CNDL – Colégio Notre Dame de Lourdes
Primeiro Ano – Primeiro Bimestre
Coleção Pitágoras
Capítulo 3
A descoberta do ouro e a ocupação das regiões mineradoras
Problematização do tema
O século XVIII na América Portuguesa, conhecido como o século da economia do ouro, é um dos períodos mais ricos da História do Brasil. São inúmeros os trabalhos sobre as Minas Gerais setecentistas desenvolvidas em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, principalmente dissertações e teses dos programas de pós-graduação das universidades federais, alguns levados à público, outros não. A variedade de temas e a minuciosa pesquisa documental que integram esses trabalhos permitem, nos dias de hoje, consolidar grande parte do conhecimento sobre as Minas Gerais do século XVIII em seus múltiplos aspectos: econômico, político, social, cultural e técnico.
Durante muito tempo, as regiões mineradoras foram estudadas a partir dos “olhos” da Metrópole. Nessa medida, essas áreas eram vistas tão somente como áreas de extração de ouro e de pedras preciosas. Não era possível detectar a dinâmica interna das áreas mineradoras, ou seja, as diversas outras atividades que nelas eram desenvolvidas, muitas vezes concorrentes com a economia do ouro, como foi a agricultura em Minas Gerais. Pouco também se dedicavam os estudos aos interesses da população dessas regiões, à sua sociabilidade, à sua religiosidade, às técnicas de mineração, ao intenso comércio que se praticava dentro da capitania e entre esta e outras áreas coloniais.
Como foi dito, atualmente é possível compreender as áreas mineradoras setecentistas tanto na perspectiva dos interesses mercantilistas metropolitanos quanto na perspectiva de sua lógica interna, o que enriquece o estudo e o torna mais instigante.
Minas Gerais, até 1711, estava integrada à Capitania do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas do Ouro. Em razão da Guerra dos Emboabas, como medida de controle, foi separada do Rio de Janeiro, formando a capitania de São Paulo e Minas do Ouro. Esta, por sua vez, separou-se, formando a capitania de Minas Gerais em 1721, após a revolta de Filipe dos Santos em 1720. As minas dos Goiases e de Cuiabá tiveram vida efêmera, principalmente em razão das tribos bravias que viviam nesses territórios e insistiam em atacar os mineradores. Além disso, as condições climáticas não eram boas e a época das chuvas trazia não só problemas para o trabalho de extração, mas também doenças, que dizimavam os mineradores.
Observe e compare a produção de ouro nas três regiões e no Brasil ao longo do século XVIII.
Pense sobre o que você acabou de ler e responda:
- O que mudou na historiografia desde que as regiões mineradoras eram vistas apenas a partir dos “olhos” da metrópole?
- Como se formou a Capitania de Minas Gerais ao longo das primeiras décadas do século XVIII?
- Os gráficos da produção de ouro corroboram o que o texto afirma acerca da vida efêmera nas minas de Goiás e de Cuiabá?
- Quais conclusões podem ser tiradas da observação atenta dos gráficos?
Não tem como passar as respostas dessa questoes ??
ResponderExcluireu queria estudar pra prova com muita certeza !!:)