domingo, 8 de novembro de 2015

Concurso Historiador VUNESP 2015

Concurso Historiador VUNESP 2015

QUESTÕES ESPECÍFICAS



1. Suponhamos que, de uma civilização desaparecida, subsista um único objeto; que, além disso, as condições de sua descoberta impeçam até de relacioná-lo com características alheias ao homem, tais como sedimentações geológicas (pois, nessa busca das ligações, a natureza inanimada também pode ter sua participação). Será completamente impossível tanto datar esse vestígio único como se pronunciar sobre sua autenticidade. Só se estabelece, de fato, uma data, só se controla e, em suma, só se interpreta um documento por sua inserção em uma série cronológica ou em um conjunto sincrônico. 
(Marc Bloch, Apologia da História) 

Acerca das relações de trabalho na pré-história, é correto afirmar que 
(A) é impossível formular hipóteses sobre a sua organização social, pois os vestígios são esparsos e os pesquisadores não conseguem determinar sua autenticidade. 
(B) pouco se sabe sobre o seu funcionamento, pois a terra e a poeira misturadas aos vestígios dificultam ao máximo o trabalho de datação feito por pesquisadores. 
(C) podem ser conhecidas a partir da pesquisa em sítios arqueológicos que reúnam vários vestígios da cultura material, da mesma época e de épocas diferentes. 
(D) não existem hipóteses a seu respeito, pois apenas documentos de diferentes tempos podem responder de forma satisfatória às questões dos historiadores. 
(E) essa temática pode ser estudada a partir da pesquisa com um único documento do passado, de tal forma que dele se extraíam todas as respostas feitas pelo historiador.



resposta da questão 1:[C]


2. Na Atenas democrática, descobre-se uma massa de camponeses pobres na base do regime, assim como artesãos humildes que forjam uma cultura muito menos elitista do que aquela ensinada a nossos avós e tantas vezes rejeitada como “incompreensível”. 
(Pedro Paulo Funari, A renovação da História Antiga. In: Leandro Karnal (org.), História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas) 

Na origem de algumas das crises sociais mais agudas da Grécia Antiga, encontra-se 
(A) a violenta repressão aos ideais democráticos promovida pelos proprietários de terra contra camponeses, artesãos, escravos e estrangeiros. 
(B) a luta pela reforma agrária encampada pelos irmãos Tibério e Caio Graco, assassinados pela aristocracia, e pelos camponeses pobres. 
(C) a greve organizada por escravos, camponeses e artesãos que tinha como objetivo democratizar a sociedade grega e reivindicar a reforma agrária. 
(D) a escravização por dívida dos camponeses pobres, abolida por Sólon, que também estabeleceu o critério censitário (renda) para dividir a população. 
(E) o levante antielitista liderado por escravos, camponeses e artesãos em uma sociedade em que predominava o trabalho assalariado.

resposta da questão 2:[D]


3. Durante a Idade Média, a variedade de gêneros alimentícios foi drasticamente reduzida na Europa por conta do fechamento da sociedade em pequenos grupos fixados em volta dos castelos. 
Fábio Pestana Ramos, Alimentação. In: Carla Bassanezi Pinsky (org.), Novos temas nas aulas de história) 

À época da Alta Idade Média, a produção agrícola 
(A) reduziu-se à cultura de subsistência, sustentada pelo trabalho servil. 
(B) abastecia os feudos e as grandes feiras e estava fundada no trabalho escravo. 
(C) estava voltada para o comércio com o Oriente, de onde vinham as especiarias. 
(D) alimentava igualmente camponeses e senhores, reduzindo as desigualdades. 
(E) não constituía a base econômica da sociedade, tendo pouca relevância histórica.

resposta da questão 3:[A]

4. Transformação do processo de produção que, por meio da relação homem/máquina, amplia a concentração de trabalhadores em um único local, aperfeiçoa e desenvolve outro mecanismo, o trabalhador coletivo. Nesse ponto, outro conjunto interpretativo pode ser inserido, menos confiante no papel e no lugar da evolução tecnológica e mais preocupado com questões como a introjeção do tempo útil, do disciplinamento do trabalhador e para a revisão do papel da tecnologia. 

(Carlos Alberto Vesentini, História e ensino. In: Circe Bittencourt (org.), O saber histórico na sala de aula. Adaptado) 

O texto descreve 
(A) o desenvolvimento do mercantilismo e o fortalecimento das manufaturas. 
(B) a informatização da produção e a 3.ª fase da Revolução Industrial. 
(C) o Renascimento comercial e urbano e o aparecimento das corporações de ofício. 
(D) as transformações propiciadas pela utilização da energia fóssil como combustível. 
(E) a 1.ª fase da Revolução Industrial e a organização do sistema fabril.

resposta da questão 4:[E]



5. As primeiras civilizações desenvolveram-se em regiões banhadas por grandes rios que garantiam a fertilidade da terra – algo fundamental para o cultivo de alimentos – e que demandavam “um trabalho sistemático, organizado e de grande envergadura” desenvolvido por uma “força de trabalho concentrada” comandada por uma liderança reconhecida, legitimada. 
(Fábio Pestana Ramos, Alimentação. In: Carla Bassanezi Pinsky (org.), Novos temas nas aulas de história) 

Segundo o artigo, são exemplos das sociedades descritas no trecho 
(A) a Bretanha, às margens do Tamisa, e a Gália, junto ao rio Sena. 
(B) a Índia, junto ao rio Indo, e a China, às margens do rio Amarelo. 
(C) Roma, às margens do rio Tibre, e a Grécia, junto ao rio Eurotas. 
(D) os Incas, junto ao rio da Prata, e os Astecas, às margens do rio Grijalva. 
(E) o Império Mali, às margens do rio Niger, e os Mursi, junto ao rio Omo.

resposta da questão 5:[B]


6. Cada vez mais, apresenta-se essa oposição Ocidente e Oriente no contexto histórico do moderno imperialismo do século XIX e XX, a mostrar como o Ocidente se cria como uma supercivilização dominadora do mundo. No bojo da derrota nazista e da forja de um novo Ocidente antirracista, cria-se um novo conceito, muito presente nas interpretações tradicionais da Antiguidade. 
(Pedro Paulo Funari, A renovação da História Antiga. In: Leandro Karnal (org.), História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. Adaptado) 

O novo conceito, “muito presente nas interpretações tradicionais da Antiguidade”, descreve 
(A) a existência de uma linha de continuidade entre os gregos e os egípcios, principalmente a partir da leitura de Heródoto, com suas múltiplas referências ao Egito. 
(B) a mistura existente entre as civilizações minoica e micênica e a sociedade grega, o que marcou a origem da filosofia, do pensamento racional e da democracia. 
(C) as marcas do nascimento do Ocidente no Mar Mediterrâneo, dividido entre fenícios, árabes, egípcios e gregos, o que atesta a origem oriental do pensamento ocidental. 
(D) a superioridade cultural da civilização judaico-cristã, ocidentalizando, em parte, tanto o judaísmo como o cristianismo, reconhecidos como de origem oriental. 
(E) a prevalência da democracia, da liberdade e da civilidade políticas e dos direitos civis e sociais entre os gregos e os romanos, mesmo à época do Império em Roma.


resposta da questão 6:[D]

7. Na Antiguidade Clássica, a classificação de gênero aparecia entrecortada por outros diferenciais de status: condição social, cidadania, faixa etária. Além da polaridade “homem” / “mulher”, essa sociedade era marcada por outras classificações, como “homem” / “não-homem” ou “não totalmente homem”. 

(Carla Bassanezi Pinsky, Gênero. In: Carla Bassanezi Pinsky (org.), Novos temas nas aulas de história) 

A perspectiva de gênero 
(A) não contribui para o estudo das sociedades antigas, pois as concepções são muito diferentes quando comparadas à cultura ocidental moderna. 
(B) permite uma aproximação com as sociedades antigas, pois revela alguns aspectos da cultura e da vida social de gregos e romanos. 
(C) revela que gregos e romanos possuíam um conceito distorcido de sexo, pois não tinham a polaridade “homem” / “mulher” como padrão de normalidade. 
(D) indica que as sociedades antigas estavam preocupadas apenas com a condição socioeconômica, mas não com outras perspectivas de identidade. 
(E) reforça a ideia de que gregos e romanos eram imorais e tinham práticas sexuais desvirtuadas, o que contribuiu para a queda do Império Romano. 


resposta da questão 7:[B]

8. Ao longo de mais de quatrocentos anos que o comércio de escravos mobilizou alguns povos africanos e principalmente seus chefes, houve a criação de complexos mecanismos de aprisionamento (principalmente por meio de guerras), de transporte, de troca, de armazenamento e de taxação, garantindo uma oferta constante e crescente de escravos, a maior parte deles embarcados pelo Atlântico. Quando este canal de escoamento foi fechado, (...) os escravos passaram a ser usados apenas dentro do próprio continente africano. 
(Marina de Mello e Souza, África e Brasil Africano) 

