sexta-feira, 16 de março de 2012

Teste seus conhecimentos sobre as características da plantation escravista na América Portuguesa

Desafio de História

A Plantation escravista

Recife, por Franz Post, pintor holandês.


1. (UESPI) “O ser senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos”.

(Antonil,1711).

Tais prerrogativas facultariam ao senhor de engenho, no período colonial brasileiro:

a) participar das câmaras municipais, independente da exigência de pertencer à nobreza.

b) exercer todas as funções das câmaras municipais sem ser eleito pelos pares ou indicado pelo rei.

c) votar e ser votado para participar das câmaras municipais, atendendo à exigência de pureza de sangue.

d) criar câmaras municipais e erigir vilas e paróquias;

e) não pagar fintas (contribuições “voluntárias”) ou dízimos ao município.

Resposta: [C]


Os grandes proprietários de terras e de escravos constituiam o que se pode chamar de classe dominante colonial, seu poderio econômico poderia também ser revertido em poder político na medida em que eram eles os responsáveis pela composição das Câmaras Municipais, os denominados "homens bons" ao longo do período colonial brasileiro.




2. (UESPI) O tráfico de escravos se constituiu, entre os séculos XVI e XIX, uma das atividades comerciais mais lucrativas, tanto para Portugal como para o Brasil. Segundo Luis Felipe de Alencastro, a cidade de Lisboa, já nos fins do século XVI, configurava-se como a “capital negreira do Ocidente”.

Sobre o tráfico negreiro, analise as afirmativas abaixo.

1. Entre os séculos XVI e XIX, o vinho, depois a cachaça e o tabaco foram produtos utilizados pelos traficantes, portugueses e brasileiros, como moeda de troca para escravização dos africanos.

2. O controle do tráfico negreiro no “mundo atlântico” foi uma forte motivação para que os holandeses invadissem Pernambuco em 1630.

3. A abolição do tráfico de escravos para o Brasil se deu oficialmente pela publicação da Lei inglesa de 1845.

4. O tráfico de africanos para o Brasil foi oficialmente extinto pela Lei de 4 de setembro de 1850, conhecida pelo nome de Lei Eusébio de Queiroz.

Estão corretas

a) 1, 3 e 4 apenas.

b) 1, 2 e 3 apenas.

c) 2, 3 e 4 apenas.

d) 1, 2 e 4 apenas.

e) 1, 2, 3 e 4.

Resposta: [D]


O tráfico negreiro se constituia numa atividade bastante lucrativa para os portugueses. Os africanos escravizados eram adquiridos nos entrepostos comerciais no litoral da África mediante a troca com algumas mercadorias, tais como, aguardente, algodão, tabaco, etc. O controle do abastecimento de escravos da África para o Brasil era de fundamental importância para o pleno funcionamento da lavoura de exportação de cana de açúcar. A mão de obra escrava foi utilizada não apenas nos grandes circuitos produtivos, mas em variadas atividades na América portuguesa. A proibição oficial para a importação de africanos escravizado só veio em 1850 com a decretação da Lei Eusébio de Queiroz, após intensa pressão política empreendida pela Inglaterra.




3. (UFMT) Sobre a questão agrária e a cana-de-açúcar no Brasil, assinale a afirmativa correta.

a) A demanda crescente nos mercados interno e externo por combustíveis renováveis, especialmente o álcool, atrai novos investimentos para o setor no Brasil, embora esse fato não signifique uma tendência concentradora do setor canavieiro.

b) A possibilidade de aumento da área plantada de cana-de-açúcar devida ao crescimento da demanda por biocombustíveis foi neutralizada por pressões internacionais.

c) A Zona da Mata do Nordeste é uma faixa territorial historicamente marcada pelo domínio da monocultura canavieira, muitas vezes utilizando o emprego de mão-de-obra assalariada de baixa remuneração.

d) Após sua expulsão de Pernambuco, os holandeses pilharam a produção açucareira nas Antilhas, marcando o início do apogeu da produção nordestina de açúcar.

e) A criação do Instituto do Açúcar e do Álcool, devido ao crescimento da indústria alcooleira, marcou o fim do controle pelo Estado da produção e distribuição do produto.

Resposta: [C]

A Zona da Mata do Nordeste é uma faixa territorial historicamente marcada pelo domínio da monocultura canavieira, muitas vezes utilizando o emprego de mão-de-obra assalariada de baixa remuneração.




4. (FATEC) Em relação ao período da ocupação holandesa no Nordeste brasileiro, afirma-se:

I. A invasão deveu-se aos interesses dos comerciantes holandeses pelo açúcar produzido na região, interesses esses que foram prejudicados devido à União Ibérica (1580-1640).


II. Foi, também, uma consequência dos conflitos econômicos e políticos que envolviam as relações entre os chamados Países Baixos e o Império espanhol.

III. As medidas econômicas de Nassau garantiam os lucros da Companhia das Índias Ocidentais e os lucros dos senhores de engenho, já que aumentaram a produção do açúcar.

IV. A política adotada por Nassau para assentar os holandeses na Bahia acabou por deflagrar sua derrota e o fim da ocupação holandesa, graças à resistência dos índios e portugueses expulsos das terras que ocupavam.


São verdadeiras as proposições:

a) I e II.

b) I, II e III.

c) II, III e IV.

d) I, III e IV.

e) II e IV.

resposta:[B]

A invasão deveu-se aos interesses dos comerciantes holandeses pelo açúcar produzido na região, interesses esses que foram prejudicados devido à União Ibérica (1580-1640). Foi, também, uma consequência dos conflitos econômicos e políticos que envolviam as relações entre os chamados Países Baixos e o Império espanhol.

