UNESP 2015 Resolução comentada
1. Indique duas características da democracia antiga, a partir
da experiência ateniense, que não se encontram na
democracia contemporânea, e duas características da
democracia contemporânea que não estavam presentes na
democracia antiga.
Resolução:
Diferentemente da democracia atual, a democracia na
Antiguidade era direta (cabia à assembleia dos
cidadãos decidir sobre as questões de interesse
público), excluía as mulheres da vida política e
coexistia com a prática do escravismo. A democracia
contemporânea, por sua vez, é indireta (os cidadãos
delegam o poder decisório a representantes eleitos) e
abrange um número maior de membros da população,
incluindo as mulheres.
2
No concernente à mão de obra, a economia colonial
hispano-americana baseou-se em variadas formas de
trabalho compulsório [...].
(Ronaldo Vainfas. Economia e sociedade
na América Espanhola, 1984.)
Cite e caracterize duas formas de trabalho compulsório
presentes na América Hispânica colonial.
Resolução:
Encomienda: trabalho compulsório indígena executado na agricultura, a serviço de um particular, praticado em caráter permanente e não remunerado, em
troca de assistência religiosa.
Mita: trabalho compulsório indígena executado na
mineração e em obras públicas, a serviço da Coroa,
praticado em caráter temporário, mediante pequena
remuneração, por trabalhadores sorteados nas
comunidades nativas.
Escravismo: trabalho compulsório executado por
mão de obra negra (a escravidão indígena foi
proibida pela Coroa Espanhola em 1542), obtida por
meio do asiento – autorização para a importação de
escravos procedentes da costa africana.
3. Examine a charge do cartunista Pestana.
Como a charge representa a abolição da escravidão?
Justifique sua resposta com um elemento extraído da
imagem. Identifique um resultado da abolição, ocorrida
em 1888, e caracterize, exemplificando, a condição da
população afro-brasileira cem anos depois.
Resolução:
A charge critica a pouca efetividade da Abolição em
relação à comunidade afrodescendente brasileira. Tal
interpretação é corroborada pela condição de miséria
do menino negro, reduzido a exercer uma atividade
subalterna, e cuja inferioridade é acentuada pela
desproporção física existente entre os personagens do
cartum.
A abolição de 1888 limitou-se a libertar os escravos,
sem no entanto lhes proporcionar condições para ter
uma ascensão econômica e social. Essa situação se
reflete atualmente em dados como a pequena presença
de negros em cargos políticos ou de direção em
empresas públicas e privadas, no maior percentual de
negros como vítimas da violência e por seu predomínio
numérico na população carcerária brasileira. Todavia,
algumas medidas recentes têm sido implementadas
com o objetivo de alterar esse quadro, como a fixação
de cotas para o ingresso na universidade e no serviço
público, a caracterização do racismo como crime
inafiançável e imprescritível e a obrigatoriedade do
ensino de História da África.
4. Preço do barril de petróleo, em dólares
(Celso Ming. “O petróleo derrete”. http://economia.estadao.com.br)
A partir do gráfico, que mostra a tendência do preço do
barril de petróleo no mercado internacional, entre julho
de 2014 e janeiro de 2015, indique o impacto dessa
tendência na exploração do Pré-Sal brasileiro e nas
economias da Venezuela e da Rússia.
Resolução
Em relação ao Pré-Sal, os preços do petróleo em
queda no mercado internacional não justificam, pelo
menos momentaneamente, os elevados investimentos
de exploração do petróleo em águas profundas – no
caso, profundidade superior a 6.000 metros. Em suma,
o petróleo importado é mais barato que o petróleo
obtido internamente em águas profundas.
No caso das economias da Venezuela – membro da
OPEP (Organização dos Países Exportadores de
Petróleo) – e da Rússia, maior fornecedor de petróleo
para a União Europeia, a situação é muito mais
delicada, pois são economias dependentes do petróleo.
O petróleo com preço em ascensão – nas últimas
décadas – fortaleceu as economias desses países, que
puderam projetar-se no cenário político-econômico
internacional. Com a queda nos preços de seu principal produto de exportação, a tendência é que sofram
uma retração em sua influência política e passem a
uma situação de crise econômica, que alguns já
experimentam, acentuada.
