segunda-feira, 5 de março de 2012

Teste seus conhecimentos sobre as características da economia no Brasil Imperial





Desafio de História

A economia no Brasil Imperial

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1. (PITÁGORAS) Analise a tabela referente às exportações brasileiras ao longo do Período Imperial.


Os dados apresentados desmentem uma ideia corrente no período imperial, a qual afirmava que

(A) a abolição da escravidão comprometeu, de imediato, as exportações de café e açúcar brasileiros, em razão da desestruturação do sistema produtivo.

(B) a decretação da Lei Euzébio de Queirós ampliou as exportações de café e fumo, tradicionalmente ligadas ao modelo escravista.

(C) a entrada de imigrantes para a lavoura cafeeira apenas manteve o ritmo tendencial das exportações cafeeiras.

(D) o café, ao ocupar o primeiro lugar nas exportações brasileiras, facilitou o crescimento de outras lavouras destinadas ao mercado externo.

(E) o Período Regencial, apesar de sua instabilidade interna, apresentou índices elevados de exportação para os principais produtos brasileiros.



Resposta da questão 1:


[A]




2. (PITÁGORAS) A chamada “Era Mauá”, que marcou o Segundo Império Brasileiro, foi marcada por inúmeras iniciativas modernizantes como a construção de ferrovias e de companhias de comércio, a instalação do telégrafo e a disseminação de bancos na capital imperial e em grandes cidades da época.

Esse surto de desenvolvimento interno resultou

(A) da aprovação das Tarifas Alves Branco, cujas diretrizes substituíram o livre-cambismo até então existente no país.

(B) da crise cafeeira, que obrigou o empresariado a buscar novas fontes de lucro em atividades até então desconhecidas no país.

(C) da disponibilidade de capitais advindos da extinção do tráfico negreiro, os quais atraíram alguns proprietários e comerciantes brasileiros no sentido de expandir seus negócios.

(D) do esforço britânico em desenvolver a industrialização tradicional no Brasil de forma a torná-lo subsidiário de seus produtos e equipamentos menos avançados.

(E) do vital apoio do governo imperial às iniciativas modernizadoras de Mauá por meio de uma rígida política protecionista em relação ao café.



Resposta da questão 2:


[C]




3. (PITÁGORAS) Analise o pronunciamento de Lacerda Werneck, herdeiro de fazendeiros de café e membro da comissão governamental encarregada de definir a política imigratória brasileira em meados do século XIX.

“Nós constituímos um povo, uma nacionalidade, cujo futuro dependerá das raças que lhe serão incorporadas, da natureza da civilização que o influenciará.”

Citado em FREIRE, Américo, Org. História em curso – O Brasil e suas relações com o mundo ocidental. Rio de Janeiro: FGV, 2004. p.208

O posicionamento do autor a respeito da vinda de imigrantes para o Brasil revela uma atitude

(A) negativa, por admitir a necessidade de estrangeiros para que o Brasil possa desenvolver-se.

(B) otimista, na medida em que acredita no imigrante como implementador do futuro do país.

(C) pragmática, pois reconhece a necessidade da mestiçagem na formação cultural brasileira.

(D) preconceituosa, já que vincula o futuro da nacionalidade brasileira ao critério racial.

(E) ufanista, ao exaltar a superioridade brasileira sobre as demais raças e nacionalidades.




Resposta da questão 3:


[D]




4. (PITÁGORAS) Irineu Evangelista de Sousa, Barão e Visconde de Mauá, é apontado como um dos principais responsáveis pela modernização vivenciada no Segundo Reinado. No trecho a seguir ele menciona alguns de seus planos a D. Pedro II.

"... esta estrada de ferro, que se abre hoje ao trânsito público, é apenas o primeiro passo de um pensamento grandioso. Esta estrada, Senhor (D. Pedro II), não deve parar e, se puder contar com a proteção de Vossa Majestade, seguramente não parará senão quando tiver assentado a mais espaçosa de suas estações na margem esquerda do rio das Velhas."

Barão de Mauá, quando da inauguração da estrada de ferro Rio-Petrópolis, em 1854.

A) Cite três realizações de Mauá que explicitem o papel modernizador a ele atribuído.

B) Discuta as relações entre as iniciativas de Mauá e o governo imperial.



Resposta da questão 4:

A) O aluno poderá citar a criação de um estaleiro para a construção de navios, a abertura de diversos bancos e instituições financeiras, o financiamento de serviços como iluminação pública, além da construção de ferrovias, mencionada no trecho.

B) O governo imperial pouco incentivou as iniciativas de Mauá, estando preocupado somente com a implementação da cafeicultura, uma das razões da falência dos negócios do Barão.