As medidas econômicas de Nassau garantiam os lucros da Companhia das Índias Ocidentais e os lucros dos senhores de engenho, já que aumentaram a produção do açúcar.





5. (FGV) A administração de Maurício de Nassau sobre parte do Nordeste do Brasil, no século XVII, caracterizou-se

a) por uma forte intolerância religiosa, representada, principalmente, por meio do confisco das propriedades dos judeus e dos católicos.

b) pela proteção às pequenas e médias propriedades rurais, o que contribuiu para o aumento da produção de açúcar e tabaco em Pernambuco.

c) por uma ocupação territorial limitada a Pernambuco, em função da proteção militar efetuada por Portugal nas suas colônias africanas.

d) por inúmeras vantagens econômicas aos colonos e pela ausência de tolerância religiosa, representada pela imposição do calvinismo.

e) pela atenção aos proprietários luso-brasileiros, que foram beneficiados com créditos para a recuperação dos engenhos e a compra de escravos.

Resposta:[E]


Maurício de Nassau era um jovem e hábil político. Fez inúmeras concessões aos senhores de engenho revitalizando a produção açucareira paralisada pelos anos de guerras; concedeu empréstimos aos senhores de engenho; recuperou engenhos destruidos; financiou a compra de escravos; instituiu a tolerância religiosa, já que os holandeses eram protestantes; proibiu que os soldados se misturassem à população; construiu a Cidade Maurícia com um plano urbanístico arrojado; trouxe para Pernambuco cientistas, artistas, naturalistas, arquitetos, construindo uma agitada vida cultural.




6. (PUC) As invasões holandesas no Brasil, no século XVII, estavam relacionadas à necessidade de os Países Baixos manterem e ampliarem sua hegemonia no comércio do açúcar na Europa, que havia sido interrompido:

a) pela política de monopólio comercial da Coroa Portuguesa, reafirmada em represália à mobilização anticolonial dos grandes proprietários de terra.

b) pelos interesses ingleses que dominavam o comércio entre o Brasil e Portugal.

c) pela política pombalina, que objetivava desenvolver o beneficiamento do açúcar na própria colônia, com apoio dos ingleses.

d) pelos interesses comerciais dos franceses, que estavam presentes no Maranhão, em relação ao açúcar.

e) pela Guerra de Independência dos Países Baixos contra a Espanha, e seus consequentes reflexos na colônia portuguesa, devido à União Ibérica.

Resposta:[E]



No contexto histórico da União das Coroas Ibéricas, as Províncias Unidas dos Países Baixos, que eram um domínio da Espanha, lutavam por sua independência. Como consequência dessa luta, a Espanha impediu a continuidade da comercialização do açúcar brasileiro pelos negociantes holandeses, proibindo seus navios de aportarem em Lisboa, então sob o domínio espanhol.





7. (PUC 2006 ) Em 1640, com o fim da União Ibérica, Portugal se defronta com vários problemas e desafios para administrar o Brasil Colonial e desenvolver a sua economia. Entre esses problemas, NÃO pode ser arrolada

a) a expulsão dos holandeses da região açucareira do Nordeste.

b) a destruição do Quilombo de Palmares, que desafiava a ordem escravista.

c) a escassez de metais preciosos e a queda dos preços do açúcar.

d) a expulsão dos jesuítas que dificultavam a escravização dos indígenas no estado do Grão-Pará.

e) a reorganização administrativa da colônia e de sua defesa.

resposta:[D]



A chamada expulsão dos jesuítas foi um evento da história de Portugal que ocorreu no reinado de José I de Portugal, em 1759 por ordem do Marquês de Pombal, seu primeiro-ministro, portanto não possuindo nenhuma relação com a União Ibérica.



8. (UFPE) A presença holandesa no Brasil colonial é tema que se destaca nos estudos historiográficos. Sobre o governo de Nassau (1637-44) e sua época, sempre surgem comentários e debates; porém, podemos afirmar que:

a) a recuperação da autonomia política de Portugal, nesse período, deu mais condições para este país desenvolver relações com os holandeses no Brasil.

b) Nassau não teve qualquer conflito com os nativos; apenas se desentendeu com o comando europeu da Companhia das Índias.

c) a atuação de Nassau em nada modificou as relações dos holandeses com os senhores de engenho, fracassando, porém, na expansão militar e na exportação de açúcar.

d) sua administração se restringiu a fazer benefícios à parte central do Recife, onde habitava com a sua família e onde construiu as obras mais importantes.

e) não houve na sua administração nenhuma preocupação com as conquistas militares; seus interesses se voltavam sobretudo para a arte renascentista.

resposta:[B]


Quando a Companhia das Índias Ocidentais resolveu mudar o seu comportamento com os senhores de engenho, cobrando os empréstimos que lhes havia concedido, executando e sequestrando os bens daqueles que não pagavam as dívidas, acrescendo juros à dívida inicial, Maurício de Nassau foi contrário à esses procedimentos adotados pela Companhia, e desses desitendimentos resultou na sua demissão e no seu abandono das terras brasileiras.



