
manter a escravidão negra.
39) (UNICAMP-1995) Ao exaltar o imperialismo inglês,
Rudyard Kipling escreveu em um de seus poemas:
"Aceitai o fardo do homem branco,
Enviai os melhores dos vossos filhos,
Condenai vossos filhos ao exílio,
Para que sejam os servidores de seus cativos."
a) Como esses versos de Kipling explicam o imperialismo
inglês?
b) Quais as áreas mais cobiçadas pelo imperialismo inglês e
por quê?
40) (UFBA-1998) A política colonizadora imperialista
fundamentou-se na "diplomacia do canhão", ou seja, foi
conseguida pela força, embora travestida de ideais que a
justificavam: os colonos eram portadores de uma "missão civilizadora, humanitária, filantrópica e cultural" e estavam
investidos de altruísmo, já que abandonavam o conforto da
metrópole para "melhorar" as condições de vida das regiões
para onde se dirigiam.
(VICENTINO, p. 243)
De acordo com o texto e os conhecimentos sobre o assunto,
é possível afirmar:
(01) O texto descreve a estrutura do colonialismo mercantil
que vigorou do século XIV ao XV.
(02) A queda do colonialismo mercantil propiciou o
desenvolvimento do livre comércio e da livre concorrência
bem como o combate à permanência da mão de obra
escrava.
(04) A política imperialista descrita no texto, além de
apoiar-se no uso da força, fundamentou-se em uma
ideologia justificadora e legitimadora.
(08) O imperialismo do século XIX foi patrocinado pelo
capital comercial e pelos Estados metropolitanos europeus.
(16) O enfraquecimento político e econômico de nações europeias imperialistas, após a Segunda Guerra Mundial,
abriu espaço para os movimentos de libertação das áreas
dominadas.
(32) A dependência econômica, verificada entre países
africanos e asiáticos frente a suas antigas metrópoles europeias, caracteriza as relações neocolonialistas
existentes no mundo, após a Segunda Guerra.
(64) A doutrina Monroe foi responsável pelo
fortalecimento dos movimentos de contestação ao
imperialismo norte-americano, na América Latina.
Marque como resposta a soma dos itens corretos.
41) (FGV-1999) "A violência colonial não tem somente o
objetivo de garantir o respeito desses homens subjugados;
procura desumanizá-los. Nada deve ser poupado para
liquidar suas tradições (…), é preciso embrutecê-los pela
fadiga. Desnutridos, enfermos, se ainda resistem, o medo
concluirá o trabalho: assestam-se os fuzis sobre o
camponês, vêm civis que se instalam na terra e o obrigam a
cultivá-la para eles. Se resiste, os soldados atiram, é um
homem morto; se cede, degrada-se o caráter, não é mais um
homem; a vergonha e o temor vão fender-lhe o caráter,
desintegrar-lhe a personalidade."
(Jean-Paul Sartre/1979)
O texto acima expressa a violência colonial como:
a) desestruturadora não apenas das tradições culturais, mas
fundamentalmente do próprio sujeito subjugado;
b) dialética, pois o sujeito colonizado passa a ter os valores
do colonizador após sua desestruturação;
c) diretamente vinculada às experiências em África e Ásia;
d) cruel, porém necessária para a constituição da
modernidade;
e) resultado direto da ação do sujeito subjugado.
42) (UFSCar-2000) O final do século XIX assistiu a um
processo de divisão e de ocupação de territórios
internacionais pelos países desenvolvidos.
a) Qual é o termo que usualmente se aplica a esta expansão
econômica, política e territorial?
b) Em que aspectos essa expansão, característica dos
séculos XIX e XX, difere da exploração colonialista do
Antigo Regime da época moderna?
43) (UNICAMP-2001) “Os 450 anos compreendidos entre a
chegada de Vasco da Gama, em 1498, e a retirada das
forças britânicas da Índia, em 1947, constituem um
verdadeiro período histórico.”
(Adaptado de K. M. Pannikar, A dominação Ocidental na
Ásia, São Paulo,
Paz e Terra, 1977, p.19.)
a) Explique o que representou para europeus e indianos a
chegada de Vasco da Gama à Índia em 1498.
b) Caracterize o processo de descolonização da Índia, que
culminou com a retirada dos ingleses em 1947.
c) Defina, a partir do enunciado acima, o que é um período
histórico.
