Orientação de estudos: civilização romana
Teste seus conhecimentos sobre a Antiguidade Clássica: Roma
Lista nº 6 - História Geral - Roma Antiga
1. (FUVEST 2013) A escravidão na
Roma antiga
a) permaneceu praticamente
inalterada ao longo dos séculos, mas foi abolida com a introdução do
cristianismo.
b) previa a possibilidade de
alforria do escravo apenas no caso da morte de seu proprietário.
c) era restrita ao meio rural e
associada ao trabalho braçal, não ocorrendo em áreas urbanas, nem atingindo
funções intelectuais ou administrativas.
d) pressupunha que os escravos
eram humanos e, por isso, era proibida toda forma de castigo físico.
e) variou ao longo do tempo, mas
era determinada por três critérios: nascimento, guerra e direito civil.
resposta da questão 1:[E]
A alternativa contempla
exclusivamente a origem da condição de escravo na Roma antiga, não abordando a
situação do cativo na sociedade nem as relações com seu proprietário. Limita-se
a enumerar as três formas de escravidão existentes: a natural (nascer de mãe
escrava), a mais praticada (captura em guerra) e a determinada por legislação
até 367 a.C., quando foi revogada a escravidão por dívidas.
2. (Unicamp 2013) Por que as
pessoas se casavam na Roma Antiga? Para esposar um dote, um dos meios honrosos
de enriquecer, e para ter, em justas bodas, rebentos que, sendo legítimos,
perpetuassem o corpo cívico, o núcleo dos cidadãos. Os políticos não falavam
exatamente em natalismo, futura mão de obra, mas em sustento do núcleo de
cidadãos que fazia a cidade perdurar exercendo a “função de cidadão” ou devendo
exercê-la.
(Adaptado de P. Ariès e G. Duby,
História da Vida Privada. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. v. 1, p. 47.)
a) Por que o casamento tinha uma
conotação política entre os cidadãos, na Roma Antiga?
b) Indique dois grupos excluídos
da cidadania durante a República romana (509-27 a.C.).
resposta da questão 2:
a) Segundo o texto, o casamento
tinha uma conotação política, porque perpetuava o “corpo cívico” da República
já que resultavam em filhos “legítimos” de Roma. Além disso, o casamento
poderia possibilitar o enriquecimento dos cidadãos por meios “honrosos”.
b) Entre os grupos excluídos
podemos citar:
- Escravos
- Libertos
-Mulheres
3. (PUC MG 2013) Observe a pintura Os litores levam ao Cônsul Brutus os Corpos de Seus Filhos, de Jacques Louis David, 1748-
1825 (Museu do Louvre, Paris).
(Fonte: RIBEIRO, Renato Janine, A república. São Paulo: Publifolha, 2008. p. 18.)
Na pintura veem-se, na parte superior esquerda, os corpos dos filhos de Brutus lhe sendo trazidos. Sentado, logo abaixo, o próprio Brutus com uma expressão séria, mas serena, de meditação profunda e em silêncio, opondo-se à expressão de sua mulher, em profundo desespero, abraçada às suas filhas. A pintura é uma representação do episódio de proclamação da república, na Roma Antiga. Após expulso o último rei, Brutus, um dos dois cônsules eleitos anualmente, condena seus próprios filhos à morte por terem conspirado para restaurar a dinastia dos Tarquínios, de fora de Roma.
Em relação ao conceito de república, o quadro de Louis David nos diz adequadamente:
a) O bem público se sobrepõe ao privado, levando ao sacrifício de vantagens e afetos pessoais em prol do bem comum.
b) Brutus foi um político desumano, que usou sua força em seus próprios filhos para servir de exemplo aos traidores.
c) Quem tomava as decisões na república era o homem, cabendo à mulher a obediência de quem nunca podia se manifestar.
d) A implantação da república não significou exatamente uma grande mudança social, pois o poder continuou nas mãos de um só.
resposta da questão 3:[A]
Comentário da questão:
1825 (Museu do Louvre, Paris).
(Fonte: RIBEIRO, Renato Janine, A república. São Paulo: Publifolha, 2008. p. 18.)
Na pintura veem-se, na parte superior esquerda, os corpos dos filhos de Brutus lhe sendo trazidos. Sentado, logo abaixo, o próprio Brutus com uma expressão séria, mas serena, de meditação profunda e em silêncio, opondo-se à expressão de sua mulher, em profundo desespero, abraçada às suas filhas. A pintura é uma representação do episódio de proclamação da república, na Roma Antiga. Após expulso o último rei, Brutus, um dos dois cônsules eleitos anualmente, condena seus próprios filhos à morte por terem conspirado para restaurar a dinastia dos Tarquínios, de fora de Roma.
Em relação ao conceito de república, o quadro de Louis David nos diz adequadamente:
a) O bem público se sobrepõe ao privado, levando ao sacrifício de vantagens e afetos pessoais em prol do bem comum.
b) Brutus foi um político desumano, que usou sua força em seus próprios filhos para servir de exemplo aos traidores.
c) Quem tomava as decisões na república era o homem, cabendo à mulher a obediência de quem nunca podia se manifestar.
d) A implantação da república não significou exatamente uma grande mudança social, pois o poder continuou nas mãos de um só.
resposta da questão 3:[A]
Comentário da questão:
O que nos diz o quadro de David?
Antes de mais nada, que o bem público se sobrepõe ao privado. Essa frase, que
geralmente tomamos por mero lugar-comum, tem nos valores da República um claro
significado: devemos sacrificar as vantagens e até os afetos pessoais ao bem
comum. Ou seja, os interesses coletivos (bem público) estava acima dos interesses individuais (bem privado).
4. (Mackenzie 2014) O Mar Mediterrâneo foi a maior de todas as vias de circulação romanas e dele resultou a formação do Império Romano (27 a.C. a 476 d.C.). A respeito dessa importante conquista para a civilização romana, assinale a alternativa correta.
a) A eliminação da hegemonia cartaginesa sobre a região além de permitir que Roma passasse a dominar o comércio mediterrâneo, possibilitou aumentar o dinamismo próprio da estrutura escravista, que necessitava de mão de obra decorrentes das conquistas.
b) Após a derrota romana nas Guerras Púnicas, quando fenícios e cartagineses ocuparam o estreito de Gibraltar, a única saída para dar continuidade ao processo de expansão foi a conquista do mar Mediterrâneo.
c) A explosão demográfica e os conflitos internos com a plebe urbana exigiram medidas expansionistas por parte do governo, para que se estabelecessem colônias romanas fora da península itálica a fim de minimizar as tensões sociais.
d) A necessidade de expansão do cristianismo, que a partir do século IV, tornou-se a religião oficial do império romano, implicou na divulgação dos princípios dessa nova doutrina para os povos bárbaros.
e) A crescente produção de cereais, durante o império romano, especialmente,
o trigo, levou à expansão de suas fronteiras, uma vez que era necessário ser escoado e vendido para as demais províncias romanas.
resposta da questão 4:[A]
Comentário da questão:
Cartago, localizada no Norte da África, foi a única que talvez pudesse ter contido o expansionismo romano. Sua derrota e destruição nas Guerras Púnicas (264-146 a.C.) abriu caminho para que Roma transformasse o Mediterrâneo no célebre Mare Nostrum (observe-se que a hegemonia cartaginesa abrangia somente o Mediterrâneo Ocidental). As conquistas romanas que se seguiram ao conflito com Cartago não só dinamizaram o comércio de Roma como consolidaram o modo de produção escravista, provocando profundas alterações econômicas, sociais e políticas, responsáveis pela implantação do Império.
5. (UFSCar-2006) Considere os
acontecimentos da história romana.
I. Construção da Muralha de
Adriano.
II. Início da República Romana.
III. Revolta dos escravos
liderada por Espártaco.
IV. A cidadania romana é
concedida a todos os habitantes do Império.
V. Primeira Guerra Púnica.
Esses acontecimentos, colocados
na ordem cronológica correta, são:
A) I, II, III, IV e V.
B) III, IV, V, II e I.
C) II, V, III, I e IV.
D) V, IV, III, II e I.
E) II, I, IV, V e III.
resposta da questão 5:[C]
Comentário da questão:
Questão meramente factual cabendo ao aluno compreender os aspectos principais das 3 fases da história roma: monarquia, república e império.
Sendo assim temos a seguinte sequência:
- Início do período república (509 a.C);
- Primeira Guerra Púnica: conjunto de batalhas contra Cartago, ocorrida durante a expansão militar romana na fase da República (264-241 a.C);
- Revolta de escravos liderada por Spartacus: ocorrida no período republicano;
- Construção da Muralha de Adriano (122-126): período imperial;
- Cidadania romana a todos os habitantes do Império: concessão feita pelo imperador Marco Aurélio, conhecido popularmente como Caracala (Edito de Caracala, 212).
6. (FUVEST-2006) Em Brasília, em
julho de 2005, numa das sessões da CPI dos Correios, o relator citou o início
das Catilinárias, de Cícero (63 a.C.): “Até quando, Catilina, abusarás da nossa
paciência? Por quanto tempo ainda esse teu rancor nos enganará? Até que ponto a
(tua) audácia desenfreada se gabará?”
Transcendendo a história romana, o nome
de Cícero continua presente no vocabulário político-cultural do Ocidente,
estando associado a
a) democracia, oligarquia e
moralismo.
b) realeza, ruralismo e
sobriedade.
c) império, populismo e
tolerância.
d) república, civismo e
eloquência.
e) aristocracia, demagogia e
ostentação.
resposta da questão 6:[D]
Comentário da questão:
Cícero é normalmente visto como
sendo uma das mentes mais versáteis da Roma antiga, no período republicano. Foi ele quem apresentou aos
Romanos as escolas da filosofia grega e criou um vocabulário filosófico em
Latim, distinguindo-se como um linguista, tradutor, e filósofo. Um orador
impressionante e um advogado de sucesso, Cícero provavelmente pensava que a sua
carreira política era a sua maior façanha.
7. (Fuvest-2005) Karl Marx afirmou mais de uma vez que, na
antiguidade romana, era o Estado que sustentava o proletariado e não este
àquele, como ocorre na modernidade. Com base nessa afirmação, explique:
a) Como o Estado romano sustentava o proletariado?
b) Por que é possível sustentar que a derrota do programa de
reforma agrária dos irmãos Graco abriu caminho para tal política?
resposta da questão 7:
a) Através da administração dos recursos obtidos nas conquistas, da tributação e da exploração da mão de obra escrava, o Estado romano reuniu recursos que lhe permitiam oferecer sustentação econômica e divertimento à plebe marginalizada, ressaltando-se nesse sentido a política do “pão e circo”.
b) O programa de reforma agrária visava resolver o problema dos plebeus permitindo sua reintegração à economia como proprietários de terra. A derrota desse projeto sinaliza para o fato de que as elites romanas só aceitariam que o problema da plebe fosse resolvido de forma que não afetasse seus privilégios.
8. (Fuvest 2006) Vegetius, escrevendo no século IV
a. C., afirmava que os romanos eram menos numerosos que os gauleses, menores em
tamanho que os germanos, mais fracos que os espanhóis, não tão astutos quanto
os africanos e inferiores aos gregos em inteligência criativa. Obviamente
Vegetius considerava os romanos, como guerreiros, superiores a todos os demais
povos. Já para os historiadores, o fato de os romanos terem conseguido
estabelecer, e por muito tempo, o seu vasto império, o maior já visto até
então, deveu-se sobretudo
a) à inferioridade cultural dos
adversários.
b) ao espírito cruzadista da
religião cristã.
c) às condições geográficas
favoráveis do Lácio.
d) à política, sábia, de dividir
para imperar.
e) à superioridade econômica da
Península itálica.
resposta da questão 8:[D]
Comentário da questão:
Resolução: Os romanos dominaram
vasto território por séculos, controlando diferentes povos. Para preservar tal
domínio se utilizaram da força de um numeroso e poderoso exército e, ao mesmo
tempo, de uma política de dividir os inimigos para enfraquece-los.
Note que o texto esta datado do
século IV a.C., época na qual o império romano ainda não existia, anterior a I
Guerra Púnica.
9. (Mackenzie 2006) As afirmações
seguintes referem-se à história da Roma Antiga.
I. Ao lado da versão lendária da
fundação de Roma pelos jovens gêmeos Rômulo e Remo, a versão histórica sugere a
presença de grupos humanos estabelecidos, já antes de 753 a.C., na região do
futuro Lácio.
II. O período republicano foi
marcado pelas lutas entre patrícios e plebeus, como aquela que, em 498 a.C.,
acabou por instituir os Tribunos da Plebe, representantes plebeus no Senado.
III. Entre as maiores heranças
culturais dos romanos para a civilização ocidental, estão o Direito e a língua
latina, tendo esta servido de matriz linguística a inúmeros idiomas modernos.
Assinale:
a) se apenas I é correta.
b) se apenas II é correta.
c) se apenas III é correta.
d) se apenas I e II são corretas.
e) se I, II e III são corretas.
resposta da questão 9:[E]
Comentário da questão:
As três afirmações referem-se à
História de Roma e estão corretas.
10. (Mackenzie) A crise do Império Romano foi marcada por um
processo que:
a) alterou as relações sociais e políticas, determinando
novos vínculos, assentados, principalmente, na posse de terras.
b) foi responsável pela consolidação e expansão das
instituições políticas e sociais romanas por toda a Europa.
c) criou novas atividades econômicas e intensificou as
relações comerciais entre o Império Romano do Ocidente e o Império Romano do
Oriente.
d) favoreceu o crescimento das cidades, devido ao êxodo
rural provocado pelos constantes ataques dos invasores bárbaros.
e) transformou as terras de cultivo em pastagens cercadas,
tornando-as propriedades privadas, o que ocasionou a marginalização dos
agricultores.
resposta da questão 10:[A]
Comentário da questão:
A crise do Império Romano (Baixo Império) provocou uma série de transformações políticas e sociais, aumentando o vínculo baseado na posse da terra, base para a formação do sistema de colonato nas vilas romanas controladas pelos grandes latifundiários.
11. (FGV 2006) Com a expansão do poder romano
[sob a República], tornou-se enorme a diferença entre a pequena cidade nascida
às margens do Tibre e a Roma todo-poderosa, agora senhora do Mediterrâneo. A
economia, a política, a vida social e religiosa dos romanos passaram por
profundas modificações.
(José Jobson de A. Arruda c
Nelson Piletti, Toda a História)
Entre as modificações que se pode
identificar está
a) a prosperidade do conjunto da
plebe, maior beneficiária da ampliação do mercado consumidor em função das
províncias conquistadas.
b) a disseminação da pequena
propriedade, com a distribuição da terra conquistada aos legionários, maiores
responsáveis pela expansão.
c) a crescente influência
cultural dos povos conquistados, em especial os gregos, alterando as práticas
religiosas romanas.
d) o enrijecimento moral de toda
a sociedade, que passou a não mais tolerar as bacanais — festas em honra ao
deus Baco.
e) a criação e consolidação do
colonato como base da economia romana e sua disseminação pelas margens do mar Mediterrâneo.
resposta da questão 11:[C]
Comentário da questão:
As conquistas provocaram
profundas modificações no cotidiano dos romanos. A influência das culturas das
regiões conquistadas, sobre a romana levou a população da cidade de Roma a
incorporar uma série de novos hábitos, inclusive no que diz respeito à
religiosidade.