A partir da virada do século XVIII para o XIX, o tráfico negreiro atlântico começou a ser combatido. A respeito desse processo, é correto afirmar que 
(A) houve uma guinada fundamental nas atividades produtivas das potências ibéricas, especialmente em relação à Espanha, que passou a explorar nos seus espaços coloniais, para o extrativismo mineral, a mão de obra compulsória das nações indígenas. 
(B) com a Revolução Francesa e com a Revolução Industrial, a França e a Inglaterra modificaram seus interesses frente aos povos africanos e direcionaram suas atividades, a partir de meados do século XIX, para a compra de matérias-primas africanas e a venda de produtos industrializados. 
(C) houve uma interferência decisiva da Igreja Católica em função das suas novas diretrizes no tocante ao aumento do número de seguidores, porque a catequização em massa na África foi considerada a saída para a imensa perda de fiéis ocorrida desde o início do século XVIII. 
(D) para as potências industriais europeias em ascensão – Inglaterra, França e Holanda –, a desmontagem das redes de tráfico de escravos na África tinha a função de quebrar com a importância dos portugueses na direção do comércio internacional, especialmente em relação ao Oriente. 
(E) foi uma decorrência direta do movimento que permitiu a Independência das 13 Colônias Inglesas na América, pois conjuntamente a essa ruptura colonial, determinou-se a imediata extinção do tráfico de escravos e programou-se o fim da escravidão para 1810.

resposta da questão 8:[B]

9. O ponto de inflexão dessa “antropologia, filha do imperialismo ocidental”, na feliz expressão da antropóloga Kathleen Gough, foi marcado nos anos 1950 por Georges Balandier (...) Sua crítica ressalta três pontos absolutamente interligados. (...) (...) o terceiro ponto refere-se à necessidade de relacionar o estudo da colonização africana às metrópoles europeias, considerando a situação concreta, particular de cada sociedade. Balandier ressalta a heterogeneidade, a complexidade e o dinamismo sociocultural, como características próprias da historicidade africana. Assim, nega que essas sociedades possam ser qualificadas como estáticas e passivas, destacando as mudanças e o seu “potencial revolucionário”. A revisão sobre a produção do conhecimento da qual escritos como os de Balandier se destacam é, por isso, o marco de novas tendências no estudo da África. 
(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: visita à história contemporânea) 

Essas novas tendências caracterizam-se, principalmente, pela 
(A) divisão da África subsaariana em duas regiões bem distintas: a com História e a sem História. 
(B) importância que deve ser observada nas práticas coloniais mais humanizadas, caso evidente dos franceses. 
(C) ruptura com um eurocentrismo que escondia as especificidades locais do continente africano. 
(D) associação entre o colonialismo espanhol e a formação de nações economicamente avançadas. 
(E) reafirmação do dinamismo econômico do norte da África e o atraso civilizatório da África negra. 

resposta da questão 9:[C]

10. Do ponto de vista teológico, a conversão inicial do Congo foi ancorada em uma série de co-revelações: a milagrosa e simultânea aparição em sonhos da Virgem Maria para dois oficiais de tribunal e a descoberta de uma pedra em forma de cruz em um riacho perto de Mbanza Kongo. Isso foi seguido pela famosa epifania do rei Afonso I, (1509-1542), de São Tiago Maior, quando o rei, com grande inferioridade numérica em uma batalha pelo trono contra seu irmão pagão, foi salvo pela imagem espectral de guerreiros em montarias que assustou os oponentes e assegurou-lhe a vitória. (...) Esses elementos teológicos foram seguidos, durante o reinado do “apóstolo do Congo”, Afonso I, pelo duro trabalho intelectual e filosófico de criar um casamento entre a religião do Congo e o cristianismo. 
(John K. Thornton, Religião e vida cerimonial no Congo e áreas Umbundo, de 1500 a 1700. In: Linda M. Heywood, Diáspora negra no Brasil) 

No contexto apresentado, a respeito da religiosidade no Congo, é correto afirmar que 
(A) ocorreu uma rápida adesão ao cristianismo, com a destruição de todas as referências religiosas que existiam na região. 
(B) as práticas religiosas, fossem do cristianismo ou da tradição local, impediram que o Congo se ligasse ao fornecimento de escravos. 
(C) houve a constituição de um cristianismo sincrético, manifestado na permanência de elementos da teologia do Congo. 
(D) o culto do catolicismo esteve reservado às classes populares congolesas, como forma de resistência contra o avanço do paganismo. 
(E) a mistura religiosa derivada pela presença dos catequistas europeus levou à transformações hierárquicas na Igreja Católica.

resposta da questão 10:[C]

11. As primeiras expedições na costa africana a partir da ocupação de Ceuta em 1415, ainda na terra de povos berberes, foram registrando a geografia, as condições de navegação e de ancoragem. Nas paradas, os portugueses negociavam com as populações locais e sequestravam pessoas que chegavam às praias, levando-as para os navios para serem vendidas como escravas. Tal ato era justificado pelo fato de esses povos serem infiéis, seguidores das leis de Maomé, considerados inimigos, e portanto podiam ser escravizados, pois acreditavam ser justo guerrear com eles. 
                       (Marina de Mello e Souza, África e Brasil Africano) 

Para os europeus, o que justificava a escravidão mais ao sul, além do rio Senegal, era o fato de que 
(A) a população negra era considerada inferior, em oposição à superioridade da raça ariana que habitava a Europa, o que conferia legitimidade à escravização dos povos que habitavam a África Meridional. 
(B) os povos escravizados eram considerados pagãos, ignorantes das leis de Deus e, no entender dos portugueses, ao se converterem ao cristianismo teriam uma chance de salvar suas almas na vida além desta. 
(C) as sociedades africanas que viviam nas terras mais ao sul tinham o hábito de praticar a pirataria, o que atrapalhava os projetos de circunavegação do continente pelos europeus. 
(D) alguns dos povos dessa região se negavam a comercializar com os europeus, mais do que isso, atacavam militarmente expedições comerciais de países da Europa. 
(E) o fornecimento de aguardente e tabaco por comerciantes portugueses provocou o endividamento da população, que acabou sendo escravizada por suas dívidas.

resposta da questão 11:[B] 

12. Como no resto da Europa católica, na Polônia o antissemitismo é nutrido desde a infância pelos ensinamentos da Igreja. 
(Marc Ferro, A manipulação da História no ensino e nos meios de comunicação. Adaptado) 

O trecho pode ser corretamente relacionado 
(A) à fundação do Estado de Israel em 1919, logo após a Primeira Guerra, ao mesmo tempo em que a França impunha à Alemanha derrotada a formação do Estado nacional polonês. 
(B) à decisão tomada pela Liga das Nações à época de sua fundação, que determinava o direito à autodeterminação dos povos e defendia a construção de guetos para proteger as religiões minoritárias. 
(C) ao projeto sionista, que defendia a fundação de um Estado nacional judaico, e à consequente migração de judeus da Europa para a Palestina desde o final do século XIX e início do século XX. 
(D) à violenta perseguição aos judeus organizada pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o que provocou o extermínio de muitas comunidades judaicas do leste europeu. 
(E) ao Tratado de Latrão, assinado pela Itália fascista e pelo Vaticano em 1929, devido ao interesse que a Igreja Católica tinha na perseguição sistemática aos judeus promovida por Mussolini.

resposta da questão 12:[C]

13. Grupos relativamente pouco numerosos, em termos globais, foram qualitativamente importantes na imigração para o Brasil entre o final do século XIX e o início do século XX. O caso mais expressivo é o dos japoneses. Outros grupos minoritários importantes foram os sírio-libaneses e os judeus, os quais tiveram algumas características semelhantes. 
(Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado) 

Ao contrário de japoneses, italianos e espanhóis, os sírio-libaneses e judeus 
(A) vieram principalmente para São Paulo e para o Rio Grande do Sul, tendo se constituído nas principais etnias que forneceram mão de obra para a lavoura de café, e fixaram-se, em sua grande maioria, na agricultura. 
(B) vieram sobretudo para o Estado de São Paulo, onde se fixaram no campo por mais tempo do que quaisquer outras etnias, mas como pequenos proprietários, tendo um papel expressivo na diversificação das atividades agrícolas. 
(C) subiram na escala social, tendo passado rapidamente à condição de pequenos e médios proprietários rurais, abrindo caminho para que seus descendentes viessem a ser figuras centrais da agroindústria paulista. 
(D) trouxeram as suas famílias inteiras, e não apenas homens solteiros, permanecendo por um longo tempo nas atividades agrícolas e tendo preferência por viver nas pequenas cidades do interior e não na capital de São Paulo. 
(E) se concentraram, desde sua chegada, principalmente nas cidades e constituíram uma imigração espontânea, não subsidiada, pois o auxílio governamental brasileiro só era fornecido a quem fosse encaminhado para as fazendas. 


resposta da questão 13:[E]

14. Os testemunhos escritos permitem-nos identificar as principais organizações sociais e políticas na África pré-colonial, de 1500 a 1800. Genericamente, a escravidão pré-colonial esteve presente na África como um todo, fazendo-se necessário observar as especificidades históricas próprias de complexos sociais e políticos e das formas de poder das diversas sociedades africanas. Mas é fundamental acrescentar que a dinâmica e a intensidade da escravidão interna ao continente africano tem a ver com a maior ou menor demanda do tráfico atlântico gerada pelo expansionismo europeu sobre a América. Isso acarreta mudanças sociais na África, como a expansão e a subsequente transformação da poligenia. 
(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: visita à história contemporânea. Adaptado) 

Em relação à outra mudança social ocorrida na África a que se refere o fragmento, é correto apontar o 
(A) repúdio da elite política e comercial africana ao tráfico negreiro europeu. 
(B) desinteresse dos chefes das aldeias locais pelas mercadorias europeias. 
(C) desenvolvimento de diferentes tipos de escravidão no continente africano. 
(D) declínio dos confrontos internos frente à invasão das metrópoles europeias. 
(E) fim do tráfico interno de escravos devido aos lucros do comércio no Atlântico. 

resposta da questão 14:[C]

15. A expressão “encontros culturais” passou a ser usada em substituição à palavra etnocêntrica “descoberta”, especialmente a partir de 1992, com as comemorações dos 500 anos do desembarque de Colombo nas Américas. Ela está associada a novas perspectivas na história, dando atenção tanto à “visão dos vencidos”, como chamou o historiador mexicano Miguel León-Portilla, como à visão dos vencedores. 
(Peter Burke, O que é História Cultural?) 

