Confira a resolução comentada das questões de História do vestibular UNESP 2016
31. A cidade tira de seu império uma
parte da honra, da qual todos vós vos gloriais, e que deveis legitimamente
apoiar; não vos esquiveis às provas, se não renunciais também a buscar as
honras; e não penseis que se trata apenas, nesta questão, de ser escravos em
vez de livres: trata-se da perda de um império, e do risco ligado ao ódio que
aí contraístes.
(Péricles apud Pierre Cabanes. Introdução à história da
Antiguidade, 2009.)
O discurso de Péricles, no século V a.C., convoca os
atenienses para lutar na Guerra do Peloponeso e enfatiza
(A)a rejeição à
escravidão em Atenas e a defesa do trabalho livre como base de toda sociedade
democrática.
(B)a defesa da democracia, por Atenas, diante das ameaças
aristocráticas de Roma.
(C) a rejeição à tirania como forma de governo e a
celebração da república ateniense.
(D) a defesa do território ateniense, frente
à investida militar das tropas cartaginesas.
(E) a defesa do poder de Atenas e a
sua disposição de manter-se à frente de uma confederação de cidades.
resposta da questão 31:[E]
Comentário da questão:
Péricles marca o auge da democracia ateniense, cujo modelo escravista sempre se baseou na exploração do
trabalho escravo em benefício dos cidadãos livres, garantindo-lhes o chamado ócio indispensável para a pratica de
suas virtudes políticas e culturais. Diante da ameaça de ruptura da hegemonia ateniense, construída a partir da
formação da Confederação de Delos, Péricles convoca os atenienses para defender a liderança exercida pela cidade.
Perceba, que como as palavras de Péricles permitem asseverar, seu foco concentra-se mais na "perda de um
império" que na perda de sua liberdade.
32. Eis dois homens a frente: um, que quer servir; o outro, que
aceita, ou deseja, ser chefe. O primeiro une as mãos e, assim juntas, coloca-as
nas mãos do segundo: claro símbolo de submissão, cujo sentido, por vezes, era
ainda acentuado pela genuflexão. Ao mesmo tempo, a personagem que oferece as
mãos pronuncia algumas palavras, muito breves, pelas quais se reconhece “o
homem” de quem está na sua frente. Depois, chefe e subordinado beijam-se na
boca: símbolo de acordo e de amizade. Eram estes – muito simples e, por isso
mesmo, eminentemente adequados para impressionar espíritos tão sensíveis às
coisas – os gestos que serviam para estabelecer um dos vínculos mais fortes que
a época feudal conheceu.
(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.)
Miniatura do
Liber feudorum Ceritaniae, século XIII
O texto e a imagem referem-se à
cerimônia que
(A) consagra bispos e cardeais.
(B) estabelece as relações de
vassalagem.
(C) estabelece as relações de servidão.
(D) consagra o poder
municipal.
(E) estabelece as relações de realeza.
resposta da questão 32:[B]
Comentário da questão:
Trata-se de uma questão clássica de vestibulares a respeito de um dos tópicos fundamentais das relações de poder
dentro do sistema feudal: a suserania e vassalagem. A referência ao beijo na boca feita no texto não deixa nenhuma
dúvida de que se trata de uma cerimônia entre senhor e cavaleiro, ambos pertencentes à mesma ordem social, por
isso assim se consumava a relação de vassalagem entre ambos, na qual o vassalo jura fidelidade ao seu suserano,
que o recompensa com um feudo.
33. As reformas protestantes do princípio do século XVI, entre
outros fatores, reagiam contra
(A) a venda de indulgências e a autoridade do
Papa, líder supremo da Igreja Católica.
(B) a valorização, pela Igreja Católica,
das atividades mercantis, do lucro e da ascensão da burguesia.
(C) o pensamento
humanista e permitiram uma ampla re-visão administrativa e doutrinária da
Igreja Católica.
(D) as missões evangelizadoras, desenvolvidas pela Igreja
Católica na América e na Ásia.