12. (Vunesp) “Meu caro Plínio, você agiu como devia tê-lo
feito, examinando as causas daqueles que lhe foram delatados como cristãos. Não
se pode ter uma regra geral e fixa a este respeito. Não devem ser perseguidos,
mas se forem denunciados e perseverarem, devem ser punidos.”
(Carta do Imperador Trajano a Plínio, 112 d.C.)
Baseando-se no texto, responda.
a) Cite um tipo de punição dada aos cristãos nessa época.
b) Por que os cristãos eram perseguidos?
resposta da questão 12:
a) Os cristãos devotavam-se ao pacifismo, contrariando o militarismo da sociedade romana. Eram vistos como opositores da escravidão, um dos pilares da sustentação econômico-social do Império, e recusavam-se a aceitar a divindade do imperador, negando, portanto, um dos a autoridade máxima do Estado.
b) As punições mais comuns eram o martírio na cruz e o sacrifício público no circo.
13. (UNICAMP-2001) Acerca do fascínio exercido pelos espetáculos
de sangue na arena, muitos romanos afirmavam que eles inspiravam um nobre
desprezo pela morte. Mas é possível interpretar esses espetáculos como um
ritual que reafirmava o poder e a autoridade do Estado romano. Os gladiadores,
por exemplo, eram indivíduos sem direitos, marginalizados ou condenados por
subversão da ordem pública. Ao executá-los em público, o povo romano reunido
celebrava a sua superioridade e o seu direito de dominar.
(Adaptado
de J. A. Shelton, As the Romans Did, Oxford, 1998, p. 350.)
a) De que maneira esse texto interpreta a popularidade dos
espetáculos de sangue na Roma antiga?
b) Por que, segundo o texto, o sacrifício de um gladiador
perante o público reforçava as relações de dominação na sociedade romana?
c) Explique por que os cristãos foram perseguidos em nome da
ordem pública romana.
resposta da questão 13:
a) De acordo com o texto, alguns interpretam que "acerca do fascínio exercido pelos espetáculos e sangue na arena, ... eles inspiravam um nobre desprezo pela morte", mas também "é possível interpretar esses espetáculos como um ritual que reafirmava o poder e a autoridade do Estado romano".
b) Porque "os gladiadores, por exemplo, eram indivíduos sem direitos, marginalizados ou condenados por subversão da ordem pública". Neste caso, o Estado, ao patrocinar esses espetáculos, apareceria como mantenedor da ordem eliminando a subversão.
c) Os cristãos, ao colocarem em questão os deuses romanos, em defesa do monoteísmo, e a autoridade divina do imperador, eram perseguidos e executados.
14. (UNICAMP-1999) Leia com atenção os dois comentários abaixo
sobre colonização:
A colonização foi um meio de consolidação da dominação
romana e a única medida político-social de longo alcance com que o estado
romano conseguiu atenuar os desequilíbrios que afetavam o seu corpo social.
(Adaptado de M. Weber, História Agrária Romana, Martins
Fontes, 1994)
O esforço de colonização dos portugueses distingue-se
principalmente pela predominância do seu caráter de exploração comercial antes
de tudo litorânea e tropical.
(Adaptado de S. Buarque de Hollanda, Raízes do Brasil, 1936)
a) Quais os principais objetivos da colonização romana?
b) Compare o processo de colonização portuguesa com o processo
de colonização romana, apontando as diferenças.
resposta da questão 14:
a) Roma além de conquistar para o desenvolvimento econômico, também procurava criar um grande Império aumentado sua hegemonia em todo oriente e ocidente.
b) A diferença entre estes dois processos de colonização, é que o português preocupava-se em explorar sua colônias sem a preocupação de criar uma grande nação portuguesa, enquanto que o processo romano, além da conotação econômica mantendo o escravismo, pretendia criar um grande Império transformando seus habitantes em cidadão de Roma
15. (Vunesp-1999) "A atividade dos Gracos foi objeto de
debates apaixonados e formulavam-se sobre ela os juízos mais diversos (...). Os
políticos romanos dividiam-se nitidamente em dois grupos ou partidos, pelos
quais os Gracos eram considerados heróis ou criminosos."
(M. Rostovtzeff. História de Roma.)
O autor refere-se aos irmãos Tibério e Caio Graco, tribunos
da Assembléia da Plebe de Roma no século II a.C.
a) Como estava constituída a sociedade romana na época de
atuação dos irmãos Tibério e Caio Graco?
b) Dê uma razão pela qual os irmãos Graco eram "objeto
de debates apaixonados".
resposta da questão 15:
A sociedade estava dividida: classe senatorial (aristocracia), classe equestre (mercadores, banqueiros e comerciantes) os clientes (agregados dos patrícios) e os proletários (plebeus).
Foram os mais importantes tribunos por tentarem reformular as leis romanas em favor da plebe, procurando cria uma igualdade jurídica em Roma, sendo duramente criticados pela aristocracia senatorial.
16. (UNICAMP-1997) "Augusto conquistou os soldados com
presentes, o povo com pão barato, e todos os homens com os frutos da paz. Assim
tornou-se progressivamente mais poderoso, congregando em si as funções do
Senado, dos magistrados e das leis."
[Tácito,
Anais 1.2, (MOSES HADAS, ED., THE COMPLETE WORKS OF TACITUS, NEW YORK, RANDOM
HOUSE, 1942, p. 3)].
a) Identifique o período da história de Roma tratado nesse
texto.
b) A partir dos elementos indicados no texto, caracterize o Estado
romano durante esse período.
resposta da questão 16:
a) O início do Império Romano
b) O Estado romano era autocrático, ou seja, o Imperador era a autoridade máxima, o Imperador criou a política do “ pão e circo”, para ter popularidade e conter revoltas plebéias, ampliou os ganhos dos militares e inicio a chamada “pax romana” , tornado os povos conquistados cidadãos de Roma.
17. (UNICAMP) Os princípios do cristianismo chocaram-se com
os valores romanos, em especial a partir do momento em que os imperadores
passaram a ser vistos como divindades.
Entre os séculos I e III, as perseguições aos cristãos foram
constantes.
a) Cite três características do cristianismo naquele
período.
b) Explique por que os princípios cristãos eram uma ameaça
ao poder político dos imperadores romanos.
resposta da questão 17:
a) o monoteísmo, a oposição a escravidão e a crença na vinda de um salvador.
b) O cristianismo se opunha à estrutura militar ao escravismo e contestava o direito divino de governo dos Imperadores romanos.
18. (UNICAMP) O Mar Mediterrâneo foi a maior de todas as
vias de circulação romanas e dele resultou a formação do Império Romano.
a) Como se deu a conquista do mar Mediterrâneo pelos
romanos?
b) Explique a importância dessa conquista para a formação do
Império Romano.
resposta da questão 18:
a) Ocorreu através de conquistas dos países que disputavam com Roma a região do Mediterrâneo, como por exemplo as Guerras Púnicas, conquistam os cartagineses.
b) A região era a principal rota de comércio entre Oriente e Ocidente, e possibilitou o desenvolvimento da economia do Império Romano, dando início ao seu processo de expansão.
19. (Fuvest) Para explicar o fim do império Romano, foram
defendidas teses extremadas, como a de A. Piganiol, para quem "Roma foi
assassinada", e a de F. Lot, para quem "Roma morreu de morte
natural".
a) No que consistem tais teses?
b) Por que elas não explicam satisfatoriamente o processo de
desagregação do Império Romano?
resposta da questão 19:
a) As duas argumentam que a queda do Império romano ocorreu apenas por fatores internos.
b) Porque para explicar sua decadência temos que levar em conta além dos fatores internos de Roma, os fatores externos, como a invasões bárbaras o cristianismo.
20. (Fuvest) Sobre as invasões dos "bárbaros" na
Europa Ocidental, ocorridas entre os séculos III e IX, é correto afirmar que:
a) foi uma ocupação militar violenta que, causando
destruição e barbárie, acarretou a ruína das instituições romanas.
b) se, por um lado, causaram destruição e morte, por outro
contribuíram, decisivamente, para o nascimento de uma nova civilização, a da
Europa Cristã.
c) apesar dos estragos causados, a Europa conseguiu, afinal,
conter os bárbaros, derrotando-os militarmente e, sem solução de continuidade,
absorveu e integrou os seus remanescentes.
d) se não fossem elas, o Império Romano não teria
desaparecido, pois, superada a crise do século III, passou a dispor de uma
estrutura socioeconômica dinâmica e de uma constituição política centralizada.
e) os Godos foram os povos menos importantes, pois quase não
deixaram marcas de sua presença.
resposta da questão 20:[B]
Comentário da questão:
Entre as principais consequências da invasões bárbaras que causaram o colapso final do Império Romano do Ocidente, está o surgimento de uma nova sociedade na Europa Ocidental, formadora do Feudalismo medieval ao lado da herança cultural romano-cristã.
21. (Covest) Sobre a cidadania e os direitos da República
romana pode-se afirmar:
Assinale V ou F.
( ) Ser cidadão romano exigia coragem, lealdade, respeito
aos deuses e culto à glória.
( ) A vida do cidadão romano era regulada por duas leis: a
lei pública e a lei privada. Do direito público faziam parte o Direito Civil
(jus civile) e o Direito Estrangeiro (jus gentium) em oposição ao Direito
Privado, que regulamentava as relações entre as famílias.
( ) O Estado, todo poderoso, exercia um grande poder sobre a
família, destruindo o pátrio-poder, herança dos gregos.
( ) Os cidadãos romanos dividiam-se em cinco classes,
conforme sua riqueza; as classes eram subdivididas em centúrias, as quais se
constituíam de pátrios e plebeus, separadamente.
( ) A partir das lutas empreendidas pelos plebeus para o
fortalecimento da cidadania, as leis votadas na Assembleia da Plebe passaram a
ter validade em todo o Estado. Era a decisão da plebe ou Plebiscito.
resposta da questão 21: F, V, F, V, V.
22. (UFPR) Em Roma, "famuli" era, originalmente,
o termo usado para designar o conjunto dos serviçais domésticos reunidos na
moradia. Entre eles estavam os escravos, que cumpriam tarefas dentro e fora de
casa, desde as mais simples às mais árduas ou sofisticadas.
Sobre a escravidão na Roma antiga, é correto afirmar:
(01) Em Roma, os escravos eram obtidos pela guerra, pela
pirataria ou pela compra. Até 326 a.C., porém, um indivíduo poderia também ser
escravizado por dívidas.
(02) Ao contrário do que ocorria entre os gregos, na
sociedade romana os escravos não constituíam simples mercadoria. Possuíam
alguns direitos que lhes permitiam a participação na vida política da cidade.
(04) Entre os romanos, os escravos não eram considerados
propriedade individual ou bens de família; consequentemente, não podiam ser
transmitidos por herança.
(08) À medida que a expansão romana se consolidava nas
regiões mediterrânicas, a utilização da mão-de-obra escrava entrou em declínio
na sede do Império.
(16) O Estado Romano também era proprietário de escravos,
utilizando seu trabalho nas grandes construções, obras de urbanização e até em
minas e pedreiras.
(32) O principal resultado das inúmeras revoltas de escravos
no Império Romano, durante os séculos III e II a.C., foi o fortalecimento, no
Senado, de um movimento pela supressão da escravidão.
Marque como resposta a soma dos itens corretos.
resposta da questão 22: Soma = 17
23. (FUVEST-2010) Cesarismo/cesarista são termos utilizados para
caracterizar governantes atuais que, à maneira de Júlio César (de onde o nome),
na antiga Roma, exercem um poder
a) teocrático.
b) democrático.
c) aristocrático.
d) burocrático.
e) autocrático.
resposta da questão 23:[E]
Comentário da questão 23:
O termo “cesarismo”, aplicado a governos autoritários de
caráter personalista (o exemplo clássico é o de Napoleão Bonaparte) tem sua
origem, mais do que na referência a Júlio César propriamente dito, na
autocracia imperial romana, na qual os imperadores – intitulados “Césares” –
governavam de forma discricionária.
24. (UFSCar-2009) A violência e o
medo combinam-se a processos de mudança social nas cidades contemporâneas,
gerando novas formas de segregação espacial e discriminação social. Nas duas
últimas décadas, em cidades tão diversas como São Paulo, Los Angeles,
Johannesburgo, Buenos Aires, Budapeste, Cidade do México e Miami, diferentes
grupos sociais, especialmente das classes mais altas, têm usado o medo da
violência e do crime tanto para justificar novas tecnologias de exclusão social
quanto sua retirada dos bairros tradicionais dessas cidades. (...) as formas de
exclusão e encerramento (...) são tão generalizadas que se pode tratá-las como
parte de uma fórmula que elites em todo o mundo vêm adotando para reconfigurar
a segregação espacial de suas cidades.
(Teresa Pires do Rio Caldeira, Cidade de muros. 2000.)
a) Diferencie as cidades de muros contemporâneas das cidades
muradas da Antiguidade.
b) Identifique fatores que influenciam as classes sociais
mais altas a compor segregação espacial e discriminação social nos espaços
urbanos contemporâneos.
resposta da questão 24:
a) O muro circundava a cidade antiga, protegendo-a contra inimigos externos. Já os muitos muros que existem dentro da cidade contemporânea protegem os proprietários de um inimigo interno.
b) O abismo social e econômico existente nas cidades contemporâneas leva ao desejo (visto como necessidade) de afastamento dos mais pobres. Estes, submetidos a formas extremas de marginalização econômica, eventualmente se tornam agentes do banditismo e até do crime organizado.
25. (Fatec-2009) As civilizações da antiguidade clássica -Grécia
e Roma - desenvolveram uma estrutura socioeconômica
I. a escravidão foi indispensável para a manutenção do ideal
democrático em Atenas, uma vez que os cidadãos ficavam desincumbidos dos
trabalhos manuais e das tarefas ligadas a sobrevivência.
II. a escravidão foi abolida em Atenas quando Péricles
estabeleceu o direito político a todos os cidadãos, reconhecendo, dessa forma,
a igualdade jurídica e social da população da Grécia.
III. os escravos romanos, por terem pequenas propriedades e
direitos políticos, conviveram
pacificamente com os cidadãos romanos, como forma de evitar
conflitos e a perda de direitos.
IV. os escravos romanos, que se multiplicavam com o
expansionismo de Roma, estavam submetidos a autoridade de seu senhor, e sua
condições obedecia mais ao direito privado do que ao direito público.
É correto apenas o que se apresenta em
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
resposta da questão 25:[B]
26. (UNIFESP-2008) Podemos dizer que antes as coisas do
Mediterrâneo eram dispersas... mas como resultado das conquistas romanas é como
se a história passasse a ter uma unidade orgânica, pois, as coisas da Itália e
da África passaram a ser entretecidas com as coisas da Ásia e da Grécia e o
resultado disso tudo aponta para um único fim.