5. Em meio à crise de abastecimento de água, o estado de
São Paulo criou um conflito hídrico com o Rio de Janeiro
acerca da captação e da utilização das águas do Rio
Paraíba do Sul. O rio nasce em São Paulo, na Serra da
Bocaina, e corta cidades paulistas, mineiras e
fluminenses, até desaguar no Oceano Atlântico, em São
João da Barra, no Rio de Janeiro. A principal fonte de
água para a região metropolitana do Rio de Janeiro hoje
é o Rio Paraíba do Sul e não há outro manancial capaz de
reforçar o abastecimento. No entanto, para São Paulo, o
rio é o que oferece solução no mais curto prazo.
(http://ultimosegundo.ig.com.br, 25.03.2014. Adaptado.)
Cite dois fatores técnicos que explicam a disputa entre os
estados de São Paulo e Rio de Janeiro em relação ao uso
da água do Rio Paraíba do Sul e indique duas medidas
que poderiam ser tomadas com o intuito de solucionar
este problema em torno da gestão territorial dos recursos
hídricos.
Resolução
1) Problemas técnicos:
a) A maior parte da água do Rio Paraíba é destinada ao abastecimento da região metropolitana
do Rio de Janeiro, sendo, inclusive, fundamental na produção hidroelétrica desse estado.
b) Para São Paulo, o Rio Paraíba seria uma
alternativa para suprir a escassez hídrica pela
qual passa o estado.
2) Medidas para solucionar este problema concernente à gestão territorial dos recursos hídricos:
a) Aumento da capacidade dos sistemas de
captação de água para os reservatórios da
RMSP, incluindo a captação fluvial da Serra do
Mar e do Sul de Minas Gerais.
b) Ampliação da produção de energia alternativa,
como a eólica e até nuclear, com a conclusão das
obras de Angra 3, para melhor suprir as
necessidades energéticas da RMRJ, ou, até
mesmo, a dessalinização da água do mar.
6. Cite duas características essenciais do latifúndio no Brasil
e indique duas consequências (uma social e outra eco -
nômica) da sua perpetuação para a sociedade brasileira.
Resolução
Essencialmente, os latifúndios, desde os primórdios,
com as capitanias hereditárias, concentram enormes
quantidades de terra na mão de poucos proprietários
(concentração de terras). Também se eternizaram
como produtores de monocultura destinados a
mercados específicos, sobretudo externos.
Consequências: conflitos pela posse da terra, com a
pressão popular pela reforma agrária, movimento esse
canalizado pelo MST desde a década de 1980 (social).
A reafirmação do Brasil no mercado internacional
como produtor de matérias-primas, principalmente
agrícolas, como, por exemplo, cana-de-açúcar, vem
perpetuando a importância desse produto na
economia nacional (econômica).
7. Em dezembro de 2014, os presidentes Raúl Castro e
Barack Obama anunciaram a retomada das relações entre
a República de Cuba e os Estados Unidos da América.
Cite duas características do contexto geopolítico mundial
no qual se deu o início do embargo estadunidense à Cuba.
Explique, com dois argumentos, por que tal embargo se
tornou obsoleto.
Resolução
O embargo estabelecido pelos Estados Unidos a Cuba
decorreu do alinhamento de Havana com o bloco
socialista, liderado pela URSS – União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas. Isso aconteceu no contexto da
Guerra Fria, fato que foi agravado pela Crise dos
Mísseis, a qual intensificou as disputas entre EUA e
URSS, levando ao embargo econômico imposto pelos
EUA a Cuba. A obsolescência desse embargo a Cuba
dá-se por motivos variados, quais sejam, a Guerra
Fria acabou – em tese, o governo cubano, que era
exercido por Fidel Castro, era considerado inimigo de
Washington e de seus interesses; o bloqueio, a rigor,
não mais é acatado por um grande número de países,
incluindo países aliados dos EUA; a importância
estratégica de Cuba como “exportadora da revolução”
deixou de existir quando o país mergulhou em uma
crise econômica sem precedentes, com o fim da URSS;
além disso, tem o governo Obama interesse em
ampliar negócios com o país.
Há um entendimento de que a abertura econômica
que se seguirá ao estreitamento de laços econômicos
será mais efetiva para a mudança do regime cubano
do que o embargo.