44) (UNICAMP-2000) Na origem do pitoresco há a guerra e
a repulsa em compreender o inimigo: na verdade nossas
luzes sobre a Ásia vieram, inicialmente, de missionários
irritados e de soldados. Mais tarde chegaram os viajantes –
comerciantes e turistas – que são militares frios: o saque se
denomina shopping e as violações são praticadas
honrosamente nas casas especializadas. (...) Criança, eu era
vítima do pitoresco: tinham feito tudo para tornar os
chineses apavorantes (...).
(Adaptado de Jean-Paul Sartre, Colonialismo e
Neocolonialismo)
a) Retire do texto dois personagens da colonização européia
da Ásia e da África do século XVI ao século XX e explique
qual o seu papel na exploração e dominação colonial.
b) Explique como a Revolução Cultural Chinesa de 1968 se
posicionou frente aos valores econômicos e culturais do
Ocidente.
45) (UNICAMP-2004)
Mapas extraídos de H. L. Wesseling, Dividir para dominar:
a partilha da África, 1880-1914. São Paulo: Revan/Rio de
Janeiro: Ed. da UFRJ, 1998, p. 462-463.
a) A que processo histórico os mapas acima se referem?
b) Quais os interesses dos europeus pela África, nesse
período?
c) Caracterize o processo de descolonização da África.
46) (VUNESP-2008) Os sertões
A Serra do Mar tem um notável perfil em nossa história. A
prumo sobre o Atlântico desdobra-se como a cortina de
baluarte desmedido. De encontro às suas escarpas embatia,
fragílima, a ânsia guerreira dos Cavendish e dos Fenton. No
alto, volvendo o olhar em cheio para os chapadões, o
forasteiro sentia-se em segurança. Estava sobre ameias
intransponíveis que o punham do mesmo passo a cavaleiro
do invasor e da metrópole. Transposta a montanha —
arqueada como a precinta de pedra de um continente — era
um isolador étnico e um isolador histórico. Anulava o
apego irreprimível ao litoral, que se exercia ao norte;
reduzia-o a estreita faixa de mangues e restingas, ante a
qual se amorteciam todas as cobiças, e alteava, sobranceira
às frotas, intangível no recesso das matas, a atração
misteriosa das minas...
Ainda mais — o seu relevo especial torna-a um
condensador de primeira ordem, no precipitar a evaporação
oceânica.
Os rios que se derivam pelas suas vertentes nascem de
algum modo no mar. Rolam as águas num sentido oposto à
costa. Entranham-se no interior, correndo em cheio para os
sertões. Dão ao forasteiro a sugestão irresistível das
entradas.
A terra atrai o homem; chama-o para o seio fecundo;
encanta-o pelo aspecto formosíssimo; arrebata-o, afinal,
irresistivelmente, na correnteza dos rios.
Daí o traçado eloquentíssimo do Tietê, diretriz
preponderante nesse domínio do solo. Enquanto no S.
Francisco, no Parnaíba, no Amazonas, e em todos os cursos
d’água da borda oriental, o acesso para o interior seguia ao
arrepio das correntes, ou embatia nas cachoeiras que
tombam dos socalcos dos planaltos, ele levava os
sertanistas, sem uma remada, para o rio Grande e daí ao
Paraná e ao Paranaíba. Era a penetração em Minas, em
Goiás, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Mato
Grosso, no Brasil inteiro. Segundo estas linhas de menor
resistência, que definem os lineamentos mais claros da
expansão colonial, não se opunham, como ao norte,
renteando o passo às bandeiras, a esterilidade da terra, a
barreira intangível dos descampados brutos.
Assim é fácil mostrar como esta distinção de ordem física
esclarece as anomalias e contrastes entre os sucessos nos
dous pontos do país, sobretudo no período agudo da crise
colonial, no século XVII.
Enquanto o domínio holandês, centralizando-se em
Pernambuco, reagia por toda a costa oriental, da Bahia ao
Maranhão, e se travavam recontros memoráveis em que,
solidárias, enterreiravam o inimigo comum as nossas três
raças formadoras, o sulista, absolutamente alheio àquela
agitação, revelava, na rebeldia aos decretos da metrópole,
completo divórcio com aqueles lutadores. Era quase um
inimigo tão perigoso quanto o batavo. Um povo estranho de
mestiços levantadiços, expandindo outras tendências,
norteado por outros destinos, pisando, resoluto, em
demanda de outros rumos, bulas e alvarás entibiadores.
Volvia-se em luta aberta com a corte portuguesa, numa
reação tenaz contra os jesuítas. Estes, olvidando o holandês
e dirigindo-se, com Ruiz de Montoya a Madrie Díaz Taño a
Roma, apontavam-no como inimigo mais sério.