(Políbio, História, I.3.)
No texto, a conquista romana de todo o Mediterrâneo é
a) criticada, por impor aos povos uma única história, a
ditada pelos vencedores.
b) desqualificada, por suprimir as independências políticas
regionais.
c) defendida, por estabelecer uma única cultura, a do poder
imperial.
d) exaltada, por integrar as histórias particulares em uma
única história geral.
e) lamentada, por sufocar a autonomia e identidade das
culturas.
resposta da questão 26:[D]
Comentário da questão 26:
Questão que envolve pequeno
conhecimento e interpretação. De uma forma geral os romanos exaltam suas
conquistas e, no texto, Políbio destaca a importância de estabelecer um padrão,
uma unidade cultural envolvendo os diferentes povos conquistados, reforçando a
visão de superioridade dos romanos em relação a outros povos.
27. (Mack-2007) Sobre a história da Roma Antiga, assinale a
alternativa que indica corretamente a relação direta entre as personagens e os
fatos históricos:
I. Tibério Graco (169 a.C — 133 a.C.)
II. Otávio Augusto (63 a.C. — 14 d. C.)
III. Nero (37 d.C. — 68 d.C.)
A. Expansão territorial e subordinação do poder político do
Senado ao poder centralizado do Imperador
B. Proposta de uma reforma agrária para defender os pequenos
proprietários rurais plebeus
C. Início das grandes perseguições aos cristãos, muitos
vitimados em grandes espetáculos populares
a) I-A, II-B, III-C
b) I-B, II-C, III-A
c) I-C, II-B, III-A
d) I-A, II-C, III-B
e) I-B, II-A, III-C
resposta da questão 27:[E]
Comentário da questão:
A questão apresenta três grandes personalidades políticas de Roma: Tibério Graco, tribuno da Plebe no período republicano (século II a. C.), e dois imperadores romanos, Augusto e Nero.
Tibério Graco (169 a.C — 133 a.C.) era Tribuno da Plebe e apresentou a proposta de uma reforma agrária para defender os pequenos proprietários rurais plebeus.
Otávio Augusto (63 a.C. — 14 d. C.) foi o 1° imperador romano e promoveu a expansão territorial e a subordinação do poder político do Senado ao poder centralizado do Império ("Pax Romana").
Nero (37 d.C. — 68 d.C.) foi o imperador romano que deu início das grandes perseguições aos cristãos, muitos vitimados em grandes espetáculos populares.
28.(ETEs-2007) Observe a ilustração que apresenta uma terma
romana e o seu interior e relacione-a com o texto.
A utilização e o manejo dos recursos hídricos, na Roma
antiga, resultaram em obras de edificação magníficas, como, por exemplo, as
termas. Eram edifícios colossais destinados, no início, a banhos públicos para
os que não tinham acesso a água corrente em suas casas, mas, com o tempo,
tornaram-se os principais centros da vida social em Roma. Luxuosos e
confortáveis, neles havia três tipos de salas de banho, denominadas por
palavras que deram origem a outras muito semelhantes na língua portuguesa.
Eram as salas de banho frio, as de banho morno e aquelas com
ar altamente aquecido, chamadas, respectivamente, de:
a) Tepidarium Frigidarium Caldarium
b) Caldarium Tepidarium Frigidarium
c) Frigidarium Tepidarium Caldarium
d) Caldarium Frigidarium Tepidarium
e) Frigidarium Caldarium Tepidarium
resposta da questão 28:[C]
29. (ESPM-2007) Eu, Constantino Augusto, assim como eu, Licínio
Augusto, reunidos... para discutir todos os problemas relativos... ao bem
público, entendemos dever regular, em primeiro lugar, entre outras
disposições..., aquelas sobre as quais repousa o respeito pela divindade, isto
é, dar aos cristãos, como a todos, a liberdade e a possibilidade de seguir a
religião da sua escolha... a fim de que a divindade suprema, a quem
rendemos espontaneamente homenagem,
possa testemunharmos em todas as coisas
o seu favor e a sua benevolência costumadas...
(Gustavo de Freitas. 900 textos e documentos de História)
O documento apresentado é um fragmento do(a):
a) Edito do Máximo.
b) Lei Canuléia.
c) Lei Licínia.
d) Edito de Milão.
e) Edito de Tessalônica.
resposta da questão 29:[D]
Comentário da questão:
O período denominado de Baixo Império Romano, dos séculos III a V da nossa era, foi marcado pela decadência econômica, política e social do Império. O Imperador Constantino, na tentativa de amenizar a crise e conseguir maior apoio político, outorgou a liberdade de culto aos cristãos através do Édito de Milão, no ano 313. A partir desse momento, os cristãos, agora não mais perseguidos por suas crenças religiosas, multiplicaram-se de forma
espantosa pelo Império. Quanto maior a crise, maior o sucesso do cristianismo (pois este prometia uma vida no paraíso após a morte), até que a oficialização da religião cristã como religião oficial do Império chegou com o Imperador Teodósio no Édito de Tessalônica, em 391.
30. (UECE-2007) O imperador Teodósio I, de origem espanhola,
nomeado augusto para o Império Romano do Oriente em 379 d. C, enfrentou
inúmeros desafios no campo político-militar e religioso. Das atitudes que lhe trouxeram
notoriedade, pode-se destacar como verdadeira:
a) Incremento do número de militares e concessão de liberdade
de culto aos cristãos.
b) Divisão do exército em um número maior de legiões, concedendo
inúmeros poderes à Igreja cristã e criando uma nova classe dirigente formada
por funcionários bárbaros.
c) Estabelecimento de um acordo com os godos, fazendo-os
aliados do império. O cristianismo torna-se a única religião oficial do império
e, por conta disso, acontece a perseguição aos cultos pagãos.
d) Expulsão dos godos dos domínios imperiais romanos e restauração
do paganismo sem recorrer à violência contra os cristãos.
resposta da questão 30:[C]
Comentário da questão:
Comentário da questão:
O Édito de Tessalônica foi
decretado pelo imperador romano Teodósio I em 380, pelo qual estabeleceu que o cristianismo tornar-se-ia a religião de Estado exclusiva do Império
Romano, abolindo todas as práticas
politeístas dentro do império e fechando templos pagãos.
31.(UECE-2007) Otávio Augusto (29 a.C. – 14 d.C.), mesmo centralizando
em suas mãos o poder real, não substituiu a constituição republicana por uma
monárquica. Esta atitude poderia ser explicada, levando-se em consideração o seguinte:
a) Os romanos, cansados de guerras e turbulências, queriam a
continuidade do governo que proporcionasse diversão e alimentação à plebe.
b) Otávio Augusto, exímio estrategista, sabia que as províncias
e o povo obedeciam apenas ao senado.
c) Os romanos, por tradição, queriam sentir-se cidadãos, não
súditos e não aceitariam, sob hipótese alguma, a imposição de um governo
monárquico.
d) Otávio Augusto pretendia dispor de um número maior de
encargos, inclusive públicos, nos quais poderia colocar os seus favoritos e aqueles
que o auxiliaram em sua ascensão.
resposta da questão 31:[C]
32. (FGV - SP-2007) “(...) os domínios [grandes propriedades]
foram divididos em pequenas unidades, confiadas a granjeiros, chamados colonos,
e o termo colonus, que outrora designava o agricultor, ou seja, o camponês
proprietário, tendeu a se aplicar exclusivamente ao colono do grande
proprietário.”
Paul Petit, A Paz Romana, 1969.
O texto descreve o campo, no mundo romano antigo:
a) No período que se segue à crise do século III d.C., quando
a escassez de mão-de-obra inviabilizou o escravismo.
b) No momento da tentativa, malsucedida, de reforma agrária
dos irmãos Caio e Tibério Graco.
c) No início da República, quando Roma foi inundada por enormes
contingentes de escravos.
d) No final da conquista da Península Itálica, quando Roma ainda
não passava de uma potência regional.
e) No auge do Império, quando o campo passou a produzir gêneros
apenas para abastecer Roma.
resposta da questão 32:[A]
Comentário da questão:
A primeira questão de Conhecimentos Gerais traz um fragmento da obra A Paz Romana, de Paul Petit, na qual o autor faz referência à crise do escravismo, ocorrida em Roma a partir do século III da Era Cristã. Com a falta de mão-de-obra escrava e o consequente desabastecimento das cidades, os grandes proprietários se retiraram para seus domínios rurais, a Villae, para onde passaram a atrair os homens livres da cidade. Nas terras dos patrícios, os plebeus passaram a substituir, paulatinamente, o trabalho escravo dando origem ao Colonato, no qual o agricultor produzia para o senhor da terra em troca de um lote de onde tiraria sua subsistência, além de contar com a proteção militar oferecida pelo Senhor.
Deve-se ainda levar em conta que o colono, apesar de não ser escravo, estaria preso à terra, não podendo abandoná-la por conta própria nem por um capricho momentâneo do Senhor. Tal relação de exploração de mão-de-obra marca a passagem do escravismo para a servidão feudal
33. (UFBA-2005) Os Movimentos Sociais constituíram um fenômeno
presente em todos os momentos da história da humanidade. Alguns desses
movimentos influíram na Legislação, no Direito e na distribuição do Poder.
Responda a essas questões a partir da leitura do texto a seguir.
O que se chama movimento social, nada mais é do que o aparecimento,
no reino dos acontecimentos, das forças sociais, umas submersas nas categorias
da prática social e as outras freqüentemente presas no silêncio e no proibido. Não
é fácil para a História e para o sociólogo restituir a palavra dos que nunca a
tiveram, dos que não gravaram inscrições, lembranças e manuscritos, daqueles
cujos arautos foram enforcados, crucificados ou consumidos por privações sem
que nenhum memorialista o relate. Daí o interesse dos mergulhos, hoje
possíveis, na história dos colonizados, de suas recusas, de suas revoltas, de
seus sonhos. O movimento social se define pelo confronto de interesses opostos
para controlar forças de desenvolvimento e do campo de experiência histórica de
uma sociedade. Não é possível falar de um movimento social se não se pode, ao
mesmo tempo, definir o contramovimento ao qual ele se opõe. O movimento operário
só é um movimento social se, além das reivindicações contra as crises da
organização social e das pressões para a negociação, ele coloca em causa a dominação
da classe dirigente.
(TOURAINE.
In: FORACCHI ; MARTINS, 1980, p. 344- 345; 356).
As instituições jurídicas da República Romana do século II a.C.
foram abaladas por movimentos sociais urbanos, dentre os quais se destaca o dos
irmãos Graco. De acordo com as características do referido movimento, indique
duas reivindicações que deveriam ser garantidas pelo Direito Público.
resposta da questão 33:
Reivindicações:
1. Acesso dos camponeses à posse da terra, extinguindo o controle dos patrícios sobre os latifúndios. Essas reivindicações se constituíram como objeto das “Leis Agrárias” propostas por Tibério Graco, que visavam a doação de terras pelos grandes proprietários, para serem redistribuídas pelo Estado aos camponeses, em forma de arrendamento.
2. Atendimento às necessidades básicas das camadas desprivilegiadas de Roma. Entre essas necessidades pode-se citar a escassez de alimentos entre pobres e desocupados da área urbana da cidade. Proposta da “Lei Frumental”, que estabelecia a distribuição de trigo a preços baixos aos plebeus. Apresentada por Caio Graco, foi aprovada, sendo a única reivindicação atendida que subsistiu.
34. (VUNESP-2006) A escolha dos inimigos de Roma era regularmente
decidida pela autoridade legislativa. As decisões mais importantes de paz e
guerra eram gravemente debatidas no Senado e ratificadas pelo povo.
Mas quando as armas das legiões se distanciaram muito de Roma,
os generais assumiram o privilégio de voltá-las contra qualquer povo e da
maneira que julgassem mais vantajosa para o benefício público. (...) Sobre a
administração da vitória, especialmente depois de não serem mais controlados
por delegados do Senado, exerciam um despotismo sem freios. (...)
Tornavam-se ao mesmo tempo governadores, ou antes monarcas,
das províncias conquistadas, uniam autoridade militar à civil, administravam
tanto a justiça, quanto as finanças e exerciam os poderes Executivo e Legislativo
do Estado.
(E. Gibbon, Declínio e queda do Império Romano. Adaptado.)
Segundo o autor, a expansão territorial ocorrida sob a República
Romana
a) ampliou a abrangência da autoridade senatorial, reforçando
a República.
b) tornou mais eficazes as práticas políticas existentes, reestruturando
a República.
c) libertou os cidadãos romanos do jugo dos ditadores, instituindo
a Democracia na República.
d) deu aos generais parte da autoridade do Senado, prenunciando
a crise da República.
e) manteve o Senado acima das autoridades militares, consolidando
a República.
resposta da questão 34:[D]
Comentário da questão:
A expansão territorial ocorrida na Roma Antiga teve um significativo papel no colapso do regime republicano romano.
35. (Mack-2004) A ampla utilização de mão de obra escrava trouxe
ao Estado Romano inúmeras rebeliões de cativos, dentre as quais, a mais
significativa mobilizou mais de 90 mil escravos, entre os anos de 73 a.C e 71
a.C. Essa rebelião ficou conhecida como Revolta de:
a) Drácon.
b) Cômodo.
c) Spartacus.
d) Severo.
e) Brutus.
resposta da questão 35:[C]
Comentário da questão:
A principal revolta de escravos da Roma antiga foi liderada pelo gladiador Spartacus em 73 a.C.
36. (UNICAMP-2005) Se Roma existe, é
por seus homens e seus hábitos. Sem nossas instituições antigas, sem nossas tradições
venerandas, sem nossos singulares heróis, teria sido impossível aos mais ilustres
cidadãos fundar e manter, durante tão longo tempo, a nossa República.
(Adaptado de Cícero, Da
República, em Os Pensadores, v. 5. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 184).
a) Nomeie e caracterize uma das
instituições políticas da República romana (509-31 a.C.).
b) A expansão, ocorrida durante a
República, fez com que os romanos tivessem contato com o mundo helenista e incorporassem
alguns costumes e tradições. O que foi o helenismo e qual sua importância na
Roma republicana?
resposta da questão 36:
a) A principal instituição política da República romana era o Senado, que expressava o poder da oligarquia romana. Tinha funções diplomáticas, legislativas e era responsável pela criação de Magistraturas. O candidato poderia ter citado, também, as Magistraturas e as Assembleias.
b) O helenismo foi o conjunto da cultura grega. Sua importância em Roma se encontra na montagem de um sistema político fundado nos princípios de participação e representação, bem como na instituição de uma religião com caráter cívico.
Comentário: Espera-se que o candidato, ao ler a expressão “mundo helenista”, não tenha confundido o adjetivo com o termo “helenística”
37. (Vunesp-2004) A oposição entre gregos e bárbaros motivou
explicações e reflexões de diversos autores no período clássico da Grécia antiga.
Esta visão dualista do mundo influenciou os romanos, herdeiros culturais dos gregos.