8. O circuito inferior da economia urbana é resultado da
modernização seletiva e incompleta que caracteriza a
urbanização dos países subdesenvolvidos e coloca grande
parte da população praticamente à margem do usufruto
do processo de acumulação. Enquanto uns se preocupam
em acumular capital para a renovação das atividades
produtivas modernas, outros se preocupam apenas em
garantir a sobrevivência da família, buscando formas
alternativas de trabalho e renda. O circuito inferior da
economia urbana ocupa bairros, ruas, becos, terminais
rodoviários e metroviários, praças e porões, fundos de
quintal, vans, motocicletas, permeando o tecido urbano. À
margem dos circuitos oficiais, uma multiplicidade de
atores econômicos de porte modesto preenche os
interstícios dos grandes negócios, preservando o espaço
urbano como um território de cultura, vida e liberdade –
uma resposta à segregação social da metrópole capitalista.
(Mônica Arroyo. “A economia invisível dos pequenos”.
www.diplomatique.org.br, 04.10.2008. Adaptado.)
O circuito inferior da economia urbana revela a existência
de uma economia popular nas cidades, ajustada às
condições econômicas e às restrições de consumo da
população mais pobre.
Considerando a dinâmica do mercado de trabalho e o
processo de urbanização nos países subdesenvolvidos,
cite duas razões que explicam a expansão do chamado
circuito inferior da economia urbana nas últimas décadas
e cite dois exemplos de atividades econômicas que
correspondam a esse circuito econômico.
Resolução
O circuito inferior da economia teve sua expansão
otimizada nos últimos tempos, pois a economia, como
um todo, não é capaz de absorver todos igualmente. A
marginalização de parte da população é a principal
causa desta expansão.
O denominado circuito inferior da economia surge
acessoriamente ao circuito superior, que conta com
visibilidade, aporte de investimentos e tecnologias e
atende aos grandes mercados, que se ajustam às
restrições de consumo da população mais pobre na
forma de um comércio popular que satisfaz os desejos
e necessidades de consumo desse segmento.
Exemplos de atividades do circuito inferior: comércio
de produtos populares, como réplicas de marcas
famosas, venda de lanches, bolos e café em tendas nas
calçadas, pequenas oficinas de conserto de aparelhos
eletrônicos (as quais não fazem parte de redes
autorizadas), além de serviços como mototáxi e
lotação em peruas (ou vans).
9. Do ponto de vista do Iluminismo, a ilusão deixa de ser
uma simples deficiência subjetiva, e passa a enraizar-se
em contextos de dominação, de onde a ilusão deriva e se
incumbe de estabilizar. O preconceito – a opinião falsa,
não controlável pela razão e pela experiência – revela seu
substrato político. É no interesse do poder que a razão é
capturada pelas perturbações emocionais, abstendo-se do
esforço necessário para libertar-se das paixões perversas,
e para romper o véu das aparências, que impedem uma
reflexão emancipatória. Deixando-se arrastar pelas
interferências, a razão não pode pensar o sistema social
em sua realidade. Prisioneira do dogmatismo, que nem
pode ser submetido ao tribunal da experiência nem
permite a instauração desse tribunal, a razão está
entregue, sem defesa, às imposturas da religião e de todos
os outros dogmas legitimadores.
(Sérgio Paulo Rouanet. A razão cativa, 1990. Adaptado.)
Considerando o texto e o título sugestivo do livro de
Rouanet, explique as implicações políticas do cativeiro
da razão e defina o que significa a reflexão emancipatória
referida pelo autor.
Resolução
A condição humana de tutelagem das ideologias, das
concepções equivocadas e produzidas pela classe
dominante e outras formas de ilusão em que a razão
permanece submersa e impotente, impossibilita a
emancipação da consciência e permite formas de
poder ilegítimas, a serviço de interesses de uma
minoria que lucra, de alguma forma, com esse estado
de coisas. Sob tal cativeiro, fica impossível traçar vias
para consolidar valores democráticos, acessíveis a
todos, assim como o de construir uma sociedade
menos desigual, mais equitativa. O papel das
ideologias é dar um sentido legitimador das
contradições sociais, para que pareçam coerentes e até
desejáveis.
A reflexão emancipatória é alcançada quando se
percebe que ideologias não coincidem com a realidade.
Deixando as verdades dogmáticas de lado, superando
tabus, transcendendo preconceitos, seria possível perceber a realidade social e suas contradições, e somente
assim, a razão se emancipa, condição prévia para se
propor projetos políticos honestos e democráticos.