A respeito da “visão dos vencidos” mencionada no fragmento, é correto afirmar que León-Portilla 
(A) não questiona a dominação institucional europeia, mas, sim, o modo como esta foi realizada. 
(B) defende os cientificistas e afirma que a racionalidade e a tecnologia europeia eram superiores. 
(C) comprova que a colonização europeia representou o progresso da civilização e da história. 
(D) postula que a inferioridade racial dos índios foi determinante para a dominação europeia. 
(E) reforça a tese do derrotismo ao apresentar a visão pessimista dos índios frente à conquista. 


resposta da questão 15:[E]

16. Originária da Índia, durante a Idade Média chegou a ser considerada uma especiaria de luxo e de uso exclusivo da alta nobreza, sendo guardada em cofres e figurando no testamento dos homens mais abastados da Europa. No século XVI, chegava a oferecer uma lucratividade de 24000%, o que serviu de forte atrativo para investidores e piratas dispostos a roubá-la dos navios lusitanos que transportavam o produto da Índia para Portugal. O comércio das especiarias propiciou um acúmulo de capital nunca antes observado pela humanidade. 
(Fabio Pestana Ramos, Alimentação. In: Carla Bassanezi Pinsky (org.), Novos temas nas aulas de História. Adaptado) 

A especiaria a que se refere o fragmento é 
(A) a pimenta. 
(B) o coentro. 
(C) o açúcar. 
(D) a páprica. 
(E) a noz-moscada. 

resposta da questão 16:[A]


17. As primeiras expedições portuguesas de exploração da costa atlântica africana, na primeira metade do século XV, financiadas pelos reis associados a mercadores, tinham como principal objetivo chegar à fonte do ouro que era comerciado pelos tuaregues e berberes no norte da África. Além disso, buscavam um caminho para as Índias que permitisse quebrar o controle que alguns comerciantes, em sua maioria italianos, tinham sobre o Mediterrâneo. 
(Marina de Mello e Souza, África e Brasil Africano) 

A expansão ultramarina portuguesa foi um desdobramento 
(A) da revolução comercial e urbana. 
(B) da reforma protestante. 
(C) do tratado de panos e vinhos, estabelecido com a Inglaterra. 
(D) da descentralização do poder em Portugal. 
(E) da ruralização na Europa feudal. 



resposta da questão 17:[A]

18. Quando os árabes saíram da Andaluzia, lá deixaram sua cultura. Dessa forma, espanhóis e portugueses puderam utilizar a obra dos geógrafos árabes, a ciência marítima dos árabes. Foi assim que os seus marinheiros descobriram a costa noroeste da África a partir do século XVI, chegaram ao Cabo da Boa Esperança e atingiram a Índia. 
(Marc Ferro, A manipulação da História no ensino e nos meios de comunicação) 

A expulsão dos árabes da Península Ibérica contribuiu para a expansão ultramarina, pois 
(A) os califados árabes do norte da África se associaram a Portugal e Espanha no financiamento das grandes navegações, por conta do seu interesse em diminuir a influência do Império Otomano no Oriente Médio. 
(B) a estrutura política do Império Árabe serviu de inspiração para a cristandade ocidental no processo de formação dos Estados Modernos, o que favoreceu as aristocracias europeias ligadas ao comércio e interessadas nas navegações. 
(C) foi em meio ao conflito conhecido por “Guerra da Reconquista” que Portugal e Espanha centralizaram o poder e deram início à formação do Estado Moderno, fundamental no financiamento das grandes navegações. 
(D) a saída dos muçulmanos da Europa reduziu significativamente o abastecimento de especiarias e de outras mercadorias orientais no continente europeu, o que motivou Portugal e Espanha a saírem para o mar em busca de novas rotas. 
(E) a ocupação islâmica em Portugal e na Espanha tornava as rotas de saída para o Atlântico precárias e inseguras, pois havia risco constante de ataques e saques e o número de naufrágios provocados na região era significativo. 

resposta da questão 18:[C]

19. Outro ponto importante da expansão portuguesa diz respeito a uma gradual mudança de mentalidade, notável em humanistas portugueses como Duarte Pacheco Pereira, Diogo Gomes e Dom João de Castro. No plano coletivo, as mentalidades não mudam rapidamente, e o imaginário fantástico continuou a existir, mas a expansão marítima foi mostrando cada vez mais como antigas concepções eram equivocadas. 
(Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado) 

Dentre os equívocos descobertos à época da expansão marítima, é correto destacar 
(A) a utilização de velas nas embarcações, que faziam com que as viagens dependessem exclusivamente dos ventos. 
(B) a bússola, que pretendia indicar o rumo da viagem a partir da observação dos astros no céu. 
(C) o astrolábio, que media a distância percorrida pelo navio por meio de uma corda que era lançada ao mar aos poucos. 
(D) a navegação de cabotagem, que propunha que os navios saíssem em alto mar sem instrumentos de navegação. 
(E) o geocentrismo proposto por Cláudio Ptolomeu, que afirmava a centralidade da Terra no Universo. 


resposta da questão 19:[E]

20. Ao lado da empresa comercial e do regime de grande propriedade, acrescentemos um terceiro elemento: o trabalho compulsório. Também nesse aspecto, a regra será comum a toda a América Latina, ainda que com variações. Diferentes formas de trabalho compulsório predominaram na América espanhola, enquanto uma delas – a escravidão – foi dominante no Brasil. 
(Boris Fausto, História do Brasil) 

A respeito do trabalho compulsório estabelecido na América colonial espanhola, é correto afirmar que 
(A) era uma forma de trabalho totalmente desconhecida pelas civilizações Asteca e Inca. 
(B) era menos brutal que a servidão praticada pelos astecas e não existia entre os incas. 
(C) não contribuiu para o declínio demográfico dos povos ameríndios por ser rotativo e temporário. 
(D) se assemelhava a práticas já existentes como a mita andina e o cuatequil mexicano. 
(E) era mais brando que a escravidão portuguesa, não fomentando a resistência dos ameríndios. 

resposta da questão 20:[D]

21. Quando os europeus chegaram à terra que viria a ser o Brasil, encontraram uma população ameríndia bastante homogênea em termos culturais e linguísticos, distribuída ao longo da costa e na bacia dos Rios Paraná-Paraguai. 
(Boris Fausto, História do Brasil) 

Em relação ao encontro a que se refere o fragmento, assinale a afirmação correta. 
(A) Os ameríndios desprezaram e hostilizaram os europeus por considerá-los homens insensatos e desprovidos de habilidades ou poderes especiais. 
(B) Para praticar a agricultura, os tupis derrubavam as árvores e faziam a queimada, uma técnica que seria incorporada posteriormente pelos colonizadores europeus. 
(C) O trabalho regular e compulsório era comum entre os tupinambás, por isso o corte do pau-brasil exigido pelos europeus integrou-se com facilidade ao seu modo de vida. 
(D) Os ameríndios não desenvolveram formas de resistência ao colonizador europeu porque consideraram a cultura europeia muito superior à sua própria cultura. 
(E) Como não constituíam uma nação e sim grupos dispersos, não foi possível aos europeus encontrar aliados entre os próprios indígenas para combater seus opositores. 

resposta da questão 21:[B]


22. Perceber a complexidade das relações sociais presentes no cotidiano e na organização social mais ampla permite indagar qual o lugar que o indivíduo ocupa na trama da História e como são construídas as identidades pessoais e as sociais, em dimensão temporal. Os sujeitos históricos, que se configuram na inter-relação complexa, duradoura e contraditória das identidades sociais e pessoais, são os verdadeiros construtores da História. Assim, é necessário acentuar que a trama da História não é o resultado apenas da ação de figuras de destaque, consagradas pelos interesses explicativos de grupos, mas consequência das construções conscientes ou inconscientes, paulatinas e imperceptíveis, de todos os agentes sociais, individuais ou coletivos. 
(Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias) 

Nesse sentido, é correto mostrar que o processo denominado de Reforma 
(A) apenas se tornou efetivamente viável com a aliança político-religiosa entre os líderes religiosos do movimento – Martinho Lutero e João Calvino – e as lideranças revolucionárias do campesinato das diversas regiões alemãs, defensoras da introdução da propriedade privada no campo. 
(B) contou com a ação decisiva do monge Martinho Lutero, que fez críticas às autoridades eclesiásticas, ao mesmo tempo em que é necessário dimensionar a presença de um campesinato na Alemanha não unificada, que exigia o fim do trabalho servil e dos impostos. 
(C) tornou-se historicamente possível porque as ideias de Martinho Lutero, sempre críticas à exploração da Igreja contra os camponeses da Alemanha ainda não unificada, tornaram-se dominantes em função do apoio recebido do rei espanhol, Felipe II. 
(D) não pode ser compreendido sem se destacar o papel central exercido pelo teólogo João Calvino, porque ele foi o primeiro membro da Igreja Católica a fazer crítica a esta instituição, mostrando como as suas principais lideranças não defendiam as doutrinas centrais, como a infabilidade papal. 
(E) foi resultado da ação qualificada das elites dos mais importantes principados alemães, porque convenceram Martinho Lutero, assim como outros reformadores do cristianismo, a iniciar uma luta contra os dogmas defendidos pela Igreja de Roma, como da divindade de Cristo.