A partir destas informações, responda.
a) Que povo “bárbaro” invadiu, em duas oportunidades, a península
grega, sendo derrotado?
b) Que relação é possível estabelecer entre a ocupação da Europa
pelos “bárbaros” germânicos e a formação do feudalismo?
resposta da questão 37:
a) Os “bárbaros” invasores, derrotados pelos gregos nas Guerras Médicas, foram os persas.
b) As invasões dos bárbaros germânicos à Europa Ocidental iniciadas no século III contribuíram para o processo de ruralização, uma vez que as cidades, que não ofereciam segurança, foram gradualmente esvaziadas, estruturando-se a partir daí uma economia de subsistência, fruto do declínio comercial. Por outro lado, tradições germânicas vinculadas à lealdade militar recíproca foram a base para a formação da relação de suserania e vassalagem, um dos pilares do feudalismo europeu.
38. (Fuvest-2004) “Parece-me que ... o temor religioso salvaguarda
os interesses de Roma. Desenvolvendo este sentimento, pensava-se, sobretudo, no
povo. Em uma sociedade composta apenas por sábios, esta precaução talvez não
fosse necessária; mas como toda multidão é cheia de inconstância, de paixões
desregradas, de cóleras violentas e irrefletidas, não é possível, a quem quer
que seja,mantê-la, exceto pelo temor de seres invisíveis e por toda espécie de
ficções.”
Políbio, autor romano do século II A.C.
Baseando-se no texto, indique:
a) A relação estabelecida pelo autor entre religião e política.
b) Duas características da religião romana no período em que o texto foi escrito.
resposta da questão 38:
a) a) Políbio atribui à Religião um importante papel na dominação social. No trecho citado, ele deixa claro que entende a maioria dos membros da sociedade como uma multidão “cheia de inconstância, de paixões desregradas, de cóleras violentas e irrefletidas” — ou seja, uma massa caótica, desordenada e desprovida de “sabedoria”, cujo controle por parte da “elite pensante” de Roma não seria possível sem se lançar mão de temores e crenças de ordem religiosa. Assim, para Políbio, a religião romana tinha um papel fundamental na manutenção da ordem política.
b) De caráter cívico e fortemente inspirada nas crenças gregas, a religião romana era politeísta. Os deuses —entidades imortais antropomórficas (com formas humanas) eram dotados, cada um, de poderes e personalidades peculiares, possuindo inclusive virtudes e defeitos humanos (inveja, vingança, etc.).
39. (Fuvest-2001) “Em verdade é maravilhoso refletir sobre a
grandeza que Atenas alcançou no espaço de cem anos depois de se livrar da
tirania... Mas acima de tudo é ainda mais maravilhoso observar a grandeza a que
Roma chegou depois de se livrar de seus reis.”
(Maquiavel, Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio).
Nessa afirmação, o autor
a) critica a liberdade política e a participação dos
cidadãos no governo.
b) celebra a democracia ateniense e a República romana.
c) condena as aristocracias ateniense e romana.
d) expressa uma concepção populista sobre a antiguidade clássica.
e) defende a pólis grega e o Império romano.
resposta da questão 39:[B]
Comentário da questão:
Maquiavel exalta a contribuição cultural da Antiguidade Clássica: a democracia ateniense e a república romana.
40. (Vunesp-2000) Sobre o Império Romano, até o século III d.C.,
é correto afirmar que
a) o direito à cidadania era exclusivo dos patrícios.
b) as normas jurídicas baseavam-se na ética do cristianismo.
c) a organizacão política possibilitou a criação da democracia
nas cidades-estados.
d) o sistema econômico baseava-se na escravidão.
e) a cultura romana excluiu a herança do helenismo.
resposta da questão 40:[D]
Comentário da questão:
Durante o Alto Império Romano (séc. I - III) predominou a mão de obra escravista, sustentada pela vitórias romanas nas guerras de conquista.
41. (UnB-1998) Com a introdução do trabalho escravo em larga
escala, o número de plebeus desocupados aumentou. A esta legião de desocupados
somou-se o grande número de pequenos agricultores arruinados que se dirigiram
para as cidades, especialmente Roma.
Maurice Crouzet. História Geral Civilizações.
Com o auxílio das informações do texto acima, julgue os itens
seguintes, relativos à antiguidade romana, colocando VERDADEIRO ou FALSO:
(A) A massa dos trabalhadores escravos foi obtida por meio das
conquistas militares, que se iniciaram à época da República.
(B) A substituição do trabalho plebeu pelo trabalho escravo possibilitou
aos plebeus tornarem-se pequenos produtores agrícolas, que abasteciam as feiras
urbanas.
(C) As diversões foram um dos expedientes adotados pelos governantes
para apaziguar as populações desocupadas: era o pão e circo.
(D) O Estado assumiu o ônus de abrigar a grande maioria dos
desocupados, enquanto a minoria abastada controlava as instituições políticas e dirigia o exército.
resposta da questão 41: V, F, V, F
42. (FGV-1998) "Agora que os chefes das famílias, abandonando
campos e charruas, vieram quase todos para Roma, e preferem utilizar a mão para
bater palmas no circo a servir-se delas para cuidar das vinhas ou empunhar o
arado, vemo-nos obrigados a comprar trigo na Sardenha e a vindimar nas ilhas de
Cos e Quios".
A frase acima, do grande escritor romano Marco Terêncio Varrão,
refere-se:
a) à grande escassez de mão de obra que assolou o Império
Romano durante as Guerras Púnicas;
b) ao terror das famílias camponesas da Itália diante das revoltas
dos escravos comandados por Espártaco;
c) à falência da pequena agricultura familiar da Itália no final
da República, diante da concorrência das grandes propriedades escravistas;
d) às investidas agressivas dos povos germanos nas fronteiras
agrícolas do Império Romano;
E) à reforma agrária implementada pelo Tribuno da Plebe Caio
Graco.
resposta da questão 42:[C]
43. (UFSC-1996) Assinale os aspectos relacionados com as civilizações
da Antigüidade Clássica.
01. Cidades-estado da Grécia.
02. As Guerras Púnicas.
04. A construção de grandes pirâmides.
16. O oráculo de Delfos.
32. O direito romano.
Assinale como resposta a soma das alternativas corretas.
resposta da questão 43: Soma = 51
44. (Mack-1997) Dentre as origens estruturais do feudalismo,
destacam-se:
I- o Comitatus, instituição germânica que estabelecia a relação
de lealdade e reciprocidade entre os guerreiros e o chefe tribal.
II- o Colonato, herança romana que impôs a fixação do homem
à terra, constituindo-se na forma de trabalho intermediário entre o escravismo
e a servidão.
III- as Villas, grandes propriedades rurais que constituíram-se
na unidade típica de produção rural, quase autossuficiente.
Assinale:
a) se todas as afirmações estão corretas.
b) se somente as afirmações I e II estão corretas.
c) se somente as afirmações II e III estão corretas.
d) se somente as afirmações I e III estão corretas.
e) se somente a afirmação II está correta.
resposta da questão 44:[A]
45. (Mack-1996) Na Pólis grega e no Império Romano, o trabalhador
escravo esteve na origem das grandes realizações, podendo-se afirmar que:
a) tanto na Grécia como em Roma, eram instrumentos vivos e
participavam da vida política, respectivamente da Bulé e do Senado.
b) os escravos podiam pertencer exclusivamente aos cidadãos
e realizavam assembleias que defendiam seus direitos.
c) a fonte principal de abastecimento de escravos, tanto em
Roma como na Grécia, era o comércio com as tribos africanas.
d) a invasão Macedônia na Grécia e as guerras de expansão romanas determinaram o fim da escravidão.
e) o sistema de produção era baseado na força de trabalho de
prisioneiros de guerra ou populações escravizadas.
resposta da questão 45:[E]
Comentário da questão:
Em relação ao auge da pólis grega e do Império romano, nos dois casos predominou o modo de produção escravista.
46. (MACKENZIE 2006) Otávio não tinha estabelecido o critério de sucessão. Mas,
desde o ano 4 d.C., tinha associado ao poder seu genro e filho adotivo Tibério,
que o sucedeu após sua morte. Nessa primeira etapa, a sucessão ficou restrita a
duas famílias: Júlia e Cláudia. Parentes entre si e de Augusto, essas famílias
pertencentes à antiga nobreza romana constituíram uma dinastia patrícia.
Joana
Neves, História Geral: A Construção de um Mundo Globalizado
Assinale o período
da história de Roma Antiga a que se refere o trecho acima.
a) Monarquia
b) Diarquia
c) República
d) Império
e)
Tetrarquia
resposta da questão 45:[D]
Comentário da questão:
A Dinastia Júlio-Claudiana, à qual pertenceram os chamados “Doze Césares”, foi a primeira família reinante do período imperial da história romana
46. (Fuvest-1997) Quem foram os cartagineses e qual sua importância
na trajetória histórica romana?
resposta da questão 46:
Os cartagineses eram um povo de origem fenícia, e disputavam com os romanos o controle do comércio marítimo do Mar Mediterrâneo, sendo derrotados nas Guerras Púnicas, dando início a chamada expansão romana.
47. (Fuvest-1997) Do ponto de vista cultural, na passagem da Antiguidade para a Idade Média, é correto afirmar que o patrimônio greco-romano
a) só não sofreu perda maior devido à ação esclarecida de muitos
chefes bárbaros.
b) perdeu-se quase completamente porque, dado o seu caráter
pagão, foi rejeitado pela Igreja.
c) foi rejeitado pelos bárbaros em razão do caráter cristão com
que foi revestido pela Igreja.
d) não desapareceu com a antiguidade porque a Igreja serviu
de conduto para sua sobrevivência.
e) escapou do desaparecimento graças à preservação fortuita
de textos antigos.
resposta da questão 47:[D]
Comentário da questão:
O patrimônio cultural greco-romano foi preservado principalmente pela ação dos monges copistas durante a Idade Média.
48. (Fuvest-1996) Comparando-se as civilizações da Antiguidade
Ocidental (Grécia e Roma), com as da Antiguidade Oriental (Egito e
Mesopotâmia), constata-se que ambas conheceram as mesmas instituições básicas, muitas
das quais, aliás, o Ocidente tomou do Oriente.
Contudo, houve um setor original e específico da civilização
greco-romana. Trata-se do:
a) econômico, com novas formas de indústria e comércio que
permitiram o surgimento de centros urbanos.
b) social, com novas formas de trabalho compulsório e
hierarquias sociais baseadas no nascimento e na riqueza.
c) religioso, com o aparecimento de divindades com representação
antropomórfica e poderes ilimitados.
d) cultural, com o desenvolvimento das artes plásticas e de expressões
artísticas derivadas do uso da escrita.
e) político, com a criação de práticas participativas no poder
e instituições republicanas de governo.
resposta da questão 48:[E]
Comentário da questão:
Enquanto na Antiguidade Oriental, via de regra predominaram o Estado Teocrático e autocrático, na Antiguidade Clássica houve o desenvolvimento de novas estruturas de poder político, tais como a República e a democracia.
49. (FGV-1995) O Edito de Milão (313), no processo de desenvolvimento
histórico de Roma, reveste-se de grande significado, tendo em vista que:
a) combateu a heresia ariana, acabando com a força política
dos bispados de Alexandria e Antioquia.
b) tornou o cristianismo a religião oficial de todo Império Romano, terminando com a concepção de rei-deus.
c) acabou inteiramente com os cultos pagãos que então dominavam
a vida religiosa.
d) deu prosseguimento à política de Deocleciano de intenso
combate à expansão do cristianismo.
e) proclamou a liberdade do culto crista passando Constantino a ser o protetor da Igreja.
resposta da questão 49:[E]
Comentário da questão:
O Édito de Milão, promulgado a 13 de junho de 313 pelo
imperador Constantino (306-337), assegurou a tolerância e liberdade de culto
para com os cristãos, alargada a todo o território do Império Romano. Após um
período de grande intolerância e de perseguições oficiais aos cristãos, a
medida tomada por Constantino teve enormes consequências na História do
Ocidente, marcando o início da aproximação e identificação do Império com o
cristianismo, facto que conduzirá, em breve, à proclamação do cristianismo como
religião oficial do Estado, por Teodósio, em 380.
50. (Fatec-1995) O Império Romano expandiu-se pelo Mar Mediterrâneo
durante o período republicano; isso gerou, no decorrer do século II d.C.,
várias repercussões, entre as quais podemos destacar.
a) surgimento da classe média de pequenos proprietários rurais
e desaparecimento dos latifundiários.
b) aumento da população rural na Itália e conseqüente declínio
da população urbana.
c) crescimento do número de escravos e grande fluxo de riquezas.
d) criação de grande número de pequenas propriedades e fortalecimento
do sistema assalariado.
e) difusão do Cristianismo e proscrição das manifestações culturais
de outras regiões.
resposta da questão 50:[C]
Comentário da questão:
As principais consequências da expansão territorial romana durante o período republicano foram:
* controle do Mar Mediterrâneo (Mare Nostrum);
* entrada de riquezas em grande quantidade;
* ruína dos pequenos proprietários (concorrência com os grandes proprietários enriquecidos pelas conquistas);
* êxodo rural;
* empobrecimento da plebe;
* entrada de milhares de escravos (povos conquistados) = consolidação do modo de produção escravista.
51. (ENEM-2000)
“Somos servos da lei para podermos ser livres.”
(Cícero)
“O que apraz ao príncipe tem força de lei.”
(Ulpiano)
As frases acima são de dois cidadãos da Roma Clássica que viveram praticamente no mesmo século, quando ocorreu a transição da República (Cícero) para o Império (Ulpiano).
Tendo como base as sentenças acima, considere as afirmações:
I. A diferença nos significados da lei é apenas aparente, uma vez que os romanos não levavam em consideração as normas jurídicas.
II. Tanto na República como no Império, a lei era o resultado de discussões entre os representantes escolhidos pelo povo romano.
III. A lei republicana definia que os direitos de um cidadão acabavam quando começavam os direitos de outro cidadão.
IV. Existia, na época imperial, um poder acima da legislação romana.
Estão corretas, apenas:
I e II.
I e III.
II e III.
II e IV.
III e IV.
resposta da questão 51:[E]
Comentário da questão:
Os romanos criaram uma legislação bem elaborada, que influenciou fortemente nosso sistema jurídico. Mesmo com o advento da república em Roma, não havia democracia nos moldes modernos, com votação direta para representantes do governo. Já no período Imperial, o imperador estava acima das leis, sendo considerado um representante dos deuses.
52. (UFAC) Com relação à Grécia e Roma antigas, podemos
afirmar que:
a) ao contrário dos gregos, que se lançaram ao mar e se transformaram
num povo de navegadores e comerciantes, os romanos foram, no início de sua
história, um povo de camponeses e pastores extremamente vinculados à terra;
b) ao contrário dos gregos, que se tornaram agricultores, os
romanos foram, no início de sua história, fortes navegadores e comerciantes;
c) ao contrário dos gregos, os romanos viviam em cidades-estados;
d) Grécia e Roma, no início de suas histórias, eram formadas
por camponeses e pastores extremamente vinculados à terra.
resposta da questão 52:[D]
Comentário da questão:
Um traço semelhante em relação aos primórdios da Grécia e de Roma reside no fato de que na época de sua formação histórica serem habitados por camponeses e pastores vinculados à terra.