9. (UFPE) União Ibérica durou 60 anos e teve influência na colonização portuguesa do Brasil. Durante o período da união entre Portugal e Espanha, o Brasil:

a) atingiu o auge da sua produção açucareira com ajuda de capitais espanhóis.

b) foi invadido pela Holanda, interessada na produção do açúcar.

c) conviveu com muitas rebeliões dos colonos contra o domínio espanhol.

d) registrou conflitos entre suas capitanias, insatisfeitas com a instabilidade econômica.

e) conseguiu ficar mais livre da pressão dos colonizadores europeus.

resposta:[B]


Uma das principais repercussões da União Ibérica foi a ocupação holandesa por 24 anos na região produtora de cana de açúcar no Nordeste da América portuguesa.



10. (UFC) Por aproximadamente três séculos, as relações de produção escravistas predominaram no Brasil, em especial nas áreas de plantation e de mineração. Sobre este sistema escravista, é correto afirmar que:

a) impediu as negociações entre escravos e senhores, daí o grande número de fugas.

b) favoreceu ao longo dos anos a acumulação de capital em razão do tráfico negreiro.

c) possibilitou a cristianização dos escravos, fazendo desaparecer as culturas africanas.

d) foi combatido por inúmeras revoltas escravas, como a dos Malês e a do Contestado.

e) foi alimentado pelo fluxo contínuo de mão-de-obra africana até o momento de sua extinção em 1822.

Resposta: [B]


O tráfico de escravos do continente africano para a América possibilitou a acumulação de capitais por parte daqueles que se dedicavam a esse vil comércio.




11. (UFU) Após a leitura do trecho a seguir, faça o que se pede.

A denominação "invasões" holandesas projeta, com anacronismo extremo, um sentimento nacional para o passado e inventa uma soberania brasileira herdeira de uma soberania portuguesa. Na prática mostra o que viemos a nos tornar, jamais o que éramos no século XVII.

KARNAL, Leandro. "O testamento de Adão". In: "História Viva - Grandes Temas (Mar português)". Edição especial temática, nº. 14, 2006. p. 85.

a) O que foram as chamadas "invasões" holandesas no contexto da América portuguesa do século XVII?

b) Explique, "com suas palavras", por que a denominação "invasões" holandesas é anacrônica.

c) Se "invasões" é um termo que parece inadequado para fazer referência ao acontecimento histórico mencionado no texto, quais alternativas menos anacrônicas poderiam ser utilizadas para se referir ao mesmo episódio? (cite pelo menos duas)

resposta:

a) Invasões holandesas é o nome normalmente dado, na historiografia brasileira, ao projeto de ocupação da Região Nordeste do Brasil pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (W.I.C.) durante o século XVII.

b) O termo "invasões holandesas" é anacrônico por pressupor um sentimento nacionalista para um momento histórico em que o Brasil ainda era uma colônia portuguesa, ou seja, não se pode falar em brasilidade ainda no século XVII.

c) Poderiam ser utilizados os seguintes termos "ocupação holandesa", "colonização holandesa" ou mesmo "incorporação dos domínios portugueses pelos holandeses".




12. (Pucrs) As invasões holandesas no Brasil, no século XVII, estavam relacionadas à necessidade de os Países Baixos manterem e ampliarem sua hegemonia no comércio do açúcar na Europa, que havia sido interrompido

a) pela política de monopólio comercial da Coroa Portuguesa, reafirmada em represália à mobilização anticolonial dos grandes proprietários de terra.

b) pelos interesses ingleses que dominavam o comércio entre o Brasil e Portugal.

c) pela política pombalina, que objetivava desenvolver o beneficiamento do açúcar na própria colônia, com apoio dos ingleses.

d) pelos interesses comerciais dos franceses, que estavam presentes no Maranhão, em relação ao açúcar.

e) pela Guerra de Independência dos Países Baixos contra a Espanha, e seus consequentes reflexos na colônia portuguesa, devido à União Ibérica.

resposta:[E]

O conflito iniciou-se no contexto da chamada Dinastia Filipina ("União Ibérica", no Brasil), período que decorreu entre 1580 e 1640, quando Portugal e as suas colônias estiveram inscritos entre os domínios da Coroa da Espanha.

À época, os holandeses lutavam pela sua emancipação do domínio espanhol. Apesar de algumas províncias terem proclamada a sua independência em 1581, a República das Províncias Unidas, com sede em Amsterdã, apenas teve a sua independência reconhecida em 1648, após o acordo de paz de Vestfália, quando se efetivou a sua separação da Espanha.




13. (UFV) O período que se estende de 1624 a 1654 é caracterizado por tentativas de colonização costeira do Brasil e pelo efetivo domínio holandês no nordeste. Sobre as "Invasões Holandesas", nesse momento da história colonial brasileira, é INCORRETO afirmar que elas:

a) iniciaram-se pela Bahia, de onde os holandeses foram expulsos, mas expandiram-se em direção a Recife até atingir o entorno de São Luís, região estratégica para o ataque às frotas oriundas das minas espanholas que por lá passavam carregadas de ouro e prata.

b) estavam relacionadas com a União Ibérica e a conseqüente guerra pela autonomia das Províncias Unidas dos Países Baixos frente ao domínio espanhol, que interferiu nas relações políticas e comerciais entre portugueses e holandeses.

c) contaram com a participação da Companhia das Índias Ocidentais, empresa responsável pela administração do território holandês conquistado e que, em troca de apoio, ofereceu vantagens aos senhores de engenhos de Pernambuco.

d) entraram em decadência a partir de 1642, devido à nova política adotada pela Companhia das Índias Ocidentais, que obrigou os senhores de engenho a aumentar a produção de açúcar para que conseguissem pagar suas dívidas com os holandeses.

e) propiciaram a substituição da mão-de-obra escrava pela livre nas lavouras canavieiras do nordeste, durante o governo do conde Maurício de Nassau, também conhecido por implementar a urbanização e o embelezamento do Recife.

resposta:[E]


Os holandeses conseguiram tomar dos portugueses vários pontos fornecedores de escravos localizados no litoral africano e utilizaram-se de mão de obra escrava no Brasil holandês.



