EGITO ANTIGO
1. (UEL 2015) Leia a citação e
analise a figura a seguir.
“Construir é uma atividade
fundamental para o soberano egípcio.”
(DESPLANCQUES, S. Egito
Antigo. Porto Alegre: L&PM, 2009. p.28. Coleção L&PM Pocket. Série
Encyclopaedia.)
(Disponível em:
<http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6c/Egypt.Giza.Sphinx.02.jpg/800px-Egypt.Giza.Sphinx.02.jpg>.
Acesso em: 2 out. 2014.)
A citação da historiadora Sophie
Desplancques faz alusão ao Egito Antigo, especificamente ao período conhecido como
Antigo Império, considerado uma fase de estabilidade política por parte significativa
da historiografia, bem como uma “idade de ouro” de sua civilização, por parte
dos próprios egípcios.
Com base na citação, na figura e
nos conhecimentos sobre o Antigo Império, explique um elemento que transmita a
noção de poder ligada aos Faraós no Egito Antigo.
2. (FUVEST) No antigo Egito e na
Mesopotâmia, assim como nos demais lugares onde foi inventada, a escrita esteve
vinculada ao poder estatal. Este, por sua vez, dependeu de um certo tipo de
economia para surgir e se desenvolver. Considerando as afirmações acima,
explique as relações entre:
a) escrita e Estado;
b) Estado e economia.
3. (FUVEST) Caracterize as relações entre os
camponeses e o Estado no Egito antigo.
4. (FUVEST) A partir do III
milênio a. C. desenvolveram-se, nos vales dos grandes rios do Oriente Próximo,
como o Nilo, o Tigre e o Eufrates, estados teocráticos, fortemente organizados
e centralizados e com extensa burocracia. Uma explicação para seu surgimento é
a) a revolta dos camponeses e a
insurreição dos artesãos nas cidades, que só puderam ser contidas pela
imposição dos governos autoritários.
b) a necessidade de coordenar o
trabalho de grandes contingentes humanos, para realizar obras de irrigação.
c) a influência das grandes
civilizações do Extremo Oriente, que chegou ao Oriente Próximo através das
caravanas de seda.
d) a expansão das religiões
monoteístas, que fundamentavam o caráter divino da realeza e o poder absoluto
do monarca.
e) a introdução de instrumentos
de ferro e a consequente revolução tecnológica, que transformou a agricultura
dos vales e levou à centralização do poder.
5. (UFRS 2011) Na África, durante a
Antiguidade, entre 3000 a.C. e 322 a.C., desenvolveu-se o primeiro Império
unificado historicamente conhecido, cuja
longevidade e continuidade ainda despertam a atenção de arqueólogos e
historiadores. Esse império
a) legou a humanidade códigos e
compilações de leis.
b) desenvolveu a escrita
alfabética, dominada por amplos setores da sociedade.
c) retinha parcela insignificante
do excedente econômico disponível.
d) sustentou a crença de que o
caráter divino dos reis se transmitia exclusivamente pela via paterna.
e) dependia das cheias do rio
Nilo para a prática da agricultura.
GABARITO
resposta da questão 1:
O candidato deve descrever uma característica da noção de poder ligada aos faraós no Egito Antigo presente na foto. Entre outros elementos, poderia citar que o faraó concentrava muito poder, resultando variadas atribuições: era o chefe do exército e liderava as tropas em guerras; a preservação e a ampliação das fronteiras do império egípcio; o comando do governo; sendo considerado de origem divina, o faraó era o senhor das terras, dos bens e dos homens. Somente um soberano com um poder ilimitado como o do faraó poderia coordenar os trabalhos de construção das edificações mostradas na imagem. O candidato pode indicar ainda a concepção religiosa egípcia que era um fator importante para motivar os faraós a construírem as pirâmides, uma vez que elas continham câmaras mortuárias, preservando o seu legado por toda a eternidade.
resposta da questão 2:
a) Na Antiguidade, a escrita foi um dos fatores que permitiu organizar a estrutura burocrática do Estado. Por meio dela, foi possível ter controle sobre as propriedades e os benefícios gerados pelos trabalhadores de uma sociedade rigorosamente hierarquizada.
