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segunda-feira, 14 de março de 2016

Teste seus conhecimentos

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Mesopotâmia

28. (FUVEST 2015) A maior parte das regiões vizinhas [da antiga Mesopotâmia] caracteriza-se pela aridez e pela falta de água, o que desestimulou o povoamento e fez com que fosse ocupada por populações organizadas em pequenos grupos que circulavam pelo deserto. Já a Mesopotâmia apresenta uma grande diferença: embora marcada pela paisagem desértica, possui uma planície cortada por dois grandes rios e diversos afluentes e córregos. 
(Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.) 

A partir do texto, é correto afirmar que 
(A) os povos mesopotâmicos dependiam apenas da caça e do extrativismo vegetal para a obtenção de alimentos. 
(B) a ocupação da planície mesopotâmica e das áreas vizinhas a ela, durante a Antiguidade, teve caráter sedentário e ininterrupto.
(C) a ocupação das áreas vizinhas da Mesopotâmia tinha características nômades e os povos mesopotâmicos praticavam a agricultura irrigada. 
(D) a ocupação sedentária das regiões desérticas representava uma ameaça militar aos habitantes da Mesopotâmia. 
(E) os povos mesopotâmicos jamais puderam se sedentarizar, devido às dificuldades de obtenção de alimentos na região.
29. (IFSP 2014) Leia o texto, a seguir, que explica os mecanismos de escravização na Assíria da Antiguidade.
Os pequenos cultivadores, que tomavam valores ou mercadorias emprestados, deviam encontrar-se constantemente na impossibilidade de reembolsar seus credores, os quais se ressarciam escravizando-os. O resultado dessa situação é que pessoas arruinadas vendiam seus filhos para subsistir. Entretanto, a grande massa de escravos provinha dos prisioneiros de guerra, resultados de operações militares.
(GARELLI, Paul. Oriente próximo asiático: impérios mesopotâmicos, Israel. São Paulo: EDUSP, 1982, p.120. Adaptado)

Considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que a escravidão da Assíria antiga
(A) empregava predominantemente a mão de obra de negros africanos escravizados em batalhas.
(B) estava relacionada às práticas econômicas de empréstimos e às guerras de expansão territorial.
(C) resultava do excesso populacional na Assíria durante o período de expansão do Império Islâmico.
(D) baseava-se na discriminação racial aos povos de origem judaica que circulavam como nômades.
(E) organizava-se de acordo com o modelo econômico mercantilista, visando à acumulação de capitais.

30. (UFRR 2015) O Iraque, país localizado no Oriente Médio, atualmente, convivendo com instabilidade política e social, bem como, ameaças de grupos terroristas, já foi palco de uma importante civilização da antiguidade denominada Mesopotâmia. 

Sobre esta importante civilização pode se afirmar que: 
A) foi a primeira civilização da História, era formada de povos nômades que mudavam-se constantemente em busca de alimentos; 
B) é considerada o berço da civilização, pois foi o primeiro povo que utilizou instrumentos importantes que, posteriormente, deram origem à medicina; 
C) foi a primeira civilização que cultivou o milho e a cevada dando início assim a agricultura, e o sistema era plantation; 
D) foi pioneira na utilização da escrita, da matemática e da astronomia; 
E) foi a primeira civilização a praticar o cultivo dos alimentos dando início ao que mais tarde chamou-se agricultura, o primeiro e principal produto era o café.

GABARITO
Resposta da questão 28:[C]
Resposta da questão 29:[B]
Resposta da questão 30:[D]


Revolução Francesa

31. (ENEM 2010) Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem.
HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT, M. (Org.) História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (adaptado).

O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa?
A) À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política dominante.
B) Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia.
C) A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e queriam reorganizar a França internamente.
D) À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato, com os intelectuais iluministas, desejava extinguir o absolutismo francês.
E) Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam justiça social e direitos políticos.

32. (ENEM) Algumas transformações que antecederam a Revolução Francesa podem ser exemplificadas pela mudança de significado da palavra "restaurante". Desde o final da Idade Média, a palavra 'restaurant' designava caldos ricos, com carne de aves e de boi, legumes, raízes e ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, um local onde se vendiam esses caldos, usados para restaurar as forças dos trabalhadores. Nos anos que precederam a Revolução, em 1789, multiplicaram-se diversos 'restaurateurs', que serviam pratos requintados, descritos em páginas emolduradas e servidos não mais em mesas coletivas e mal cuidadas, mas individuais e com toalhas limpas. Com a Revolução, cozinheiros da corte e da nobreza perderam seus patrões, refugiados no exterior ou guilhotinados, e abriram seus restaurantes por conta própria. Apenas em 1835, o Dicionário da Academia Francesa oficializou a utilização da palavra restaurante com o sentido atual.

A mudança do significado da palavra restaurante ilustra
a) a ascensão das classes populares aos mesmos padrões de vida da burguesia e da nobreza.
b) a apropriação e a transformação, pela burguesia, de hábitos populares e dos valores da nobreza.
c) a incorporação e a transformação, pela nobreza, dos ideais e da visão de mundo da burguesia.
d) a consolidação das práticas coletivas e dos ideais revolucionários, cujas origens remontam à
Idade Média.
e) a institucionalização, pela nobreza, de práticas coletivas e de uma visão de mundo igualitária.

33. (UECE 2014) “Quem era a burguesia? Eram os escritores, os doutores, os professores, os advogados, os juízes, os funcionários – as classes educadas; eram os mercadores, os fabricantes, os banqueiros – as classes abastadas, que já tinham direitos e queriam mais.
Acima de tudo, queriam – ou melhor, precisavam – lançar fora o jugo da lei feudal numa sociedade que realmente já não era feudal. Precisavam deitar fora o apertado gibão feudal e substituí-lo pelo folgado paletó capitalista. Encontraram a expressão de suas necessidades no campo econômico, nos escritos dos fisiocratas de Adam Smith; e a expressão de suas necessidades, no campo social, nos trabalhos de Voltaire, Diderot e dos enciclopedistas. O laissez-faire no comércio e indústria teve sua contrapartida no ‘domínio da razão’ na religião e na ciência.”
HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. 21ª ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 1986, p. 149.