De feito, enquanto em Pernambuco as tropas de van
Schkoppe preparavam o governo de Nassau, em São Paulo
se arquitetava o drama sombrio de Guaíra. E quando a
restauração em Portugal veio alentar em toda a linha a
repulsa ao invasor, congregando de novo os combatentes
exaustos, os sulistas frisaram ainda mais esta separação de
destinos, aproveitando-se do mesmo fato para estadearem a
autonomia franca, no reinado de um minuto de Amador
Bueno. Não temos contraste maior na nossa história. Está nele a sua
feição verdadeiramente nacional. Fora disto mal a
vislumbramos nas cortes espetaculosas dos governadores,
na Bahia, onde imperava a Companhia de Jesus com o
privilégio da conquista das almas, eufemismo casuístico
disfarçando o monopólio do braço indígena.
(EUCLIDES DA CUNHA. Os sertões. Edição crítica de Walnice Nogueira
Galvão. 2 ed. São Paulo: Editora Ática, 2001, p. 81-82.)
Onde quer que tenha conquistado o Poder, a burguesia (...)
afogou os fervores sagrados do êxtase religioso (...) nas
águas geladas do cálculo egoísta. (...) Impelida pela
necessidade de mercados sempre novos, a burguesia invade
todo o globo (...) Em lugar do antigo isolamento de regiões
e nações que se bastavam a si próprias, desenvolvem-se um
intercâmbio universal, uma universal interdependência das
nações.
(Marx e Engels. Manifesto de 1848.)
Lakshmi Mittal, presidente de origem indiana da Mittal
Steel, a maior siderúrgica do mundo, provocou um
terremoto na Argélia. A empresa argelina (...) rompeu no
início do mês um dos tabus mais enraizados na Argélia, o
chamado popularmente fim-de-semana islâmico, que inclui
a quinta e a sexta-feira. (...) Para as empresas e os órgãos
argelinos que mantêm relações com o estrangeiro, a
defasagem entre um fim-de-semana [o islâmico] e outro [o
universal, no sábado e domingo] “é uma tremenda
complicação”. Eles só têm três dias úteis por semana
(segundas, terças e quartas) para trabalhar com o resto do
mundo...
(El País, 19.06.2007.)
Escritos em épocas distintas e tendo naturezas distintas, os
textos não deixam de manifestar algumas semelhanças de
conteúdo. Compare-os e indique essas semelhanças.
47) (VUNESP-2010) O imperialismo colonial europeu do
final do século XIX e início do século XX mudou a
geopolítica do continente africano, fragmentando-o em
fronteiras representadas pelo aparecimento de novos
espaços linguísticos e novas dinâmicas espaciais e
econômicas.
(Marc Ferro, História das Colonizações, 1996. Adaptado.)
Analisando o mapa, pode-se afirmar que
a) em 1895, França, Grã-Bretanha, Portugal, Espanha,
Alemanha e Itália fizeram um acordo de divisão da
totalidade do continente africano.
b) os impérios coloniais, a partir da Conferência de Berlim,
dominaram a África para instalar indústrias, visto que era
algo inexistente na Europa.
c) os países envolvidos nesse processo necessitavam de
mercados exteriores, matérias-primas agrícolas e minerais
para compensar o declínio da industrialização na Europa.
d) a repartição da África foi um projeto civilizador europeu,
que, para ser estabelecido, exigiu a destruição social das
oligarquias locais.
e) o imperialismo apoiou-se também nas rivalidades
nacionalistas britânica, francesa e alemã, que originaram
novos espaços linguísticos na África.
48) (UFMG-1998) O retorno do território de Hong Kong à
administração chinesa, em 1997, encerrou um longo
período de domínio britânico na região, que teve início com
o Tratado de Nankim, em 1842.
a) Cite o interesse fundamental da Inglaterra na China no
século XIX.
b) Cite e explique uma transformação ocorrida no
relacionamento entre ingleses e chineses após a Guerra do
Ópio.
c) Apresente a estratégia utilizada pelas potências europeias para estabelecer o domínio do Império Chinês.
49) (Fuvest-2003)
Tarzan, foto de 1931
Os personagens acima, difundidos pelo cinema em todo o
mundo, representam
a) o modelo de “bom selvagem” segundo a teoria do
filósofo J. Jacques Rousseau.
b) o protótipo da mestiçagem defendido pelas teorias do
nazi-facismo.
c) o ideal de beleza e de preservação ambiental difundidos
pela ideologia do “american way of life”.
d) a superioridade do “homem branco” segundo os
defensores da expansão “civilizatória ocidental”.
e) um valor estético permanente no mundo ocidental, criado
pela cultura grega, a partir do mito de Ulisses e Penélope.