resposta da questão 22:[B] 

43. No assunto Brasil Colônia, a chegada da Companhia de Jesus e o projeto de catequese dos jesuítas podem ser vistos a partir da sua vinculação ao Concílio de Trento (1545-1563) (...). 
(Marcos Vinícius de Morais, História integrada. In: Carla Bassanezi Pinsky (org), Novos temas nas aulas de história) 

As ações apresentadas no fragmento podem ser consideradas como (A) a tentativa da Coroa portuguesa em evitar a prevalência da religião sobre os temas materiais na colônia do Brasil. 
(B) um movimento paradoxal da cristandade do Ocidente, porque os jesuítas eram tratados como hereges. 
(C) a principal decorrência da extinção do Tribunal da Santa Inquisição e dos seminários. 
(D) uma nova estratégia da Igreja Católica, com o exaustivo exercício da tolerância religiosa. 
(E) uma reação da Igreja Católica às ideias geradas pela chamada Reforma Protestante.



resposta da questão 23:[E]

44. O Poder Moderador provinha de uma ideia do escritor francês Benjamim Constant, cujos livros eram lidos por Dom Pedro e por muitos políticos da época. Benjamim Constant defendia a separação entre o Poder Executivo, cujas atribuições caberiam aos ministros do rei, e o poder propriamente imperial, chamado de neutro ou moderador. O rei não interviria na política e na administração do dia a dia e teria o papel de moderar as disputas mais sérias e gerais, interpretando “a vontade e o interesse nacional”. 
(Boris Fausto, História do Brasil) 

Instituído pela Constituição de 1824, o Poder Moderador no Brasil 
(A) efetivou a concentração de atribuições nas mãos do imperador, o que lhe permitia, entre outros pontos, a nomeação dos senadores e o direito de sancionar as decisões da Câmara e do Senado. 
(B) concretizou uma participação qualificada das minorias parlamentares, caso do Partido Liberal, que contava com o direito de obstrução para conter a hegemonia do Partido Conservador. 
(C) garantiu que a participação política dos diversos setores sociais fosse progressivamente ampliada, especialmente com a decisão de instituir o voto universal e secreto a partir de 1831. 
(D) tornou o Poder Legislativo a principal fonte de decisões nacionais, impondo ao Imperador decisivos limites às suas atribuições executivas, o que explica a longevidade na monarquia brasileira. 
(E) permitiu a efetiva prática de uma monarquia constitucional parlamentarista, pois coube à chefia do Poder Judiciário oferecer condições de governabilidade ao partido vencedor nas eleições gerais.



resposta da questão 24:[A] 




25. Partiu do Ministério da Justiça um projeto de lei, submetido ao Parlamento, para que fossem tomadas medidas mais eficazes contra o tráfico, reforçando-se a lei de 1831. Entre outros pontos, o Brasil reconheceria que o tráfico equivalia à pirataria e tribunais especiais julgariam os infratores. O projeto se converteu em lei em setembro de 1850. Dessa vez, a lei “pegou”. A entrada de escravos no país caiu de cerca de 54 mil cativos, em 1849, para menos de 23 mil, em 1850, e em torno de 3300, em 1851, desaparecendo praticamente a partir daí. Que teria acontecido entre 1831 e 1850? Por que a segunda lei pegou e a primeira não? 
(Boris Fausto, História do Brasil) 

Uma condição externa permite uma resposta para essas perguntas. Trata-se 
(A) das inúmeras rebeliões ocorridas em Angola e em Moçambique desde meados dos anos 1830, que exigiam da metrópole portuguesa reformas radicais nas relações coloniais. 
(B) das consequências diretas das Revoluções de 1830, que derrotaram as forças liberais em toda Europa e impuseram fortes restrições ao uso de mão de obra compulsória na América. 
(C) da considerável diminuição da capacidade africana em fornecer mão de obra para o tráfico intercontinental, porque o continente foi vítima de fenômenos climáticos provocadores de secas e fome. 
(D) da emergência de novos interesses econômicos, especialmente da França e da Holanda, que transferiram seus importantes investimentos da América para regiões ainda inexploradas da Ásia. (E) do aumento da pressão da Inglaterra, em fins dos anos 1840, que, por meio de um ato do seu parlamento, autorizava a marinha inglesa a considerar navios negreiros como navios piratas. 




resposta da questão 25:[E]




26. Na década de 1870, as relações entre o Estado e a Igreja se tornaram tensas. A união entre “o trono e o altar” (...) representava em si mesma fonte potencial de conflito. 
(Boris Fausto, História do Brasil) 

Nas relações entre Estado e Igreja Católica, estabelecidas na Constituição de 1824, 
(A) apenas era permitido o culto do catolicismo e as determinações do Império dependiam da concordância da Igreja. 
(B) a Igreja Católica detinha o direito exclusivo de formação educacional, da escola básica ao ensino superior. 
(C) o Imperador se constituía no chefe da Igreja Católica no Brasil, com poder para sagrar bispos e cardeais. 
(D) a religião católica era considerada oficial, ao mesmo tempo em que o Estado brasileiro detinha o poder de validar ou não decisões eclesiásticas. 
(E) coube um cargo exclusivo de um representante da Igreja Católica no Conselho de Estado.


resposta da questão 26:[D]


47. A respeito do processo que permitiu o reconhecimento da Independência do Brasil, é correto considerar 
(A) a presença decisiva da Inglaterra, interessada em garantir as vantagens comerciais já obtidas no Brasil, além de mediar o reconhecimento da nova nação por Portugal. 
(B) o empenho político do governo norte-americano na intermediação entre o Brasil e Portugal, garantindo um reconhecimento rápido e sem qualquer compensação. 
(C) a ação contundente da diplomacia francesa, que exigiu dos portugueses a imediata independência brasileira, sob a ameaça de romper acordos comerciais. 
(D) a incisiva interferência diplomática espanhola, que condicionou o reconhecimento da emancipação brasileira ao imediato fim do tráfico de escravos para o país. 
(E) o importante acordo entre o Brasil e a República Argentina, que apoiou a emancipação brasileira, desde que o Uruguai se tornasse independente. 


resposta da questão 27:[A]


28. A Independência [do Brasil] se explica por um conjunto de fatores, tanto internos como externos, mas foram os ventos trazidos de fora que imprimiram aos acontecimentos um rumo imprevisto pela maioria dos atores envolvidos, em uma escalada que passou da defesa da autonomia brasileira à ideia de independência. 

(Boris Fausto, História do Brasil) 
O fragmento faz referência à 
(A) Guerra Civil portuguesa, iniciada em 1813, que opôs Dom Pedro e Dom Miguel pelo direito à Coroa portuguesa. 
(B) Revolução de 1817, em que se lutava contra o absolutismo joanino. 
(C) Declaração da Doutrina Monroe, por defender uma América para os americanos. 
(D) Revolução do Porto, de 1820, que instituiu uma monarquia constitucional em Portugal. 
(E) Revolta dos Cabanos, de 1819, em que se lutou pela expulsão da Corte portuguesa do Brasil. 

resposta da questão 28:[D]






29. A história do país no século XIX não teve nada de pacífica. As facções dos blancos e dos colorados disputavam o poder a ferro e a fogo. Os colorados ligavam-se aos comerciantes e às potências europeias, simpatizando com as ideias liberais. Os blancos, compostos principalmente de proprietários rurais, herdaram a velha tradição autoritária espanhola e viam com suspeita os avanços das novas potências europeias no país. A Inglaterra viu com bons olhos a criação do país, que deveria servir para estabilizar a área do estuário do Rio da Prata, onde os ingleses tinham interesses financeiros e comerciais. 
(Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado) 

O trecho refere-se à(ao) 
(A) Chile. 
(B) Bolívia. 
(C) Paraguai. 
(D) Uruguai. 
(E) Argentina. 


resposta da questão 29:[D]


30. Os ingleses nem mesmo procuravam conhecer os nossos hábitos e costumes. Seus novos cartuchos eram revestidos de gordura de porco ou de boi, que era preciso romper com os dentes. Os seus oficiais ignoravam, ou quiseram ignorar, que pediam aos soldados hindus sob seu comando a violação de uma proibição que afetava tanto aos hindus quanto aos muçulmanos. Alguns soldados recusaram-se a obedecer e atiraram contra os oficiais. Era a revolta. 
(Marc Ferro, A manipulação da história no ensino e nos meios de comunicação) 

Dentre as causas que deflagraram o Grande Motim (revolta dos Cipaios – Índia, 1857) a que se refere o fragmento, destaca(m)-se a 
(A) administração direta da Coroa Britânica exercida em todo o território indiano. 
(B) transferência dos direitos da Coroa Britânica para a Companhia das Índias Ocidentais. 
(C) concorrência imposta pelos ingleses que inviabilizou a produção dos tecidos indianos. 
(D) disputa entre a Companhia das Índias Orientais e a Companhia das Índias Ocidentais. 
(E) dissolução da Companhia das Índias Orientais e o aumento das tarifas alfandegárias indianas.