14. (UFAL) "Durante sua permanência no Brasil, os holandeses adquiriram o conhecimento de todos os aspectos técnicos e organizacionais na indústria açucareira. Esses conhecimentos vão constituir a base para a implantação e desenvolvimento de uma indústria concorrente, de grande escala, na região do Caribe".

(Celso Furtado. "Formação Econômica do Brasil".)

Com base no texto, pode-se estabelecer uma das principais conseqüências das Invasões Holandesas no Brasil.

( ) Após a derrota no Brasil, os holandeses conquistaram um pequeno território, na América Central, Honduras.

( ) A produção holandesa de açúcar nas Antilhas provocou, pela concorrência, a crise açucareira no Brasil, no século XVII.

( ) A concorrência com a Inglaterra, pelo domínio do comércio do açúcar na Europa, decretou o fim da hegemonia comercial da Holanda.

( ) Os holandeses, após sua expulsão do Nordeste Brasileiro, deixaram de produzir açúcar, pois permaneceram envolvidos unicamente em investimentos no setor comercial.

( ) A luta para expulsar os holandeses colaborou para a união das três raças no Brasil: o branco, o negro e o indígena, desaparecendo a discriminação, o preconceito e a exploração.

resposta: F V F F F


Os holandeses permaneceram no Brasil até 1654. A partir de então, já com o domínio das técnicas de produção de açúcar, abriram uma área de produção nas Antilhas que passou a concorrer com a da América Portuguesa, diminuindo significativamente as receitas metropolitanas.

Apesar do fato da luta para expulsar os holandeses ter contado com a colaboração das três raças no Brasil: o branco, o negro e o indígena, a discriminação, o preconceito e a exploração continuaram a existir no Brasil uma vez que a sociedade era marcadamente excludente e escravista.



15. (UFV) A respeito das invasões holandesas que ocorreram durante o século XVII no nordeste brasileiro, é CORRETO afirmar que:

a) foram iniciativas de grupos de aventureiros holandeses, sem qualquer vinculação com as disputas internacionais entre os Estados-Nação do período.

b) com a expulsão definitiva dos invasores holandeses em 1654, pela qual lutaram lado a lado índios, negros e portugueses, saíram reforçados os vínculos entre a Metrópole e a Colônia naquela região.

c) nas batalhas de resistência à invasão dos holandeses em Pernambuco, destacou-se a figura heróica de Domingos Fernandes Calabar.

d) durante o período da dominação holandesa no nordeste brasileiro, a população foi obrigada a trocar o catolicismo pelo calvinismo, por ser esta a religião do príncipe Maurício de Nassau.

e) a forma pela qual se deu a expulsão definitiva dos holandeses explica o surgimento posterior de vários movimentos nativistas, como a Revolta de Beckman (1684-85), Guerra dos Mascates (1710-14) e a Revolução Praieira (1848).

resposta:[E]


É impossível não reconhecer que o exemplo de contestação à ordem vigente manifestada durante a Insurreição Pernambucana, que se voltou contra os holandeses, despertou um sentimento de repúdio ao excessivo controle metropolitano, aos pesados impostos, às imposições determinadas pelo governo metropolitano, e posteriormente contra o governo imperial no século XIX.



16. (UNESP) A solução dada à questão dinástica portuguesa, após o desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer-Quibir (1578) repercutiu na Europa e no ultramar. Considere a fase de união das Monarquias Ibéricas (1580-1640) e relacione as consequências no Brasil.

resposta:

- A Holanda invade o Brasil, pois foi proibida de comercializar o açúcar.

- Os flamengos eram antigos parceiros comerciais dos portugueses. Com a União Ibérica, a colônia portuguesa da América passara ao império espanhol, onde, a Espanha, restringiu as transações comerciais entre a Holanda e o Brasil.



17. (MACKENZIE) Durante a união ibérica, Portugal foi envolvido em sérios conflitos com outras nações europeias. Tais fatos trouxeram como consequências para o Brasil Colônia:

a) as invasões holandesas no nordeste e o declínio da economia açucareira após a expulsão dos invasores.

b) o fortalecimento político e militar de Portugal e colônias, devido ao apoio espanhol.

c) a redução do território colonial e o fracasso da expansão bandeirante para além de Tordesilhas.

d) a total transformação das estruturas administrativas e a extinção das Câmaras Municipais.

e) o crescimento do mercado exportador em virtude da paz internacional e das alianças entre Espanha, Holanda e Inglaterra.

resposta:[A]

As invasões holandesas no nordeste e o declínio da economia açucareira após a expulsão dos invasores.




18. (UNICAMP) Entre 1580 e 1640, Portugal enfrentou uma delicada situação política: de um lado, passou a pertencer à União Ibérica e, de outro, viu os holandeses dominarem Pernambuco, através da Companhia das Índias Ocidentais, a partir de 1630.

a) O que foi a União Ibérica?

b) Dê três motivos para a invasão holandesa no Brasil.

resposta:

a) Fusão dos reinos de Portugal e Espanha, com o término da Dinastia de Avis após as mortes de D. Sebastião e Cardeal D. Henrique, possibilitando a ascensão de Felipe II ao trono português, graças aos laços de parentesco.

b) Divergências políticas entre Espanha e Holanda, embargo espanhol à continuidade do comércio açucareiro pelos holandeses e interesse holandês em dominar a produção para poder continuar com o comércio.



