Iniciou-se em 1903 a introdução
de obras de arte com representações de bandeirantes no acervo do Museu
Paulista, mediante a aquisição de uma tela que homenageava o sertanista que
comandara a destruição do Quilombo de Palmares. Essa aquisição, viabilizada por
verba estadual, foi simultânea à emergência de uma interpretação histórica que
apontava o fenômeno do sertanismo paulista como o elo decisivo entre a
trajetória territorial do Brasil e de São Paulo, concepção essa que se
consolidaria entre os historiadores ligados ao Instituto Histórico e Geográfico
de São Paulo ao longo das três primeiras décadas do século XX.
MARINS, P. c. G. Nas matas com
pose de reis: a representação de bandeirantes e a tradição da retratística
monárquica européia. Revista do LEB, n. 44, tev. 2007.
A prática governamental descrita
no texto, com a escolha dos temas das obras, tinha como propósito a construção
de uma memória que
a) afirmava a centralidade de um
estado na política do país.
b) resgatava a importância da
resistência escrava na história brasileira.
c) evidenciava a importância da
produção artística no contexto regional.
d) valorizava a saga histórica do
povo na afirmação de uma memória social.
e) destacava a presença do indígena
no desbravamento do território colonial.
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