resposta da questão 30:[C]



31. A inspiração dos rebeldes baianos veio principalmente da Revolução Francesa. No curso do processo, foram apreendidas obras filosóficas de autores como Voltaire e Condillac, (...). Ao lado dessas obras, aparecem pequenos textos políticos, de linguagem direta, definidores de posições. Esses textos atravessaram o Atlântico, chegaram às estantes de livros de gente letrada da Colônia e acabaram por inspirar os “pasquins sediciosos” e os panfletos lançados nas ruas de Salvador, em agosto de 1798. (Boris Fausto, História do Brasil) 

A respeito da Conjuração Baiana a que se refere o fragmento, é correto afirmar que foi um movimento 
(A) que defendeu a proclamação da República, o fim da escravidão e o livre comércio. 
(B) organizado pela elite política e intelectual baiana e apoiado pelo governador da capitania. 
(C) contraditório porque defendeu liberdades econômicas, mas se omitiu frente à escravidão. 
(D) tratado com indulgência pela Coroa portuguesa, pois todos os conjurados foram absolvidos. 
(E) que iniciou a crise entre o Estado e a Igreja, devido à execução dos padres revoltosos.


resposta da questão 31:[A]


32. Logo ao chegar, Dom João decretou a abertura dos portos do Brasil às nações amigas (28 de Janeiro de 1808). A Inglaterra foi a principal beneficiária da medida. Já em agosto de 1808, existia na cidade um importante núcleo de 150 a 200 comerciantes e agentes comerciais ingleses. Descrevendo as arbitrariedades da alfândega do Rio de Janeiro, um desses agentes – John Luccock – relatava aliviado, em 1809, “que os ingleses tinham- -se tornado senhores da alfândega, que eles regulavam tudo, e que ordens tinham sido transmitidas aos funcionários para que dessem particular atenção às indicações do cônsul britânico”. 
(Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado) 

Com referência ao decreto mencionado no texto, assinale a afirmação correta. 
(A) A abertura dos portos prejudicou os produtores rurais da Colônia porque suas mercadorias destinadas à exportação continuaram sob o monopólio comercial da Metrópole. 
(B) O Rio de Janeiro tornou-se o porto de entrada dos produtos manufaturados ingleses que se destinavam não só ao Brasil como ao Rio da Prata e à costa do Pacífico. 
(C) Em 1808, Dom João manteve os altos impostos e decretos que impediam a criação e o desenvolvimento das manufaturas na Colônia, favorecendo o comércio inglês. 
(D) Com a abertura dos portos e os Tratados firmados com a Inglaterra em 1810, a Coroa Portuguesa garantiu a continuidade de sua política colonial mercantilista. 
(E) As reivindicações dos comerciantes lisboetas contrários a abertura dos portos foram atendidas por Dom João, em 1810, com o Tratado de Navegação e Comércio.

resposta da questão 32:[B]




33. (...) em São Paulo predominou o anarquismo, ou melhor, uma versão dele: o anarcossindicalismo, uma corrente do movimento operário que teve seu apogeu na Europa e nos Estados Unidos entre as últimas décadas do século XIX e o início da Primeira Guerra Mundial. 
(Boris Fausto, História do Brasil) 

Os anarcossindicalistas defendiam a 
(A) construção de organismos sindicais capazes de conciliar os interesses dos trabalhadores com os do empresariado nacional. 
(B) derrubada da burguesia do poder por meio de uma greve geral revolucionária e a organização sindical como referência da sociedade que defendiam. 
(C) ação operária pautada exclusivamente na conquista das reivindicações mais imediatas, como aumento salarial e garantias às condições salubres de trabalho. 
(D) aprovação, mediante a interferência decisiva do Estado e a concessão do empresariado, de uma ampla legislação trabalhista. 
(E) organização de um partido formado apenas por operários, objetivando a tomada do Estado e a constituição de uma ordem igualitária.

resposta da questão 33:[B]


34. No Brasil, no começo dos anos 1920, surgiu uma crise no interior do anarquismo. Ela foi consequência principalmente de dois fatores. 
(Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado) 

É correto apontar como um desses fatores 
(A) a proibição legal da participação nos sindicatos de estrangeiros que não estivessem no país a mais de 10 anos. 
(B) a violenta campanha dos anarquistas contra a lei que defendia férias para todos trabalhadores urbanos. 
(C) os poucos resultados obtidos pelas greves, porque geraram dúvidas acerca das concepções anarquistas. 
(D) a aliança dos anarquistas com os políticos conservadores da República Velha para a efetivação de garantias trabalhistas. 
(E) a acusação de filiação internacional dos anarquistas, especialmente à Associação Internacional dos Trabalhadores.


resposta da questão 34:[C]




35. O número de militantes do Partido Comunista do Brasil (PCB) até 1930 foi pequeno, nunca ultrapassando mil membros, mas o partido tinha alguma força nos meios operários, sobretudo no Distrito Federal, no Recife e em São Paulo. No plano eleitoral, seus maiores êxitos foram a eleição do médico Azevedo Lima para deputado federal, em fevereiro de 1927, e as de Otávio Brandão e do operário Minervino de Oliveira para a Câmara de Vereadores do Distrito Federal, em outubro de 1928. Todos eles concorreram em nome do Bloco Operário ou Bloco Operário Camponês, que era, na realidade, uma frente legal do partido. 
(Boris Fausto, História do Brasil) 

A respeito da história do PCB, é correto afirmar que 
(A) esteve na ilegalidade na maior parte da sua história, com breves períodos de atuação legal, como ocorreu entre março e julho de 1922. 
(B) desde a sua fundação, prevaleceu a tática revolucionária a partir da construção de um partido de massas e fazendo alianças com as oligarquias. 
(C) compreendiam que a atuação sindical não deveria fazer parte da estratégia de um partido operário com tendências revolucionárias. 
(D) as referências teóricas utilizadas pelos comunistas brasileiros se contrapunham às referências dos partidos comunistas do resto da América do Sul. 
(E) se manteve, até meados do século XX, como uma organização operária independente das diretrizes na III Internacional.


resposta da questão 35:[A] 


56. O Contestado era uma região limítrofe entre o Paraná e Santa Catarina, cuja posse vinha sendo reivindicada por ambos os Estados. Havia, pois, uma contestação sobre a área. O movimento social aí surgido em 1911, porém, não tinha por objetivo essa disputa. Nasceu reunindo seguidores de um “coronel” tido como amigo dos pobres e pessoas de diversas origens, atingidas pelas mudanças que vinham ocorrendo na área. Estabeleceram vários acampamentos, organizados na base da igualdade e fraternidade entre os membros. Fustigados por tropas estaduais e do Exército, os rebeldes foram liquidados em 1915. 
(Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado) 

Em relação à Guerra do Contestado, é correto afirmar que foi um movimento que 
(A) se integrou ao sistema religioso sem reivindicação social. 
(B) manifestou reivindicações sociais sem conteúdo religioso. 
(C) surgiu à margem do sistema dominante sem conteúdo religioso. 
(D) desvinculou o sistema religioso dominante da carência social. 
(E) combinou o conteúdo religioso com a reivindicação social. 


resposta da questão 36:[E]

57. Restou um foco de guerrilha rural em uma região banhada pelo Rio Araguaia, próxima a Marabá, situada no leste do Pará – o chamado Bico do Papagaio. Nos anos 1970-1971, os guerrilheiros em número aproximado de setenta pessoas estabeleceram ligações com os camponeses, ensinando a eles métodos de cultivo e cuidados com a saúde. O Exército descobriu o foco em 1972, mas não se revelou tão apto na repressão como fora na guerrilha urbana. Foi só em 1975 que conseguiu liquidar ou prender o grupo. 

(Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado) 

O grupo de guerrilheiros mencionado no texto pertencia 

(A) ao Movimento Nacionalista Revolucionário  (MNR). 
(B) à Vanguarda Popular Revolucionária  (VPR). 
(C) à Aliança Libertadora Nacional (ALN). 
(D) ao Partido Comunista do Brasil (PC do B). 
(E) ao Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8).


resposta da questão 37:[D] 








38. Desde o início da Primeira República surgiram expressões da organização e mobilização dos trabalhadores. Esses esforços não foram desprezíveis, mas não ocultavam as dificuldades de organização. O movimento era esparso e raramente despertava a preocupação da elite. Esse quadro foi quebrado entre 1917 e 1920, quando um ciclo de greves de grandes proporções surgiu nas principais cidades do país, especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. 
(Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado) 

A respeito do ciclo de greves ocorrido entre 1917 e 1920, é correto afirmar que, de modo geral, o movimento 
(A) fortaleceu o anarquismo porque todas as suas reivindicações foram atendidas. 
(B) era espontâneo, pois a sindicalização dos operários mantinha-se inexpressiva. 
(C) concentrou-se principalmente no proletariado de fábricas têxteis. 
(D) iniciou-se a partir das greves realizadas nos portos e nas ferrovias. 
(E) não conquistou o aumento salarial nem qualquer outra de suas reivindicações. 

resposta da questão 38:[C]


