Ora, em todas as coisas ordenadas
a algum fim, é preciso haver algum dirigente, pelo qual se atinja diretamente o
devido fim. Com efeito, um navio, que se move para diversos lados pelo impulso
dos ventos contrários, não chegaria ao fim de destino, se por indústria do
piloto não fosse dirigido ao porto; ora, tem o homem um fim, para o qual se
ordenam toda a sua vida e ação. Acontece, porém, agirem os homens de modos
diversos em vista do fim, o que a própria diversidade dos esforços e ações
humanas comprova. Portanto, precisa o homem de um dirigente para o fim.
AQUINO. T. Do reino ou do governo
dos homens: ao rei do Chipre. Escritos políticos de São Tomás de Aquino.
Petrópolis: Vozes, 1995 (adaptado).
No trecho citado, Tomás de Aquino
justifica a monarquia como o regime de governo capaz de
a) refrear os movimentos
religiosos contestatórios.
b) promover a atuação da
sociedade civil na vida política.
c) unir a sociedade tendo em
vista a realização do bem comum.
d) reformar a religião por meio
do retorno à tradição helenística.
e) dissociar a relação política
entre os poderes temporal e espiritual.
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