19. (Fuvest-SP) A dominação espanhola (1580 - 1640) provocou mudanças no império colonial português; por isto mesmo, D. João IV, que subiu ao trono com a Restauração ocorrida em 1640, teria dito que "o Brasil é a vaca leiteira de Portugal".

a) Quais mudanças do império derivaram da dominação espanhola?

b) Que relação há entre as mudanças e a idéia de que o Brasil se tornou a "vaca leiteira" de Portugal?

resposta:

a) Para o reino português a União Ibérica foi prejudicial devido às guerras na Europa envolvendo os Habsburgos, que contribuíram para o declínio político e a dependência econômica de Portugal em relação à Inglaterra, enfraquecendo o seu poderio no continente e sobre suas colônias.

b) A Coroa portuguesa criou o Conselho Ultramarino após a União Ibérica, com a finalidade de impor às colônias um rigoroso fiscalismo e o arrocho econômico, sobretudo no Brasil, intensificando-se a busca do ouro e reduzindo-se o poder das Câmaras Municipais.



20. (Mackenzie) (...) o número de refinarias, na Holanda, passara de 3 ou 4 (1595) para 29 (1622), das quais 25 encontravam-se em Amsterdã, que se transformara no grande centro de refino e distribuição do açúcar na Europa.

(Elza Nadai e Joana Neves).

A respeito do aumento de interesse, por parte dos holandeses, não apenas na refinação do açúcar brasileiro, mas também no transporte e distribuição desse produto nos mercados europeus, acentuadamente no século XVII, é correto afirmar que:

a) com a União Ibérica (1580-1640), os holandeses desejavam conquistar militarmente o litoral nordestino para obter postos estratégicos na luta contra a Espanha.

b) a ocupação de Salvador, em 1624, por tropas flamengas, foi um sucesso, do ponto de vista militar, para diminuir o poderio de Filipe II, rei da Espanha.

c) a criação da Companhia das Índias Ocidentais foi responsável pela conquista do litoral ocidental da África, do nordeste brasileiro e das Antilhas, visando obter mão-de-obra para as lavouras antilhanas.

d) o domínio holandês, no nordeste brasileiro, buscava garantir o abastecimento de açúcar, controlando a principal região produtora, pois foi graças ao capital flamengo, que a empresa açucareira pode ser instalada na colônia.

e) a Companhia das Índias Ocidentais, em 1634, na luta pela conquista do litoral nordestino, propõe a proteção das propriedades brasileiras submetidas à custódia holandesa, porém, em troca, os brasileiros não poderiam manter sua liberdade religiosa.

resposta:[D]

A decisão dos holandeses foi o de invadir o Nordeste açucareiro, uma vez que não conheciam bem as técnicas de produção de açúcar e a montagem de uma área de produção nas Antilhas naquele momento poderia ser um fracasso, sendo assim, odomínio holandês, no nordeste brasileiro, buscava garantir o abastecimento de açúcar, controlando a principal região produtora, pois foi graças ao capital flamengo, que a empresa açucareira pode ser instalada na colônia.




21. (FGV) "Guerreado por Madri e pela Holanda, posto em quarentena pela Santa Sé, Portugal busca o apoio de Londres, preferindo a aliança com os distantes hereges, a associação com os vizinhos católicos. Dando seguimento vários tratados bilaterais, os portugueses facilitam o acesso dos mercadores e das mercadorias inglesas às zonas sob seu controle na Ásia, África e América".

ALENCASTRO, L.F. de, "A economia política dos descobrimentos", NOVAES, A. (org.), A descoberta do homem e do mundo, São Paulo, Cia das Letras, 1998, p. 193.

O trecho do texto de Alencastro refere-se:

a) Ao período inicial da expansão marítima portuguesa, no qual as rivalidades com a Espanha em torno da partilha da América levaram a uma aproximação diplomática entre Portugal e Inglaterra.

b) À época da Restauração, que se seguiu à união dinástica entre as monarquias ibéricas e que obrigou a Coroa portuguesa a enfrentar tropas espanholas na Europa e holandesas na África e na América.

c) À época napoleônica, que acabou por definir o início da aproximação diplomática de Portugal com a Inglaterra, em virtude da articulação franco-espanhola que ameaçava as colônias portuguesas na América.

d) Ao período de Guerras de Religião, durante o qual monarquia portuguesa, por aproximar-se dos calvinistas ingleses, passou a ser encarada com suspeitas pelo poder pontifício.

e) À época das primeiras viagens portuguesas às Índias, quando muitas expedições foram organizadas em conjunto por Inglaterra e Portugal, o que alijou holandeses e espanhóis das atividades mercantis realizadas na Ásia.

resposta:[B]

Bem antes da expulsão dos holandeses, em 1640, Portugal já havia se separado da Espanha, colocando um ponto final na União Ibérica.

D. João IV de Bragança foi aclamado o novo rei de Portugal, no processo chamado de Restauração. A separação dos dois reinos foi o resultado da política desastrosa de Filipe IV, que não só havia aumentado exageradamente a tributação, desviando recurso portugueses à Espanha, violando as cláusulas do Juramento de Tamar, restringindo a autonomia administrativa de Portugal, como tentara obrigar os portugueses a reforçar as tropas espanholas que lutavam contra os rebeldes na Revolução da Catalunha, um movimento específicamente espanhol. Além dos desvarios de Filipe IV, os quais refletiam o enfraquecimento gradativo do Império Espanhol, o princípio do mare clausum, que ditara a anexação do reino lusitano à Espanha, perdia sua força, suplantado pela predominância do mare liberum (mar livre), reforçado pela crescente concorrência de outros estados coloniais europeus.