39. O movimento rural mais importante do período foi o das Ligas Camponesas, tendo como líder ostensivo uma figura da classe média urbana – o advogado e político pernambucano Francisco Julião. Ele acreditava que era mais viável atrair os camponeses do que os assalariados para um movimento social significativo. As Ligas Camponesas começaram a surgir em fins de 1955 em vários pontos do país, sobretudo no Nordeste. 
(Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado) 

Com referência ao movimento mencionado, assinale a alternativa correta. 
(A) Entre 1950 e 1964, a retração dos mercados agropecuários e a menor rentabilidade da terra agravaram as condições de trabalho no campo e o descontentamento da população rural. 
(B) Julião procurou dar às Ligas uma organização descentralizada, autônoma e distante dos centros urbanos, sem alianças com a pequena burguesia nem com operários e estudantes. 
(C) No I Congresso dos Trabalhadores Agrícolas, todos os dirigentes defenderam reivindicações integradas ao sistema legal como a sindicalização rural e uma legislação trabalhista. 
(D) Apesar de serem minoritários nas Ligas, os dirigentes comunistas radicalizaram o movimento exigindo a valorização dos arrendamentos e a expropriação de terras sem indenização prévia. 
(E) A Igreja Católica, baseada em um catolicismo reformista, promoveu no Nordeste a sindicalização rural, ao mesmo tempo em que se opôs frontalmente às Ligas Camponesas.


resposta da questão 39:[E]




40. Afora árabes e portugueses, até o século XIX, os estrangeiros se mantiveram em alguns pontos da costa, em locais de apoio ao comércio e à navegação oceânica, seja para a América, seja para o Oriente, como era o caso dos holandeses que se instalaram no extremo sul do continente. Várias são as razões que podem ser mencionadas para explicar por que os europeus, com exceção dos portugueses, não se empenharam em adentrar os territórios africanos, se contentando com suas atividades costeiras. 
(Marina de Mello e Souza, África e Brasil Africano) 

A respeito dessas razões, é correto considerar, entre outras, que 
(A) os acordos diplomáticos estabelecidos no século XVI permitiam apenas a presença lusitana no interior africano. 
(B) a eficiente ação militar portuguesa, barrando as outras nações europeias no acesso ao interior africano. 
(C) a exploração dos territórios no interior da África dependia da permissão do papado, direito dado apenas aos portugueses. 
(D) as nações europeias não tinham interesse na exploração africana, porque o tráfico de escravos era pouco rentável. 
(E) as sociedades africanas não favoreciam a penetração do território dos estrangeiros europeus. 


resposta da questão 40:[E]

41. O governo belga, percebendo a complexidade da situação potencializada pelas diferenças de várias ordens da sociedade congolesa, tomou uma medida de caráter mais amplo. Organizou a primeira eleição popular em alguns centros do Congo, com o objetivo de constituir municípios europeus e africanos, nos quais os “burgomestres” seriam designados pelo governo. Com relação à organização das elites culturais e políticas, o governo tomou medidas mais rigorosas, tanto que as reformas municipais de 1957 não incluíram a autorização para que se constituíssem partidos políticos. Como alternativa, formaram-se associações étnicas, como a Associação Étnica dos Bakongos (Abaka). 
(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: visita à história contemporânea. Adaptado) 

No contexto apresentado, é correto considerar que o governo belga tomou decisões que 
(A) garantiram a independência do Congo, mas com a ajuda militar dos EUA. 
(B) favoreceram o radicalismo entre os povos africanos no Congo. 
(C) geraram a união estratégica entre os congoleses e os colonos portugueses. 
(D) atrasaram a independência do Congo, conquistada apenas nos anos 1970. 
(E) impeliram os congoleses a iniciar uma guerra colonial contra a Bélgica. 


resposta da questão 41:[B]

42. Nos últimos anos, a partir de historiadores como Francisco Doratioto e Ricardo Salles, surgiu uma nova explicação [para a Guerra do Paraguai]. Não se trata da última palavra no campo da História, mas de uma versão menos ideológica, mais coerente e bem apoiada em documentos. Ela concentra sua atenção nas relações entre os países envolvidos no conflito. 
(Boris Fausto, História do Brasil) 

Essa nova visão da Guerra do Paraguai 
(A) relativiza a importância do conflito e assinala para as construções idealizadas desse processo, como a heroica participação das sociedades indígenas brasileiras. 
(B) comprova a responsabilidade direta do imperialismo britânico na provocação do conflito, além de garantir a destruição do Paraguai ao financiar inimigos dessa nação. 
(C) aponta para o reconhecimento de que o maior conflito bélico da América do Sul foi acirrado pelas províncias separatistas do Paraguai e pelo Rio Grande do Sul. 
(D) destaca o processo de formação dos Estados nacionais na América Latina, assim como a luta dessas nações para se tornarem líderes no continente. 
(E) demonstra como o conflito foi resultado direto da megalomania e dos planos expansionistas paraguaios, sob o comando do ditador Solano López. 


resposta da questão 42:[D]





43. O silêncio dos turcos a respeito desse massacre é sem paralelo na História. [Ocorrido em 1915], nenhuma voz oficial se fez ouvir, como o fez, na Alemanha, o chanceler Brandt ao condenar o massacre dos judeus pelos seus compatriotas, ou o presidente Johnson ao estigmatizar os crimes de que os negros americanos foram vítimas. Até a historiografia turca é muda: na muito erudita Cambridge History of Islam, onde a história da Turquia e do Império Otomano ocupa 170 páginas, pode-se procurar em vão, nos textos escritos por historiadores turcos, a análise ou mesmo apenas uma alusão ao massacre (...). 
(Marc Ferro, A manipulação da História no ensino e nos meio de comunicação) 

O massacre a que o fragmento faz referência vitimou 
(A) russos. 
(B) eslavos. 
(C) armênios. 
(D) palestinos. 
(E) húngaros.



resposta da questão 43:[C]




45. Até o começo do século, a história ainda insistia em fatos que haviam dividido a América entre seitas cristãs desde os conflitos da época das fundações, na oposição entre Jefferson e Hamilton, na Guerra Civil, sem omitir os grandes atritos sociais de antes de 1914. A Grande Guerra muda completamente essa colocação: ela integra milhões de americanos à Grande Nação, o que teve por efeito esquecer e sepultar todos os conflitos do passado, quer os marcados pela oposição entre nacionalidades, quer por querelas propriamente ideológicas. Além disso, depois de 1918, os que contestam a ordem americana são considerados un-american e tratados como tais, expulsos, como aconteceu aos comunistas. 
(Marc Ferro, A manipulação da História no ensino e nos meios de comunicação. Adaptado) 

De acordo com o trecho, para os EUA, a Primeira Guerra Mundial marcou 
(A) a ênfase, na história, a tudo o que une os americanos, principalmente àquilo que forjara a nação em meio ao desenvolvimento da supremacia do país. 
(B) a intensificação dos conflitos sociais entre imigrantes e nativos, o que exigiu das autoridades a ampliação das forças internas de segurança. 
(C) o acirramento dos ânimos na relação entre brancos e negros, fato comprovado pela retomada do movimento racista Ku-Klux-Klan no norte do país. 
(D) a submissão aos interesses da Inglaterra, país que motivou a entrada dos Estados Unidos na guerra, apesar de o nacionalismo americano omitir tal informação. 
(E) o início da decadência econômica depois de um período de crescimento que vinha desde a guerra civil, o que resultou na grave crise de 1929. 



resposta da questão 43:[A]

44. Embora com fraturas nos sistemas coloniais, durantes os anos 1920-30, as potências colonizadoras estavam distantes de pôr em dúvida a sua liderança política mundial. Nem sequer perceberam que seus domínios na Ásia mostravam um claro desgaste desde 1917, quando o conjunto começou a ruir. Um retrato razoavelmente completo dos acontecimentos nos remete à Conferência de Paz, em Versalhes, que ao mesmo tempo afastou a dominação alemã dos territórios africanos e questionou publicamente o colonialismo, contribuindo para que este fosse pouco a pouco condenado pela opinião pública de todo o mundo. 
(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula) 

A Conferência de Paz em Versalhes questionou publicamente o colonialismo ao 
(A) manifestar apoio às lutas de libertação nacional da Índia e da Argélia. 
(B) discordar do direito dos impérios de possuírem territórios coloniais. 
(C) desconstruir a tese da superioridade civilizatória europeia. 
(D) celebrar as ideias de autogoverno e de democracia representativa. 
(E) reivindicar para todas as nações o direito à participação na ONU. 



resposta da questão 44:[D]

45. Até o começo do século, a história ainda insistia em fatos que haviam dividido a América entre seitas cristãs desde os conflitos da época das fundações, na oposição entre Jefferson e Hamilton, na Guerra Civil, sem omitir os grandes atritos sociais de antes de 1914. A Grande Guerra muda completamente essa colocação: ela integra milhões de americanos à Grande Nação, o que teve por efeito esquecer e sepultar todos os conflitos do passado, quer os marcados pela oposição entre nacionalidades, quer por querelas propriamente ideológicas. Além disso, depois de 1918, os que contestam a ordem americana são considerados un-american e tratados como tais, expulsos, como aconteceu aos comunistas. 
(Marc Ferro, A manipulação da História no ensino e nos meios de comunicação. Adaptado) 