53. (FUVEST-2008) Na atualidade, praticamente todos os dirigentes
políticos, no Brasil e no mundo, dizem-se defensores de padrões democráticos e
de valores republicanos. Na Antiguidade, tais padrões e valores conheceram o
auge, tanto na democracia ateniense, quanto na república romana, quando
predominaram
a) a liberdade e o individualismo.
b) o debate e o bem público.
c) a demagogia e o populismo.
d) o consenso e o respeito à privacidade.
e) a tolerância religiosa e o direito civil.
resposta da questão 53:[B]
Comentário da questão:
A democracia é um dos principais
valores destacados na história política das cidades gregas e seu apogeu, na
cidade de Atenas, coincide com o governo de Péricles e com o estímulo a
participação dos cidadãos. Em Roma, o período de maior participação política
dos cidadãos foi a República (Res pública = “coisa” pública).
54. (CPS 2011) Os combates de gladiadores surgiram no sul da
Itália, chegaram a Roma no meio século III a.C. e foram oficializados pelo
Senado, em 105 a.C. Inicialmente realizados durante as cerimônias fúnebres,
pouco a pouco eles foram perdendo seu caráter sagrado e se transformaram em
manifestações laicas, no início da era cristã. Apesar de escravos, os
gladiadores eram esportistas de alto nível, pois cabia aos promotores das lutas
oferecerem um espetáculo de qualidade. Esses combates representavam, para os
gladiadores, cair nas graças da multidão, fato que os levava à fama.
Para conquistar o reconhecimento do povo, cidadãos
importantes, desde líderes locais até o próprio imperador, ofereciam esses
espetáculos ao público.
O governo de Otávio Augusto (30 a.C.- 14 d.C.), visando
aumentar a popularidade e diminuir as revoltas dos pobres da cidade de Roma,
ampliou a “política do pão e circo”.
(Revista História Viva, ano V, nº 56. Adaptado)
Sobre esse momento da história romana, é válido afirmar que
a) esses espetáculos públicos tinham um caráter puramente
religioso e evitavam as revoltas sociais, pois os romanos temiam a ira de seus
deuses.
b) a “política do pão e circo”, no fim da era cristã,
manteve o caráter sagrado dos combates de gladiadores, pois muitos desses
participantes ofereciam sua vida ao deus cristão.
c) a política do “pão e circo”, ampliada por Otávio Augusto,
pôs fim às desigualdades sociais entre patrícios e plebeus.
d) os combates entre gladiadores, promovidos nos estádios,
serviam para diminuir a insatisfação popular contra os governantes.
e) as lutas de gladiadores surgiram no sul da Itália para
pôr fim a revoltas sociais ocorridas no governo de Otávio Augusto, no século
III a.C.
resposta da questão 54:[D]
55. (FGV 2007)
"Para ganhar o favor
popular, o candidato deve conhecer os eleitores por seu nome, elogiá-los e
bajulá-los, ser generoso, fazer propaganda e levantar-lhes a esperança de um
emprego no governo. (...) Talvez sua renda privada não possa atingir todo o eleitorado,
mas seus amigos podem ajudá-lo a agradar a plebe. (...) Faça com que os
eleitores falem e pensem que você os conhece bem, que se dirige a eles pelo seu
nome, que sem parar e conscienciosamente procura seu voto, que você é generoso
e aberto, que, mesmo antes do amanhecer, sua casa está cheia de amigos, que
todas as classes são suas aliadas, que você fez promessas para todo mundo e que
as cumpriu, realmente, para a maior parte das pessoas."
(Marco Túlio Cícero, "Notas sobre as eleições")
(Marco Túlio Cícero, "Notas sobre as eleições")
As práticas políticas na antiga
Roma nos fazem refletir sobre as atuais. Essas palavras de Cícero (106-43 a.C.)
revelam
a) a concessão de favores, por
parte dos eleitores, para cativar os candidatos.
b) a necessidade de coagir o
eleitorado para conseguir seu apoio.
c) o desinteresse da população
diante do poder econômico dos candidatos.
d) a existência de relações
clientelistas entre eleitores e candidatos.
e) a pequena importância das
relações pessoais para o sucesso nas eleições.
resposta da questão 55:[D]
Comentário da questão:
O fragmento do texto de Marco Túlia Cícero, que ilustra a questão, data do período republicano da Roma Antiga (509 a.C. – 27 a.C.), quando as principais magistraturas eram controladas pela aristocracia patrícia que, por meio de práticas assistencialistas e personalistas, reforçava a dependência dos plebeus (denominados clientes) e assim conquistavam os votos destes.
56. (UFSCar-2005) Quando a notícia disto chegou ao exterior, explodiram revoltas de escravos em Roma (onde 150 conspiraram contra o
governo), em Atenas (acima de 1.000 envolvidos), em Delos e em muitos outros
lugares. Mas os funcionários governamentais logo as suprimiram nos diversos
lugares com pronta ação e terríveis torturas como punição, de modo que outros
que estavam a ponto de revoltar-se caíram em si.
(Diodoro da Sicília, sobre a Guerra Servil na Sicília.
135-132 a.C.)
É correto afirmar que as revoltas de escravos na Roma Antiga
eram
A) lideradas por senadores que lutavam contra o sistema escravista.
B) semelhantes às revoltas dos hilotas em Esparta.
C) provocadas pela exploração e maltratos impostos pelos senhores.
D) desencadeadas pelas frágeis leis, que deixavam indefinida
a situação de escravidão.
E) pouco frequentes, comparadas com as que ocorreram em
Atenas no tempo de Sólon.
resposta da questão 56:[C]
Comentário da questão:
Diferentemente do escravismo grego tradicional (que não inclui os hilotas, por serem propriedade do Estado), onde os escravos eram relativamente bem tratados, a escravidão romana evidenciava uma grande brutalidade – conseqüência de os escravos serem considerados rês (coisa).
57. (FGV-2004) “A partir de então, passou-se a eleger cônsules
em número de dois, ao invés de um único rei, com o propósito de que, se um
deles tivesse a intenção de agir mal, o outro, investido de igual autoridade, o
coibisse.”
Flávio Eutrópio, Sumário da história romana, in Historiadores latinos, NOVAK, G., M e outros (orgs.), trad., São Paulo, Martins Fontes, 1999,
p. 259.
O trecho acima refere-se ao período da história de Roma conhecido
como:
a) Diarquia, instituída logo após a época imperial.
b) Democracia, organizada após a revolta dos plebeus e dos
escravos.
c) Consulado, criado para diminuir o poder dos tiranos.
d) República, estabelecida pela aristocracia patrícia.
e) Pax Romana, imposta pelos senadores como forma de limitar
o poder dos patrícios.
resposta da questão 57:[D]
Comentário da questão:
Em 509 a.C. a elite patrícia recuperou o poder e criou a
República Romana. Uma das preocupações era diminuir o poder do governante, uma
vez que os últimos reis de Roma, de origem etrusca, tinham concentrado muito
poder em suas mãos, normalmente com o apoio plebeu. Além do Senado, foram
criadas magistraturas, sendo que a magistratura máxima era o Consulado,
atribuído a dois patrícios eleitos anualmente e não-reelegíveis. A igualdade de
atribuições pretendia um equilíbrio de poder, impedindo o despotismo pessoal do
governante.
58. (FGV-2003) Após a conquista da Península ltálica, Roma
ampliou seus domínios em torno do Mediterrâneo, que passou a ser designado como
mare nostrum, um verdadeiro lago interno que permitia a comunicação, as transações
comerciais e o deslocamento de tropas para as diversas regiões romanas. A
respeito dessa expansão, é correto afirmar:
a) A conquista de novos territórios desacelerou o processo
de concentração fundiária nas mãos da aristocracia patrícia, uma vez que o
Estado romano estabeleceu um conjunto de medidas que visava, distribuir terras
aos pequenos e médios proprietários e à plebe urbana empobrecida.
b) Apesar da conquista do Mediterrâneo, os romanos não conseguiram
estabelecer a integração das diversas formações sociais ao sistema escravista
nem tampouco se dispuseram a criar mecanismos de cooptação social e política
dos seus respectivos grupos dominantes.
c) As conquistas propiciaram, pela primeira vez na Antiguidade
a combinação entre o trabalho escravo em larga escala e o latifúndio,
associação que constituiu uma alavanca de acumulação econômica graças às
campanhas militares romanas.
d) As conquistas militares acabaram por solucionar o problema
agrário em Roma, colocando em xeque as medidas defendidas por líderes como os
irmãos Graco, que postulavam a expropriação das terras particulares dos patrícios
e sua repartição entre as camadas sociais empobrecidas.
e) A expansão militar levou os romanos a empreender um duro
processo de latinização dos territórios situados a leste, o que se tornou um
elemento de constante instabilidade político-social durante a República e
também à época do Império.
resposta da questão 58:[C]
Comentário da questão:
As conquistas romanas foram
iniciadas durante o século III a.C. na Península Itálica e, principalmente a
partir das Guerras Púnicas", contra Cartago. Esse processo deu origem ao
modo de produção escravista, marginalizando a camada plebeia, ao mesmo tempo
que as principais famílias patrícias ampliavam sua propriedades.
.
60. (UFSCar-2003) Na época do imperador Constantino (274–337), havia cerca de 800 mil habitantes em Roma. Em meados do século V, a população da cidade foi reduzida a 300 mil pessoas. O principal fator desta redução na população romana foi
a) a Guerra do Peloponeso.
b) a revolta de escravos, como a de Spartacus.
c) a invasão dos povos bárbaros.
d) as Guerras Persas.
e) as Guerras Púnicas.
resposta da questão 60:[C]
Comentário da questão:
Alternativa escolhida por exclusão, pois as invasões bárbaras foram um fator conjuntural, o qual apenas acentuou o aspecto estrutural do êxodo urbano e da ruralização, sofridos pelo Império Romano a partir da crise da mão de obra escrava. Note-se que o primeiro saque de Roma, realizado pelos visigodos, ocorreu em 410.
Obs.: O reinado de Constantino estendeu-se de 311 a 337 (as datas citadas no enunciado correspondem a sua vida).
61. (Vunesp-2002) Tito Lívio, em História de Roma, referindo-se
às lutas entre patrícios e plebeus que se estenderam do século V ao IV a.C.,
escreveu: “ … apesar da oposição da nobreza, houve eleições consulares em que
Lúcio Séxtio foi nomeado o primeiro cônsul plebeu. A luta, entretanto, não terminara.
Os patrícios declararam que não ratificariam essa eleição e esperava-se uma
nova secessão da plebe e outras terríveis ameaças de guerra civil quando, finalmente,
um acordo apaziguou a discórdia. A nobreza concedia à plebe seu cônsul plebeu,
e a plebe concedeu à nobreza o direito de eleger um pretor único, patrício, que
seria encarregado de exercer a justiça em Roma.”
a) Em 450 a.C., sob a pressão de uma revolta plebeia os patrícios
foram obrigados a escrever as leis que até aquela data eram orais. Que nome
receberam estas leis escritas?
b) Como se explica o poder de pressão dos plebeus sobre os
patrícios, a ponto de estes últimos serem obrigados a aceitar algumas de suas
reivindicações?
resposta da questão 61:
a) Lei das XII Tábuas.
b) A plebe romana era a força-trabalho. Formava a maioria da população, pagava impostos e, em última instância, defendia a cidade.
62. (Mack-2004) “No século II a.C., coube a Catão, o censor,
personificar obsessivamente uma campanha pela destruição completa de Cartago.
Nos seus discursos, no Senado romano, Catão sempre os encerrava com a frase Delenda
est Carthago (Cartago seja destruída).
O sucesso de suas pregações selou o destino da cidade: Cartago
foi invadida, completamente arrasada, e os poucos sobreviventes transformados
em escravos”.
Cláudio Vicentino
O fragmento acima relaciona-se às:
a) Guerras Médicas.
b) Guerras Gálicas.
c) Guerras Púnicas.
d) Guerras Bárbaras.
e) Guerras Germânicas.
resposta da questão 62:[C]
Comentário da questão:
Resolução: Cartago, antiga colônia fenícia fundada na África
do Norte, travou contra Roma três guerras, conhecidas como Guerras Púnicas.
Derrotada em todas elas, foi arrasada ao final do terceiro conflito, em 146
a.C. A partir de então, Roma tornou-se a potência hegemônica da Bacia do
Mediterrâneo.
63. (UNICAMP-2000) No ano de 73 a.C., um grande número de
escravos e camponeses pobres se rebelaram contra as autoridades romanas no sul
da Itália. Os escravos buscavam retornar às suas pátrias. Depois de resistirem
aos exércitos romanos durante dois anos, a maioria foi massacrada.
(Traduzido e adaptado de P. Brunt, Social Conflicts in the Roman
Republic)
a) Compare a escravidão na Roma Antiga e na América Colonial, identificando suas diferenças.
b) Quais foram as formas de resistência escrava nesses dois
períodos?
resposta da questão 63:
a) A escravidão na Roma antiga era formada por prisioneiros de guerra (povos pertencentes às terras conquistadas pelo Império Romano). Os escravos exerciam funções diversas, inclusive atuavam como intelectuais, como professores. Já, na América colonial, os escravos eram basicamente índios e negros, capturados e transportados para as grandes fazendas ou para as minas, obrigados a realizarem trabalho
forçado e braçal.
b) Os escravos do antigo Império Romano se revoltavam, recusando-se a cumprir suas funções, os escravos
da América colonial fugiam para o mato e lá constituíam pequenas comunidades longe da violência branca — os quilombos.
64. (Mack-2005) Quanto às profissões que devem ser consideradas
dignas de um homem livre e às que não devem, eis o ponto de vista geralmente
aceito. (…) Também não liberais e inferiores são as profissões de todos os que
trabalham por salário, a quem pagamos o trabalho e não a arte, porque no seu
caso o próprio salário é um atestado da sua escravidão.
Cícero, De Officiis, I, XLII.
O texto reflete uma visão da sociedade romana. Nela, os cidadãos
respeitados e que detinham maior influência política eram
a) os plebeus, homens livres que possuíam direitos políticos.
b) os clientes, indivíduos que prestavam serviços aos proprietários
de terras.
c) os demiurgos, homens que haviam feito sua fortuna graças
ao comércio.
d) os hilotas, antigos habitantes da Lacônia, que usufruíram
das melhores terras.
e) os patrícios, grandes proprietários de terras que formavam
uma aristocracia.
resposta da questão 64:[E]
Comentário da questão 64:
Sobretudo no período da república romana, os patrícios correspondiam ao ápice da escala social. Dispunham de privilégios, entre os quais ocupar postos nas esferas de governo.