Essa Burguesia, descrita por Leo Huberman, foi responsável por uma das principais transformações políticas e sociais, que teve um impacto duradouro na história do país onde ocorreu e, mais amplamente, em todo o continente europeu. Essa Burguesia está ligada à
a) Revolução Gloriosa, de 1688 a 1689.
b) Revolução Francesa, de 1789 a 1799.
c) Revolução Russa, de 1917.
d) Revolução de Avis, de 1383 a 1385.

34. (FUVEST 2013) Oh! Aquela alegria me deu náuseas. Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e descontente. E eu disse: tanto melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo comum estava tomando a justiça em suas mãos. Aprovo essa justiça, mas poderia não ser cruel? Castigos de todos os tipos, arrastamentos e esquartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, a fogueira, verdugos proliferando por toda parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos costumes! Nossos senhores colherão o que semearam.
Graco Babeuf, citado por R. Darnton. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado.

O texto é parte de uma carta enviada por Graco Babeuf à sua mulher, no início da Revolução Francesa de 1789. O autor
a) discorda dos propósitos revolucionários e defende a continuidade do Antigo Regime, seus métodos e costumes políticos.
b) apoia incondicionalmente as ações dos revolucionários por acreditar que não havia outra maneira de transformar o país.
c) defende a criação de um poder judiciário, que atue junto ao rei.
d) caracteriza a violência revolucionária como uma reação aos castigos e à repressão antes existentes na França.
e) aceita os meios de tortura empregados pelos revolucionários e os considera uma novidade na história francesa.

GABARITO
Resposta da questão 31:[E]
Resposta da questão 32:[B]
Resposta da questão 33:[B]
Resposta da questão 34:[D]


Economia colonial na América Portuguesa

31. (ENEM) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.

Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de
A) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.
B) os árabes serem aliados históricos dos portugueses
C) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente.
D) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.
E) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante.

32. (VUNESP 2012) Observe o seguinte trecho do Tratado de Methuen.
Artigo 1º  – Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal promete admitir para sempre de aqui em diante, no Reino de Portugal, os panos de lã e mais fábricas de lanifício da Inglaterra.
Artigo 2º  – É estipulado que Sua sagrada e Real Majestade Britânica será obrigada para sempre, de aqui em diante, de admitir na Grã-Bretanha os vinhos de Portugal, de sorte que em tempo algum não se poderá exigir direitos de Alfândega nestes vinhos.
Tratado de Methuen – 1703. In: Nelson Werneck Sodré, As Razões da Independência. Adaptado.

Entre outros fatores, foi devido ao Tratado de Methuen que:
a) as manufaturas têxteis se desenvolveram muito no Brasil.
b) Inglaterra e Portugal foram os primeiros países a se industrializarem.
c) a burguesia portuguesa enriqueceu e lutou contra a monarquia.
d) o ouro explorado no Brasil foi transferido para a Inglaterra.
e) Portugal diminuiu o seu interesse pela exploração da colônia.

33. (VUNESP) "E o pior é que a maior parte do ouro que se tira das minas passa em pó e em moedas para os reinos estranhos e a menor é a que fica em Portugal e nas cidades do Brasil, salvo o que se gasta em cordões, arrecadas e outros brincos, dos quais se vêem hoje carregadas as mulatas de mau viver e as negras, muito mais que as senhoras".
(André João Antonil. "Cultura e opulência do Brasil", 1711.)

No trecho transcrito, o autor denuncia:
 a) a corrupção dos proprietários de lavras no desvio de ouro em seu próprio benefício e na compra de escravos.
b) a transferência do ouro brasileiro para outros países em decorrência de acordos comerciais internacionais de Portugal.
c) o prejuízo para o desenvolvimento interno da colônia e da metrópole gerado pelo contrabando de ouro brasileiro.
d) o controle do ouro por funcionários reais preocupados em esbanjar dinheiro e dominar o poder local.
e) a ausência de controle fiscal português no Brasil e o desvio de ouro para o exterior pelos escravos e mineradores ingleses.

34. (FUVEST 2013) A economia das possessões coloniais portuguesas na América foi marcada por mercadorias que, uma vez exportadas para outras regiões do mundo, podiam alcançar alto valor e garantir, aos envolvidos em seu comércio, grandes lucros. 

Além do açúcar, explorado desde meados do século XVI, e do ouro, extraído regularmente desde fins do XVII, merecem destaque, como elementos de exportação presentes nessa economia:
a) tabaco, algodão e derivados da pecuária.
b) ferro, sal e tecidos.
c) escravos indígenas, arroz e diamantes.
d) animais exóticos, cacau e embarcações.
e) drogas do sertão, frutos do mar e cordoarias.

GABARITO
Resposta da questão 31:[A]
Resposta da questão 32:[D]
Resposta da questão 33:[C]

Resposta da questão 34:[A]

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Teste seus conhecimentos

EGITO ANTIGO

1. (UEL 2015) Leia a citação e analise a figura a seguir.
“Construir é uma atividade fundamental para o soberano egípcio.”
(DESPLANCQUES, S. Egito Antigo. Porto Alegre: L&PM, 2009. p.28. Coleção L&PM Pocket. Série Encyclopaedia.)

(Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6c/Egypt.Giza.Sphinx.02.jpg/800px-Egypt.Giza.Sphinx.02.jpg>.
Acesso em: 2 out. 2014.)
A citação da historiadora Sophie Desplancques faz alusão ao Egito Antigo, especificamente ao período conhecido como Antigo Império, considerado uma fase de estabilidade política por parte significativa da historiografia, bem como uma “idade de ouro” de sua civilização, por parte dos próprios egípcios.
Com base na citação, na figura e nos conhecimentos sobre o Antigo Império, explique um elemento que transmita a noção de poder ligada aos Faraós no Egito Antigo.




2. (FUVEST) No antigo Egito e na Mesopotâmia, assim como nos demais lugares onde foi inventada, a escrita esteve vinculada ao poder estatal. Este, por sua vez, dependeu de um certo tipo de economia para surgir e se desenvolver. Considerando as afirmações acima, explique as relações entre:
a) escrita e Estado;
b) Estado e economia.

3. (FUVEST) Caracterize as relações entre os camponeses e o Estado no Egito antigo.









4. (FUVEST) A partir do III milênio a. C. desenvolveram-se, nos vales dos grandes rios do Oriente Próximo, como o Nilo, o Tigre e o Eufrates, estados teocráticos, fortemente organizados e centralizados e com extensa burocracia. Uma explicação para seu surgimento é
a) a revolta dos camponeses e a insurreição dos artesãos nas cidades, que só puderam ser contidas pela imposição dos governos autoritários.
b) a necessidade de coordenar o trabalho de grandes contingentes humanos, para realizar obras de irrigação.
c) a influência das grandes civilizações do Extremo Oriente, que chegou ao Oriente Próximo através das caravanas de seda.
d) a expansão das religiões monoteístas, que fundamentavam o caráter divino da realeza e o poder absoluto do monarca.
e) a introdução de instrumentos de ferro e a consequente revolução tecnológica, que transformou a agricultura dos vales e levou à centralização do poder.




5. (UFRS 2011) Na África, durante a Antiguidade, entre 3000 a.C. e 322 a.C., desenvolveu-se o primeiro Império unificado historicamente  conhecido, cuja longevidade e continuidade ainda despertam a atenção de arqueólogos e historiadores. Esse império
a) legou a humanidade códigos e compilações de leis.
b) desenvolveu a escrita alfabética, dominada por amplos setores da sociedade.
c) retinha parcela insignificante do excedente econômico disponível.
d) sustentou a crença de que o caráter divino dos reis se transmitia exclusivamente pela via paterna.
e) dependia das cheias do rio Nilo para a prática da agricultura.


GABARITO
resposta da questão 1: 
O candidato deve descrever uma característica da noção de poder ligada aos faraós no Egito Antigo presente na foto. Entre outros elementos, poderia citar que o faraó concentrava muito poder, resultando variadas atribuições: era o chefe do exército e liderava as tropas em guerras; a preservação e a ampliação das fronteiras do império egípcio; o comando do governo; sendo considerado de origem divina, o faraó era o senhor das terras, dos bens e dos homens. Somente um soberano com um poder ilimitado como o do faraó poderia coordenar os trabalhos de construção das edificações mostradas na imagem. O candidato pode indicar ainda a concepção religiosa egípcia que era um fator importante para motivar os faraós a construírem as pirâmides, uma vez que elas continham câmaras mortuárias, preservando o seu legado por toda a eternidade.

resposta da questão 2:

a) Na Antiguidade, a escrita foi um dos fatores que permitiu organizar a estrutura burocrática do Estado. Por  meio dela, foi possível ter controle sobre as propriedades e os benefícios gerados pelos trabalhadores de uma sociedade rigorosamente hierarquizada.
b) O Estado se constituiu numa forma complexa de organização social, que empreendeu junto a rios grandes obras de irrigação, aumentando as áreas agricultáveis. Favoreceu ainda o comércio, regulamentando-o e, por  ação militar, garantindo a sua segurança.

resposta da questão 3: 

O Estado é proprietário das terras, planejando a economia e a organização da produção feita pelos camponeses. O Estado armazena e distribui a produção.

resposta da questão 4:[B]


resposta da questão 5:[E]
Esse enunciado refere-se ao Egito, Estado Teocrático organizado por volta de 3200 a.C., a partir de comunidades de camponeses estabelecidas ao longo do rio Nilo. O Egito desenvolveu uma economia agrária extremamente dependente do regime de cheias e vazantes do rio, daí ser considerado uma sociedade hidráulica.

REVOLUÇÃO FRANCESA
1. (Ufv 2004) Na noite de 14 de julho de 1789, em Paris, Luís XVI recebeu do duque de La Rochefoucauld-Liancourt a notícia da queda da Bastilha e da deserção das tropas reais frente ao ataque popular. O famoso diálogo que se travou entre o rei e seu mensageiro é breve e revelador. O rei, segundo consta, exclamou:
"Isto é uma revolta"; e Liancourt corrigiu-o: "Não, Senhor, isto é uma revolução".
(Adaptado de: ARENDT, Hannah. "Da Revolução". São Paulo: Ática; Brasília: Editora da UNB,1988, p.38.)

Com base nesse diálogo e nos seus conhecimentos sobre a Revolução Francesa, responda:
a) Por que os populares investiram contra a Bastilha?
b) Diferencie, do ponto de vista conceitual, "revolta" e "revolução".



2. (UERJ) O dia 14 de julho de 1789, data da queda da Bastilha, é considerado pelos historiadores um marco da Revolução Francesa.
Considerando o contexto político da França em 1789, explique a importância simbólica da queda da Bastilha para o movimento revolucionário francês.
Apresente, também, duas propostas da Revolução Francesa que ainda façam parte da ordem política contemporânea.