(E) o princípio do livre-arbítrio, defendido pelo
Santo Ofício, órgão diretor da Igreja Católica.
resposta da questão 33:[A]
Comentário da questão:
A questão aborda um tema tradicional dos vestibulares: a Reforma Protestante. Nesse caso, o vestibulando deveria
saber os motivos causadores do processo reformista, iniciado por Martinho Lutero, tais como a oposição aos abusos
do alto clero católico (venda das indulgências) e a questão teológica (contra a autoridade papal e os dogmas
católicos).
34. Os diários, as memórias e as crônicas de viagens escritas por marinheiros, comerciantes, militares, missionários
e exploradores, ao lado das cartas náuticas, seriam as principais fontes de conhecimento e representação da
África dos séculos XV ao XVIII. A barbárie dos costumes, o paganismo e a violência cotidiana foram atribuídos aos
africanos ao mesmo tempo em que se justificava a sua escravização no Novo Mundo. A desumanização de suas práticas
serviria como justificativa compensatória para a coisificação dos negros e para o uso de sua força de trabalho nas
plantations da América.
(Regina Claro. Olhar a África, 2012. Adaptado.)
A partir do texto, é correto
afirmar que a dominação europeia da África, entre os séculos XV e
XVIII,
(A) derivou prioritariamente dos valores do islamismo, aprisionando os
corpos dos africanos para, com o sacrifício, salvar suas almas.
(B) foi um
esforço humanitário, que visava libertar povos oprimidos por práticas culturais
e hábitos pré-históricos e selvagens.
(C) baseou-se em avanços científicos e em
pressupostos liberais, voltados à eliminação de preconceitos raciais e
sociais.
(D) sustentou-se no comércio e na construção de um imaginário acerca do
continente africano, que legitimava a ideia de superioridade
europeia.
(E) fundamentou-se nas orientações dos relatos de via-jantes, que
mostravam fascínio e respeito pelas culturas nativas africanas.
resposta da questão 34:[D]
Comentário da questão:
A questão aborda a colonização da África pelos europeus, processo inserido na lógica do colonialismo, típico dos
séculos XV ao XVIII. Esse colonialismo era uma consequência da lógica mercantilista, que pregava o acúmulo de
metais precisos (metalismo) e a busca por uma balança comercial favorável. Desse modo, a dominação europeia da
África pretendia desenvolver o comércio, sobretudo de especiarias e escravos, produtos lucrativos dentro da lógica
mercantilista.
Além da questão econômica, o domínio europeu da África e de outras regiões (como América e partes da Ásia) se
pautou na ideia de superioridade dos europeus que se achavam civilizados perante os povos africanos. Os europeus
não valorizavam e não respeitavam as culturas africanas, o que contribuiu para legitimar a conquista e a exploração
dessas áreas coloniais.
35. Os diários, as memórias e as crônicas de viagens escritas por marinheiros, comerciantes, militares, missionários e exploradores, ao lado das cartas náuticas, seriam as principais fontes de conhecimento e representação da África dos séculos XV ao XVIII. A barbárie dos costumes, o paganismo e a violência cotidiana foram atribuídos aos africanos ao mesmo tempo em que se justificava a sua escravização no Novo Mundo. A desumanização de suas práticas serviria como justificativa compensatória para a coisificação dos negros e para o uso de sua força de trabalho nas plantations da América.
(Regina Claro. Olhar a África, 2012. Adaptado.)
As “plantations da América”, citadas no texto, correspondem a
(A) um esforço de coordenação da colonização ao redor do Atlântico, com a aplicação de modelos econômicos idênticos
nas colônias ibéricas da América e da costa africana.
(B) uma estratégia de valorização, na colonização da América e na África, das atividades agrícolas baseadas em mão de
obra escrava, com a consequente eliminação de toda forma de artesanato e de comércio local.
(C) um modelo de organização da produção agrícola caracterizado pelo predomínio de grandes propriedades
monocultoras, que utilizavam trabalho escravo e destinavam a maior parte de sua produção ao mercado externo.
(D) uma forma de organização da produção agrícola, implantada nas colônias africanas a partir do sucesso da experiência
de povoamento das colônias inglesas na América do Norte.
