CNDL - Colégio Notre Dame de Lourdes
Terceiro Ano - Primeiro Bimestre
Coleção Pitágoras
Capítulo 3
A imposição do modelo civilizatório europeu na África e na Ásia
Problematização do tema
Observe a charge anterior. Ela é uma sátira à partilha da China pelas grandes potências europeias no século XIX.
- O que o autor da charge francesa procurou retratar com a cena apresentada?
- Quais seriam os motivos que estimularam a atitude dos protagonistas da cena?
- Quais as estratégias por eles utilizadas para realizar os seus objetivos:
- Quais os desdobramentos dessa realidade para essas nações do mundo contemporâneo;
- Para começarmos o estudo do processo histórico evidenciado pela charge, leia o texto a seguir e responda às questões referentes a ele.
Então o fato maior do século XIX é a criação de uma economia global única, que atinge progressivamente as mais remotas paragens do mundo, uma rede cada vez mais densa de transações econômicas, comunicações e movimentação de bens, dinheiro e pessoas ligado aos países desenvolvidos entre si e mundo não desenvolvido [...]. Essa globalização da economia não era nova, embora tivesse se acelerado consideravelmente nas décadas centrais do século.
Esses fatos não mudaram a forma nem o caráter dos países industrializados ou em processo de industrialização, embora tenham criado novos ramos de grandes negócios, cujos destinos ligavam-se intimamente aos de determinadas partes do planeta, como as companhias de petróleo. Mas transformaram o resto do mundo, na medida em que o tornaram um complexo de territórios coloniais e semicoloniais que crescentemente evoluíam em produtores especializados de um ou dois produtos primários de exportação para o mercado mundial, de cujos caprichos eram totalmente dependentes.
A Malaia cada vez mais significava borracha e estanho; o Brasil, café; o Chile, nitratos; o Uruguai, carne; Cuba, açúcar e charutos. Na verdade, à exceção dos EUA, mesmo as colônias de povoamento branco fracassaram em sua industrialização (nesta época), porque também ficaram presas na gaiola da especialização internacional.
HOBSBAWN, Eric. J. A era dos impérios. 1875-1914, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988, pp. 95 e 98.
a) Justifique a afirmativa do historiador, Eric Hobsbawn, apresentada a seguir:
“Essa economia não era nova, embora tivesse se acelerado consideravelmente nas décadas centrais do século”.
Resposta: Enfoque que o processo de internacionalização da economia pode ser percebido a partir do processo expansionista marítimo dos séculos XV e XVI
b) Explique os desdobramentos do processo de globalização para as áreas periféricas do capitalismo mundial.
Resposta: Transformaram as áreas periféricas em um complexo de territórioss coloniais e semicoloniais que crescentemente evoluíam em produtores especializados de um ou dois produtos primários de exportação para o mercado mundial, de cujos caprichos eram totalmente dependentes.
c) De que forma podemos perceber a “Divisão Internacional do Trabalho” ao final daquele século?
Resposta: A partir da transformação dos países periféricos em fornecedores de matérias-primas e produtos primáriso e consumidores dos produtos industrializados fornecidos pelas grandes potências.
- Analise o texto a seguir.
“Assumi o Fardo do Homem Branco.
Enviai os melhores dos vossos filhos,
Condenai vossos filhos ao exílio,
Para que velem, pesadamente ajaezados,
Os povos sublevados e selvagens,
Povos recém-dominados, inquietos,
Meio demônios, meio infantis,
Assumi o Fardo do Homem Branco,
Tudo o que fizerdes ou deixardes
Servirá a esses povos silenciosos e consumidos,
Para pesar vossas mercadorias e vós mesmos.
(KIPLING. In: AQUINO et al., 1993, p. 215).
a) Explique o que o escritor Ruyard Kiplyng quis dizer com a expressão ‘Fardo do Homem Branco’.