50. (UERJ 2013)
Na década de 1930, foi publicada
a primeira edição da história em quadrinhos em que o personagem Tintim, um
jovem repórter belga, faz uma expedição ao Congo, colônia do seu país na época.
Com base nas imagens e nos diálogos apresentados, nota-se que Tintim
simbolizava as práticas de colonização europeia na África, associadas à
política de:
(A) integração étnica
(B) ação civilizadora
(C) cooperação militar
(D) proteção ambiental
Gabarito
1)
Resposta: B
2)
Resposta: A
3)
Resposta: D
4)
Resposta: B
5) Resposta: D
Na segunda metade do século XIX, o desenvolvimento das
forças produtivas e a formação de grandes corporações com
interesses internacionais caracterizaram a fase do
capitalismo denominada monopolista.
6)
Resposta: C
7)
Resposta: B
8)
Resposta: A
9)
Resposta: C
10) Resposta: E
11)
Resposta: D
12) Segundo o texto, a "sociedade civilizada" é entendida
como o império da "lei" e da "justiça" que, por suposto, não
eram comuns entre os "sulinos". Acrescente-se que o
conceito envolve também não violar aquilo que ele chama
de "direitos dos Estados Unidos".
Pode-se afirmar que a América Latina tem um papel
secundário no plano das relações internacionais para os
Estados Unidos. As intervenções ocorreram, sobretudo, sob
dois contextos: quando ocorreu insolvência financeira –
suspensão do pagamento da dívida externa – e por ocasião
dos problemas decorrentes do conflito político-ideológico
da Guerra Fria.
13)
Resposta: C
14) V, V, F
15)
Resposta: C
16)
Resposta: D
17) Resposta: A
Houve uma inversão na alternativa a: o colonialismo,
ligado ao contexto da Idade Moderna e ao mercantilismo,
tinha como sujeito os Estados Absolutistas e, como
instrumento, a burguesia comercial. Já o Neocolonialismo,
ligado ao liberalismo do século XIX, tinha como
instrumento os Estados da Europa e da América e, como
sujeito, a burguesia financeiro-industrial.
18) Resposta: D
O imperialismo do século XIX caracterizou-se pela
dominação política e econômica das grandes potências europeias sobre territórios da Ásia e da África. O objetivo
era se apropriar de novos mercados e de novas áreas
fornecedoras de matérias-primas. Essa política culminou na
realização da partilha dos territórios mencionados entre os
países hegemônicos, processo chamado “neocolonialismo”.
19)
a) A Primeira Guerra Mundial teve entre suas principais
causas as disputas imperialistas entre as grandes nações europeias, principalmente pelo controle de territórios na
Ásia e na África. Um exemplo dessas tensões foi a famosa
Questão Marroquina, que acirrou as rivalidades entre
França e Alemanha.
b) As derrotas militares do Império Russo diante da
Alemanha durante a guerra aceleraram o processo de
desagregação do regime do czar Nicolau II. A fome, o
alistamento compulsório, o grande número de mortes e a
corrupção generalizada ajudaram a precipitar o desfecho
revolucionário de 1917.
20)
a) O aluno poderia selecionar duas das distinções
abaixo:
• 1ª Revolução Industrial:
1. Alcance restrito (Noroeste da Europa)
2. Utilização de energia hidráulica e a vapor
3. Setores de vanguarda: têxtil e metalúrgico
4. Livre iniciativa
5. Preponderância do capital produtivo sobre o
financeiro
• 2ª Revolução Industrial:
1. Maior alcance (Japão, Estados Unidos e diversas
áreas da Europa)
2. Utilização de novas fontes de energia (elétrica,
derivados de petróleo)
3. Setores de vanguarda: químico e siderúrgico
4. Tendência à formação de monopólios. Ascensão do capital financeiro
4. Tendência à formação de monopólios. Ascensão do capital financeiro
b) Dentre as várias conseqüências políticas, pode-se
observar: de um lado, a consolidação da burguesia por meio
das revoluções liberais e nacionalistas; de outro, a
emergência do proletariado urbano, que, por meio de ações
reivindicatórias e revoluções de cunho socialista (como o
cartismo e a Comuna de Paris), adquiriu uma identidade
própria. Por último, a industrialização agravou o
nacionalismo ao produzir a expansão imperialista, gerando
conflitos internacionais que culminaram com a eclosão da
Primeira Guerra Mundial.