De acordo com o trecho, para os EUA, a Primeira Guerra Mundial marcou 
(A) a ênfase, na história, a tudo o que une os americanos, principalmente àquilo que forjara a nação em meio ao desenvolvimento da supremacia do país. 
(B) a intensificação dos conflitos sociais entre imigrantes e nativos, o que exigiu das autoridades a ampliação das forças internas de segurança. 
(C) o acirramento dos ânimos na relação entre brancos e negros, fato comprovado pela retomada do movimento racista Ku-Klux-Klan no norte do país. 
(D) a submissão aos interesses da Inglaterra, país que motivou a entrada dos Estados Unidos na guerra, apesar de o nacionalismo americano omitir tal informação. 
(E) o início da decadência econômica depois de um período de crescimento que vinha desde a guerra civil, o que resultou na grave crise de 1929.


resposta da questão 45:[A]


46. A eclosão da Segunda Guerra Mundial foi mais importante do que a implantação do Estado Novo para a definição dos rumos da política externa brasileira. O bloqueio inglês levou ao recuo comercial da Alemanha na América Latina, mas a Inglaterra não tinha condições de se aproveitar desse vazio. Emergiu, então, com mais força a presença americana. Antes mesmo de começar a guerra, Roosevelt já se convencera de que ela se daria em escala mundial e envolveria os Estados Unidos. Essa perspectiva levou os estrategistas americanos a ampliar o que consideravam o círculo de segurança do país, incluindo a América do Sul e, em especial, a “saliência” do Nordeste brasileiro. 
(Boris Fausto, História do Brasil) 

À época da Segunda Guerra Mundial, a política externa dos EUA para a América Latina 
(A) tinha como base a “política do grande porrete” (o “big stick”), em que as intervenções militares e as ameaças de uso da força eram consideradas as melhores armas de convencimento. 
(B) era pautada pelo princípio de recusa à intervenção externa no continente americano, principalmente por parte dos países europeus, como a Alemanha, e era chamada de “Doutrina Monroe”. 
(C) ficou conhecida pelo nome de “política da boa vizinhança”, caracterizada por uma linha mais branda, chamada de soft power, em que se utilizava a própria indústria cultural como instrumento de poder. 
(D) teve consequências importantes para o Brasil, como a construção de uma base militar na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e o financiamento para a criação da empresa de mineração Vale do Rio Doce. 
(E) foi bastante agressiva, pois o país enfrentava duas grandes ameaças simultâneas: de um lado, a Alemanha nazista, e, de outro, a Cuba socialista, o que colocava em xeque o projeto de hegemonia no continente.


resposta da questão 46:[C] 

47. A partir do fim da Primeira Guerra Mundial, os movimentos e ideias totalitários e autoritários começaram a ganhar força na Europa. Em 1922, Mussolini assumiu o poder na Itália; Stalin foi construindo seu poder absoluto na União Soviética; o nazismo se tornou vitorioso na Alemanha, em 1933. No Brasil, o integralismo foi muito eficaz na utilização de rituais e símbolos: o culto da personalidade do chefe nacional, as cerimônias de adesão, os desfiles dos “camisas-verdes”, ostentando braçadeiras com a letra grega sigma (∑), utilizada na matemática como símbolo de integral. (Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado) 

A respeito do integralismo, representado pela Ação Integralista Brasileira (AIB), é correto afirmar que 
(A) mesmo no auge do movimento (fins de 1937), não atraiu um número significativo de adeptos se comparado ao alto grau de mobilização política existente no país. 
(B) embora se definisse como uma doutrina cujo conteúdo era mais cultural do que econômico, pretendia estabelecer o controle do Estado sobre a economia. 
(C) baseavam seu movimento em temas revolucioná- rios, como a luta contra o imperialismo, a reforma agrária e a crítica às religiões e aos preconceitos. 
(D) defendia a representação individual dos cidadãos nas relações com o Estado sem a participação de organizações profissionais e de entidades culturais. 
(E) se baseava em preceitos agnósticos e revolucioná- rios como a mobilização em grande escala da sociedade, a luta de classes e a reforma agrária. 


resposta da questão 47:[B]






48. A política trabalhista do Estado Novo pode ser vista sob dois aspectos: o das iniciativas materiais e o da criação da imagem de Getúlio Vargas como protetor dos trabalhadores. Quanto ao primeiro aspecto, o governo levou adiante e sistematizou práticas que vinham desde o início da década de 1930. A legislação inspirou-se na Carta Del Lavoro, vigente na Itália fascista. 
(Boris Fausto, História do Brasil) 

A respeito da política trabalhista mencionada no fragmento, é correto afirmar que 
(A) reafirmou o princípio constitucional da pluralidade e horizontalidade sindical. 
(B) ampliou o direito de greve tanto para os patrões quanto para os empregados. 
(C) restringiu a cobrança do imposto sindical aos trabalhadores sindicalizados. 
(D) instituiu por decreto-lei o salário-mínimo já previsto na Constituição de 1934. 
(E) garantiu a autonomia das lideranças e da organização sindical frente ao Estado. 

resposta da questão 48:[D]


49. A crise mundial acentuou o declínio da hegemonia inglesa e a emergência dos Estados Unidos. Isso se deu, sobretudo, a partir do momento em que medidas do presidente Roosevelt, de combate à crise, começaram a surtir efeito. Ao mesmo tempo, surgiu outro competidor na cena internacional – a Alemanha nazista, a partir de 1933. A Alemanha iniciou uma política de influência ideológica e de competição com seus rivais na América Latina. 
(Boris Fausto, História do Brasil) 

Diante do quadro internacional apresentado, é correto afirmar que, entre 1934 e 1940, o governo brasileiro 
(A) adotou uma orientação pragmática, isto é, tratou de negociar acordos com a potência que lhe oferecesse as melhores condições. (B) adotou uma política de neutralidade mantendo-se independente e não assinando acordos econômicos com as grandes potências. 
(C) apesar da afinidade ideológica com a Alemanha acatou a exclusividade dos Estados Unidos no comércio exterior do Brasil imposta pela Conferência Pan-americana. 
(D) rompeu as relações diplomáticas com os Estados Unidos devido às represálias do governo e de grupos econômicos americanos contra a política externa do Brasil. 
(E) transformou as transações econômicas com a Alemanha em acordos bilaterais impondo condições que afastassem outros concorrentes. 


resposta da questão 49:[A]




50. Em plena campanha eleitoral, estourou, em outubro de 1929, a crise mundial. Ela apanhou a cafeicultura em uma situação complicada. A defesa permanente do café gerara a expectativa de lucros certos, garantidos pelo Estado. Em consequência, as plantações se estenderam no Estado de São Paulo. 
(Boris Fausto, História do Brasil) 

Uma das consequências da crise econômica de 1929 no Brasil foi 
(A) a retração do parque industrial brasileiro por mais de uma década, muito impactado pela redução brusca do mercado consumidor. 
(B) o deslocamento do polo dinâmico da economia brasileira para o Sul, região do país menos afetada pela crise. 
(C) o acirramento das tensões sociais e a radicalização do movimento operário, que organizou sucessivos levantes nos anos seguintes. 
(D) o reforço do liberalismo como política econômica e social, apontado como saída para a crise que atingiu o país. 
(E) a consolidação de uma política socioeconômica marcadamente intervencionista a partir da década de 1930. 


resposta da questão 50:[E]

51. Em fins de 1933, o velho sindicalismo autônomo desaparecera, e os sindicatos, bem ou mal, tinham-se enquadrado na legislação. 
(Boris Fausto, História do Brasil) 

O processo descrito no trecho foi consequência 
(A) da Revolução Constitucionalista de 1932, pois uma das exigências dos paulistas, aceita pelo governo federal após a rendição de São Paulo, era o enquadramento das organizações operárias pelo Estado. 
(B) da hegemonia do PCB (Partido Comunista Brasileiro) sobre o movimento operário, grupo político que, diferentemente dos anarquistas, defendia a vinculação dos trabalhadores ao Estado por meio da legislação trabalhista. 
(C) da criação do Ministério do Trabalho e da Justiça Trabalhista pelo governo de Washington Luís, nos últimos anos da República Oligárquica, como estratégia de repressão ao anarcossindicalismo. (D) da política trabalhista de Vargas, que tinha por objetivos principais reprimir os esforços de organiza- ção da classe trabalhadora urbana que estava fora do controle do Estado e atraí-la para o apoio ao governo. 
(E) do enfraquecimento das forças de esquerda no cenário internacional, devido à ascensão de Hitler e Mussolini ao poder, o que contribuiu para o esvaziamento das organizações operárias que defendiam a autonomia. 



resposta da questão 51:[D]



52. Muitas das medidas tomadas por Getúlio no plano econômico-financeiro não resultaram de novas concepções, mas das circunstâncias impostas pela crise mundial. 
(Boris Fausto, História do Brasil) 

Uma das medidas tomadas por Vargas em 1931 foi 
(A) a criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, destinada a promover o planejamento da expansão industrial à região. 
(B) a compra do café e a destruição física de uma parcela do produto pelo governo federal, de forma a reduzir a oferta e sustentar os preços. 
(C) a promoção da atividade do Estado no setor de infraestrutura e no incentivo à industrialização, atraindo também investimentos externos. 
(D) a adoção de uma política econômica que combinava o Estado, a empresa privada nacional e o capital estrangeiro para promover a industrialização. 
(E) o incentivo à instalação da indústria automobilística no Brasil, o que mudou completamente a fisionomia do ABC paulista. 


resposta da questão 52:[B]




