sábado, 9 de abril de 2011

Saiba mais sobre o Neocolonialismo

CNDL - Colégio Notre Dame de Lourdes


Terceiro Ano - Primeiro Bimestre


Coleção Pitágoras


Capítulo 3


A imposição do modelo civilizatório europeu na África e na Ásia





Problematização do tema



Observe a charge anterior. Ela é uma sátira à partilha da China pelas grandes potências europeias no século XIX.




  • O que o autor da charge francesa procurou retratar com a cena apresentada?

  • Quais seriam os motivos que estimularam a atitude dos protagonistas da cena?

  • Quais as estratégias por eles utilizadas para realizar os seus objetivos:

  • Quais os desdobramentos dessa realidade para essas nações do mundo contemporâneo;


  1. Para começarmos o estudo do processo histórico evidenciado pela charge, leia o texto a seguir e responda às questões referentes a ele.


Então o fato maior do século XIX é a criação de uma economia global única, que atinge progressivamente as mais remotas paragens do mundo, uma rede cada vez mais densa de transações econômicas, comunicações e movimentação de bens, dinheiro e pessoas ligado aos países desenvolvidos entre si e mundo não desenvolvido [...]. Essa globalização da economia não era nova, embora tivesse se acelerado consideravelmente nas décadas centrais do século.


Esses fatos não mudaram a forma nem o caráter dos países industrializados ou em processo de industrialização, embora tenham criado novos ramos de grandes negócios, cujos destinos ligavam-se intimamente aos de determinadas partes do planeta, como as companhias de petróleo. Mas transformaram o resto do mundo, na medida em que o tornaram um complexo de territórios coloniais e semicoloniais que crescentemente evoluíam em produtores especializados de um ou dois produtos primários de exportação para o mercado mundial, de cujos caprichos eram totalmente dependentes.


A Malaia cada vez mais significava borracha e estanho; o Brasil, café; o Chile, nitratos; o Uruguai, carne; Cuba, açúcar e charutos. Na verdade, à exceção dos EUA, mesmo as colônias de povoamento branco fracassaram em sua industrialização (nesta época), porque também ficaram presas na gaiola da especialização internacional.



HOBSBAWN, Eric. J. A era dos impérios. 1875-1914, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988, pp. 95 e 98.


a) Justifique a afirmativa do historiador, Eric Hobsbawn, apresentada a seguir:


“Essa economia não era nova, embora tivesse se acelerado consideravelmente nas décadas centrais do século”.


Resposta: Enfoque que o processo de internacionalização da economia pode ser percebido a partir do processo expansionista marítimo dos séculos XV e XVI


b) Explique os desdobramentos do processo de globalização para as áreas periféricas do capitalismo mundial.


Resposta: Transformaram as áreas periféricas em um complexo de territórioss coloniais e semicoloniais que crescentemente evoluíam em produtores especializados de um ou dois produtos primários de exportação para o mercado mundial, de cujos caprichos eram totalmente dependentes.


c) De que forma podemos perceber a “Divisão Internacional do Trabalho” ao final daquele século?



Resposta: A partir da transformação dos países periféricos em fornecedores de matérias-primas e produtos primáriso e consumidores dos produtos industrializados fornecidos pelas grandes potências.



  1. Analise o texto a seguir.


“Assumi o Fardo do Homem Branco.


Enviai os melhores dos vossos filhos,


Condenai vossos filhos ao exílio,


Para que velem, pesadamente ajaezados,


Os povos sublevados e selvagens,


Povos recém-dominados, inquietos,


Meio demônios, meio infantis,


Assumi o Fardo do Homem Branco,


Tudo o que fizerdes ou deixardes


Servirá a esses povos silenciosos e consumidos,


Para pesar vossas mercadorias e vós mesmos.


(KIPLING. In: AQUINO et al., 1993, p. 215).


a) Explique o que o escritor Ruyard Kiplyng quis dizer com a expressão ‘Fardo do Homem Branco’.


Resposta: A responsabilidade dos povos europeus, supostamente desenvolvidos, em promover o desenvolvimento social, cultural e econômico dos povos considerados atrasados do planeta.


b) Qual é a percepção do poeta inglês sobre os povos afro-asiáticos? Você concorda com ela? Justifique sua resposta.

Resposta: Povos sublevados e selvagens, recém-dominados, inquietos, meio demônios, meio infantis, silenciados e consumidos.



  1. Analise o texto a seguir.


“As qualidades morais e físicas dos europeus são superiores; a mesma força e as mesmas capacidades que o levaram a sair, há alguns séculos, da condição de selvagem nômade (...) para o seu atual estado de cultura e progresso (...) concederam-lhe o direito, quando em contato com o selvagem, de ser vitorioso na luta pela existência e de crescer às custas do seu sacrifício”.