(E) uma política de utilização
sistemática de mão de obra de origem africana na pecuária, substituindo o
trabalho dos indígenas, que não se adaptavam ao sedentarismo e à escravidão.
resposta da questão 35:[C]
Comentário da questão:
A questão aborda um tema clássico no processo de colonização europeia da América: o sistema de
plantation. Adotado como modelo de organização de produção nas colônias.
O sistema de plantation foi utilizado nos processos de colonização do Brasil, América Espanhola (sobretudo
na América Central) e no sul das Treze Colônias inglesas. Trata-se da implantação da grande propriedade agrícola
(latifúndio), monocultura (geralmente com a produção de cana ou algodão), com a produção voltada para abastecer o
mercado externo (no caso o europeu) e a utilização de trabalho compulsório (sobretudo o escravo africano).
O sistema de plantation foi utilizado dentro da lógica mercantilista e tinha, como grande objetivo, fazer com
que a colônia complementasse a economia metropolitana.
36. A divisão capitalista do trabalho – caracterizada pelo célebre exemplo da manufatura de alfinetes, analisada por Adam
Smith – foi adotada não pela sua superioridade tecnológica, mas porque garantia ao empresário um papel essencial no
processo de produção: o de coordenador que, combinando os esforços separados dos seus operários, obtém um produto
mercante.
(Stephen Marglin. In: André Gorz (org.).
Crítica da divisão do trabalho, 1980.)
Ao analisar o surgimento do sistema de fábrica, o texto destaca
(A) o maior equilíbrio social provocado pelas melhorias nos salários e nas condições de trabalho.
(B) o melhor aproveitamento do tempo de trabalho e a autogestão da empresa pelos trabalhadores.
(C) o desenvolvimento tecnológico como fator determinante para o aumento da capacidade produtiva.
(D) a ampliação da capacidade produtiva como justificativa para a supressão de cargos diretivos na organização
do trabalho.
(E) a importância do parcelamento de tarefas e o estabelecimento de uma hierarquia no processo produtivo.
resposta da questão 36:[E]
Comentário da questão:
Ótima questão a respeito da Revolução Industrial e da divisão capitalista do trabalho enunciada por Adam Smith.
Lendo o texto com bastante atenção, o vestibulando perceberia que duas palavras são escritas em itálico: (...)
"combinando os esforços separados de seus operários, obtém um produto mercante". Tal jogo de palavras reforça a
máxima de Adam Smith de que a divisão de tarefas do sistema fabril aumenta a produtividade, que combinada à
hierarquia representada pelo empresário como coordenador do processo, converge para o sucesso inconteste da
atividade industrial.
37. O fato de ser a única monarquia na América levou os governantes do Império a apontarem o Brasil como um solitário no
continente, cercado de potenciais inimigos. Temia-se o surgimento de uma grande república liderada por Buenos Aires, que
poderia vir a ser um centro de atração sobre o problemático Rio Grande do Sul e o isolado Mato Grosso. Para o Império, a
melhor garantia de que a Argentina não se tornaria uma ameaça concreta estava no fato de Paraguai e Uruguai serem
países independentes, com governos livres da influência argentina.
(Francisco Doratioto. A Guerra do Paraguai, 1991.)
Segundo o texto, uma das preocupações da política externa brasileira para a região do Rio da Prata, durante o Segundo
Reinado, era
(A) estimular a participação militar da Argentina na Tríplice Aliança.
(B) limitar a influência argentina e preservar a divisão política na área.
(C) facilitar a penetração e a influência política britânicas na área.
(D) impedir a autonomia política e o desenvolvimento econômico do Paraguai.
(E) integrar a economia brasileira às economias paraguaia e uruguaia.
resposta da questão 37:[B]
Comentário da questão:
A questão exigia do aluno interpretação atenta do texto. O texto de Francisco Doratioto demonstra a luta por poder na
região platina, envolvendo o Império Brasileiro e a república argentina, uruguaia e paraguaia. Com base
exclusivamente na interpretação do texto, fica evidente que o Brasil pretendia limitar a influência argentina na região
e, para isso, deveria garantir a independência de Paraguai e Uruguai.