53. Acontecimentos ocorridos na vizinha Argentina repercutiram no Brasil. Desde a revolução de junho de 1943, crescia naquele país a influência do coronel Juan Domingo Perón. Peronismo e getulismo iriam se aproximar em muitos pontos. Ia-se definindo assim o populismo latino-americano. 
(Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado) 

A respeito do peronismo e do getulismo, é correto afirmar que ambos pretendiam que o Estado 
(A) assumisse interesses do capitalismo internacional em prejuízo de todos os grupos nacionais. 
(B) defendesse apenas interesses das camadas populares em detrimento da burguesia nacional. 
(C) representasse exclusivamente os interesses da classe dominante rural. 
(D) promovesse e sustentasse no plano econômico um capitalismo nacional. 
(E) acirrasse no plano político diferentes rivalidades entre as classes sociais. 


resposta da questão 53:[D]


54. Em junho de 1958, o ministro da Fazenda – José Maria Alkmin – demitiu-se, desgastado pela dificuldade em enfrentar os problemas econômicos. Para substituí-lo, Juscelino nomeou o engenheiro Lucas Lopes, primeiro presidente do BNDE em seu governo; Roberto Campos assumiu a presidência do banco. Ambos elaboraram um plano de estabilização da economia que tentava compatibilizar o combate à inflação e ao déficit público com os objetivos do Programa de Metas. 
(Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado) 

Em relação ao contexto histórico apresentado, é correto afirmar que o plano de estabilização da economia 
(A) despertou pouca reação da elite paulista, pois os créditos para a indústria foram mantidos. 
(B) teve o apoio dos dirigentes sindicais que aceitaram perdas salariais em troca da estabilidade. 
(C) garantiu a compra dos estoques de café para sustentar os preços e acalmar os cafeicultores. 
(D) foi aprovado integralmente pela oposição, recebendo elogios de nacionalistas e comunistas. 
(E) provocou a ruptura do governo de Juscelino com o Fundo Monetário Internacional (FMI). 


resposta da questão 54:[E]

55. A situação financeira que Jânio anunciara terrível continuou a piorar. Houve uma escalada da inflação, cujo índice anual passou de 26,3%, em 1960, para 33,3%, em 1961, e 54,8%, em 1962. Para enfrentar esse e outros problemas, Celso Furtado lançou o Plano Trienal, que pretendia combinar o crescimento econômico, as reformas sociais e o combate à inflação. 
(Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado) 

A respeito do Plano Trienal, é correto afirmar que propunha a 
(A) obtenção de recursos por meio da emissão de papel moeda. 
(B) redução dos gastos e dos investimentos públicos. 
(C) reforma agrária para ampliar a produção agrícola. 
(D) suspensão do pagamento aos credores da dívida externa. 
(E) elevação dos subsídios destinados às indústrias estatais. 

resposta da questão 55:[C]

56. Em torno do nome de Che Guevara, existe um intenso debate. Herói máximo de uma esquerda latino-americana socialista que proliferou entre as décadas de 1960 e 1990, a imagem de Che como revolucionário se tornou icônica ainda em vida, e após sua morte foi transformada em símbolo maior dos opositores dos regimes militares latino-americanos. 
(Kalina Vanderlei Silva, Biografias. In: Carla Bassanezi Pinsky (org.), Novos temas nas aulas de história) 

A morte de Che Guevara é muito simbólica para a América Latina, pois o revolucionário foi preso e assassinado no interior da Bolívia 
(A) a mando da ditadura militar boliviana e com o apoio dos EUA, o que tornou o caso paradigmático, pois as outras ditaduras militares no continente também recebiam apoio dos EUA na repressão à oposição. 
(B) devido ao justiçamento promovido pelos próprios grupos armados de esquerda, que consideraram a postura de Che Guevara uma traição à ética revolucionária passível de ser punida com a pena capital. 
(C) a partir de uma ordem expedida pelos militares que comandavam a Operação Condor, aliança política e militar que tinha o objetivo de reprimir a oposição e reunia várias ditaduras da América do Sul. 
(D) depois que a ditadura militar argentina deu início às buscas ao revolucionário após a sua saída de Cuba, pois havia forte suspeita de que ele teria se dirigido à América do Sul para continuar a sua ação guerrilheira. 
(E) a pedido da ditadura militar brasileira, que temia que o revolucionário fugisse para o Brasil e passasse a liderar os grupos clandestinos de esquerda que, no país, estavam começando a optar pela luta armada.  




resposta da questão 56:[A]

57. A vitória da Revolução Cubana demonstrava aos olhos de determinados setores militares a implantação, no mundo subdesenvolvido, de uma guerra revolucionária que corria paralelamente ao confronto entre os dois blocos de potências. Para esses militares brasileiros, a guerra revolucionária, cujo objetivo final seria a implantação do comunismo, abrangia todos os níveis da sociedade e usava como instrumentos desde a doutrinação e a guerra psicológica até a luta armada. Por isso mesmo, era necessário opor a ela uma ação com a mesma amplitude. As Forças Armadas, nesse contexto, deviam ter um papel permanente e ativo. Nascia, assim, a doutrina da segurança nacional. 
(Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado) 

A doutrina da segurança nacional foi gerada no âmbito 
(A) da União Militar das Américas (UMA). 
(B) da Escola Superior de Guerra (ESG). 
(C) da Organização Americana de Defesa (OAD). 
(D) do Instituto Brasileiro de Inteligência (IBI). 
(E) do Colégio Interamericano Militar (CIMI). 




resposta da questão 57:[B]

58. A oposição começara a dar, em 1973, claros sinais de vida independente. A equipe de transição de Geisel tratou de estabelecer pontes com a Igreja, a partir de um ponto comum de entendimento – a luta contra a tortura. Mas a oposição política e a Igreja não eram o termômetro mais sensível a indicar a necessidade da distensão. Esse termômetro se localizava nas relações entre as Forças Armadas e o poder. O poder fora tomado pelos órgãos de repressão, produzindo reflexos negativos na hierarquia das Forças Armadas. Um oficial de patente inferior podia controlar informações, decidir sobre a vida ou a morte de pessoas conforme sua inserção no aparelho repressivo, sem que seu superior na hierarquia militar pudesse contrariá-lo. 
(Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado) 

No mesmo ano a que se refere o fragmento, é correto afirmar que na América Latina 
(A) morre o presidente chileno Salvador Allende em meio a um golpe militar, que colocou o general Pinochet no poder. 
(B) o golpe liderado pelo general Videla depôs a presidente Isabelita Perón e desencadeou violenta repressão na Argentina.
(C) Alberto Fujimori, presidente eleito do Peru, dá um golpe com o apoio das Forças Armadas e empreende profunda reforma política e econômica. 
(D) o general nacionalista Juan José Torres liderou um golpe militar na Bolívia. 
(E) guerrilheiros sandinistas depõem Somoza e ocupam o poder na Nicarágua. 


resposta da questão 58:[A]

59. O governo começou a travar nos bastidores uma luta contra a linha-dura. Ao mesmo tempo, permitiu que as eleições legislativas de novembro de 1974 se realizassem em um clima de relativa liberdade, com acesso dos partidos ao rádio e à televisão. Esperava-se um triunfo fácil da Arena, que seria realçado pelo fato de o MDB ter sido autorizado a expressar-se (...) 

(Boris Fausto, História do Brasil) A respeito dos resultados do processo eleitoral citado, é correto afirmar que 
(A) a reafirmação da hegemonia da Arena, conquistada nas eleições anteriores, permitiu ao governo Geisel reformas importantes no campo econômico, como o lançamento do Plano Cruzado, de combate à inflação. 
(B) a vitória eleitoral do MDB, com a conquista da maioria parlamentar no Senado e na Câmara dos Deputados, apressou a abertura política, expressa nas eleições diretas para governador de estado de 1978. 
(C) a importante vitória eleitoral da Arena foi garantida com a expressiva votação recebida nos grandes centros urbanos, graças à presença de uma parcela da população beneficiada pelo crescimento econômico. 
(D) houve um evidente avanço da votação do MDB em relação aos resultados das eleições de 1970, exemplificado com a conquista de dezesseis cadeiras no Senado, das 22 em disputa. 
(E) o país ficou radicalmente dividido: no Nordeste brasileiro, uma ampla vitória do MDB, especialmente nas cidades menores e, no Centro-Sul, a vitória da Arena, essencialmente nas capitais.



resposta da questão 59:[D]



60. As greves tinham por objetivo um amplo leque de reivindicações: aumento de salários, garantia de emprego, reconhecimento das comissões de fábrica, liberdades democráticas. A extensão das greves de 1979 mostrou que a afirmativa dos setores conservadores de que São Bernardo constituía um mundo à parte em grande medida não era verdadeira. O que se passava em São Bernardo tinha repercussão no resto do país. Não há dúvidas porém de que o sindicalismo do ABC nasceu e cresceu com marcas próprias. 
(Boris Fausto, História do Brasil) 

A respeito dessas marcas, é correto considerar 
(A) o vínculo com o Partido Comunista Brasileiro e com o Ministério do Trabalho. 
(B) as reivindicações exclusivamente econômicas e a ligação orgânica com o MDB. 
(C) o apoio à Consolidação das Leis Trabalhistas e a defesa da criação do Imposto Sindical. 
(D) a concepção do sindicalismo de resultados e a defesa do capital nacional. 
(E) a maior independência com relação ao Estado e um elevado índice de organização.



resposta da questão 60:[E]

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