b) O Estado se constituiu numa forma complexa de organização social, que empreendeu junto a rios grandes obras de irrigação, aumentando as áreas agricultáveis. Favoreceu ainda o comércio, regulamentando-o e, por ação militar, garantindo a sua segurança.
resposta da questão 3:
O Estado é proprietário das terras, planejando a economia e a organização da produção feita pelos camponeses. O Estado armazena e distribui a produção.
resposta da questão 3:
O Estado é proprietário das terras, planejando a economia e a organização da produção feita pelos camponeses. O Estado armazena e distribui a produção.
resposta da questão 4:[B]
resposta da questão 5:[E]
Esse enunciado refere-se ao
Egito, Estado Teocrático organizado por volta de 3200 a.C., a partir de
comunidades de camponeses estabelecidas ao longo do rio Nilo. O Egito
desenvolveu uma economia agrária extremamente dependente do regime de cheias e
vazantes do rio, daí ser considerado uma sociedade hidráulica.
REVOLUÇÃO FRANCESA
1. (Ufv 2004) Na noite de 14 de
julho de 1789, em Paris, Luís XVI recebeu do duque de La
Rochefoucauld-Liancourt a notícia da queda da Bastilha e da deserção das tropas
reais frente ao ataque popular. O famoso diálogo que se travou entre o rei e
seu mensageiro é breve e revelador. O rei, segundo consta, exclamou:
"Isto é uma revolta"; e
Liancourt corrigiu-o: "Não, Senhor, isto é uma revolução".
(Adaptado de: ARENDT, Hannah.
"Da Revolução". São Paulo: Ática; Brasília: Editora da UNB,1988,
p.38.)
Com base nesse diálogo e nos seus
conhecimentos sobre a Revolução Francesa, responda:
a) Por que os populares
investiram contra a Bastilha?
b) Diferencie, do ponto de vista
conceitual, "revolta" e "revolução".
2. (UERJ) O dia 14 de julho de
1789, data da queda da Bastilha, é considerado pelos historiadores um marco da
Revolução Francesa.
Considerando o contexto político
da França em 1789, explique a importância simbólica da queda da Bastilha para o
movimento revolucionário francês.
Apresente, também, duas propostas
da Revolução Francesa que ainda façam parte da ordem política contemporânea.
3. (PUC-RIO 2005) Em princípios de 1789, a França era uma sociedade do Antigo Regime. A crise dessa estrutura manifestou-se ao longo desse ano, dando início a um período de transformações que se estendeu por dez anos: a Revolução Francesa.
a) INDIQUE 3 (três)
características de natureza político-social da sociedade do Antigo Regime na
França.
b) INDIQUE 3 (três)
transformações operadas durante o 1° momento da Revolução Francesa - a
"Era das Instituições" (1789 -1792) - que evidenciam o caráter
revolucionário dessa experiência histórica.
4. (UFPR 2016) Considere os
seguintes excertos produzidos no contexto da Revolução Francesa (1789-1799):
Compare as duas declarações e
assinale a alternativa que identifica a principal diferença entre o texto de
1789 e o de 1791.
a) O texto de 1791 estabelece
direitos e obrigações detalhados e separados para homens e mulheres na política
e nos negócios, conforme o projeto burguês de sociedade, enquanto o texto de
1789 defende um ideal universalista, sem distinção social.
b) O texto de 1789 defende
direitos universais, sem explicitar a questão de gênero, enquanto o texto de
1791 defende a igualdade de direitos entre os gêneros, reivindicando a atuação
feminina em assuntos considerados masculinos, como a política e os negócios.
c) O texto de 1791 defende a luta
contra a opressão das mulheres após séculos de dominação monárquica na França,
enquanto o texto de 1789 é contra a opressão masculina causada pela
predominância do clero e da nobreza sobre o terceiro estado.
d) O texto de 1789 utiliza o
termo “homem” para designar a todo o conjunto de cidadãos, sem distinção de
classe e origem, enquanto o texto de 1791 substitui “homem” por “mulher”, a fim
de reivindicar direitos exclusivos para as cidadãs da classe burguesa.
e) O texto de 1789 defende que
nenhum direito é válido se não incluir todos os cidadãos, enquanto o texto de
1791 contradiz esse princípio ao privilegiar as mulheres, que reivindicavam
maior espaço na sociedade após a morte da Rainha Maria Antonieta.