Com a separação da Espanha, em 1640, Portugal iniciava um conflito com Filipe IV, que colocou aos portugueses a necessidade de estabelecer uma política diplomática com os inimigos da Espanha, no caso Holanda e Inglaterra.

A Holanda não negou o seu apoio a Portugal, mas exigiu, em contrapartida, o reconhecimento português das conquistas efetivadas pela Companhia da Índias Ocidentais (WIC) em seu império. O Brasil Holandês foi reconhecido por Portugal com posse legítima da Holanda.

Da Inglaterra, Portugal obteve auxílio militar contra as investidas espanholas, em troca de privilégios concedidos aos ingleses nos tratados de 1641, 1652 e 1661. Os privilégios consolidaram-se em 1703, com a assinatura do Tratado de Methuem, já na conjuntura da mineração.




22. (UFMG – 2005) Analise este quadro: Evolução do número de engenhos de açúcar em cada Capitania

FONTE: BETHENCOURT, Francisco; CHAUDUHURI, Kirti. "História da expansão portuguesa". Lisboa: Círculo de Leitores, 1998, p. 316. A partir dessas informações sobre a evolução do número de engenhos açucareiros no Brasil, entre 1570 e 1629, é CORRETO afirmar que

a) a expulsão dos holandeses da Bahia provocou a retração da produção açucareira nessa Capitania.

b) a invasão holandesa no Nordeste açucareiro destruiu a base produtiva instalada pelos portugueses na região.

c) a substituição do trabalho escravo indígena pelo africano não alterou a produção de açúcar na região de São Paulo.

d) a expansão da área açucareira em Pernambuco ocorreu, de forma significativa, durante o período da União Ibérica.

resposta:[D]


A expansão da lavoura açucareira se deu de maneira bastante significativa durante o período da chamada União das Coroas Ibéricas (1580-1640).




23. (UFG – 2006) No período da União Ibérica (1580-1640), o domínio espanhol sobre Portugal provocou também mudanças político-econômicas importantes no império colonial português. Explique uma das mudanças ocorridas na América portuguesa, resultante da dominação espanhola.

resposta: Entre as mudanças principais podem ser citadas:

– A expansão das fronteiras e o rompimento das linhas definidas pelo Tratado de Tordesilhas;

– A união das coroas ibéricas foi fundamental para as invasões holandesas no Nordeste brasileiro em busca do domínio das regiões produtoras de açúcar em função das guerras entre holandeses e espanhóis;

– Incentivo às expedições em busca de ouro.




24. (PUCMG 2006) A expressão "Círculo de ferro da opressão colonial", do historiador Caio Prado Jr., sintetiza admiravelmente a nova política adotada por Portugal com o fim da União Ibérica, em 1640. Com relação a essa nova política administrativa, é CORRETO afirmar que:

a) o Conselho Ultramarino se tornou o órgão supremo da administração responsável por todos os negócios das colônias portuguesas.

b) as Câmaras Municipais se tornaram soberanas e independentes expressando o poder máximo dos grandes senhores rurais.

c) a Intendência do Ouro, órgão especial de arrecadação tributária, passou a se subordinar diretamente ao controle do governador da Capitania das Gerais.

d) os Capitães donatários adquirem mais prestígio, principalmente, após a instalação do Vice-Reinado na América portuguesa.

resposta:[A]

Com o restabelecimento da autonomia portuguesa em 1640 após um movimento denominado de Restauração, o Conselho Ultramarino passou a ser o principal órgão responsável pela colonização dos domínios lusitanos. Esse órgão vai estabelecer um incremento nas arrecadações do Estado mediante a adoção de vários impostos a serem cobrados na colônia, fato que vai desencadear uma série de revoltas na América Portuguesa.




25. (UFPE 2007) A União Ibérica durou 60 anos e teve influência na colonização portuguesa do Brasil. Durante o período da união entre Portugal e Espanha, o Brasil:

a) atingiu o auge da sua produção açucareira com ajuda de capitais espanhóis.

b) foi invadido pela Holanda, interessada na produção do açúcar.

c) conviveu com muitas rebeliões dos colonos contra o domínio espanhol.

d) registrou conflitos entre suas capitanias, insatisfeitas com a instabilidade econômica.

e) conseguiu ficar mais livre da pressão dos colonizadores europeus.

resposta:[B]


Durante a União Ibérica ocorreram as famosas invasões holandesas: Salvador (1624) e Pernambuco (1630-1654).




26. (FGV 2007) Analise as afirmações sobre o Ocidente na Idade Moderna.

I. Em muitos relatos, a América foi representada como o "Paraíso Terrestre" dada a abundância de recursos e sua população, em uma visão etnocêntrica, foi considerada "bárbara", devendo ser catequizada.

II. A colonização da América Latina baseou-se, fundamentalmente, em princípios liberais, cabendo às colônias fornecer metais preciosos, ferramentas e produtos primários para dinamizar o comércio europeu e enriquecer suas metrópoles.

III. Na América espanhola, predominaram formas de trabalho compulsório dos indígenas, sob o sistema de "encomienda e mita"; já na América portuguesa, a escravidão, principalmente dos negros, foi a base da economia agroexportadora e mineradora.