5. (FATEC) "Gradativamente, a produção [de café] concentrada no Vale do Paraíba entrou em decadência. Antes da Proclamação da República, o chamado Oeste Paulista superava a região do vale como grande centro produtor".

(BORIS FAUSTO, Pequenos Ensaios de História da República - 1889/1945)

O deslocamento da produção cafeeira do Vale do Paraíba para o Oeste Paulista deveu-se, entre outros fatores:

a) ao desenvolvimento pouco adequado do sistema de transportes.

b) à excepcional expansão do mercado interno no Oeste Paulista.

c) à presença da pequena propriedade como célula básica da agroexportação.

d) à inexistência de mão-de-obra escrava no Oeste Paulista.

e) às condições geográficas do Oeste Paulista, superiores às do Vale do Paraíba.



resposta da questão 5:


[E]




6. (Aman 2011) "A Tarifa Alves Branco (decreto de 12 de Agosto de 1844), criada por Manuel Alves Branco (2° Visconde de Caravelas), Ministro da Fazenda do gabinete liberal que assumiu em 2 de fevereiro de 1844".

(KOSHIBA; PEREIRA, 2003)

Este decreto

A) reduzia os direitos alfandegários das mercadorias inglesas para 15% ad valorem.

B) barateava os custos para a importação de mercadorias estrangeiras.

C) extinguia as tarifas que favoreciam a Inglaterra e que prejudicavam o crescimento do setor industrial brasileiro.

D) facilitava a exportação dos derivados da cana-de-açúcar, por deixá-los mais baratos no mercado internacional.

E) pouco afetava a arrecadação do País, tendo em vista a pequena participação das tarifas alfandegárias na composição da receita governamental.



Resposta da questão 6:


[C]

Resolução:

A tarifa Alves Branco extinguia os privilégios ingleses nas aduanas brasileiras.



7. (FGV) Os empreendimentos industriais do barão de Mauá redundaram em inúmeras falências, após um relativo sucesso, entre outros fatores devido a (à):

a) suas posições nacionalistas contrárias aos investimentos estrangeiros

b) reformulação da tarifa Alves Branco em favor da tarifa Silva Ferraz

c) falta de cobertura financeira (bancária) baseada em seus próprios recursos

d) carência de mão-de-obra especializada

e) oposição direta que lhe moviam os grandes propriedades rurais.



Resposta da questão 7:


[B]



8. (UFRGS) A economia brasileira, na primeira metade do século XIX, teve como aspecto marcante.

a) Oferecer grandes estímulos às atividades comerciais e, especialmente, às indústrias urbanas.

b) Dar continuidade a uma estrutura colonial agora dependente do comércio externo da Inglaterra.

c) Centralizar sua produção em torno da grande indústria.

d) Esforçar-se no sentido de eliminar a importação de produtos agrícolas.

e) Tornar-se independente do domínio do mercantilismo inglês, conforme ocorrera no período colonial.



Resposta da questão 8:


[B]





9. (OSEC-SP) "Dentre os acontecimentos importantes à explicação da sociedade brasileira, durante o século XIX, destacavam-se o intercâmbio econômico com a Inglaterra e, internamente, a organização escravocrata do trabalho produtivo. No plano internacional, o Brasil é fornecedor de café, açúcar, fumo, couro, peles, de cujo comércio obtém os recursos para a manutenção da administração pública, a criação de novos serviços, o estímulo à iniciativa privada etc. No plano interno, a produção e a sociedade estão organizadas com base na escravatura..."

(Otávio Ianni).

De acordo com o texto acima, a sociedade brasileira no século XIX apoiava-se.

a) Nas relações comerciais com a Inglaterra e numa economia baseada na indústria.

b) No trabalho escravocrata para abastecimento do mercado interno.

c) Numa economia baseada na utilização do trabalho escravo e voltada para o mercado externo.

d) Numa administração pública organizada nos moldes da Inglaterra.

e) Na administração pública, no estímulo à iniciativa privada e no trabalho de parceria.



Resposta da questão 9:


[C]





10. (UNESP) Na primeira metade do século XIX, a economia brasileira apresentou como uma de suas características.

a) Um sensível superávit na balança comercial.

b) Uma grande dependência em relação à Inglaterra, que era a potência economicamente dominante.

c) Uma demanda maior de nossas exportações, especialmente de produtos manufaturados.

d) Uma maior dependência da estrutura colonial existente até 1822.

e) Um controle absoluto da dívida flutuante, em virtude da liquidação de empréstimos externos.



Resposta da questão 10:


[B]



11. (UFES) Os anos 70 do século XIX marcaram a aceleração no processo de desagregação do regime monárquico no Brasil. As modificações sociais e econômicas que se avolumaram a partir do ano de 1850, com a abolição do tráfico negreiro, se fizeram sentir de maneira acentuada na vida política nacional. Vários fatores acabaram por criar condições para mudanças nesse sistema político, tais como:

I - A itinerância do café, deixando o vale do Paraíba e buscando o oeste paulista.

