SIMULADO DE HISTÓRIA DO BRASIL – PRIMEIRO ANO
1. “Negro drama / entre o sucesso e a lama / Dinheiro, problemas, inveja, luxo, fama / Negro drama / Cabelo crespo e a pele escura / a ferida, a chaga, à procura da cura / Negro drama / Tenta ver e não vê nada / a não ser uma estrela / longe, meio ofuscada / Sente o drama, o preço, a cobrança / no amor, no ódio, a insana vingança / Negro drama / Eu sei quem trama e quem tá comigo / o trauma que eu carrego / pra não ser mais um preto fodido / O drama da cadeia e favela / túmulo, sangue, sirene, choros e velas / Passageiros do Brasil, São Paulo / agonia que sobrevive / em meio à zorra e covardias / Periferias, vielas, cortiços / Você deve estar pensando o que você tem a ver com isso / Desde o início, por ouro e prata / olha quem morre, então veja você quem mata / Recebe o mérito a farda que pratica o mal / Me ver pobre, preso ou morto já é cultural [...] “
(Negro drama, Edy Rock e Mano Brown)
A letra da música acima expressa:
a) a situação de marginalização dos negros no Brasil, herança de um passado escravocrata.
b) a certeza de que a condição do negro no Brasil é fruto de um contexto internacional marcado pelo apartheid.
c) a vida do negro, vítima de preconceito, problema que surge no Brasil na década de 50.
d) a ideia de que o preconceito racial surgiu no Brasil nas favelas do Rio de Janeiro.
2. (UFPEL) "(...) da amizade dos índios depende em parte o sossego e a conservação da colônia do Brasil e que se tendo isto em vista deve-se-lhe permitir conservar a sua natural liberdade, mesmo aos que no tempo do rei de Espanha caíram ou por qualquer meio foram constrangidos à escravidão, como eu próprio fiz libertando alguns. Devem-se dar ordens, também, para que não sejam ultrajados pelos seus capitães, ou alugados a dinheiro ou obrigados contra sua vontade a trabalhar nos engenhos; ao contrário deve-se permitir a cada um viver do modo que entender e trabalhar onde quiser, como os da nossa nação (...)."
Fragmento do relatório de Maurício de Nassau aos diretores da Companhia das Índias Ocidentais, em 1644.
O documento demonstra que, durante
b) a União Ibérica, os holandeses proibiram o tráfico de escravos para o Brasil e promoveram a liberdade aos indígenas.
c) o período Colonial, a escravização indígena foi inexistente, devido aos interesses estratégicos e comerciais dos europeus.
d) as ocupações francesas, no nordeste do Brasil, ocorreram transformações nas relações dos europeus com as populações nativas, no que se refere ao trabalho cativo.
3. “Tolerante, competente e ágil, Nassau fez um governo brilhante. Primeiro tomou Porto Calvo, último foco de resistência aos invasores. Depois, atraiu os plantadores luso-brasileiros concedendo-lhes empréstimos para reerguer seus engenhos – e os defendeu da agiotagem dos negociantes holandeses e judeus, limitando os juros a 18% ao ano. Deu liberdade de culto, tratou bem os nativos, aumentou a produção de açúcar, urbanizou o Recife, protegeu os artistas, apaziguou a colônia”.
(Bueno, Eduardo, Brasil: Uma História – 500 anos de um país em construção, São Paulo:Editora Leya, p.92)
4. (FUVEST) Foram, respectivamente, fatores importantes na ocupação holandesa no Nordeste do Brasil e na sua posterior expulsão:
GABARITO
2. E
4. B
SIMULADO DE HISTÓRIA DO BRASIL – SEGUNDO ANO
1. (UFPE) Na segunda metade do século XIX, o governo brasileiro realizou uma série de iniciativas, no que diz respeito ao desenvolvimento urbano. Sobre esta questão, assinale a alternativa correta.
a) Grandes empreendimentos fluviais surgiram, fundamentados na vasta rede hidrográfica que o país possui - o Rio São Francisco e o Rio Araguaia, são exemplos de navegabilidade sem dificuldades.
b) A navegação marítima, o transporte terrestre, incluindo as ferrovias, a iluminação a gás e o abastecimento de água foram algumas iniciativas que mudaram a face das grandes cidades do país.
d) Construções de represas, aproveitando o potencial hidrográfico dos rios São Francisco, Amazonas e Paraná para a produção de energia, facilitaram a industrialização.
e) A política econômica protecionista, traduzida na Tarifa Alves Branco (1844), possibilitou o aparecimento de indústrias, as quais determinaram a vinda de imigrantes europeus, mudando a face das cidades.