21) Resposta: E
22)
Resposta: D
23) Alternativa: D
24) Alternativa: B
25)
Resposta: D
26) O texto refere-se a dominação branca da África dando
destaque as pessoas que se utilizando da Bíblia com a
“missão” de levar à estes povos, que segundo eles eram
aculturados, a fé cristã. Mas na verdade a intenção era a de
dominar estes povos e ocupar suas terras.
27)
Resposta: C
28) Soma: 01+08+02= 11
29)
Resposta: D
30)
Resposta: D
31)
a) Dentre os conflitos ocorridos na Ásia e na África,
envolvendo a resistência às potências colonizadoras, o
candidato poderia citar:
— Guerra do Ópio (1840-42), na China;
— Guerra dos Sipaios (1857), na Índia;
— Revolta dos Boxers (1900), na China;
— Guerra dos Bóeres (1899-1902), na África.
b) A expansão econômica decorrente da Segunda
Revolução Industrial ampliou a necessidade de matérias primas
e de mercados consumidores de produtos
industrializados. Na Ásia e na África, encontravam-se áreas
que atendiam a essas condições e nas quais, além disso, era
possível aplicar capital excedente. Por isso foram
transformadas em novos espaços de exploração capitalista.
33)
Resposta: B
34)
a) O neocolonialismo foi justificado pelo argumento da
superioridade racial e do “fardo do homem branco”,
segundo o qual as nações europeias teriam a obrigação de
levar a civilização aos povos da África, considerados
“atrasados”.
b) De acordo com o fragmento II, a França e a Grã-
Bretanha passaram a ter gastos elevados com a manutenção
de seus impérios coloniais, ao mesmo tempo que
precisavam obter recursos para sustentar a mobilização
militar típica da Guerra Fria. Dessa forma, seus orçamentos
se desequilibravam.
35)
Comentário da questão:
a) A expansão imperialista
europeia sobre o continente africano esteve articulada a interesses
capitalistas de finais do século XIX. Esses interesses se relacionavam tanto
com a necessidade de matéria-prima, daí a exploração de riquezas minerais, como
diamante, ouro e minério de ferro, e do potencial agrícola de algumas áreas,
quanto com a busca por mão de obra e por novos consumidores, levando ao
controle de territórios estratégicos, como a costa oriental africana, e à
ampliação de mercados, como os protetorados e as áreas de influência no norte
da África.
b) Em virtude desses interesses,
a partilha das regiões africanas foi caracterizada por divergências e
enfrentamentos entre governos e investidores europeus, como as disputas franco-britânicas pelo controle do
Egito, as franco-germânicas pelo controle da Tunísia e as belgo-germânicas pelo
controle do Congo. Além dessas, destaque-se também a disputa pelo controle da
África do Sul, entre Inglaterra e descendentes de colonização holandesa e
alemã, relacionada à Guerra dos Bôeres, na década de 1880 e entre 1899 e 1902.
36) Alternativa: B
37)
a) A competição entre os países europeus foi uma
decorrência das necessidades expansionistas criadas pela
Revolução Industrial. Assim, a busca de mercados para os
seus produtos e capitais provocou uma nova forma de
dominação, na Ásia e na África, que deu origem ao
imperialismo.
b) A expressão belle époque designa um período anterior
à Primeira Guerra Mundial em que a vida urbana passou a
refletir os avanços produzidos pela industrialização. Dessa
maneira, paralelamente ao enriquecimento da alta burguesia
e ao aumento da classe média, houve a eletrificação das
cidades e a implantação de projetos urbanísticos, criando
uma sensação de progresso e prosperidade que se
manifestou também na cultura.
38)
Resposta: D
39) Kipling justifica o imperialismo inglês como sendo um
fardo que o homem é obrigado a carregar, sendo um ser
superior , o homem branco tem que levar a civilização a
que deve ser seu dominado.
Ásia e África
40) Soma: 16+04=20
41)
Resposta: A
42) Imperialismo ou Neocolonialismo.
Esta forma visava atender as necessidades criadas pela
industrialização, buscando mercados consumidores de
produtos industrializados e fornecedores de matérias primas.
Enquanto o colonialismo mercantilista visara ao
fortalecimento do Estado, o Imperialismo visava o
fortalecimento da burguesia das grandes potências. Para
isso, colonizou novas áreas na África e na Ásia e assumiu o
controle econômico de países periféricos, por exemplo,
América Latina e no Oriente.