10. A ciência é uma atividade na sua essência antidogmática. Pelo menos deveria sê-lo. A ciência, em particular a
física, parte de uma visão do mundo que é, de acordo com
a terminologia utilizada por Arquimedes, um pedido que
se faz. É assim porque pedimos para que se admita, à
escala a que pretendemos descrever os fenômenos, que o
mundo assuma uma determinada forma. Os outros
pedidos e postulados têm de se inserir, tão pacificamente
quanto possível, nesse pedido fundacional. Mas nunca
perderão o estatuto de pedidos. Transformá-los em
dogmas é perturbar a ciência com atitudes que lhe
deveriam ser totalmente estranhas.
(Rui Moreira. “Uma nova visão da natureza”.
Le Monde Diplomatique, março de 2015. Adaptado.)
Baseando-se no texto, explique qual deve ser a relação
entre ciência e verdades absolutas. Explique também a
diferença entre uma visão de mundo baseada em
“pedidos” e uma visão de mundo dogmática.
Resolução
A ciência propõe teorias e hipóteses: uma forma de se
produzir conhecimento a partir do exercício da
observação da realidade empírica e da experimentação. Tal forma de produção de conhecimento não se
situa nas fórmulas prontas e dogmáticas que interpretam o mundo. Arquimedes foi de fato um físico e
matemático que desconfiava das verdades dogmáticas
e absolutas. A ciência “pede” que se admita que o
mundo assuma uma determinada forma, e isso
significa que o conhecimento científico tem um caráter
hipotético e dinâmico, diferente da visão dogmática
que impõe uma interpretação inflexível, não baseada
em experimentos dos fenômenos. Um pedido na
concepção metodológica da ciência soa como um
“suponhamos”, abrindo assim portas para o
levantamento de hipóteses capazes de se aproximar do
mundo real.
11. O regime democrático cumpre um papel conhecido e
alardeado, que é a menina dos olhos de quem o defende:
ele aceita um teor de conflito na sociedade. Admite como
normal que haja tensões entre pessoas ou grupos. Pela
primeira vez na história do mundo, desobriga os homens
de viver num todo harmônico, equilibrado. Porque a
harmonia é uma empulhação. No Ocidente, a comparação
do Estado a um corpo harmônico e saudável autorizou
considerar o divergente um membro gangrenado ou
doente, que deve ser amputado. Quem não obedece ao
amor do príncipe não é apenas um divergente, uma pessoa
livre para pensar de outra forma: é um traidor, um ingrato,
um infame.
(Renato Janine Ribeiro. “A democracia acalma conflitos”.
Revista Filosofia, setembro de 2014. Adaptado.)
Baseando-se no texto, nomeie e explique o que seria um
regime político oposto à democracia. Explique também
por que a democracia, de acordo com o texto, é o regime
político mais adequado para expressão das diferenças de
natureza étnica, religiosa, sexual e política.
Resolução
Renato Janine Ribeiro, atual Ministro da Educação,
filósofo e reconhecido intelectual, refere-se ao panorama político em que vive o Brasil. As manifestações
públicas fazem parte do regime democrático.
O regime oposto ao democrático é a ditadura, em que
não se reconhecem ou admitem a participação
popular, as diferenças de opinião, o direito ao voto,
tampouco manifestações de oposição.
A democracia é um regime que resulta da construção
de consensos parciais, não manipulados. Ao mesmo
tempo, é um regime que dialoga com a participação
política da sociedade civil, evocando-a inclusive, para
que se construa uma sociedade pluriforme, de muitas
vozes, contudo, capaz de prezar e defender os
interesses da maioria, na concepção iluminista do
conceito de democracia. A evolução política, no
entendimento do governo do povo, deve incluir a
convivência e a tolerância plena entre as diversas
etnias, religiões, opções sexuais e políticas.