2. (UFU) Durante o longo reinado de D. Pedro II, manteve-se em grande parte a estrutura econômica colonial, baseada na exportação de produtos primários, produzidos em grandes propriedades de tipo "plantation", através do trabalho escravo. Em termos gerais, a sociedade mudou pouco, mas houve um momento de modernização. Em relação a esse surto de modernização ocorrido na segunda metade do século XIX no Brasil, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A elite agrária tradicionalista e escravocrata continuou defendendo a divisão internacional do trabalho, pela qual o Brasil só poderia ser essencialmente agrícola, mas isto não impediu o desenvolvimento da produção de tecidos, sapatos, chapéus, sabão e bebidas.
b) O tráfico negreiro era o mais importante negócio do Brasil e imobilizava considerável massa de capitais, que ficou disponível com a sua proibição em
d) Além do pioneirismo no setor de serviços públicos e transporte, com o estímulo dado à navegação com barcos a vapor e à construção das primeiras ferrovias, o Barão de Mauá fundou a Companhia de Gás para a iluminação das ruas do Rio de Janeiro e introduziu o telégrafo urbano.
3. (UERJ) Acompanhei com vivo interesse a solução desse grave problema [a extinção do tráfico negreiro]. Compreendi que o contrabando não podia reerguer-se, desde que a "vontade nacional" estava ao lado do ministério que decretava a supressão do tráfico. Reunir os capitais que se viam repentinamente deslocados do ilícito comércio e fazê-los convergir a um centro onde pudessem ir alimentar as forças produtivas do país, foi o pensamento que me surgiu na mente, ao ter certeza de que aquele fato era irrevogável.
(Visconde de Mauá - Autobiografia .Citado por MATTOS, Ilmar R. & GONÇALVES, Marcia de A. O Império da boa sociedade. São Paulo, Atual, 1991.)
Os centros urbanos brasileiros, principalmente a capital - a cidade do Rio de Janeiro, passaram por grandes transformações a partir da segunda metade do século XIX. Irineu Evangelista de Souza, Visconde de Mauá, foi um dos principais personagens desse processo de mudanças.
No período citado, a capital do império sofreu, dentre outras, as seguintes transformações:
a) criação de indústrias metalúrgicas e siderúrgicas, surgimento de bancos e diversificação da agricultura.
b) crescimento da economia cafeeira, utilização da mão-de-obra imigrante assalariada e mecanização do cultivo.
d) aplicação de capitais na modernização da infra-estrutura de transportes, no aprimoramento dos serviços urbanos e desenvolvimento de atividades industriais.
4. (UFTPR) Cronologicamente, o Segundo Reinado no Brasil é um período que compreendeu quase cinco décadas, com seu início em 1840, com a declaração de maioridade de D. Pedro II, e com seu término em 1889, com a Proclamação da República. Todavia, em linhas gerais, pode-se caracterizá-lo pela sua:
a) estabilidade política, economia agrário-exportadora e trabalho escravo.
b) instabilidade política, economia industrial e trabalho assalariado.
c) estabilidade política, economia agrário-exportadora e trabalho assalariado.
d) estabilidade política, economia industrial e trabalho escravo.
e) instabilidade política, economia agrário-exportadora e trabalho escravo.
GABARITO
1. B
2. B
3. D
SIMULADO DE HISTÓRIA DO BRASIL – TERCEIRO ANO
1. (UFRN) A Guerra dos Emboabas, a dos Mascates e a Revolta de Vila Rica, verificadas nas primeiras décadas do século XVIII, podem ser caracterizadas como:
a) movimentos isolados em defesa de ideias liberais, nas diversas capitanias, com a intenção de se criarem governos republicanos;
b) movimentos de defesa das terras brasileiras, que resultaram num sentimento nacionalista, visando à independência política;
c) manifestações de rebeldia localizadas, que contestavam aspectos da política econômica de dominação do governo português;
d) manifestações das camadas populares das regiões envolvidas; contra as elites locais, negando a autoridade do governo metropolitano.