A livre navegação no Rio da Prata, visto então como a porta de saída das exportações destes países, precisava ser
garantida como instrumento fundamental dentro da política imperialista do Segundo Reinado Brasileiro.
38. Entre os mecanismos que sustentavam o regime político da Primeira República brasileira, pode-se citar
(A) a Constituição, que restringia aos chamados homens bons o acesso aos principais postos dos poderes executivo
e legislativo.
(B) a política de compromissos, que vinculava os sindicatos de trabalhadores urbanos ao Ministério do Trabalho.
(C) a política do café com leite, que proibia as candidaturas eleitorais de representantes dos estados do Sul e Nordeste.
(D) a política dos governadores, que articulava a ação do governo federal aos interesses das oligarquias locais.
(E) a reforma política, que eliminou o voto censitário e instituiu o sufrágio universal nas eleições parlamentares.
resposta da questão 38:[D]
Comentário da questão:
A questão aborda os mecanismos de poder que sustentara as oligarquias na Primeira República Brasileira (1889-1930). No caso, a única alternativa correta é a D, que se refere à Política dos Governadores. Criada por Campos
Sales (1898-1902), ocorria uma troca de favores entre o presidente (governo federal) e os governadores de estado
(oligarquias locais), em que o presidente entregava cargos e verbas públicas em troca de apoio político por parte dos
governadores. Trata-se de um pacto federativo, que manteve as oligarquias no poder.
39. Enquanto os franceses e os britânicos tinham emergido da Primeira Guerra Mundial com um profundo trauma dos horrores
da guerra e a convicção de que um novo conflito deveria, se possível, ser evitado, na Alemanha só ocorreria algo parecido
depois da Segunda Guerra Mundial. Os acontecimentos de 1945 levaram a uma profunda mudança na cultura popular e
política da parte ocidental da Alemanha. Aos olhos desses alemães, a extrema violência de 1945 fez da Segunda Guerra
Mundial “a guerra para acabar com todas as guerras”.
(Richard Bessel. Alemanha, 1945, 2010. Adaptado.)
Entre os fatos que poderiam confirmar a interpretação, oferecida pelo texto, sobre a atitude de franceses e britânicos depois
da Primeira Guerra Mundial, pode-se incluir
(A) a participação em um organismo internacional para a mediação de conflitos e o pacifismo que marcou a reação da
França e da Grã-Bretanha à ascensão do nazismo.
(B) o fim da corrida armamentista entre as potências do Ocidente e do Leste europeu e a eliminação dos arsenais alojados
na Europa, na Ásia e no Norte da África.
(C) a repressão imediata e violenta, por França e Grã-Bretanha, a todos os projetos belicosos e autoritários que surgiram a
Europa ao longo dos anos 1920 e 1930.
(D) o acordo para a constituição de uma polícia internacional, que vigiasse as movimentações militares das grandes
potências e fosse coordenada por um país não europeu, os Estados Unidos.
(E) a liberação, pela França e pela Grã-Bretanha, no decorrer das décadas de 1920 e 1930, de todas as suas colônias,
para evitar o surgimento de guerras de emancipação nacional.
resposta da questão 39:[A]
Comentário da questão:
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) teve consequências dramáticas para a França e a Inglaterra, não apenas
devido ao grande número de baixas provocadas pelo conflito, mas também pelo perda da hegemonia econômica
europeia em âmbito mundial. Com o fim do conflito, as duas nações patrocinaram a proposta do presidente
americano Woodrow Wilson de criação de uma entidade supranacional com vistas a mediar futuros conflitos e
encerrar disputas entre as nações. Desse modo, nascia a Liga das Nações, com o objetivo de garantir uma paz
duradoura e a segurança coletiva. O fracasso em contar com a presença dos Estados Unidos e de outras potências
importantes, bem como as dificuldades em administrar crises como na Manchuria e na Abissínia, levaram a Liga à
irrelevância. A adoção da política do apaziguamento, aplicada tanto pela França quanto pela Inglaterra no âmbito da
Liga, acabou por permitir a ascensão nazista e a construção do contexto para a eclosão da Segunda Guerra.