II - A imigração européia, especialmente a alemã e a italiana.

III - O processo crescente de urbanização.

IV - O crescimento das estradas de ferro.

V - Novas ideias surgidas no seio do exército.

Assinale:

a) se apenas a alternativa V estiver correta.

b) se apenas a alternativa II estiver correta.

c) se apenas a alternativa IV estiver correta.

d) se apenas as alternativas III e IV estiverem corretas.

e) se todas as alternativas estiverem corretas.



Resposta da questão 11:


[E]



12. (UFU) "Os reflexos da lei do tráfico negreiro (1850) são transcendentes para a vida econômica do país, modificando, em parte, sua fisionomia. O país dispunha de poucos capitais que se investiam, até então, principalmente no tráfico negreiro. Proibido esse comércio, o capital que se mantém no Brasil fica sem aplicação. É certo que esse capital pode ser conservado no comércio interno de escravos, mas a maior parte tem que tomar outro rumo. O espírito empresarial pode encaminhá-lo, então, para empreendimentos novos e úteis; abrem-se fábricas, constroem-se estradas de ferro, criam-se bancos e companhias de todo tipo."

O texto acima afirma que, com a abolição do tráfico negreiro:

a) Abrem-se possibilidades para o comércio interno de escravos.

b) Desenvolve-se o interesse dos empresários estrangeiros pelo país.

c) Inicia-se um surto de novos empreendimentos industriais e comercias.

d) Começa um vigoroso movimento de capitais estrangeiros para dentro do país.

e) Instaura-se a economia baseada no trabalho livre.



Resposta da questão 12:


[C]



13. (FUVEST) Entre as condições que favoreceram a incipiente atividade industrial no Segundo Reinado, podemos citar.

a) A disponibilidade de capitais decorrente da extinção do tráfico de escravos.

b) A retomada da tradição manufatureira portuguesa.

c) A extinção da política de proteção alfandegária.

d) A concessão de incentivos diretos à exportação de produtos industrializados.

e) A exploração da siderurgia e das fontes de energia hidrelétrica.



Resposta da questão 13:


[C]



14. (UCSAL) O Vale do Paraíba, no século XIX, passa a ter importância decisiva no Brasil porque.

a) A pecuária se desenvolve ao longo de seu curso, penetrando no norte de São Paulo.

b) As cidades da região - Valença, Vassouras, entre outras - iniciam a revolução industrial no Brasil.

c) O escoamento das riquezas do centro-oeste brasileiro se faz através de seus portos, como Parati, Ubatuba e São Sebastião.

d) O cultivo do café se torna o estabilizador da economia do Império.

e) O sistema de dominação dos senhores rurais é anulado graças ao trabalho pioneiro de introdução de imigrantes europeus na região.



Resposta da questão 14:

[D]


15. (UCSAL) A partir de 1880, o quadro da economia brasileira começa a sofrer algumas modificações, destacando-se, entre outras,

a) a liquidação da dívida externa brasileira, que provoca uma grande instabilidade financeira e afetava sua estrutura.

b) a perda do caráter monocultural que constituía sua principal tendência, desde a introdução da cana-de-açúcar no século XVI.

c) a superação do caráter agroexportador de nossa economia, que, assim, se libertava da influência da Inglaterra.

d) o declínio da economia cafeeira, afetada em suas raízes pelas sucessivas leis que visavam a anular e, finalmente, a suprimir a escravidão.

e) a emergência do oeste paulista na cultura cafeeira, com a transição do trabalho escravo para o trabalho livre através da imigração.



Resposta da questão 15:


[E]



16. (UFMG)

1. FATORES EXTERNOS (EUROPA): Inovações tecnológicas; transformação na agricultura; êxodo rural.

2. FATORES INTERNOS: Expansão da lavoura cafeeira; aceleração do processo abolicionista.

A conjugação desses fatores externos e internos permitiu ao Brasil no período 1850-1888:

a) mecanizar a lavoura cafeeira e dispensar a utilização de mão-de-obra numerosa.

b) realizar a transição do trabalho escravo para o trabalho livre, utilizando mão-de-obra européia.

c) substituir o escravo pelo imigrante europeu como mão-de-obra de cafeicultura.

d) iniciar a expansão da cafeicultura no oeste paulista independentemente da mão-de-obra escrava.

e) acelerar a cafeicultura no Vale do Paraíba com a introdução de mão-de-obra do imigrante europeu.



Resposta da questão 16:


[B]



17. (UFU) Os dados a seguir indicam a expressão econômica dos principais gêneros de exportação no Brasil, na primeira metade do século XIX.