65. (UEL-2003) “(...) Graco parecia ter chegado ao ponto em que,
ou renunciava completamente ao plano, ou começava uma revolução: escolheu a
última hipótese. Rompeu relações com o colega e apresentou-se diante da multidão
reunida perguntando-lhe se um tribuno que se opunha à vontade do povo não devia
ser destituído de seu cargo. A assembléia do povo, habituada a ceder a todas as
propostas que lhe eram apresentadas, e composta na maior parte do proletariado
agrícola que emigrara do campo estando pessoalmente interessada no voto da lei,
deu resposta quase unanimemente favorável. (...) Para obter esta reeleição inconstitucional,
meditava ainda novas reformas. (...) O Senado reuniu-se no templo da Fidelidade.
(...) Quando Tibério levou a mão à fronte para indicar ao povo que sua cabeça
estava ameaçada, comentou-se que ele pedira ao povo para coroá-lo com o diadema.
O cônsul Cévola foi instado a deixar que se matasse o traidor. (...) Morreram
com ele cerca de trezentas pessoas.”
(MOMMSEN, Theodor. História de Roma. Excertos. Rio de
Janeiro: Opera Mundi, 1973. p. 174-175.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a questão agrária
na República Romana, é correto afirmar:
a) A morte de Tibério Graco é narrada como resultado de uma
tentativa de impedir a reunião do Senado no templo da Fidelidade.
b) A lei que Tibério Graco desejava aprovar beneficiava os ricos
ocupantes de terras públicas e ampliava ao máximo o apoio político aos seus
propósitos.
c) O autor do texto expressa seu preconceito em relação às constantes
decisões da plebe urbana, contrárias aos interesses dos tribunos.
d) Os opositores mataram Graco para impedir a aprovação da
lei que os obrigaria a devolver suas terras ao Estado, para posterior
distribuição aos pobres.
e) O texto elogia a Assembléia Romana por discutir, democraticamente,
os interesses comuns da plebe e da aristocracia.
resposta da questão 65:[D]
66. (UFC-2003) O Império Romano do Ocidente caiu em finais do século V. A sociedade romana foi destruída por motivos internos e externos ao próprio Império. As complexas causas de sua crise foram precipitadas pelo movimento dos escravos, dos colonos e das conquistas dos bárbaros.
Podemos afirmar que os bárbaros eram:
a) povos comerciantes do Mediterrâneo.
b) tribos seminômades pastoris e guerreiras que viviam agrupadas em clãs.
c) grupos internos ao Império, descontentes com a crise iniciada no século III.
d) um conjunto de povos portadores de novas tecnologias agrárias.
e) tribos descendentes dos antigos etruscos que habitavam o Lácio.
resposta da questão 66:[B]
Comentário da questão:
Os romanos usavam a palavra
"bárbaros" para todos aqueles que habitavam fora das fronteiras do
império e que não falavam a língua oficial dos romanos: o latim. A convivência
pacífica entre esses povos e os romanos durou até o século IV, quando uma horda
de hunos pressionou os outros povos bárbaros nas fronteiras do Império Romano.
Neste século e no seguinte, o que se viu foi uma invasão, muitas vezes
violenta, que acabou por derrubar o Império Romano do Ocidente. Além da chegada
dos hunos, podemos citar como outros motivos que ocasionaram a invasão dos
bárbaros: a busca de riquezas, de solos férteis e de climas agradáveis.
67. (Vunesp) A inovação decisiva desse processo foi em
última análise econômica: foi a introdução, nos domínios romanos, do latifundium
[latifúndio] cultivado por escravos, em larga escala, pela primeira vez na Antiguidade.
(Perry Anderson, Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. Texto
adaptado.)
O processo responsável pela introdução do latifúndio escravista
a que se refere o texto foi a:
a) legislação reformista de Sólon;
b) fundação do Império por Otávio;
c) deposição da dinastia etrusca pelos patrícios;
d) expansão romana no Mediterrâneo;
e) invasão da Itália pelos germânicos.
resposta da questão 67:[D]
Comentário da questão:
Comentário da questão:
A vitória romana nas Guerras Púnicas consolidou o domínio do Mar Mediterrâneo (Mare Nostrum), o que por sua vez, teve consequências importantes do ponto de vista político, econômico e social. Entre tais consequências, mencionamos o predomínio do latifúndio escravista que causou a ruína dos pequenos proprietários de terras.
68. (FGV) "O Mediterrâneo tornou-se um lago romano: é o
Mare Nostrum dos mapas antigos."
(Aquino et al.)
A situação-chave que consolidou a definitiva expansão romana
foi:
a) a derrota da influente Cartago, possibilitando o controle
sobre o Mediterrâneo ocidental e abrindo as condições necessárias para a
intervenção nos Estados Helenísticos vizinhos;
b) a vitória da Sicília nas Guerras Púnicas, o que permitiu
a tomada de Cartago pelos romanos;
c) a vitória da Sicília (cartaginesa) e a anexação desta a
Roma;
d) a vitória da influente Cartago (colônia romana) sobre os
Estados Helenísticos próximos;
e) a vitória da influente Cartago (colônia romana) sobre a
Sicília (colônia grega), o que abriu importante base no Mediterrâneo à expansão
territorial.
resposta da questão 68:[A]
Comentário da questão:
Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram
para as conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e
muitos recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general Anibal, nas
Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois
garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar
o Mediterrâneo de Mare Nostrum.
Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas,
dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a
Síria e a Palestina.
Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por
significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do
que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos
para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes
recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos
mudou.
69. (PUC-SP-2002) Durante séculos, o Mar Mediterrâneo foi o centro comercial do mundo conhecido. Dominá-lo significava
também exercer plena hegemonia política e militar. São exemplos da busca pelo
controle do Mediterrâneo e de sua importância
a) as Guerras Púnicas, nos séculos III e II a.C., entre Roma
e Cartago, que determinaram a plena expansão dos romanos e asseguraram-lhes o
domínio do norte da África.
b) as atividades mercantis, na Alta Idade Média, de cidades italianas, como Veneza ou Gênova, que se empenharam no estabelecimento
de novas rotas oceânicas para o Oriente.
c) as colonizações desenvolvidas em território americano, a
partir do século XV, por Portugal e Espanha, cujo objetivo era ligar o
Atlântico ao Pacífico.
d) as guerras napoleônicas na Penísula Ibérica no princípio do
século XIX, que ampliaram o comando francês sobre o norte e o centro do
território africano.
e) as Guerras do Peloponeso, nos séculos V e IV a.C., que
envolveram as cidades gregas de Atenas e Esparta, na busca pelo controle total
da Península Balcânica.
resposta da questão 69:[A]
70. (Fuvest-2002) Quando, a partir do final do último século
a.C., Roma conquistou o Egito, e áreas da Mesopotâmia,encontrou nesses
territórios uma forte presença de elementos gregos. Isto foi devido
a) ao recrutamento de soldados gregos pelos monarcas persas
e egípcios.
b) à colonização grega, semelhante à realizada na Sicília e Magna
Grécia.
c) à expansão comercial egípcia no Mediterrâneo Oriental.
d) à dominação persa na Grécia durante o reinado de Dario.
e) ao helenismo, resultante das conquistas de Alexandre o Grande.
resposta da questão 70:[E]
Comentário da questão 70:
Um dos traços marcantes da civilização romana foi a expansão territorial. Roma conquistou a bacia do Mar Mediterrâneo e a parte oriental da Europa, onde havia uma forte presença (herança) do Império Helenístico de Alexandre, o Grande. Como Alexandre consolidou suas conquistas com a fusão cultural (entre gregos e orientais), a conquista Romana, por sua vez, consolidou a chamada cultura Greco-Romana.
71. (Mackenzie)
A população de homens livres diminuía, oprimidos
pela miséria, pelas contribuições e pelo serviço militar. (...)
Os pobres afirmavam que estavam sendo reduzidos à extrema
miséria; que esta penúria os impedia de ter filhos, porque eram incapazes de
criá-los.
(Apiano)
Os fragmentos de texto acima, extraídos da obra
"História Romana", escrita por esse historiador, relacionam-se com:
a) o final da monarquia romana e as revoltas patrícias.
b) as condições de vida na Ática.
c) as lutas sociais durante a República romana.
d) a implantação do sistema de colonato romano.
e) as rivalidades políticas entre eupátridas e plebeus.
resposta da questão 71:[C]
72. (Unesp 2010) A escravatura [na Roma antiga] foi praticada desde os tempos mais remotos dos reis, mas seu desenvolvimento em grande escala foi consequência das guerras de conquista […].
(Patrick Le Roux. Império Romano, 2010.)
Sobre a escravidão na Roma antiga, é correto afirmar que
(A) assemelhava-se à escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois era determinada pela procedência e pela raça.
(B) aumentou significativamente durante a expansão romana pelo Mar Mediterrâneo.
(C) atingiu o auge com a ocupação romana da Germânia e de territórios na Europa Central.
(D) diminuiu bastante após a implantação do Império e foi abolida pelos imperadores cristãos.
(E) diferenciava-se da escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois os escravos romanos nunca podiam se tornar livres.
resposta da questão 72:[B]
Comentário da questão:
Comentário da questão:
Questão de fácil resolução por
parte do aluno, que deveria observar a relação entre a vitória romana nas
Guerras Púnicas, quando o Mar Mediterrâneo foi tomado dos cartagineses, e a
expressiva ampliação da utilização de mão-de-obra escrava proveniente das conquistas.
73. (Fuvest) "A história da Antiguidade Clássica é a história das
cidades, porém, de cidades baseadas na propriedade da terra e na
agricultura."
(K. Marx. "Formações econômicas
pré-capitalistas.")
Em decorrência da frase de Marx, é correto afirmar que
a) os comerciantes eram o setor urbano com maior poder na Antiguidade mas dependiam da produção agrícola.
b) o comércio e as manufaturas eram atividades desconhecidas
nas cidades em torno do Mediterrâneo.
c) as populações das cidades greco-romanas dependiam da
agricultura para a acumulação de riqueza monetária.
d) a sociedade urbana greco-romana se caracterizava pela
ausência de diferenças sociais.
e) os privilégios dos cidadãos das cidades gregas e romanas
se originavam da condição de proprietários rurais.
resposta da questão 73:[E]
Comentário da questão:
A Antiguidade Clássica romana foi caracterizada pelo
predomínio da elite agrária, como os eupátridas em Atenas e patrícios em Roma,
classes sociais vinculadas à propriedade da terra.
74. (UFPR-1995) Quais os principais fatores determinantes da
decadência do Império Romano do Ocidente?
resposta da questão 74:
O imperialismo romano as guerras civis , a anarquia militar á crise econômica decorrente da crise do sistema escravista e o crescimento do cristianismo levaram a decadência do Império Romano.
75. (FGV-1997) Qual das alternativas abaixo é uma conseqüência
do expansionismo romano:
a) o aumento do poder dos pequenos proprietários rurais;
b) o emprego para toda a população urbana;
c) o êxodo urbano, incentivado pela reforma agrária;
d) o aumento da mão de obra escrava;
e) a tomada de Roma pelos turcos otomanos.
resposta da questão 75:[D]
Comentário da questão:
Uma das consequências da expansão militar romana ao longo do período republicano foi o exponencial aumento do número de escravos (prisioneiros) em função das vitórias romanas nas guerras.
76. (FEI) A colônia fenícia de Cartago, localizada onde
hoje se encontra a cidade de Túnis, ao norte da África, havia se desenvolvido
consideravelmente, a ponto de se constituir em poderosa rival dos interesses
romanos no Mediterrâneo. Por mais de um século, os romanos lutaram para destruir
Cartago, acabando por arrasá-la (146 a.C.).
Esses acontecimentos são conhecidos como:
a) Guerras Médicas.
b) Revolução Cartaginesa.
c) Guerras Púnicas.
d) Guerra de Troia.
e) Guerra da Reconquista.
resposta da questão 76:[C]
Comentário da questão:
Guerras Púnicas, conjunto de batalhas entre Roma e Cartago pela hegemonia comercial na região banhada pelo Mar Mediterrâneo.
77. (Faap-1997) Chamado o "Flagelo de Deus",
aproveitou a debilidade do Império Romano e resolveu conquistá-lo. Invadiu a
Gália e saqueou várias cidades. Na Itália, depois de conferenciar com o Papa
Leão I, desistiu de atacar Roma. Retirou-se para a Hungria, onde morreu em 453.
a) Heráclito
b) Carlos Magno
c) Átila
d) Alarico
e) Teodorico.
resposta da questão 77:[C]
Comentário da questão:
Questão factual. O enunciado aborda implicitamente o rei do Hunos, Átila, conhecido como o "Flagelo de Deus", dizia-se que por onde o cavalo de Átila passava nunca mais nascia grama.
78. (UFPEL) "Os animais da Itália possuem cada um sua toca,
seu abrigo, seu refúgio. No entanto, os homens que combatem e morrem pela
Itália estão à mercê do ar e da luz e nada mais: sem lar, sem casa, erram com
suas mulheres e crianças. Os generais mentem aos soldados quando, na hora do combate,
os exortam a defender contra o inimigo suas tumbas e seus lugares de culto,
pois nenhum destes romanos possui nem altar de família, nem sepultura de
ancestral. É para o luxo e enriquecimento de outrem que combatem e morrem tais
pretensos senhores do mundo, que não possuem sequer um torrão de terra."
PLUTARCO
DE QUERONÉIA, (50-125). In: PINSKY, Jaime. "100 textos de História
Antiga". São Paulo: Contexto, 2003.
O documento está associado à reforma agrária promovida
pela(s)
a) Revolta de Espártaco.
b) Lei das Doze Tábuas.
c) Lei Canuléia.
d) Guerras Púnicas.
e) Leis dos Irmãos Graco
resposta da questão 78:[E]
79. (Faap) A religião romana era essencialmente politeísta,
e o culto ao imperador era de grande significado pelo fator da unidade que
representava. Durante um período determinado, teve início o questionamento
dessa ideia Esse grupo que não reconhecia a divindade do Imperador eram:
a) bárbaros invasores
b) primeiros cristãos
c) bons espíritos familiares
d) escravos e estrangeiros
e) judeus vindos da Palestina
resposta da questão 79:[B]
80. (UNIFESP-2003) Conflitos e lutas sociais variadas originaram as crises que fizeram o Estado
romano passar do governo monárquico ao republicano e deste, ao imperial. Nos
três regimes políticos, contudo, os integrantes de um único grupo, ou classe
social, mantiveram sempre o mesmo peso e posição. Foram os, assim chamados,
A) plebeus (isto é, populares).
B) proletários (isto é, sem bens).
C) patrícios (isto é, nobres).
D) servos (isto é, escravos).
E) clientes (isto é, dependentes)
resposta da questão 80:[C]
Comentário da questão:
A Banca Examinadora incorre em erro ao considerar que os patrícios mantiveram o mesmo "peso e posição" ao longo da Monarquia, da República e do Império. Se os patrícios mantiveram o mesmo peso e posição de destaque social e político na história de Roma, porque então ocorreram mudanças de regime político?
Mais precisamente:
- Durante a Monarquia (aproximadamente desde o século VIII a.C. até o século VI a.C.), os patrícios, enquanto aristocratas proprietários de terra, possuíam forte influência junto ao rei, através do Senado (Conselho de Anciãos). Porém, após a invasão etrusca (século VII a.C.), sua influência desapareceu com a ascensão ao poder de reis estrangeiros (etruscos).