2. (UFU) No Brasil, a sociedade que se estruturou na região das minas possuía características que a diferenciavam do restante da colônia. A esse respeito, assinale a alternativa correta.
a) O ouro, os diamantes e o comércio possibilitaram a formação de uma sociedade onde a riqueza era atribuída mais equitativamente, não se reproduzindo ali os contrastes entre a fortuna de poucos e a pobreza da maioria.
b) A intensa miscigenação entre homens brancos e mulheres negras contribuiu para diminuir sensivelmente o preconceito racial, levando os senhores a dispensarem um tratamento humanitário aos seus escravos.
c) A arte barroca de Aleijadinho, profundamente influenciada pelos dogmas religiosos da época, foi colocada a serviço da rica elite local, traduzindo um sentimento de conformismo e aceitação da ordem social vigente.
d) Era uma sociedade urbanizada e heterogênea, formada por comerciantes, funcionários reais, artesãos, profissionais liberais e escravos, onde a riqueza proporcionada pelo ouro, diamantes e comércio estava concentrada nas mãos de poucos, contrastando com a miséria da maioria da população.
3. (Cesgranrio) No Brasil, o quilombo foi uma das formas de resistência da população escrava. Sobre os quilombos no Brasil, é correto afirmar que o (a):
a) maior número de quilombos se concentrou na região nordeste do Brasil, em função da decadência da lavoura cafeeira, já que os fazendeiros, impossibilitados de sustentar os escravos, incentivavam-lhes a fuga.
b) maior dos quilombos brasileiros, Palmares, foi extinto a partir de um acordo entre Zumbi e o governador de Pernambuco, que se comprometeu a não punir os escravos que desejassem retornar às fazendas.
c) existência de poucos quilombos na região norte pode ser explicada pela administração diferenciada, já que, no Estado do Grão-Pará e Maranhão, a Coroa Portuguesa havia proibido a escravidão negra.
d) quase inexistência de quilombos no sul do Brasil se relaciona à pequena porcentagem de negros na região, o que também permitiu que lá não ocorressem questões ligadas à segregação racial.
e) população dos quilombos também era formada por indígenas ameaçados pelos europeus, brancos pobres e outros aventureiros e desertores, embora predominassem africanos e seus descendentes.
4. (UFPR)
Pai João remou nas canoas.
Cavou a terra.
Fez brotar do chão a esmeralda
Das folhas – café, cana, algodão.
Pai João cavou mais esmeraldas
Que Paes Leme.
A pele de Pai João ficou na ponta
Dos chicotes.
A força de Pai João ficou no cabo
Da enxada e da foice.
A mulher de Pai João o branco
A roubou para fazer mucamas.
O sangue de Pai João se sumiu no sangue bom
Como um torrão de açúcar bruto
Numa panela de leite.
Pai João foi cavalo pra os filhos do ioiô montar.
(LIMA, Jorge de. Pai João. Revista Nossa América, nov./dez., 1991, p. 9.)
Com base nessa poesia de Jorge de Lima, publicada originalmente em 1927, e nos conhecimentos sobre a presença do negro na sociedade brasileira, considere as afirmativas a seguir:
2. Na comparação feita pelo poeta entre o sangue de Pai João e o torrão de açúcar bruto percebe-se uma referência à importância do negro na mistura de etnias que definiu ao longo dos séculos a formação do povo brasileiro.
4. O mito da “democracia racial”, baseado na mestiçagem biológica e cultural entre negros e brancos, preconiza a idéia de uma convivência harmoniosa e teve uma significativa presença na sociedade brasileira.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.c) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
5. Observe atentamente o mapa abaixo.
(ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de et all. Atlas histórico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro, MEC 1991)
Observando o mapa, é possível afirmar que:
b) o mapa mostra a configuração territorial do período colonial e mostra a atuação dos bandeirantes.
c) o mapa mostra a atual configuração territorial do Brasil, mas apresenta em destaque as regiões de produção de ouro do período colonial.
d) a preocupação maior do mapa é dar destaque para a produção de grãos que aconteciam em larga escala no período colonial.
GABARITO
1. C
2. D
3. E
Nenhum comentário:
Postar um comentário