3. (PUC-RIO 2005)  Em princípios de 1789, a França era uma sociedade do Antigo Regime. A crise dessa estrutura manifestou-se ao longo desse ano, dando início a um período de transformações que se estendeu por dez anos: a Revolução Francesa.

a) INDIQUE 3 (três) características de natureza político-social da sociedade do Antigo Regime na França.
b) INDIQUE 3 (três) transformações operadas durante o 1° momento da Revolução Francesa - a "Era das Instituições" (1789 -1792) - que evidenciam o caráter revolucionário dessa experiência histórica.



4. (UFPR 2016) Considere os seguintes excertos produzidos no contexto da Revolução Francesa (1789-1799):

Compare as duas declarações e assinale a alternativa que identifica a principal diferença entre o texto de 1789 e o de 1791.
a) O texto de 1791 estabelece direitos e obrigações detalhados e separados para homens e mulheres na política e nos negócios, conforme o projeto burguês de sociedade, enquanto o texto de 1789 defende um ideal universalista, sem distinção social.
b) O texto de 1789 defende direitos universais, sem explicitar a questão de gênero, enquanto o texto de 1791 defende a igualdade de direitos entre os gêneros, reivindicando a atuação feminina em assuntos considerados masculinos, como a política e os negócios.
c) O texto de 1791 defende a luta contra a opressão das mulheres após séculos de dominação monárquica na França, enquanto o texto de 1789 é contra a opressão masculina causada pela predominância do clero e da nobreza sobre o terceiro estado.
d) O texto de 1789 utiliza o termo “homem” para designar a todo o conjunto de cidadãos, sem distinção de classe e origem, enquanto o texto de 1791 substitui “homem” por “mulher”, a fim de reivindicar direitos exclusivos para as cidadãs da classe burguesa.
e) O texto de 1789 defende que nenhum direito é válido se não incluir todos os cidadãos, enquanto o texto de 1791 contradiz esse princípio ao privilegiar as mulheres, que reivindicavam maior espaço na sociedade após a morte da Rainha Maria Antonieta.




5. (IFPE 2016) “O governo revolucionário tem necessidade de uma atividade extraordinária, precisamente porque ele está em guerra. Suas regras não são uniformes nem rigorosas, porque as circunstâncias são tumultuadas e inconstantes (...). O governo revolucionário não tem nada em comum com a anarquia nem com a desordem. Sua meta, ao contrário, é de as reprimir para implantar e consolidar o reinado das leis.”
 Discurso de Robespierre diante da Convenção, 25 de dezembro de 1793. In: COSTA, M.; DOUBLET, F. (coord.). Histoire Géographie, 4ª ed. Paris: Magnard, 1998. p. 60.

Durante a Revolução Francesa, ao assumir a direção da Convenção (1792-1794), os jacobinos adotaram medidas para conter as forças contrarrevolucionárias. O discurso de Robespierre, ao afirmar que as ações do governo revolucionário não podem estar submetidas a regras uniformes e rigorosas, procurava justificativas para
a) a criação do Tribunal Revolucionário, para julgar os suspeitos de atitudes contrarrevolucionárias. Muitas vezes, o destino dessas pessoas era a morte na guilhotina.
b) a instituição do voto censitário, sendo assim apenas pessoas com posses poderiam exercer o poder de voto e se candidatar para mandatos eletivos.
c) a convocação dos Estados Gerais, órgão consultivo formado por representantes dos três estados e que não se reunia desde 1614.
d) a criação do Diretório, órgão que desempenhava o poder Executivo e era composto de cinco pessoas eleitas entre os deputados.
e) a coroação de Napoleão Bonaparte, definida a partir de um plebiscito que aprovou o fim do Consulado e a transformação da França em Império.


 

GABARITO

resposta da questão 1:
 a) Os milhares de populares franceses tomaram a Bastilha em busca de pólvora após terem tomado as armas do Arsenal dos Inválidos e por ser um símbolo do absolutismo monárquico francês, pois nela eram encarcerados os opositores da realeza.

b) Uma revolta limita-se à reação violenta de um ou mais grupos a uma situação opressora conjuntural e com características muito peculiares.
Uma revolução significa alterações profundas nas estruturas econômicas, sociais, políticas e culturais em uma determinada sociedade, levando a rupturas e fazendo surgir novas formas de organização, novos valores e conceitos. 

resposta da questão 2:

A Bastilha era uma carceragem utilizada pelo regime absolutista francês para aprisionar seus inimigos políticos. Sua queda, em 1789, representou simbolicamente a vitória dos ideais revolucionários diante do Antigo Regime e o início da Revolução Francesa, movimento que ajudou a consolidar as ideias iluministas, base da filosofia liberal.

A ordem política da maioria das sociedades ocidentais contemporâneas - a democracia liberal - é devedora de muitas dessas propostas, tais como direito ao voto, soberania popular, cidadania política, liberdade de religião, liberdade de expressão, igualdade perante a lei, sistema político representativo, estabelecimento do sistema republicano, estabelecimento de regimes parlamentares e divisão do poder político em três instâncias - Executivo, Legislativo e Judiciário.



resposta da questão 3:
 a) Alguns exemplos:
- o caráter estamental dessa sociedade,
- o fato de a nobreza e o clero serem estamentos privilegiados,
- o fato de caber à burguesia e às camadas populares toda a carga tributária,
- a vigência de uma monarquia absoluta,
- a legitimação do poder absoluto do monarca por meio da teoria do direito divino,
- o caráter consultivo e não deliberativo da Assembleia dos Estados Gerais,
- a concentração de poderes executivos, legislativos e judiciários e religiosos nas mãos do monarca,
- a subordinação da Igreja ao Estado.

b) Alguns exemplos de transformações:
- o estabelecimento de uma monarquia constitucional,
- o estabelecimento de três poderes: executivo, legislativo e judiciário,
- o fim dos privilégios,
- a abolição dos direitos feudais,
- a instituição da igualdade jurídica,
- o estabelecimento da liberdade de culto,
- o estabelecimento da liberdade de expressão,
- a afirmação da inviolabilidade da propriedade. 

resposta da questão 4:[B] 

A questão de gênero é a principal diferença entre os dois textos. Está presente no segundo e nem sequer é citada no primeiro.
 
resposta da questão 5:[A]
A questão remete a Revolução Francesa, 1789-1799, em especial ao período da Convenção Nacional, 1792-1795. Em meados de 1793, os Jacobinos com apoio dos sans culotes assumiram o poder dentro da Convenção Nacional e implantaram um governo ancorado em reformas sociais significativas e o terrorismo através da guilhotina. Robespierre, “o incorrupitível”, apoiado nas ideias do filósofo iluminista Rousseau tornou-se o maior líder dos jacobinos. Nesse período foram criados comitês como o de “Salvação Nacional” e de “Salvação Pública” que julgavam os opositores da revolução.