12. Seja como termo, seja como conceito, a filosofia é
considerada pela quase totalidade dos estudiosos como
criação própria do gênio dos gregos. Sendo assim, a
superioridade dos gregos em relação aos outros povos
nesse ponto específico é de caráter não puramente
quantitativo, mas qualitativo, porque o que eles criaram,
instituindo a filosofia, constitui novidade que, em certo
sentido, é absoluta. Com efeito, não é em qualquer cultura
que a ciência é possível. Há ideias que tornam estruturalmente impossível o nascimento e o desenvolvimento
de determinadas concepções – e, até mesmo, ideias que
interditam toda a ciência em seu conjunto, pelo menos a
ciência como hoje a conhecemos. Pois bem, em função
de suas categorias racionais, foi a filosofia que
possibilitou o nascimento da ciência, e, em certo sentido,
a gerou. E reconhecer isso significa também reconhecer
aos gregos o mérito de terem dado uma contribuição
verdadeiramente excepcional à história da civilização.
(Giovanni Reale e Dario Antiseri.
História da filosofia, vol. 1, 1990. Adaptado.)
Baseando-se no texto, explique por que a definição
apresentada de “filosofia” pode ser considerada euro -
cêntrica. Explique também que tipo de ideias apresentaria
a característica de impedir o desenvolvimento do
conhecimento científico.
Resolução
Vários historiadores da filosofia afirmam que esse
ramo do conhecimento teve um nascimento na Grécia,
como um acidente histórico de um povo genial que
sentiu a insatisfação intelectual de entender o mundo
exclusivamente pelas explicações de mitos e dogmas.
Assim, a Europa teria herdado o fio histórico desse
debate iniciado pelos clássicos gregos. Nesse sentido,
deve-se tomar certo cuidado ao usar o conceito de
filosofia ao referir-se às doutrinas religiosas ou às
intepretações místicas do Oriente, por exemplo.
Sendo a filosofia e a ciência formas de conhecimento
não ideológicas, de caráter reflexivo e investigatório,
são obstáculos ao desenvolvimento livre da ciência as
doutrinas dogmáticas, as mitologias não
interpretadas, as ideologias e o senso comum.
13. Considere a ilustração publicitária, publicada na revista Almanaque do Biotônico, de 1935.
(https://historiadesaopaulo.wordpress.com)
Na ilustração, Monteiro Lobato diagnostica o caipira com
a doença conhecida popularmente como “amarelão”.
Cite um dos vermes que causa essa doença e uma medida
para sua prevenção, justificando-a. Explique a razão do
nome popular da doença e o que isso tem a ver com a
“canseira do caipira”, tal como retratado por Monteiro
Lobato.
Resolução
O amarelão é causado por dois nematelmintos:
Necator americanus e Ancylostoma duodenale.
A medida de prevenção mais citada é o uso de calçados, pois os vermes formam larvas que penetram
ativa mente pela pele dos pés.
A doença provoca anemia, levando a uma redução no
transporte de oxigênio, daí a “Canseira do caipira”.
Jeca, porque não trabalhas?
Pergunta Monteiro
Lobato, o autor de
Urupês, a Jéca Tatú.
Não é preguiça ´´seu´´ Lobato.
É uma dôr na cacunda, palpitação,
uma canceira que não acaba nunca!...
Sim, eu sei, Jéca Tatú amigo.
Soffres de AMARELLÃO (ou opilação).
Tens no sangue e nas tripas um jardim
zoologico da peor especie.
É essa bicharia que te faz papudo,
feio, molengo e inerte.
Só tens um remedio, o verdadeiro
específico do amarellão
14. Leia o trecho da sentença condenatória de Joaquim José
da Silva Xavier, o Tiradentes.
Portanto condenam ao Réu Joaquim José da Silva Xavier
por alcunha o Tiradentes Alferes que foi da tropa paga da
Capitania de Minas a que com baraço e pregão seja
conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca e nela
morra morte natural para sempre, […] e a casa em que
vivia em Vila Rica será arrasada e salgada, para que nunca
mais no chão se edifique […].
(http://bd.tjmg.jus.br)
Como se verifica, além da condenação à morte, a sentença
determinava ainda que a casa em que o inconfidente vivia
fosse demolida e a terra salgada, tornando-a assim improdutiva.
Referindo-se aos processos de transporte de substâncias
através da membrana, os quais permitem às células dos
pelos absorventes das raízes obterem água e minerais do
solo, explique por que salgar a terra torna o solo improdutivo.
Resolução
O salgamento do solo torna hipertônico o meio. Em
consequência, a tendência das células dos pelos absorventes é perder água para o solo, impedindo o crescimento dos vegetais.
Fonte: Curso Objetivo
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