IV. O tráfico negreiro modificou as sociedades africanas, não apenas porque tirou do continente milhões de pessoas, mas também porque lá introduziu novos produtos, por exemplo o tabaco, que eram trocados por escravos.

V. Como resultado da rivalidade entre Espanha e Holanda e da União Ibérica, os holandeses invadiram o Nordeste brasileiro e regiões da África, a fim de controlarem a produção açucareira e fontes de mão-de-obra.


São corretas as afirmações

a) I, III e V, apenas.

b) II, IV e V, apenas.

c) I, III, IV e V, apenas.

d) I, II, III e IV, apenas.

e) I, II, III, IV e V.

resposta:[C]


A colonização da América Latina baseou-se, fundamentalmente, em princípios mercantilistas, cabendo às colônias fornecer metais preciosos, ferramentas e produtos primários para dinamizar o comércio europeu e enriquecer suas metrópoles.




27. (IFTCE 2006) Durante a fase colonial, o Brasil foi alvo de vários ataques estrangeiros, sendo um deles em Pernambuco, marcado pela administração de João Maurício de Nassau. Este representava:

a) Os interesses da burguesia inglesa que avançava na sua acumulação primitiva de Capital, ao explorar o açúcar brasileiro.

b) A reação dos judeus portugueses interessados em manter o exclusivo comércio do pau-brasil.

c) Os interesses dos holandeses, que, através da Companhia das Índias Ocidentais, queriam voltar a ter o controle do comércio do açúcar, perdido com a União Ibérica.

d) A tentativa dos protestantes franceses de fundarem uma colônia de povoamento.

e) A intenção da Coroa Portuguesa de garantir a efetiva exploração aurífera na região.

resposta:[C]


Um dos fatores que influenciaram na invasão do Nordeste pela Companhia das Indias Ocidentais (WIC) foi a intenção de recuperar os investimentos holandeses feitos na produção de cana de açúcar.




28. (UFPEL 2007) "(...) da amizade dos índios depende em parte o sossego e a conservação da colônia do Brasil e que se tendo isto em vista deve-se-lhe permitir conservar a sua natural liberdade, mesmo aos que no tempo do rei de Espanha caíram ou por qualquer meio foram constrangidos à escravidão, como eu próprio fiz libertando alguns. Devem-se dar ordens, também, para que não sejam ultrajados pelos seus capitães , ou alugados a dinheiro ou obrigados contra sua vontade a trabalhar nos engenhos; ao contrário deve-se permitir a cada um viver do modo que entender e trabalhar onde quiser, como os da nossa nação (...)."

Fragmento do relatório de Maurício de Nassau aos diretores da Companhia das Índias Ocidentais, em 1644.

O documento demonstra que, durante

a) a Insurreição Pernambucana, a Companhia das Índias Ocidentais era contrária a qualquer trabalho escravo na produção açucareira.

b) a União Ibérica, os holandeses proibiram o tráfico de escravos para o Brasil e promoveram a liberdade aos indígenas.

c) o período Colonial, a escravização indígena foi inexistente, devido aos interesses estratégicos e comerciais dos europeus.

d) as ocupações francesas, no nordeste do Brasil, ocorreram transformações nas relações dos europeus com as populações nativas, no que se refere ao trabalho cativo.

e) a ocupação holandesa, no nordeste brasileiro, foi combatida a escravização indígena promovida pelos ibéricos.

resposta:[E]


De acordo com o documento histórico durante a presença holandesa no Brasil, especialmente na administração de Maurício de Nassau houve uma política tolerante em relação aos indígenas, evitando-se a utilização da mão de obra escrava nativa nos canaviais.




29. (UFPE) O tráfico negreiro paralisou o crescimento da população na África. No século XVII, a população africana equivalia à da Europa e representava um quinto da população do globo. No século XX, representava menos da décima terceira parte da população mundial, segundo Maurice Halbwachs. Através do tráfico, o Brasil recebeu grandes contingentes de escravos africanos, que se distribuíram, no território, da seguinte forma:

a) na produção do café, em São Paulo, desde o século XVII; a partir de século XVIII, na Bahia e em Pernambuco;

b) os maiores contingentes de escravos africanos vieram para as áreas produtoras de açúcar, posteriormente para a região das minas e, só mais tarde para São Paulo, na produção de café;

c) para Minas, logo no início do século XVI; em seguida para o Espírito Santo, Pará e Alagoas, com a produção de açúcar e, por último, para Pernambuco e Bahia;

d) na região algodoeira, onde o modo escravista de produção foi dominante e, em seguida, para a região da borracha;

e) no Rio de Janeiro, com a vinda da família real e no Rio Grande do Sul, como a mão-de-obra de uma agricultura do tipo familiar.

resposta:[B]

Os africanos escravizados foram utilizados no Brasil nas mais variadas atividades, entretanto, os maiores contigentes estiveram atrelados ao ciclos produtivos, respectivamente, de cana de açúcar, da mineração e nas lavouras de café.




30. (UNESP) O tráfico de negros escravos para o Brasil Colônia representou:

a) certa lucratividade para a Metrópole portuguesa, favorecendo a acumulação de capitais.

b) prejuízos à Metrópole lusitana pela não adaptação do negro ao trabalho agrícola.

c) a possibilidade da exportação de índios para a Europa na condição de escravos domésticos.

d) incentivo ao crescimento do mercado interno e à criação de um parque manufatureiro.

e) maior estímulo à agricultura de subsistência em prejuízo dos produtos agrícolas exportáveis.

resposta:[A]

O tráfico negreiro representava uma excelente fonte de capitais para aquele que se dedicavam à essa atividade econômica.



