Alemanha x Tratado de Versalhes
Alemanha x Tratado de Versalhes
A partir de outubro de 1918, por
toda a Alemanha estouravam insurreições de operários e militares, exigindo a
renúncia do kaiser Guilherme II e a assinatura da paz com os países da Entente.
Assim, em novembro de 1918, estourou a revolução em Berlim. Guilherme II
abdicou e fugiu para a Holanda e a república foi proclamada. As negociações
para a paz começaram em janeiro de 1919, em Paris, e em julho do mesmo ano os
representantes alemães assinaram o Tratado de Versalhes. Alguns de seus artigos
eram infames e impunham à Alemanha não apenas uma pesada dívida de guerra, mas
todo o ônus moral do conflito e a perda de importantes frações de seu
território.
Reação da Alemanha ao Tratado de
Versalhes
Essas condições provocaram uma
forte reação na Alemanha, onde setores nacionalistas e militaristas começaram a
divulgar que o exército alemão não fora vencido, e sim, traído pelos
socialistas, comunistas e judeus, que tinham forçado os políticos a assinar a
rendição. Os ex-combatentes, inadaptados à vida civil e abandonados pelo poder
público, encarnaram esse humilhado nacionalismo alemão: acreditavam ser os
vingadores dos companheiros mortos e traídos por políticos de esquerda e
judeus. Convencidos dessa tarefa, formavam bandos armados, tolerados e até
incentivados pelas autoridades militares, que passaram a combater os movimentos
esquerdistas e liberais, bem como as manifestações de operários e camponeses.
Esses grupos eram liderados por ex-chefes militares que viam nessa iniciativa a
possibilidade de rearmar seu país. Na Alemanha vencida, os setores nacional
elas também responsabilizavam a democracia pela derrota. Nascida da derrota, a
democrática República de Weimar foi acusada de dividir os alemães com sua
liberdade política e de ter traído o exército.
A derrota gerou uma grave
depressão econômica no país. Em 1923, houve uma inflação vertiginosa, com o
marco desvalorizando-se de hora em hora, obrigando os comerciantes a remarcar
os preços várias vezes ao dia. Essa inflação teve sérias consequências sociais,
pois arruinou os poupadores que viviam de juros fixos, enquanto economias de
toda uma vida eram reduzidas a nada. A depressão e a inflação favoreceram
também a concentração de renda, já que milhares de pequenas empresas
desapareceram ou foram incorporadas ao grande capital, resultando no desemprego
de milhões de pessoas.
Fonte: Click Escolar
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