5. (IFPE 2016) “O governo revolucionário tem necessidade de uma atividade extraordinária, precisamente porque ele está em guerra. Suas regras não são uniformes nem rigorosas, porque as circunstâncias são tumultuadas e inconstantes (...). O governo revolucionário não tem nada em comum com a anarquia nem com a desordem. Sua meta, ao contrário, é de as reprimir para implantar e consolidar o reinado das leis.”
Discurso de Robespierre diante da Convenção,
25 de dezembro de 1793. In:
COSTA, M.; DOUBLET, F. (coord.). Histoire Géographie, 4ª ed. Paris:
Magnard, 1998. p. 60.
Durante a Revolução Francesa, ao assumir a direção da Convenção (1792-1794), os jacobinos adotaram medidas para conter as forças contrarrevolucionárias. O discurso de Robespierre, ao afirmar que as ações do governo revolucionário não podem estar submetidas a regras uniformes e rigorosas, procurava justificativas para
a) a criação do Tribunal Revolucionário,
para julgar os suspeitos de atitudes contrarrevolucionárias. Muitas vezes, o
destino dessas pessoas era a morte na guilhotina.
b) a instituição do voto
censitário, sendo assim apenas pessoas com posses poderiam exercer o poder de
voto e se candidatar para mandatos eletivos.
c) a convocação dos Estados
Gerais, órgão consultivo formado por representantes dos três estados e que não
se reunia desde 1614.
d) a criação do Diretório, órgão
que desempenhava o poder Executivo e era composto de cinco pessoas eleitas
entre os deputados.
e) a coroação de Napoleão
Bonaparte, definida a partir de um plebiscito que aprovou o fim do Consulado e
a transformação da França em Império.
GABARITO
resposta da questão 1:
a) Os milhares de populares franceses tomaram a Bastilha em busca de pólvora após terem tomado as armas do Arsenal dos Inválidos e por ser um símbolo do absolutismo monárquico francês, pois nela eram encarcerados os opositores da realeza.
b) Uma revolta limita-se à reação violenta de um ou mais grupos a uma situação opressora conjuntural e com características muito peculiares.
Uma revolução significa alterações profundas nas estruturas econômicas, sociais, políticas e culturais em uma determinada sociedade, levando a rupturas e fazendo surgir novas formas de organização, novos valores e conceitos.
resposta da questão 2:
resposta da questão 4:[B]
A questão de gênero é a principal diferença entre os dois textos. Está presente no segundo e nem sequer é citada no primeiro.
resposta da questão 2:
A Bastilha era uma carceragem
utilizada pelo regime absolutista francês para aprisionar seus inimigos
políticos. Sua queda, em 1789, representou simbolicamente a vitória dos ideais
revolucionários diante do Antigo Regime e o início da Revolução Francesa, movimento
que ajudou a consolidar as ideias iluministas, base da filosofia liberal.
A ordem política da maioria das
sociedades ocidentais contemporâneas - a democracia liberal - é devedora de
muitas dessas propostas, tais como direito ao voto, soberania popular,
cidadania política, liberdade de religião, liberdade de expressão, igualdade
perante a lei, sistema político representativo, estabelecimento do sistema
republicano, estabelecimento de regimes parlamentares e divisão do poder
político em três instâncias - Executivo, Legislativo e Judiciário.
resposta da questão 3:
a) Alguns exemplos:
- o caráter estamental dessa sociedade,
- o fato de a nobreza e o clero serem estamentos privilegiados,
- o fato de caber à burguesia e às camadas populares toda a carga tributária,
- a vigência de uma monarquia absoluta,
- a legitimação do poder absoluto do monarca por meio da teoria do direito divino,
- o caráter consultivo e não deliberativo da Assembleia dos Estados Gerais,
- a concentração de poderes executivos, legislativos e judiciários e religiosos nas mãos do monarca,
- a subordinação da Igreja ao Estado.
b) Alguns exemplos de transformações:
- o estabelecimento de uma monarquia constitucional,
- o estabelecimento de três poderes: executivo, legislativo e judiciário,
- o fim dos privilégios,
- a abolição dos direitos feudais,
- a instituição da igualdade jurídica,
- o estabelecimento da liberdade de culto,
- o estabelecimento da liberdade de expressão,
- a afirmação da inviolabilidade da propriedade.