Resposta: A responsabilidade dos povos europeus, supostamente desenvolvidos, em promover o desenvolvimento social, cultural e econômico dos povos considerados atrasados do planeta.
b) Qual é a percepção do poeta inglês sobre os povos afro-asiáticos? Você concorda com ela? Justifique sua resposta.
Resposta: Povos sublevados e selvagens, recém-dominados, inquietos, meio demônios, meio infantis, silenciados e consumidos.- Analise o texto a seguir.
“As qualidades morais e físicas dos europeus são superiores; a mesma força e as mesmas capacidades que o levaram a sair, há alguns séculos, da condição de selvagem nômade (...) para o seu atual estado de cultura e progresso (...) concederam-lhe o direito, quando em contato com o selvagem, de ser vitorioso na luta pela existência e de crescer às custas do seu sacrifício”.
Alfred Wallace, naturalista britânico, 1864.
a) Identifique a qual princípio científico o pensamento do naturalista britânico procura se relacionar.
Resposta: Evolução das espécies de Charles Darwin.
b) Você concorda com a adaptação deste principio ao processo desencadeado sobre os povos afro-asiáticos? Justifique sua resposta.
Resposta: Pessoal. Há que se destacar a falta de comprovação científica para a hipótese apresentada pelo naturalista britânico.- Leia os textos e responda às questões.
O colonialismo do século XIX, permeado pelo ideal de supremacia econômica e cultural, formulou o mito da superioridade racial, incluindo concepções pseudocientíficas que enalteciam os brancos e a exploração imperialista. Por esse motivo destacou-se a doutrina racista do filósofo inglês H. Spencer, conhecida como “Darwinismo Social”.
Segundo Spencer, a Teoria da Evolução de Darwin, podia ser perfeitamente aplicada à evolução da sociedade:assim como existia uma seleção natural entre as espécies, com o predomínio dos animais e plantas mais capazes, ela existia também na sociedade:
“A luta pela sobrevivência entre os animais correspondia à concorrência capitalista;a seleção natural não era mais nada além da livre troca dos produtos entre os homens;a sobrevivência do mais capaz, do mais forte era demonstrada pela forma criativa dos gigantes da indústria, que engoliam os competidores mais fracos, em seu caminho para o enriquecimento.”
BRUIT, Héctor H. O imperialismo. São Paulo: Atual, 1986, p. 9.
Explique de que maneira o ‘biologismo sociológico’ do filósofo inglês Herbert Spencer justifica a ação do imperialismo europeu sobre as regiões afro-asiáticas.
(SARRAUT, A. Grandeur et servitude coloniales. Paris, 1931. p. 18-19. In: BERUTTI, Flávio. Tempo e espaço: História ensino médio. Volume único. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. p. 343.)
a) É possível identificarmos no texto uma referência do ‘darwinismo social’? Justifique sua resposta com dois argumentos.
Resposta: 'O gênero inventivo das raças brancas e ciência da utilização das riquezas naturais' estariam localizadas no continente europeu. As riquezas das regiões afro-asiáticas estariam, segundo o texto, abandonadas à ignorância e à incapacidade, dos habitantes que ali residem.
b) Qual seria, segundo o texto, o ela dos países civilizados?
Resposta: Promover a exploração das riquezas das regiões consideradas atrasadas do planeta.
c) De que maneira são consideradas as riquezas afro-asiáticas?
Resposta: Como um tesouro pertencente ao conjunto da humanidade.d) Discuta, de que maneira essas riquezas foram revertidas.
Resposta pessoal. Enfoque a reversão dessas riquezas para os interesses das potências industrializadas.
6. Identifique, com base no mapa apresentado, os reinos da África Atlântica com os quais os europeus tiveram contato direto.
7. Analise a imagem a seguir.
Caracterize o imaginário europeu, do século XV e XVI, sobre a natureza e os povos da África.
Resposta: A natureza e os povos africanos eram retratados a partir de uma percepção bizarra, fantasiosa, com elementos humanos disformes, e a natureza constituída por seres alados e mitológicos.
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