40. Enquanto os franceses e os britânicos tinham emergido da Primeira Guerra Mundial com um profundo trauma dos horrores
da guerra e a convicção de que um novo conflito deveria, se possível, ser evitado, na Alemanha só ocorreria algo parecido
depois da Segunda Guerra Mundial. Os acontecimentos de 1945 levaram a uma profunda mudança na cultura popular e
política da parte ocidental da Alemanha. Aos olhos desses alemães, a extrema violência de 1945 fez da Segunda Guerra
Mundial “a guerra para acabar com todas as guerras”.
(Richard Bessel. Alemanha, 1945, 2010. Adaptado.)
A mudança de mentalidade na Alemanha ocidental, ocorrida, segundo o texto, ao final da Segunda Guerra Mundial,
envolveu, entre outros fatores,
(A) a decisão alemã de não voltar a se envolver em conflitos internacionais políticos ou diplomáticos.
(B) a neutralidade do país diante da Guerra Fria, que caracterizou a segunda metade do século XX.
(C) a desmobilização de todos os contingentes militares dentro e fora do país.
(D) a celebração das conquistas territoriais ocorridas no século XIX e princípio do XX.
(E) a rejeição do militarismo, que marcara o país desde a segunda metade do século XIX.
resposta da questão 40:[E]
Comentário da questão:
Desde a unificação do país com a proclamação do Segundo Reich, em 1871, a Alemanha herdara e mantivera a
tradição militarista prussiana. Ao longo do processo imperialista e das duas guerras mundiais, os governantes
alemães mantiveram o militarismo como um importante instrumento de mobilização de massas, amalgamando-o à
própria identidade nacional. Entretanto, a revelação de todos os crimes cometidos pelos nazistas (entre eles o
Holocausto) conduziu os alemães a uma reflexão sobre seu passado e identidade. O voluntarismo, indiferença e a
ignorância de parte dos alemães diante do que ocorreu jogou o país em uma onda de negação de sua tradição
belicista e mesmo de rejeição de seu passado, como se a vergonha pelo que ocorrera superasse qualquer resquício
de orgulho coletivo. Contudo, a centralidade do território alemão no palco europeu da Guerra Fria e a relevância de
sua economia para o sistema capitalista, mantiveram a Alemanha Ocidental como uma importante potência política.
A renúncia ao militarismo foi acompanhada de uma nova postura tanto no campo político, como militar, de fiadora da
democracia e fiel aliada do bloco capitalista, estreitando as relações da Alemanha Ocidental com os Estados Unidos.
41. Em março de 1988, o modelo sindical levado por Lindolfo Collor para o Ministério do Trabalho completou 57 anos de
idade. Em todos estes anos foi olhado com suspeita pelos empresários e com bastante desconfiança pelos grupos
socialistas, comunistas e pela esquerda em geral. Atribuía-se sua criação, na década de 30, à influência das
doutrinas autoritárias e fascistas então na moda.
(Letícia Bicalho Canêdo. A classe operária vai ao sindicato, 1988.)
Entre as características do modelo citado no texto, sobressaíam
(A) o direito de greve e a valorização da luta de classes.
(B) a unicidade sindical por categoria e o corporativismo.
(C) a liberdade de organização sindical e a conscientização política dos trabalhadores.
(D) o predomínio de lideranças de esquerda e a autonomia de atuação dos sindicatos.
(E) o controle governamental e a sindicalização obrigatória dos trabalhadores.
resposta da questão 41:[B]
Comentário da questão:
O texto aborda a política trabalhista de Getúlio Vargas, sobretudo relacionada à organização sindical. Essa
organização assemelhava-se em vários aspectos àquela imposta por Mussolini a partir da Carta del Lavoro, no
Estado Italiano Fascista. O princípio corporativista se manifesta na construção do Estado como mediador nas
relações entre patrões e trabalhadores, evitando a luta de classes (o que, como o texto afirma, causou desconfiança
em grupos de esquerda). Desse modo, foi implantada a unidade sindical sob forte inspiração autoritária, então em
voga com o regime fascista na Itália.
Fonte: Oficina do Estudante
A questão 39, não seria C?
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