resposta da questão 4:[B]
A questão de gênero é a principal diferença entre os dois textos. Está presente no segundo e nem sequer é citada no primeiro.
resposta da questão 5:[A]
A questão remete a Revolução Francesa, 1789-1799, em especial ao período da Convenção Nacional, 1792-1795. Em meados de 1793, os Jacobinos com apoio dos sans culotes assumiram o poder dentro da Convenção Nacional e implantaram um governo ancorado em reformas sociais significativas e o terrorismo através da guilhotina. Robespierre, “o incorrupitível”, apoiado nas ideias do filósofo iluminista Rousseau tornou-se o maior líder dos jacobinos. Nesse período foram criados comitês como o de “Salvação Nacional” e de “Salvação Pública” que julgavam os opositores da revolução.
AMÉRICA PORTUGUESA
1. (UEL 2014) Leia o texto a seguir.
Tocadas em 1500 pelos homens de
Pedro Álvares Cabral, as terras que hoje são brasileiras foram desde então
oficialmente incorporadas à coroa portuguesa. Se haviam sido frequentadas
antes, como sugere o Esmeraldo de Situ Orbis, e defendem alguns historiadores
portugueses, disso não ficou maior registro, e não há, pois, como fugir da data
consagrada e recentemente celebrada – para o bem e para o mal – por brasileiros
e portugueses. Descoberto oficialmente, pois, em 1500, sob o pontificado de Alexandre
VI Borgia, não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem
brasileiros. Vários são os sentidos dessa não existência.
(Adaptado de: SOUZA, L.
M. O nome do Brasil. Revista de História. São Paulo, 2001. n.145. p.61-86.
Disponível em: <http://revhistoria. usp.br/images/stories/revistas/145/RH-145_-_Laura_de_Mello_e_Souza.pdf>.
Acesso em: 7 jun. 2013.)
Com base no texto e nos
conhecimentos sobre o tema, responda aos itens a seguir.
a) Cite e explique 2 fatores que
possibilitaram o pioneirismo do Estado português nas Grandes Navegações.
b) Explique o que a historiadora
e autora desse texto, Laura de Mello e Souza, quer dizer com a seguinte passagem:
“não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem
brasileiros.”.
2. (Uel 2013) Leia o texto a seguir, escrito pelo Padre Antonil em 1711.
Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer,
conservar e aumentar a fazenda, nem ter engenho corrente. E do modo como se há com eles, depende tê-los
bons ou maus para o serviço. Por isso, é necessário comprar cada ano algumas peças e reparti-las pelos
partidos, roças, serrarias e barcas. E porque comumente são de nações diversas, e uns mais boçais que
outros e de forças muito diferentes, se há de fazer a repartição com reparo e escolha, e não às cegas.
No Brasil, costumam dizer que para o escravo são necessários PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto que
comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o
comer e o vestir como muitas vezes é o castigo, dado por qualquer causa pouco provada, ou levantada; e
com instrumentos de muito rigor, ainda quando os crimes são certos, de que se não usa nem com os brutos
animais...
(Adaptado de: ANTONIL, A. J. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas. 3.ed. Belo Horizonte: Itatiaia/Edusp, 1982. p.89.
Coleção Reconquista do Brasil. Disponível em: . Acesso em: 1 ago.
2012.)
3. (ENEM 2012) Próximo da Igreja dedicada a São
Gonçalo nos deparamos com uma impressionante multidão que dançava ao som de
suas violas. Tão logo viram o Vice-Rei, cercaram-no e o obrigaram a dançar e
pular, exercício violento e pouco apropriado tanto para sua idade quanto
posição. Tivemos nós mesmos que entrar na dança, por bem ou por mal, e não
deixou de ser interessante ver numa igreja padres, mulheres, frades,
cavalheiros e escravos a dançar e pular misturados, e a gritar a plenos pulmões
“Viva São Gonçalo do Amarante”.
Barbinais, Le Gentil. Noveau
Voyage autour du monde. Apud: TINHORÃO, J. R. As festas no Brasil Colonial. São
Paulo: Ed. 34, 2000 (adaptado).