AMÉRICA PORTUGUESA


1. (UEL 2014) Leia o texto a seguir.
Tocadas em 1500 pelos homens de Pedro Álvares Cabral, as terras que hoje são brasileiras foram desde então oficialmente incorporadas à coroa portuguesa. Se haviam sido frequentadas antes, como sugere o Esmeraldo de Situ Orbis, e defendem alguns historiadores portugueses, disso não ficou maior registro, e não há, pois, como fugir da data consagrada e recentemente celebrada – para o bem e para o mal – por brasileiros e portugueses. Descoberto oficialmente, pois, em 1500, sob o pontificado de Alexandre VI Borgia, não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem brasileiros. Vários são os sentidos dessa não existência.
(Adaptado de: SOUZA, L. M. O nome do Brasil. Revista de História. São Paulo, 2001. n.145. p.61-86. Disponível em: <http://revhistoria. usp.br/images/stories/revistas/145/RH-145_-_Laura_de_Mello_e_Souza.pdf>. Acesso em: 7 jun. 2013.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, responda aos itens a seguir.
a) Cite e explique 2 fatores que possibilitaram o pioneirismo do Estado português nas Grandes Navegações.
b) Explique o que a historiadora e autora desse texto, Laura de Mello e Souza, quer dizer com a seguinte passagem: “não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem brasileiros.”.




2. (Uel 2013) Leia o texto a seguir, escrito pelo Padre Antonil em 1711. 
Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar a fazenda, nem ter engenho corrente. E do modo como se há com eles, depende tê-los bons ou maus para o serviço. Por isso, é necessário comprar cada ano algumas peças e reparti-las pelos partidos, roças, serrarias e barcas. E porque comumente são de nações diversas, e uns mais boçais que outros e de forças muito diferentes, se há de fazer a repartição com reparo e escolha, e não às cegas. No Brasil, costumam dizer que para o escravo são necessários PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo, dado por qualquer causa pouco provada, ou levantada; e com instrumentos de muito rigor, ainda quando os crimes são certos, de que se não usa nem com os brutos animais... 
(Adaptado de: ANTONIL, A. J. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas. 3.ed. Belo Horizonte: Itatiaia/Edusp, 1982. p.89. Coleção Reconquista do Brasil. Disponível em: . Acesso em: 1 ago. 2012.) 

a) Considerando o Período Colonial brasileiro, explique a afirmativa “Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho”. 

b) Qual a posição assumida pelo Padre Antonil frente ao tratamento dispensado aos escravos?



3. (ENEM 2012) Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos deparamos com uma impressionante multidão que dançava ao som de suas violas. Tão logo viram o Vice-Rei, cercaram-no e o obrigaram a dançar e pular, exercício violento e pouco apropriado tanto para sua idade quanto posição. Tivemos nós mesmos que entrar na dança, por bem ou por mal, e não deixou de ser interessante ver numa igreja padres, mulheres, frades, cavalheiros e escravos a dançar e pular misturados, e a gritar a plenos pulmões “Viva São Gonçalo do Amarante”.
Barbinais, Le Gentil. Noveau Voyage autour du monde. Apud: TINHORÃO, J. R. As festas no Brasil Colonial. São Paulo: Ed. 34, 2000 (adaptado).

O viajante francês, ao descrever suas impressões sobre uma festa ocorrida em Salvador, em 1717, demonstra dificuldade em entendê-la, porque, como outras manifestações religiosas do período colonial, ela

A) seguia os preceitos advindos da hierarquia católica romana.
B) demarcava a submissão do povo à autoridade constituída.
C) definia o pertencimento dos padres às camadas populares.
D) afirmava um sentido comunitário de partilha da devoção.
E) harmonizava as relações sociais entre escravos e senhores.





4. O índio era o único elemento então disponível para ajudar o colonizador como agricultor, pescador, guia, conhecedor da natureza tropical e, para tudo isso, deveria ser tratado como gente, ter reconhecidas sua inocência e alma na medida do possível. A discussão religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade dos índios se confundiu com uma disputa entre jesuítas e colonos. Os
padres se apresentavam como defensores da liberdade, enfrentando a cobiça desenfreada dos colonos.

CALDEIRA, J. A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999 (adaptado).

Entre os séculos XVI e XVIII, os jesuítas buscaram a conversão dos indígenas ao catolicismo. Essa aproximação dos jesuítas em relação ao mundo indígena foi mediada pela
a) demarcação do território indígena.
b) manutenção da organização familiar.
c) valorização dos líderes religiosos indígenas.
d) preservação do costume das moradias coletivas.
e) comunicação pela língua geral baseada no tupi.

.

5. (IFMG) Observe a imagem a seguir.
A partir da análise da aquarela, é correto afirmar que o artista apresenta os
a) africanos livres e suas belas roupas.
b) escravos de ganho e suas várias atividades.
c) negros displicentes e suas múltiplas funções.
d) serviçais urbanos e suas diferentes moradias.
e) afro-brasileiros portadores de habilidades.