43) A chegada de Vasco da Gama à Índia, em 1498,
significou a eliminação dos intermediários árabe-italianos
no comércio das especiarias e, dessa forma, na transição da
Idade Média para a Idade Moderna.
A descolonização da Índia foi marcado por forte
imperialismo britânico na região. Para protestar contra o
Imperialismo dos Ingleses, Gandhi se destacou por exercer
forte oposição à Inglaterra através da luta pacífica.
É um intervalo de tempo que contém certas características
econômicas, políticas, sociais e culturais que o identifica e
o singulariza no processo de transformações que
costumamos chamar de história.
44)
a) O texto apresenta como personagens da colonização
européia na África e na Ásia os missionários, os soldados e
os viajantes – comerciantes e turistas. Os missionários
representam uma dominação de ordem cultural, com a
imposição de um sistema de valores cristão e europeu aos
povos africanos e asiáticos, resguardados pelos homens das
armas, os soldados. Estes representam a dominação militar
sobre a África e Ásia e a possibilidade de estabelecimento
de instituições europeias nas áreas dominadas. Já no caso
dos viajantes, há a representação básica da "venda da
Europa", dos objetos produzidos na Europa industrial aos
africanos e asiáticos.
b) A Revolução Cultural Chinesa significou uma oposição
radical ao sistema de valores econômicos e culturais
europeus. Mao Tsé-tung, líder revolucionário chinês,
instigou a negação do conhecimento produzido pelo que
considerava ser o "sistema burguês". Chegou-se até ao
fechamento das universidades na China, o que, de certa
forma, esteve associado ao atraso chinês do período.
45)
a) Ao neocolonialismo (imperialismo).
b) Principalmente busca de matérias-primas e de mercados
consumidores; mas também escoamento de excedentes
demográficos europeus e aplicação, no setor terciário das
colônias africanas, de capitais excedentes dos países
industrializados.
c) A descolonização da África ocorreu no contexto da
Guerra Fria, com maior intensidade na década de 1960. O
processo se deu por duas vias: pacífica (colônias britânicas
e quase todas as colônias francesas) e violenta (colônias
portuguesas). A descolonização foi seguida, na maioria dos
casos, por guerras civis de origem étnica.
46) No fragmento do Manifesto Comunista, Marx e Engels
fazem referência à “função civilizadora do capital”, na
medida em que a racionalidade burguesa põe por terra
crenças e ritos irracionais que serviriam como obstáculo à
exploração mais eficiente do trabalho. Ao mesmo tempo, já
constatavam a expansão imperialista rumo a novos
mercados, internacionalizando o capital com a inserção de
áreas até então periféricas em uma economia tornada
global.
O segundo texto descreve um conflito típico do período
pós-Guerra Fria, em que se opera uma aceleração do
processo de internacionalização do capital, no atual
contexto da globalização. Verificam-se, portanto, conflitos
semelhantes aos identificados por Marx no século XIX e
decorrentes do confronto da racionalidade capita- lista com
sociedades e valores tradicionais
47) Alternativa: E
48) Os ingleses viam na China um grande mercado
consumidor para o seus produtos e para o ópio.
A China derrotada na guerra foi obrigada a assinar o
Tratado de Nanquim, abrindo seus portos ao livre comércio,
abolindo o sistema de fiscalização e entregando a ilha de
Hong Kong à Inglaterra.
As potências europeias forçaram a China a assinar tratados,
sendo forçada a se abrir para o comércio internacional.
49)
Resposta: D
50) Resposta: B
Comentário da questão: A ação
colonizadora de países europeus no continente africano, no decorrer do século
XIX, viabilizou a formação de impérios territoriais e a conquista de áreas de
influência. A partir de estratégias variadas, fossem as práticas de exploração
direta de recursos naturais e da mão de obra local, fossem as formas de
controle e subordinação por meio da dependência financeira e da intervenção
política e administrativa, os colonizadores europeus transformaram as condições
de vida e de trabalho de povos e sociedades africanas. Tais transformações, em
muitos casos, traumáticas e conflituosas, vieram a ser justificadas pelo
argumento de que os colonizadores europeus realizavam ações civilizadoras, simbolizadas
pelas novas técnicas de produção e de transporte e também por novos hábitos de
consumo. A imagem do repórter Tintim, nas suas atitudes e, principalmente, na
reação da tribo africana a elas, denota alguns dos significados das ações
civilizadoras, pela ótica dos colonizadores europeus.
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