31. (PUCRS) Responder à questão, sobre a escravidão no Brasil, com base no texto abaixo.

A BRECHA CAMPONESA

"Um outro mecanismo de controle e manutenção da ordem escravista foi a criação de uma margem de economia própria para o escravo dentro do sistema escravista, a chamada brecha camponesa . Ao ceder um pedaço de terra em usufruto e a folga semanal para trabalhá-la, o senhor aumentava a quantidade de gêneros disponíveis para alimentar a escravatura numerosa, ao mesmo tempo em que fornecia uma válvula de escape para as pressões resultantes da escravidão (...). O espaço da economia própria servia para que os escravos adquirissem tabaco, comida de regala uma roupinha melhor para mulher e filhos, etc. Mas, no Rio de Janeiro do século XIX, sua motivação principal parece ter sido o que apontamos como válvula de escape para as pressões do sistema: a ilusão de propriedade distrai a escravidão e prende, mais do que uma vigilância feroz e dispendiosa, o escravo à fazenda. Distrai , ao mesmo tempo, o senhor do seu papel social, tornando-o mais humano aos seus próprios olhos. (...) Certamente o fazendeiro vê encher-se a sua alma de certa satisfação quando vê vir o seu escravo de sua roça trazendo o seu cacho de bananas, o cará, a cana, etc. (...) O sistema escravista - como qualquer outro - não poderia, evidentemente, viabilizar-se apenas pela força. "O extremo aperreamento desseca-lhes o coração , escreve o barão justificando a economia própria dos escravos, endurece-os e inclina-os para o mal. O senhor deve ser severo, justiceiro e humano ."

REIS, João José & SILVA, Eduardo, In: MOTA, Myriam Becho & BRAICK, Patrícia Ramos. "História das cavernas ao terceiro milênio". São Paulo: Moderna, 1997, p.248.

A chamada "brecha camponesa", de que tratam os autores do texto, refere-se a

a) um pedaço de terra cedido em usufruto ao escravo, além de uma folga semanal para trabalhar na terra, de onde os negros podiam extrair gêneros extras para sua subsistência, como o tabaco, a banana, o cara, a comida de regalo, etc.

b) um mecanismo de distração dos senhores, os quais passarão a produzir alguns gêneros para sua subsistência, criando, assim, uma válvula de escape contra as pressões do sistema.

c) um mecanismo de distração para os escravos que, após passarem a semana inteira produzindo apenas cana-de-açúcar, em um dia da semana poderiam se dedicar ao plantio de outros gêneros, além de receberem uma pequena parcela da produção para seu próprio consumo.

d) um mecanismo de controle e manutenção da ordem escravista, já que senhores e escravos podiam trabalhar conjuntamente, distraindo-se das tensões permanentes do sistema e amenizando as profundas diferenças sociais existentes entre eles.

e) uma espécie de propriedade privada dos escravos, que possibilitava a estes produzir gêneros complementares para sua subsistência, suprindo também as necessidades alimentares de seu senhor, que trocava esses produtos por cana-de-açúcar.

resposta:[A]


Uma das mais novas modalidades pesquisadas no campo da escravidão trata, por exemplo, da criação da “brecha camponesa”. Esse termo se refere ao costume que alguns senhores de engenho tinham em liberar alguns lotes de sua propriedade para que os escravos pudessem realizar a produção de gêneros agrícolas voltados para o próprio consumo e a venda no mercado interno. Tal medida seria benéfica aos escravos ao abrir oportunidade para a compra de outros produtos e a relativa melhora de sua condição de vida.

Contudo, não podemos concluir que esse tipo de prática significou uma espécie de “relaxamento” das ordenações impostas ao escravo. Isso porque, em primeiro lugar, devemos ressaltar que o escravo só poderia trabalhar nessas terras no tempo em que não estava envolvido com o trabalho nas monoculturas. Ao mesmo tempo, tal prática ampliava o lucro dos fazendeiros ao diminuir os gastos que os mesmos tinham com a vestimenta e a alimentação de seus escravos.



32. (FUVEST 2012) Os indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas na “preferência” pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com os colonos empenhados nesse “gênero de vida”; a acumulação gerada no comércio de africanos, entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento dessa “mercadoria”. Esse talvez seja o segredo da melhor “adaptação” do negro à lavoura ... escravista. Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana colonial, e não o contrário.

Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1979, p. 105. Adaptado.

Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa,

a) os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso a metrópole optou pelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis.

b) os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas, o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a obtenção, na África, daqueles trabalhadores.

c) o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocupavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto que outros os consideravam uma “mercadoria”.

d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu decisivamente para que, a partir de certo momento, também escravos africanos fossem empregados na lavoura, o que resultou em um lucrativo comércio de pessoas.

e) o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta precisava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de colonização.

resposta:[E]



Para evitar a acumulação primitiva de capital na colônia, Portugal estruturou o comércio triangular. Assim, a venda de escravos trazidos da África por comerciantes portugueses aumentava o lucro da metrópole e dificultava o desenvolvimento econômico do Brasil a longo prazo. Além disso, existiam leis que restringiam o uso de mão de obra escrava indígena, estimulando a utilização de africanos na lavoura.

Um comentário:

  1. boa noite queria saber....As tentativas de colonização da América foram realizadas por diferentes países europeus. O território brasileiro foi alvo de interesse também de franceses, que estiveram presentes, em diferentes épocas, nas áreas de:

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