GABARITO

resposta da questão 1:

a) O candidato deve identificar e explicar dois fatores que permitiram a Portugal liderar a expansão europeia nas Grandes Navegações e na consequente ocupação de outros continentes. Poderia citar, entre outros elementos, a centralização política precoce, que permitiu a Portugal a coordenação das ações estratégicas necessárias para realização de um empreendimento de tal envergadura; a experiência anterior no comércio de longa distância, realizado inicialmente sob a hegemonia de Gênova e Veneza, bem como o envolvimento com o mundo islâmico do mediterrâneo; o desenvolvimento da arquitetura naval, permitindo o desenvolvimento da caravela, embarcação mais leve e veloz que as existentes na época e que permitia aos portugueses se aproximarem da terra firme sem encalhar; o aprimoramento das técnicas (determinação de latitudes e longitudes) e dos instrumentos de navegação (quadrante e astrolábio); o desenvolvimento de uma nova mentalidade voltada à experimentação e à verificação e não apenas à tradição, possibilitando a realização de diversas experiências e inovações. 

b) O candidato, entre outros aspectos, pode destacar: os povos autóctones, cerca de 2.500.000 habitantes indígenas na época da chegada de Cabral, não constituíam uma unidade cultural, tampouco política, pois se tratavam de um conjunto variado de sociedades; os portugueses ocuparam um território, desconhecido por eles, sendo o Brasil uma construção histórica posterior, portanto é equivocado (anacronismo) pensar o território brasileiro atual para o século XVI; o Estado brasileiro será formado apenas no século XIX, quando conquistará a independência política da Europa, formando um Império; a identidade nacional brasileira, tema complexo e polêmico da historiografia, terá suas primeiras manifestações, ainda que fragmentárias, na crise do antigo sistema colonial no final do século XVIII.

resposta da questão 2:

a) O candidato deve relacionar a noção de que os escravos são as mãos e os pés dos senhores de engenho com os trabalhos na propriedade rural, do plantio ao fabrico do açúcar. Isto é, constituem as bases fundamentais da economia colonial. 


b) Em relação ao tratamento dispensado aos escravos, Antonil observa que, embora seja recomendado que se empreguem os PPP, muitas vezes os castigos são mais abundantes que a vestimenta e a alimentação, ou seja, Antonil indica o desequilíbrio no tratamento dado aos escravos. Em outras palavras, recomenda aos senhores que castiguem os escravos na “medida correta”, sem exageros.


resposta da questão 3:[D] 

O texto demonstra o caráter popular das festas de devoções na sociedade colonial brasileira, pois vários segmentos da sociedade participavam dessas comemorações, como escravos, padres, a elite, entre outros. Tal caráter, comum na prática religiosa católica colonial, impressionou o viajante, visto que essa forma de interação nas comemorações religiosas era incomum na Europa.

resposta da questão 4:[E]  
Comentário da questão: 
Questão específica sobre o contexto histórico da colonização no Brasil e a atuação dos jesuítas ao longo dos séculos XVI e XVIII. Como é sabido, os jesuítas buscaram a conversão dos indígenas ao catolicismo num claro comprometimento com o contexto da Contrarreforma. A aproximação dos membros da Companhia de Jesus com o universo indígena deveria passar primeiramente pela compreensão da língua. Assim, a comunicação pela língua geral (uma forma de língua baseada no tupi circulante no Brasil e utilizada também pelos colonos naquele período) foi a principal forma de mediação entre jesuítas e indígenas

resposta da questão 5:[B]
Comentário da questão:

Escravos de ganho eram aqueles que recebiam  certa quantia em dinheiro, mas não era salário, pois não era fixo. Podiam saiam para vender produtos nas ruas, tais como doces, salgados, refrescos, temperos, café torrado, entre outros. Mas eles só podiam sair com a autorização dos seus donos, pois a metade do dinheiro era destinado ao seu dono e a outra metade para o escravo.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Confira a correção do Simulado 1

Simulado 

EGITO ANTIGO

28. (FUVEST 2015) As imagens revelam

a) o caráter familiar do cultivo agrícola no Oriente Próximo, dada a escassez de mão de obra e a proibição, no antigo Egito, do trabalho compulsório.
b) a inexistência de qualquer conhecimento tecnológico que permitisse o aprimoramento da produção de alimentos, o que provocava longas temporadas de fome.
c) o prevalecimento da agricultura como única atividade econômica, dada a impossibilidade de caça ou pesca nas regiões ocupadas pelo antigo Egito.
d) a dificuldade de acesso à água em todo o Egito, o que limitava as atividades de plantio e inviabilizava a criação de gado de maior porte.
e) a importância das atividades agrícolas no antigo Egito, que ocupavam os trabalhadores durante aproximadamente metade do ano.


29. (UEPA 2014) Os escribas do Egito antigo ocupavam uma posição subalterna na hierarquia administrativa governamental frente à aristocracia burocrática. Sua posição social era inferior em relação aos conselheiros do Faraó, aos chefes da administração, à nobreza territorial, à elite militar e aos sacerdotes. Mas as características de seu ofício os afastavam de trabalhos forçados e das arbitrariedades das elites, que subjugavam e exploravam camponeses livres e escravos de origem estrangeira. Tal condição privilegiada se explicava:
a) pelas possibilidades de ascensão social dos escribas que, em função do sucesso de suas carreiras, poderiam ocupar posições no alto escalão da administração pública.
b) por serem provenientes do meio social dos felás, camponeses livres, que investiam na formação educacional de seus filhos mais inclinados ao serviço público.
c) pelo domínio dos escribas dos segredos da escrita demótica e dos hieróglifos, do cálculo e, por conseguinte, da organização das atividades da administração pública.
d) pelo domínio exclusivo dos escribas do idioma escrito, da matemática, da agrimensura e dos processos administrativos em geral.
e) pela dependência direta de faraós e altos funcionários reais relativa aos conhecimentos dos escribas, que formavam uma corporação intelectual dotada de poder político.