1821/1830

1831/1840

1841/1850

Açúcar

30,1%

24,9%

26,7%

Algodão

20,6%

10,8%

7,5%

Café

18,4%

43,8%

41,5%

Couro e peles

13,6%

7,9%

8,5%

(Dados retirados da obra de Sodré, Nelson, Werneck, História da Burguesia Brasileira, Ed. Civilização Brasilieira, 1964, p. 78.)

(Dados retirados da obra de Sodré, Nelson, Werneck, História da Burguesia Brasileira, Ed. Civilização Brasilieira, 1964, p. 78.)


Em relação à análise desses dados é incorreto afirmar.

a) A partir da terceira década do século XIX, o processo de produção do café era irreversível.

b) A perspectiva da economia algodoeira foi a de manter-se insatisfatória face à concorrência norte-americana.

c) O período Regencial é caracterizado por uma significativa alta na produção do café.

d) A passagem do Brasil-Colônia para um Estado livre alterou profundamente a estrutura econômica vigente que se baseava principalmente na monocultura, surgindo daí uma diversificação de produtos agrícolas.

e) Comparando a produção do Primeiro Reinado com a do Segundo Reinado, nota-se uma ascensão da produção do café em detrimento dos demais gêneros agrícolas de exportação.



Resposta da questão 17:


[D]



18. (FUVEST 2012)
Examine a seguinte tabela:


A tabela apresenta dados que podem ser explicados

a) pela lei de 1831, que reduziu os impostos sobre os escravos importados da África para o Brasil.

b) pelo descontentamento dos grandes proprietários de terras em meio ao auge da campanha abolicionista no Brasil.

c) pela renovação, em 1844, do Tratado de 1826 com a Inglaterra, que abriu nova rota de tráfico de escravos entre Brasil e Moçambique.

d) pelo aumento da demanda por escravos no Brasil, em função da expansão cafeeira, a despeito da promulgação

da Lei Aberdeen, em 1845.

e) pela aplicação da Lei Eusébio de Queirós, que ampliou a entrada de escravos no Brasil e tributou o tráfico interno.




Resposta da questão 18:


[D]


Resolução

A tabela mostra um grande aumento da entrada de escravos no Brasil, nos três anos subsequentes à decretação do Bill Aberdeen. É claro que a expansão da cafeicultura nesse período, embora significativa, nem de longe acompanhou o crescimento da importação de escravos. Seria mais correto, portanto, dizer que o aumento do tráfico deveu-se ao receio de que sua extinção ocasionasse uma dramática falta de mão de obra, levando os fazendeiros a formar um estoque de escravos.


19. (PITÁGORAS) Considerando os dados sobre a expansão das ferrovias entre 1854 e 1906, resposta:



a) Em que medida a economia cafeeira se vinculou à expansão do transporte ferroviário?


b) Compare a expansão ferroviária no Brasil com a expansão cafeeira antes e depois da Proclamação da República.




Resposta da questão 19:


a) Entre meados do século XIX e início do século XX, a economia cafeeira passa por diversas transformações como a substituição da mão de obra escrava por imigrantes e, sobretudo, pela ocupação de novas áreas no Oeste paulista. A vinculação com a expansão do transporte ferroviário também é forte, correspondendo quase ao total da malha ferroviária do restante do Brasil. A ligação entre as áreas produtoras (fazendas) e os portos de escoamento (exportação) se fazem por meio das ferrovias.


b) Antes da Proclamação da República (1889), a malha ferroviária está estritamente ligada à economia cafeeira em fins do século XIX e o traçado das ferrovias começa a se diferenciar com a abertura de novos circuitos econômicos e o crescimento industrial do país.

20. (PITÁGORAS-ENEM VIRTUAL) Analise a tabela e assinale a alternativa que faz um balanço correto acerca da economia agrário-exportadora brasileira durante o período em questão.



a) A exploração do pau-brasil, primeira atividade econômica empreendida por portugueses, contribuiu de forma significativa na pauta das exportações brasileiras durante os períodos colonial e imperial.

b) Mesmo em tempos de exportação do ouro, o açúcar continuou a ser importante produto na pauta do total das exportações brasileiras, sendo superado apenas pelo café durante o Brasil Império.

c) Ao contrário do que ocorrera com a produção do açúcar entre 1650 e 1700, e a do café, entre 1850 e1900, a economia mineradora não conheceu diminuição da sua participação na pauta das exportações durante o século XVIII.

d) Entre 1850 e 1990, o café não conseguiu se tornar o principal produto das exportações brasileiras devido à força da tradicional e imbatível produção açucareira.

e) A partir do início do século XX, a borracha figuraria como produto principal na pauta das exportações brasileiras, desbancando os gêneros agrícolas tradicionais.


Resposta da questão 20:


[B]

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