O viajante francês, ao descrever suas impressões sobre uma festa ocorrida em Salvador, em 1717, demonstra dificuldade em entendê-la, porque, como outras manifestações religiosas do período colonial, ela
A) seguia os preceitos advindos da hierarquia católica romana.
B) demarcava a submissão do povo à
autoridade constituída.
C) definia o pertencimento dos
padres às camadas populares.
D) afirmava um sentido comunitário
de partilha da devoção.
E) harmonizava as relações sociais
entre escravos e senhores.
4. O índio era o único elemento
então disponível para ajudar o colonizador como agricultor, pescador, guia,
conhecedor da natureza tropical e, para tudo isso, deveria ser tratado como
gente, ter reconhecidas sua inocência e alma na medida do possível. A discussão
religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade dos índios se confundiu
com uma disputa entre jesuítas e colonos. Os
padres se apresentavam como
defensores da liberdade, enfrentando a cobiça desenfreada dos colonos.
CALDEIRA, J. A nação
mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999 (adaptado).
Entre os séculos XVI e XVIII, os
jesuítas buscaram a conversão dos indígenas ao catolicismo. Essa aproximação
dos jesuítas em relação ao mundo indígena foi mediada pela
a) demarcação do território
indígena.
b) manutenção da organização
familiar.
c) valorização dos líderes
religiosos indígenas.
d) preservação do costume das
moradias coletivas.
e) comunicação pela língua geral
baseada no tupi.
.
5. (IFMG) Observe a imagem a
seguir.
A partir da análise da aquarela,
é correto afirmar que o artista apresenta os
a) africanos livres e suas belas
roupas.
b) escravos de ganho e suas
várias atividades.
c) negros displicentes e suas
múltiplas funções.
d) serviçais urbanos e suas
diferentes moradias.
e) afro-brasileiros portadores de
habilidades.
GABARITO
resposta da questão 1:
a) O candidato deve identificar e explicar dois fatores que permitiram a Portugal liderar a expansão europeia nas Grandes Navegações e na consequente ocupação de outros continentes. Poderia citar, entre outros elementos, a centralização política precoce, que permitiu a Portugal a coordenação das ações estratégicas necessárias para realização de um empreendimento de tal envergadura; a experiência anterior no comércio de longa distância, realizado inicialmente sob a hegemonia de Gênova e Veneza, bem como o envolvimento com o mundo islâmico do mediterrâneo; o desenvolvimento da arquitetura naval, permitindo o desenvolvimento da caravela, embarcação mais leve e veloz que as existentes na época e que permitia aos portugueses se aproximarem da terra firme sem encalhar; o aprimoramento das técnicas (determinação de latitudes e longitudes) e dos instrumentos de navegação (quadrante e astrolábio); o desenvolvimento de uma nova mentalidade voltada à experimentação e à verificação e não apenas à tradição, possibilitando a realização de diversas experiências e inovações.
b) O candidato, entre outros aspectos, pode destacar: os povos autóctones, cerca de 2.500.000 habitantes indígenas na época da chegada de Cabral, não constituíam uma unidade cultural, tampouco política, pois se tratavam de um conjunto variado de sociedades; os portugueses ocuparam um território, desconhecido por eles, sendo o Brasil uma construção histórica posterior, portanto é equivocado (anacronismo) pensar o território brasileiro atual para o século XVI; o Estado brasileiro será formado apenas no século XIX, quando conquistará a independência política da Europa, formando um Império; a identidade nacional brasileira, tema complexo e polêmico da historiografia, terá suas primeiras manifestações, ainda que fragmentárias, na crise do antigo sistema colonial no final do século XVIII.
resposta da questão 2:
a) O candidato deve relacionar a noção de que os escravos são as mãos e os pés dos senhores de engenho com os trabalhos na propriedade rural, do plantio ao fabrico do açúcar. Isto é, constituem as bases fundamentais da economia colonial.
b) Em relação ao tratamento dispensado aos escravos, Antonil observa que, embora seja recomendado que se empreguem os PPP, muitas vezes os castigos são mais abundantes que a vestimenta e a alimentação, ou seja, Antonil indica o desequilíbrio no tratamento dado aos escravos. Em outras palavras, recomenda aos senhores que castiguem os escravos na “medida correta”, sem exageros.
resposta da questão 3:[D]
O texto demonstra o caráter popular das festas de devoções na sociedade colonial brasileira, pois vários segmentos da sociedade participavam dessas comemorações, como escravos, padres, a elite, entre outros. Tal caráter, comum na prática religiosa católica colonial, impressionou o viajante, visto que essa forma de interação nas comemorações religiosas era incomum na Europa.