Alfred Wallace, naturalista britânico, 1864.


a) Identifique a qual princípio científico o pensamento do naturalista britânico procura se relacionar.


Resposta: Evolução das espécies de Charles Darwin.


b) Você concorda com a adaptação deste principio ao processo desencadeado sobre os povos afro-asiáticos? Justifique sua resposta.

Resposta: Pessoal. Há que se destacar a falta de comprovação científica para a hipótese apresentada pelo naturalista britânico.




  1. Leia os textos e responda às questões.


O colonialismo do século XIX, permeado pelo ideal de supremacia econômica e cultural, formulou o mito da superioridade racial, incluindo concepções pseudocientíficas que enalteciam os brancos e a exploração imperialista. Por esse motivo destacou-se a doutrina racista do filósofo inglês H. Spencer, conhecida como “Darwinismo Social”.


Segundo Spencer, a Teoria da Evolução de Darwin, podia ser perfeitamente aplicada à evolução da sociedade:assim como existia uma seleção natural entre as espécies, com o predomínio dos animais e plantas mais capazes, ela existia também na sociedade:


“A luta pela sobrevivência entre os animais correspondia à concorrência capitalista;a seleção natural não era mais nada além da livre troca dos produtos entre os homens;a sobrevivência do mais capaz, do mais forte era demonstrada pela forma criativa dos gigantes da indústria, que engoliam os competidores mais fracos, em seu caminho para o enriquecimento.”



BRUIT, Héctor H. O imperialismo. São Paulo: Atual, 1986, p. 9.



Explique de que maneira o ‘biologismo sociológico’ do filósofo inglês Herbert Spencer justifica a ação do imperialismo europeu sobre as regiões afro-asiáticas.


Resposta: A partir da percepção da existência de uma seleção natural entre as espécies, com o predomínio dos animais e plantas capazes, existiria, também, essa seleção na relação social estabelecida entre os homens. A sobrevivência do mais capaz, do mais forte era demonstrada pela forma criativa dos gigantes da indústria, que engoliam os competidores mais fracos, em seu caminho para o enriquecimento.

5. A natureza distribuiu desigualmente no planeta os depósitos e a abundância de suas matérias-primas; enquanto localizou o gênero inventivo das raças brancas e a ciência da utilização das riquezas naturais nesta extremidade continental que é a Europa, concentrou os mais vastos depósitos dessas matérias-primas nas Áfricas, Ásias tropicais, Oceanias equatoriais, para onde as necessidades de viver e de criar lançariam o elã dos países civilizados. Estas imensas extensões incultas, de onde poderiam ser tiradas tantas riquezas, deveriam ser deixadas virgens, abandonadas à ignorância ou à incapacidade? A Humanidade total deve poder usufruir da riqueza total espalhada pelo planeta. Esta riqueza é o tesouro da Humanidade.



(SARRAUT, A. Grandeur et servitude coloniales. Paris, 1931. p. 18-19. In: BERUTTI, Flávio. Tempo e espaço: História ensino médio. Volume único. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. p. 343.)


a) É possível identificarmos no texto uma referência do ‘darwinismo social’? Justifique sua resposta com dois argumentos.


Resposta: 'O gênero inventivo das raças brancas e ciência da utilização das riquezas naturais' estariam localizadas no continente europeu. As riquezas das regiões afro-asiáticas estariam, segundo o texto, abandonadas à ignorância e à incapacidade, dos habitantes que ali residem.


b) Qual seria, segundo o texto, o ela dos países civilizados?


Resposta: Promover a exploração das riquezas das regiões consideradas atrasadas do planeta.


c) De que maneira são consideradas as riquezas afro-asiáticas?

Resposta: Como um tesouro pertencente ao conjunto da humanidade.

d) Discuta, de que maneira essas riquezas foram revertidas.


Resposta pessoal. Enfoque a reversão dessas riquezas para os interesses das potências industrializadas.



6. Identifique, com base no mapa apresentado, os reinos da África Atlântica com os quais os europeus tiveram contato direto.


Resposta: Reino de Mali, império Songai, Reino do Congo.


7. Analise a imagem a seguir.



Caracterize o imaginário europeu, do século XV e XVI, sobre a natureza e os povos da África.


Resposta: A natureza e os povos africanos eram retratados a partir de uma percepção bizarra, fantasiosa, com elementos humanos disformes, e a natureza constituída por seres alados e mitológicos.







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