30. (UEA 2013) Os egípcios da Antiguidade acreditavam que a vida continuava no além-túmulo e que, para isso, era preciso que o ambiente social, em que os donos dos túmulos viveram, fosse representado nas suas paredes.

(Tumba de Nakht, 1.400 a.C.)

Essas pinturas da tumba de Nakht, escriba do Império, representam
a) as intervenções e modificações realizadas pelos antigos egípcios no mundo natural, por meio de técnicas e conhecimentos adquiridos.
b) as secas periódicas, que afligiam os antigos egípcios e resultavam do baixo índice pluviométrico nas cabeceiras do rio Nilo.
c) os conflitos sociais presentes na antiga sociedade egípcia que opunham a nobreza aos altos funcionários públicos.
d) o poder teocrático dos faraós que eram considerados filhos do deus Sol e, devido a isso, justos e infalíveis.
e) a falta de habilidade dos antigos pintores egípcios, incapazes de retratar a vida cotidiana da população.


GABARITO
Resposta da questão 28: [E]
As ilustrações referem-se às práticas agrícolas no Antigo Egito, favorecidas pela fertilidade do solo, decorrente das cheias do Nilo, e da evolução de técnicas para irrigar, arar e ceifar.
Obs.: Usualmente, a história do Antigo Egito é dividida em “Impérios” (Antigo, Médio e Novo), no lugar da expressão “Reinos”.

Resposta da questão 29:[C]
Os escribas eram os únicos do Egito Antigo a dominar a leitura e a escrita dos hieróglifos. Essa condição dava a essa classe social certo privilégio dentro da organização social do Estado, colocando os escribas acima dos camponeses e escravos.

Resposta da questão 30:[A]
Os egípcios realizaram grandes intervenções no meio natural para melhor aproveitarem as potencialidades hídricas do rio Nilo e assim conseguirem grandes realizações.







REVOLUÇÃO FRANCESA
31. (Mackenzie) A charge da época, reproduzida abaixo, retrata o jogo de relações sociais da França pré-revolucionária.

A esse respeito, é correto afirmar que:
a) a França era estruturada em uma sociedade estamental, dividida em três Estados, sendo o Terceiro Estado composto, desde a alta burguesia até as camadas populares, incidindo sobre estas todas as tributações.
b) apesar de a França ter uma sociedade dividida em estamentos, não havia conflitos de classes, pois a Igreja, por meio da teoria do direito divino, garantia a imobilidade social.
c) o povo permanecia obediente ao seu monarca, havendo o respaldo da Igreja, que doutrinava seus fiéis a se submeterem à vontade de Deus, que apoiava uma estrutura social hierarquizada.
d) o povo, que formava o Primeiro Estado, arcava com as pesadas tributações impostas pelo monarca absoluto.
e) a estrutura social francesa denunciava ser a divisão em Ordens correspondente à realidade existente no país, na qual um indivíduo poderia ascender socialmente.


32. (FUVEST)  O que é o Terceiro Estado?
          O plano desse escrito é muito simples. Temos três questões a tratar:
          1. O que é o Terceiro Estado? Tudo.
          2. Que foi ele até a presente ordem política? Nada.
          3. Que solicita? Tornar-se alguma coisa.
SIEYÈS, Abade. “O que é o Terceiro Estado?”. Janeiro de 1789. In: MELLO, L.; COSTA, L. História moderna e contemporânea. São Paulo: Scipione, 1999. p.155.

Esse trecho é parte do panfleto "O que é o Terceiro Estado", escrito por Sieyès, em 1789, nos meses que antecederam a eclosão da Revolução Francesa. No processo revolucionário francês, o papel do Terceiro Estado, ou seja, dos segmentos sociais que não pertenciam à nobreza e ao clero, foi fundamental porque
a) negociou com o Estado absolutista a concessão de alguns direitos sem, no entanto, subverter a ordem do Antigo Regime.
b) encaminhou ao Poder Judiciário suas reivindicações e promoveu ações de conscientização de seus direitos em todo o país.
c) defendeu seus direitos sem atacar diretamente os privilégios que a nobreza e o clero desfrutavam desde os tempos feudais.
d) reivindicou a supressão do privilégio da isenção fiscal para a nobreza e o clero, o que permitiu o reequilíbrio financeiro da nação.
e) lutou contra a ordem vigente na França, precipitando uma insurreição armada que destruiu o Antigo Regime naquele país.


33. A Revolução Francesa representou um marco na História Ocidental por seu caráter de ruptura em relação ao Antigo Regime.
Entre as características da crise do Antigo Regime, na França, está:
a) a crescente mobilização do Terceiro Estado, liderado pela burguesia, contra os privilégios do clero e da nobreza.
b) o desequilíbrio econômico da França, decorrente da Revolução Industrial.
c) a retomada da expansão comercial francesa, liderada por Colbert.
d) o apoio da Monarquia às sucessivas rebeliões camponesas contrárias à nobreza.
e) o fortalecimento da Monarquia dos Bourbons, após a participação vitoriosa na Guerra de Independência dos EUA.

34. (PUCPR 2016) A Revolução Francesa foi um dos momentos mais importantes no processo de formação do mundo contemporâneo. Foi um movimento violento que sepultou o absolutismo na cena política e o mercantilismo na economia, tendo um papel de grande destaque a burguesia, interessada em instituir um regime que atendesse aos seus interesses. Durante a revolução tomou forma um corpo legislativo denominado Assembleia Nacional, que tomou parte central na consolidação das reformas objetivadas pela revolução.