GABARITO
resposta da questão 1:
a) O candidato deve identificar e explicar dois fatores que permitiram a Portugal liderar a expansão europeia nas Grandes Navegações e na consequente ocupação de outros continentes. Poderia citar, entre outros elementos, a centralização política precoce, que permitiu a Portugal a coordenação das ações estratégicas necessárias para realização de um empreendimento de tal envergadura; a experiência anterior no comércio de longa distância, realizado inicialmente sob a hegemonia de Gênova e Veneza, bem como o envolvimento com o mundo islâmico do mediterrâneo; o desenvolvimento da arquitetura naval, permitindo o desenvolvimento da caravela, embarcação mais leve e veloz que as existentes na época e que permitia aos portugueses se aproximarem da terra firme sem encalhar; o aprimoramento das técnicas (determinação de latitudes e longitudes) e dos instrumentos de navegação (quadrante e astrolábio); o desenvolvimento de uma nova mentalidade voltada à experimentação e à verificação e não apenas à tradição, possibilitando a realização de diversas experiências e inovações.
b) O candidato, entre outros aspectos, pode destacar: os povos autóctones, cerca de 2.500.000 habitantes indígenas na época da chegada de Cabral, não constituíam uma unidade cultural, tampouco política, pois se tratavam de um conjunto variado de sociedades; os portugueses ocuparam um território, desconhecido por eles, sendo o Brasil uma construção histórica posterior, portanto é equivocado (anacronismo) pensar o território brasileiro atual para o século XVI; o Estado brasileiro será formado apenas no século XIX, quando conquistará a independência política da Europa, formando um Império; a identidade nacional brasileira, tema complexo e polêmico da historiografia, terá suas primeiras manifestações, ainda que fragmentárias, na crise do antigo sistema colonial no final do século XVIII.
resposta da questão 2:
a) O candidato deve relacionar a noção de que os escravos são as mãos e os pés dos senhores de engenho com os trabalhos na propriedade rural, do plantio ao fabrico do açúcar. Isto é, constituem as bases fundamentais da economia colonial.
b) Em relação ao tratamento dispensado aos escravos, Antonil observa que, embora seja recomendado que se empreguem os PPP, muitas vezes os castigos são mais abundantes que a vestimenta e a alimentação, ou seja, Antonil indica o desequilíbrio no tratamento dado aos escravos. Em outras palavras, recomenda aos senhores que castiguem os escravos na “medida correta”, sem exageros.
resposta da questão 3:[D]
O texto demonstra o caráter popular das festas de devoções na sociedade colonial brasileira, pois vários segmentos da sociedade participavam dessas comemorações, como escravos, padres, a elite, entre outros. Tal caráter, comum na prática religiosa católica colonial, impressionou o viajante, visto que essa forma de interação nas comemorações religiosas era incomum na Europa.
resposta da questão 4:[E]
Comentário da questão:
Questão específica sobre o contexto histórico da colonização no Brasil e a atuação dos jesuítas ao longo dos séculos XVI e XVIII. Como é sabido, os jesuítas buscaram a conversão dos indígenas ao catolicismo num claro comprometimento com o contexto da Contrarreforma. A aproximação dos membros da Companhia de Jesus com o universo indígena deveria passar primeiramente pela compreensão da língua. Assim, a comunicação pela língua geral (uma forma de língua baseada no tupi circulante no Brasil e utilizada também pelos colonos naquele período) foi a principal forma de mediação entre jesuítas e indígenas
resposta da questão 5:[B]
Comentário da questão:
resposta da questão 5:[B]
Comentário da questão:
Escravos de ganho eram aqueles
que recebiam certa quantia em dinheiro,
mas não era salário, pois não era fixo. Podiam saiam para vender produtos nas
ruas, tais como doces, salgados, refrescos, temperos, café torrado, entre
outros. Mas eles só podiam sair com a autorização dos seus donos, pois a metade
do dinheiro era destinado ao seu dono e a outra metade para o escravo.
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