- No início da República (séculos
VI-I a.C.), implantou-se um regime oligárquico fundado no monopólio de poder
por parte da aristocracia patrícia. De fato, o regime republicano representou o
auge do poder patrício. Porém, ao longo de 500 anos, profundas mudanças
econômicas, sociais e políticas foram abalando sua posição e diminuindo seu
peso (concessão de direitos aos plebeus, ascensão do exército e advento das
ditaduras militares).
- Finalmente no período do Império
(séculos I a.C-V), criou-se um novo pacto político em que a elite patrícia
perdia o monopólio do poder, compartilhando sua elevada posição com novos
grupos (os homens-novos, por exemplo) e submetendo-se politicamente ao
exército.
Portanto, a partir desta breve
reflexão (ao alcance de qualquer aluno do Ensino Médio), fica claro o quão
incorreto é afirmar a imobilidade de "peso e posição"
81. (UFAC) As civilizações que mais contribuíram para a
formação social e cultural da sociedade feudal européia foram:
a) Grega e Romana
b) Arábica e Bizantina
c) Romana e Germânica
d) Muçulmana e Franca
e) Bizantina e Eslava
resposta da questão 81:[A]
Comentário da questão:
Antiguidade Clássica (Grécia e Roma), formadora dos valores da cultura ocidental.
82. (VUNESP) Roma, de simples Cidade-Estado, transformou-se na
capital do maior e o mais duradouro dos impérios conhecidos. Assinale a
alternativa diretamente relacionada com o declínio e a queda do Império Romano.
a) Triunfo do cristianismo e urbanização do campo.
b) Redução considerável dos tributos e a abolição do poder
despótico de tipo oriental.
c) Barbarização do exército e crise no modo de produção
escravista.
d) Ensino democrático dos estóicos e o aumento dos
privilégios das classes superiores.
e) Estabilização das fronteiras e a crescente oferta de
mão de obra.
resposta da questão 82:[C]
83. (MACKENZIE) A ruralização
econômica do Império Romano do Ocidente (do século III ao V d.C.) NÃO teve como
consequência:
a) o rebaixamento de muitos
homens livres à condição de colonos que se tornaram presos à terra.
b) o surgimento do colonato, que
se constituiu no arrendamento de terras aos camponeses.
c) o latifúndio, principal
unidade de produção, tornou-se quase autossuficiente.
d) o aumento do afluxo de
escravos para Roma, que dinamizou a expansão da economia agrícola.
e) o campo tornou-se mais seguro
que as cidades, em decorrência das desordens político-sociais e da crise
econômica.
resposta da questão 83:[D]
84. (Ufscar 2007) "Mare nostrum" é uma expressão atribuída aos romanos, que significa a apropriação européia do Mediterrâneo. Sua origem remonta à Antiguidade, quando os romanos
a) conquistaram a Grécia.
b) dominaram o Egito.
c) venceram Cartago.
d) expandiram seu império pela Península Ibérica.
e) submeteram os povos germânicos.
resposta da questão 84:[C]
Comentário da questão:
Após a vitória sobre os cartagineses nas célebres "Guerras Púnicas", os romanos puderam estender seus domínios sobre o mar Mediterrâneo.
85. (Ufpr 2006) Os dois trechos a seguir referem-se a momentos distintos de expansão e imperialismo: o primeiro diz respeito à Antiguidade Clássica, quando Roma havia conquistado uma grande quantidade de territórios, e o segundo se refere ao domínio que a Europa exerceu sobre o mundo no final do século XIX.
Compare essas duas formas distintas de imperialismo.
"Os conquistados recebiam um tratamento muito diversificado, segundo sua posição em relação ao poder romano. Os que se aliassem, recebiam direitos totais ou parciais de cidadania, enquanto os derrotados que não cedessem eram subjugados, muitos vendidos como escravos, outros eram submetidos a tratados muito desiguais e que davam ao Estado romano grandes rendas na forma de impostos e tributos. Roma, surgida de uma união de povos, sabia conviver com as diferenças (...)."
(FUNARI, Pedro Paulo. "Grécia e Roma". São Paulo: Contexto, 2001, p. 86.)
"A dominação política e industrial que a Europa exerceu sobre o mundo no final do século XIX e a teoria do progresso foram a reivindicação dos europeus como portadores de um direito moral para liderar outros ramos da humanidade. Muitos vitorianos tardios influentes reivindicaram que sua sociedade estava no auge do desenvolvimento social, com todos os estágios 'anteriores' da humanidade colocados em uma progressão linear em direção a
este estado ideal."
(HINGLEY, Richard. Concepções de Roma -uma perspectiva inglesa. In: FUNARI, Pedro Paulo. "Repensando o mundo antigo". Textos didáticos n. 47, IFCH/Unicamp, 2002.)
resposta da questão 85:
O imperialismo romano se deu através de guerras de conquistas, sendo os povos subjugados submetidos a um processo de romanização, fosse pela aceitação das instituições romanas ou dos valores culturais romanos.
Os territórios conquistados eram incorporados como províncias do império sendo dada aos nativos que não oferecessem resistência, a cidadania romana. Aqueles que resistiam, eram submetidos à condição de cativo (escravo), passando a constituir a massa de escravos, considerada a base de sustentação do império.
No século XIX , o imperialismo europeu sobre a África e a Ásia, também definido como neocolonialismo, se deu através da ocupação territorial, política, econômica e cultural dos continentes, motivada pelos efeitos da Segunda Revolução Industrial, sobretudo a demanda por mercados e fontes de matérias-primas.
Para justificar moralmente a ocupação da África e da Ásia, os europeus se fundamentaram em teorias que estabeleciam uma pretensa superioridade da raça branca, e em nome dela, estariam levando "progresso e civilização aos povos atrasados".
Nesse processo, os nativos africanos e asiáticos não foram submetidos à condição de cativos, mas tiverem desestruturadas suas formas de produção e organização, submetendo-se à intensa exploração como mão-de-obra, bem como aos padrões culturais europeus.
86. (Ufes 2006) O oficial romano Orestes, tendo tomado o comando do exército, partiu de Roma ao encontro dos inimigos e chegou a Ravena, onde parou para fazer imperador seu filho, Rômulo Augusto. [...] Porém, pouco depois de Rômulo Augusto ter sido estabelecido imperador em Ravena por seu pai, Odoacro, rei dos turcilingos, tendo consigo ciros, hérulos e auxiliares de diversas tribos, ocupou a Itália. Orestes foi morto e seu filho, Rômulo Augusto, expulso do reino e condenado à pena de exílio no Castelo Luculano, na Campânia. Assim, o Império do Ocidente do povo romano, que o primeiro dos augustos - Otaviano Augusto - tinha começado a dirigir no ano 709 da fundação da cidade de Roma, pereceu com Rômulo Augusto no ano 522 do reinado dos seus antecessores imperadores. Desde aí, Roma e a Itália foram governadas pelos reis dos godos.
(Jordanes, in: PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. "História da Idade Média". São Paulo: Editora Unesp, 2000, p. 39-40. Adaptado.)
O texto anterior, escrito por Jordanes, um autor do século VI d.C., nos informa sobre os acontecimentos políticos que marcaram o início e o fim do Império Romano do Ocidente: a ascensão de Otávio Augusto ao poder e a deposição de Rômulo Augusto por Odoacro, no contexto das invasões bárbaras.
Tendo em vista essas considerações, explique
a) a importância da atuação política de Otávio Augusto para a criação do Império Romano.
b) dois fatores que contribuíram para a desagregação do Império Romano do Ocidente
resposta da questão 86:
a) Otávio assume o poder num contexto de acirramento da crise republicana. Júlio César, nomeado ditador vitalício, representava uma séria ameaça ao controle do Senado sobre a República, desencadeando assim uma violenta reação por parte da facção da elite senatorial liderada por Bruto e Cássio que resultou no assassinato do ditador e na retomada da guerra civil. Inicialmente, Otávio assume o poder ao lado de Marco Antônio e Lépido mediante um consórcio conhecido como Segundo Triunvirato, conseguindo sobrepujar a facção senatorial que sustentou o golpe contra César. Em seguida, ocorre a polarização entre Otávio e Marco Antônio. A nova guerra civil que se instaura teve como desfecho a vitória do Otávio em 31 a.C., na batalha de Ácio, sobre as forças lideradas por Marco Antônio. Em 30 a.C., o Egito, cuja soberana, Cleópatra, havia sustentado a causa de Marco Antônio, é ocupado pelos romanos. A partir desse momento, Otávio se torna o líder supremo da República com a missão de restabelecer a concórdia entre os cidadãos e garantir o controle romano sobre os territórios conquistados. Em reconhecimento pelos serviços prestados em prol da pátria, o Senado confere a Otávio, em 27 a.C., o título de Augusto, fato que a historiografia considera como o marco de fundação da monarquia romana. Doravante, todos os antigos poderes republicanos exercidos pelos magistrados, pelas assembleias e pelo próprio Senado, incluindo o supremo comando sobre todos os efetivos militares, passarão a ser prerrogativa de Augusto. Essa concentração, nas mãos de um indivíduo, de um amplo feixe de poderes outrora repartidos entre as diversas instâncias que compunham o "populus" romano será o principal fundamento político-institucional da atuação do imperador, recebendo mais tarde a chancela jurídica por meio da Lei de Império de Vespasiano.
b) A desagregação do Império Romano do Ocidente, que culminou na instauração dos reinos bárbaros sobre o território das antigas províncias romanas, foi produzida por um conjunto de fatores, sem que tenhamos condições de indicar uma hierarquia precisa entre eles. Dentre esses fatores, teríamos, por exemplo, a crise do modo-de-produção escravista, resultado das dificuldades de abastecimento de mão de obra escrava e da resistência à inovação tecnológica própria da mentalidade do homem antigo.
Em virtude da crise do escravismo, observa-se um decréscimo significativo do nível de relações comerciais, o que dá ensejo ao êxodo urbano e à ruralização. Outro elemento significativo dentro do processo de desagregação foi, sem dúvida, a expansão dos efetivos empregados na administração civil e no exército, o que exigiu dos imperadores a adoção de um conjunto de medidas com a finalidade de garantir a extração de tributos necessários à manutenção de uma máquina estatal complexa como era a do Baixo Império. Esse fenômeno, conhecido como fiscalismo, atingiu de modo muito intenso a ordem dos decuriões, ou seja, a elite local responsável pela administração das cidades, que tenta por todos os meios se eximir dos encargos municipais, cada vez mais onerosos. Uma das soluções encontradas pelos decuriões foi se colocar sob a proteção dos patronos, grandes proprietários rurais que faziam parte da elite senatorial. Mediante o patronato exercido por membros dessa elite, amplos segmentos da população rural são postos ao abrigo das exigências do poder imperial, configurando-se entre os patronos e os seus subordinados uma relação direta, sem a intermediação do Estado, que enfraquece ainda mais as possibilidades de atuação deste último. Por fim, não podemos ignorar a intensificação dos conflitos do Império com os povos limítrofes. De fato, no Baixo Império, Roma é confrontada no "limes" reno-danubiano por uma pressão cada vez maior de tribos bárbaras e, no Oriente, pela restauração da Pérsia como uma grande potência, o que exige do poder imperial uma ação simultânea em duas frentes com a finalidade de manter a integridade do Império, tarefa que, no Ocidente, não logrou êxito.
87. (Unicamp 2007) Em Roma, no século XV, destruíram-se muitos e belos monumentos, sem que as autoridades ou os mecenas se lembrassem de os restaurar. No melhor período desse "regresso ao antigo", ocorrido durante o Renascimento italiano, não se restaura nenhuma ruína, e toda a gente continua a explorar templos, teatros e anfiteatros, como se fossem pedreiras.
(Adaptado de Jacques Heers. "Idade Média: uma impostura". Porto: Edições Asa. 1994, p. 111.)
a) Segundo o texto, quais foram as duas atitudes em relação à cidade de Roma no Renascimento?
b) Explique a importância da cidade de Roma na Antiguidade.
c) Por que o Renascimento italiano valorizou as cidades?
resposta da questão 87:
a) A destruição de monumentos romanos ainda existentes e a não preocupação de restaurar outros que já se encontravam deteriorados.
b) Foi a capital do mais importante império na Antiguidade, sendo um poderoso centro político e administrativo e centro de difusão, irradiação e consolidação dos valores da civilização clássica (greco-romana).
c) Por que as cidades italianas à época do Renascimento eram, além de importantes centro econômicos, verdadeiros Estados dotados de soberania, onde os governantes ou a burguesia em busca de projeção, estimulavam as artes. Também, os valores da Renascença representavam uma contraposição aos valores do mundo feudal, essencialmente rural.
88. (Ufpa 2008) Os costumes e leis romanas abriam possibilidades para que, em certos casos, o liberto se tornasse cidadão, ao contrário do que acontecia na Grécia pré-romana. Nesse sentido, é correto afirmar que na sociedade romana
a) os escravos teriam o direito de adquirir a alforria de modo incondicional, embora os seus descendentes libertos não gozassem desse privilégio por serem considerados cidadãos de segunda ordem.
b) o pecúlio era uma propriedade exclusiva do liberto e do escravo, de modo que este poderia concedê-lo a um filho, à esposa ou então a um outro escravo que não tivesse direito legal da propriedade.
c) as fontes históricas provam que a escravidão romana era a mais humanitária do mundo antigo, tanto que os libertos, sem exceção, exerciam altas funções políticas, podendo ocupar uma função religiosa.
d) a concentração de libertos era uma das mais altas, o que evitou diversas formas de resistência servil e de revoltas escravas, como a de Spartacus, que abalou a democracia ateniense.
e) Embora o liberto não pudesse, em princípio, aspirar a cargos oficiais e ingressar em ordens privilegiadas, como as senatorial e equestre, os seus descendentes poderiam ter essa prerrogativa.
resposta da questão 88:[E]
89. (PUC) A civilização romana exerceu uma influência bem definida sobre as sociedade ulteriores. Assinale a afirmação correta.
a) A ciência do Direito foi
utilizada na Idade Média e na Época Contemporânea; países europeus incorporaram
parte dela em seus códigos.
b) A arquitetura foi conservada
nas igrejas luteranas.
c) A literatura romana
influenciou o surgimento do Iluminismo.
d) A escultura romana do tempo
de Péricles foi lembrada nas estátuas e colunas da Europa Medieval.
e) Nenhuma das anteriores.
resposta da questão 89:[A]
Comentário da questão:
O Direito constitui o legado mais importante de Roma porque, além de os juristas da Baixa Idade Média o utilizarem em sua legislação, ainda hoje, seus princípios constituem a base do Direito Ocidental.