Dentre as principais reformas realizadas na fase moderada da Revolução Francesa (1789-1791), pela Assembleia Nacional, podemos citar CORRETAMENTE:
a) Abolição dos privilégios especiais do clero e da nobreza; Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; subordinação da Igreja ao Estado; elaboração de uma constituição para a França; reformas administrativas e judiciárias; e ajuda à economia francesa.
b) Declaração Universal dos Direitos Humanos; elaboração do Edito de Nantes, que dava liberdade religiosa para os não católicos; criação do Banco da França; legalização da anexação dos territórios da margem esquerda do Reno; elaboração do Código Civil Francês.
c) Criação do Código Civil Francês; criação do Banco da França; elaboração da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; elaboração das primeiras leis trabalhistas que proibiam o trabalho infantil; concessão do direito ao voto às mulheres.
d) Direito de voto para todos os homens, independente da renda; favorecimento de legislação que incentivava o capitalismo comercial; reforma do sistema educacional com a criação dos liceus clássicos e de ofícios; maior autonomia para as províncias históricas da França; criação de uma estrutura descentralizada de governo na França.
e) Regulamentação das leis trabalhistas na França; extensão do direito de voto para todos os homens e mulheres maiores de 18 anos; reconhecimento do direito de minorias; criação do Código Civil; a França se tornou uma confederação descentralizada, dividida em cantões com alto grau de autonomia política; elaboração da Constituição Civil do Clero.


GABARITO
Resposta da questão 31:[A]

Resposta da questão 32:[E]
O Terceiro Estado na França pré-revolucionária incluía os setores sociais que não pertenciam à nobreza e ao clero. Excluído de direitos políticos e arcando com a carga tributária do país, o Terceiro Estado converteu-se em força revolucionária que insurgiu e derrubou o Antigo Regime na França.

Resposta da questão 33:[A]

Resposta da questão 34:[A]
A Assembleia Nacional, aprovou as reformas elencadas, refletindo o caráter burguês da Revolução Francesa.

A CONQUISTA DA AMÉRICA PORTUGUESA
31. (ENEM 2013) De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001.

A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra.
Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo:
a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos.
b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa.
c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico existente.
d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a superioridade europeia.
e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho.


32. (UEPB 2014) Considerando a realidade da América Portuguesa nas três primeiras décadas do século XVI, é correto afirmar:
a) A expedição exploradora de Gaspar de Lemos, em 1501, implantou o sistema de Capitanias
Hereditárias para garantir o desenvolvimento da cana de açúcar.
b) A Coroa Portuguesa proibiu o estanco do pau-brasil, já que a madeira era contrabandeada por franceses e ingleses.
c) As expedições guarda-costas de Cristóvão Jacques, em 1516 e 1526 não tinham caráter militar, nem combateram estrangeiros. Tinham a função específica de reconhecer o território e implantar as feitorias.
d) A atividade desenvolvida com autorização da Coroa Portuguesa foi a extração de pau-brasil, uma atividade nômade e predatória, que não tinha a finalidade de promover o povoamento.
e) A mão de obra indígena foi pouco explorada e bastante valorizada pelos portugueses, que presenteavam os nativos com objetos de grande valor no mercado europeu.


33. (ENEM 2015) A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e essa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem peso, nem medida.
GÂNDAVO, P M. A primeira história do Brasil: história da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado)
A observação do cronista português Pero de Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a ausência das letras F, L e R na língua mencionada demonstra a

a) simplicidade da organização social das tribos brasileiras.
b) dominação portuguesa imposta aos índios no início da colonização.
c) superioridade da sociedade europeia em relação à sociedade indígena.
d) incompreensão dos valores socioculturais indígenas pelos portugueses.
e) dificuldade experimentada pelos portugueses no aprendizado da língua nativa.

34. (IFSP 2013) Publicado em Veneza, em 1556, o mapa abaixo é um dos primeiros a mostrar o Brasil individualmente. Raro, ele faz parte de uma obra italiana, Atlas dele navigazione e Viaggi (Atlas de navegação e Viagens), de Giovanni Battista Ramusio.

Trata-se de uma pintura da época sobre o Brasil, a qual revela pouca preocupação geográfica, mas que nos mostra:
a) uma terra de riquezas: a exuberância das matas, a fartura de peixes nos mares e a existência de povoadores fortes, sadios e trabalhadores.
b) indígenas extraindo troncos de pau-brasil que, depois, eram empilhados nas feitorias. Chegando os portugueses, os nativos eram recompensados através de um escambo com produtos europeus.
c) o início da colonização do Brasil: os indígenas estão derrubando as árvores para formar os campos onde seria feito o plantio da cana-de-açúcar e a construção dos engenhos.
d) o medo dos nativos brasileiros com a chegada das naus portuguesas: eles estão abatendo árvores para construção de fortificações e defesa da ameaça europeia.
e) homens nus, selvagens, que conviviam pacificamente com animais de grande porte, o que causava grande espanto e medo aos colonizadores.

GABARITO
Resposta da questão 31:[A]
Ao afirmar que "o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar essa gente", Caminha demonstra que o português buscaria, através da catequese, "civilizar" o indígena, considerado selvagem por não ter "fé, lei nem Rei".

Resposta da questão 32: [D]
O ciclo do pau-brasil feito a partir do trabalho voluntário indígena, não gerou a formação de núcleos de povoamento, promovendo apenas a fundação de feitorias no litoral brasileiro.

Resposta da questão 33: [D]
A questão mostra um texto escrito por um português sobre o Brasil no período colonial. Nele podemos perceber o estranhamento do europeu ao chegar no Brasil. Ou seja, o português não entendia bem os valores socioculturais indígenas dos portugueses.

Resposta da questão 34: [B]
Questão de interpretação da imagem que, de fato, não tem precisão geográfica, mas que destaca uma das atividades desenvolvidas pelos portugueses na América colonial, a exploração do pau-brasil, através da prática do escambo.