90. (PUC) A religião romana assemelhava-se à grega porque ambas
a) tinham como centro a crença na
vida futura
b) condenavam as injustiças
sociais
c) tinham objetivos nitidamente
políticos
d) eram apoiadas por uma forte
classe sacerdotal
e) eram terrenas e práticas, sem
conteúdo espiritual e ético
resposta da questão 90:[E]
Comentário da questão:
Os deuses gregos foram adotados pelos romanos, que apenas lhes alteraram os nomes. Pode-se portanto falar em uma religião greco-romana politeísta, cujos deuses eram concebidos com qualidades, defeitos e paixões humanos. Tratava-se de uma religião formalista, voltada para fins práticos e desprovida de qualquer conteúdo doutrinário ou moral mais profundo.
91.(Mackenzie 2003) Após vingarem o destino infeliz da mãe Rea Silvia, detida por longo tempo pelo pérfido tio Amúlio, e restituírem o reino de Alba ao avô Numitor, Rômulo e Remo teriam decidido, por conta própria, fundar com seus companheiros, todos homens, uma cidade. De modo muito simples, Rômulo e Remo foram tomados pelo desejo de fundar uma cidade nos mesmos lugares que haviam sido abandonados e criados, ou seja, às margens do Tibre.
Adaptado de Levi G. Schmitt - "História dos jovens"
O texto apresenta um trecho da versão escrita pelo poeta Virgílio, em Eneida, acerca da fundação da
cidade de:
a) Esparta.
b) Roma.
c) Bagdá.
d) Tebas.
e) Atenas.
resposta da questão 91:[B]
Comentário da questão:
O texto apresenta a versão lendária sobre a fundação de
Roma, na qual as personagens centrais são os irmãos Rômulo e Remo, que teriam
sido lançados ao Rio Tibre pelo rei Amúlio, tendo sido salvos por uma loba e,
posteriormente, teriam fundado a cidade de Roma.
92. (Fuvest 85) Cite três poderes concedidos ao Imperador Augusto durante o Principado.
resposta da questão 92:
- Príncipe do Senado
- Protetor do Senado
- Augusto (direito de escolha do sucessor)
93. (Unesp 91) Os romanos davam aos fenícios o nome de "puni". Cartago, antiga colônia fenícia, teve que enfrentar Roma numa série de guerras que duraram, com longos intervalos de trégua, mais de um século (264-146 a.C).
Esclareça o grande motivo da rivalidade crescente entre as duas cidades e indique a principal decorrência para Cartago ao final da terceira guerra púnica.
Esclareça o grande motivo da rivalidade crescente entre as duas cidades e indique a principal decorrência para Cartago ao final da terceira guerra púnica.
resposta da questão 93:
Disputa pela hegemonia no Mediterrâneo Ocidental. Cartago foi derrotada, sendo completamente destruída e os sobreviventes escravizados pelos romanos.
94. (Unicamp 91) Na Roma antiga, o escravo era considerado um animal de trabalho sobre o qual o senhor detinha o direito de vida e de morte.
a) Em quais condições alguém se tornava escravo na Roma antiga?
b) Relacione três das principais atividades em que a mão de obra escrava era utilizada.
resposta da questão 94:
a) Por dívidas (antes da promulgação da Lei Licínia) ou por conquistas militares.
b) Agricultura, minas, artesanato e comércio.
95. (Unicamp 92) "Os jovens eram educados para serem fortes para a guerra. No Campo de Marte, perto de Roma, aprendiam a manejar a espada, a lançar o disco e as lanças, a correr, saltar, nadar e cavalgar. Aprendiam a obedecer para depois saberem
mandar."
(Bruna R. Cantele, HISTÓRIA DINÂMICA ANTIGA E MEDIEVAL)
Com base no texto, responda:
a) qual era a função da educação romana?
b) qual foi a sua importância na expansão do império?
resposta da questão 95:
a) Formar um exército disciplinado e bem treinado.
b) Foi a base do império, o exército romano foi responsável pelo último e maior império da antiguidade.
96. (Unesp 93) O Estado Romano edificou-se, passando por transformações prolongadas no tempo. A Monarquia cedeu lugar à República, que sofreu modificações por cinco séculos. O regime Imperial começou a ser estruturado a partir do ano 27 a.C.
Ofereça subsídios que possibilitem a compreensão do processo de desagregação da República Romana e advento do regime Imperial.
resposta da questão 96:
As conquistas imperiais, o êxodo rural e as crises de abastecimento geraram conflitos civis e constantes convocações de ditadores, generais e triunviratos (centralização do poder).
97. (Fuvest 93) O mundo greco-romano e o mundo ocidental moderno criaram colônias ultramarinas e usaram o trabalho escravo.
Indique as diferenças entre esses dois períodos históricos no que se refere à colonização e à escravidão.
resposta da questão 97:
Na antiguidade as colônias tinham autonomia política e eram pontos estratégicos como bases militares e(ou) comerciais. Eram pontos de afluxo migratório de excedentes populacionais. A escravidão, de modo geral, era resultante de dívidas ou produto de guerras. Os escravos eram utilizados no setor produtivo e doméstico. Muitos escravos gregos se notabilizaram por tomarem parte importante na educação dos filhos de senhores romanos.
Na época moderna as colônias são parte fundamental na política econômica mercantilista. São fornecedores obrigados de produtos para a metrópole e são mercados consumidores forçados de produtos da metrópole. A escravidão foi praticada contra os índios americanos e negros africanos. Foram utilizados na produção em grandes propriedades. O comércio e o tráfico de escravos poderia ser também um fator de enriquecimento da metrópole
98. (Unifesp 2010) (...) é no último quartel do século VII [a.C.] que a economia das cidades (...) volta-se decididamente para o exterior; o tráfico por mar vai então amplamente ultrapassar a bacia oriental do Mediterrâneo, entregue a seu papel de via de comunicação. A zona dos intercâmbios estende-se a oeste até a África e à Espanha, a leste até ao Mar Negro.
(Jean-Pierre Vernant. As origens do pensamento grego. São Paulo: Difel, 1991.)
O texto fala da expansão das cidades gregas no século VII a.C.
Explique
a) por que o autor chama o Mar Mediterrâneo de “via de comunicação”.
b) os principais motivos dessa expansão.
resposta da questão 98:
a) porque era através do Mediterrâneo que ocorria a circulação de mercadorias, ligando as cidades gregas a suas colônias ou a outras cidades com as quais faziam comércio.
b) o crescimento populacional foi determinante para a expansão das atividades econômicas, principalmente daquelas que não dependiam da terra, uma vez que o território grego é montanhoso. Dessa forma o comércio foi incrementado, absorveu parte da mão de obra da cidade e
criou uma nova dinâmica econômica.
99. (Unifesp 2009) (...) não era a falta de mecanização [na Grécia e em Roma] que tornava indispensável o recurso à escravidão; ocorrera exatamente o contrário: a presença maciça da escravidão determinou a "estagnação tecnológica" greco-romana.
(Aldo Schiavone. "Uma história rompida: Roma antiga e ocidente moderno". São Paulo: Edusp, 2005.)
A escravidão na Grécia e na Roma antigas:
a) Baseava-se em características raciais dos trabalhadores.
b) Expandia-se nos períodos de conquistas e domínio de outros povos.
c) Dependia da tolerância e da passividade dos escravos.
d) Foi abolida nas cidades democráticas.
e) Restringia-se às atividades domésticas e urbanas.
resposta da questão 99:[B]
100. (Fuvest 2000) Indique e comente quatro elementos da antiguidade greco-romana presentes ainda hoje no mundo ocidental.
resposta da questão 100:
. - A racionalidade grega presente no pensamento filosófico e científico.
- O conceito de cidadania e democracia que fortaleceu a política em detrimento da religião.
- A organização do Direito, herdada dos romanos.
- O Latim, língua dos romanos que originou a formação de línguas modernas como o português e o espanhol.
101. (UNIFESP 2006) Fomos em busca dos homens fugidos de nosso povoado e descobrimos que cinco deles e suas famílias estavam nas terras de Eulogio, mas os homens deste senhor impediram nos com violência de nos aproximar da entrada do domínio.
(Egito romano, em 332 d.C.)
... os colonos não têm liberdade para abandonar o campo ao qual estão atados por sua condição e seu nascimento. Se dele se afastam em busca de outra casa, devem ser devolvidos, acorrentados e castigados.
(Valentiniano, em 371 d.C.)
Os textos mostram a
a) capacidade do Império romano de controlar a situação no campo, ao levar a cabo a política de transformar os escravos em colonos presos à terra.
b) luta de classes, entre camponeses e grandes proprietários, pela posse das terras que o Estado romano, depois da crise do século III, é incapaz de controlar.
c) transformação, dirigida pelo governo do Baixo Império, das grandes unidades de produção escravistas em unidades menores e com trabalho servil.
d) permanência de uma política agrária, mesmo depois da crise do século III, no sentido de assegurar um número mínimo de camponeses soldados.
e) impotência do governo romano do Baixo Império em controlar a política agrária, por ele mesmo adotada, de fixar os pobres livres no campo.
resposta da questão 101:[E]
Comentário da questão:
Os textos apontam para o contexto de crise do Império Romano, quando o fim da expansão e a dificuldade em suprir a demanda necessária de mão-de-obra escrava obrigam o Estado Romano a criar novas formas de garantir a continuidade da produção agrícola.
Assim, Diocleciano (284-305) instituiu o colonato, garantindo a permanência, através da violência e coerção, de trabalhadores livres, mas presos à terra no campo.
102. (IFSP 2013) A vida dos camponeses na Antiguidade era muito difícil. Os produtos manufaturados nas cidades eram muito mais caros que os produtos agrícolas produzidos por eles. Obrigados a contrair dívidas, pois todo o comércio usava moedas, os credores cobravam juros altíssimos, e os camponeses passaram a dar em garantia do pagamento de suas dívidas a própria liberdade e a de seus descendentes. Nasceu assim, nas cidades antigas como Atenas e Roma, a escravidão por dívidas.
Essa forma de escravidão
(A) existiu durante toda a Antiguidade e deu origem ao colonato que, séculos depois, foi sucedido pela servidão medieval apenas na Europa Ibérica.
(B) foi extinta em Atenas por Clístenes, que criou a democracia,dando direitos políticos a todos os cidadãos de Atenas. Em Roma, foi extinta pelos 10 Mandamentos.
(C) foi abolida em Atenas por Sólon que, não aceitando a escravidão do grego pelo próprio grego, abriu caminho para o conceito de cidadania. Em Roma, foi extinta pela Lei Licínia, propiciando um aumento significativo da massa de plebeus.
(D) voltou a existir na Idade Moderna, com a vinda de enormes contingentes de africanos para as colônias inglesas do sul da América do Norte. Iludidos, achavam que logo conquistariam a riqueza na América.
(E) foi extinta em Atenas, quando esta foi destruída por Esparta, após a Guerra do Peloponeso. Em Roma, foi abolida por Júlio César que, após conquistar a região da Gália, passou a levar os prisioneiros gauleses como escravos.
resposta da questão 102:[C]
Comentário da questão:
A escravidão por dívidas foi abolida em Atenas, pelo legislador Sólon. Em Roma, por sua vez ela foi considerada ilegal pela Lei Licínia.
103. (UNIFESP-2007) Em Roma antiga, e no Brasil colonial e monárquico, os escravos eram numerosos e empregados nas mais diversas atividades.
Essa forma de escravidão
(A) existiu durante toda a Antiguidade e deu origem ao colonato que, séculos depois, foi sucedido pela servidão medieval apenas na Europa Ibérica.
(B) foi extinta em Atenas por Clístenes, que criou a democracia,dando direitos políticos a todos os cidadãos de Atenas. Em Roma, foi extinta pelos 10 Mandamentos.
(C) foi abolida em Atenas por Sólon que, não aceitando a escravidão do grego pelo próprio grego, abriu caminho para o conceito de cidadania. Em Roma, foi extinta pela Lei Licínia, propiciando um aumento significativo da massa de plebeus.
(D) voltou a existir na Idade Moderna, com a vinda de enormes contingentes de africanos para as colônias inglesas do sul da América do Norte. Iludidos, achavam que logo conquistariam a riqueza na América.
(E) foi extinta em Atenas, quando esta foi destruída por Esparta, após a Guerra do Peloponeso. Em Roma, foi abolida por Júlio César que, após conquistar a região da Gália, passou a levar os prisioneiros gauleses como escravos.
resposta da questão 102:[C]
Comentário da questão:
A escravidão por dívidas foi abolida em Atenas, pelo legislador Sólon. Em Roma, por sua vez ela foi considerada ilegal pela Lei Licínia.
103. (UNIFESP-2007) Em Roma antiga, e no Brasil colonial e monárquico, os escravos eram numerosos e empregados nas mais diversas atividades.
Compare a escravidão nessas duas sociedades, mostrando suas
a) semelhanças.
b) diferenças.
resposta da questão 103:
Na Roma Antiga ou no Brasil Colônia, a escravidão é variável, dependendo do momento histórico. Por exemplo, na Roma Monárquica as condições para tornar-se escravo diferem do momento da fase imperial.
a) Semelhanças entre a escravidão na Roma Antiga e no Brasil Colonial: em ambos, a escravidão era uma forma de trabalho compulsório na qual os escravos ficavam sujeitos a um senhor.
Os escravos eram igualmente utilizados para trabalhos domésticos ou outras atividades ligadas à produção ou prestação de serviços. Eram igualmente objeto de um importante comércio, de tal forma que, tanto na Roma Antiga como no Brasil Colonial, pode-se afirmar a existência de um mercado de escravos. Ainda sob determinadas circunstâncias, os escravos poderiam dispor de recursos próprios e, com os mesmos, poder comprar a sua alforria (liberdade).
Tanto na Roma Antiga como no Brasil Colonial, existiram formas variadas de resistência à escravidão, entre as quais revoltas de escravos como a de Espártaco, na Roma Antiga, e a do Quilombo dos Palmares, no Brasil Colonial.
b) Diferenças entre a escravidão na Roma Antiga e no Brasil Colonial: na Roma Antiga, sob certas circunstâncias e em determinado período, um romano poderia ser reduzido à condição de escravo.
Entretanto, a forma mais comum de obtenção de escravos eram os povos derrotados em guerra, tanto que, a partir do momento em que diminuíram as conquistas territoriais, diminuiu igualmente o
ingresso de escravos. No Brasil Colonial, tivemos a escravidão indígena em certas regiões, mas predominou a escravidão africana. O tráfico de escravos foi um fator de enriquecimento para a Metrópole (componente importante do Antigo Sistema Colonial).
A extinção do trabalho escravo na Roma Antiga associa-se ao processo de crise e colapso do Império Romano, que dá lugar no período subseqüente a outra forma de trabalho compulsório,que foi a servidão: o servo pagava com o seu trabalho o direito de viver nas terras do senhor.A extinção da escravidão, por sua vez, não se deu ao término do Período Colonial no Brasil. A escravidão perdurou até fins do século XIX, depois de um longo processo de transformações econômicas, políticas e sociais, que a tornaram antieconômica.
Pelo menos em teoria, os ex-escravos passaram à condição de homens livres. Outra questão importante encontra-se no fato de que, na Antiguidade, na maioria dos casos, não havia diferenças étnicas entre senhores e escravos, sendo que, no Brasil, foram escravizados os negros e indígenas, diferentes etnicamente dos senhores brancos.
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