segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Confira a correção do Simulado 1

Simulado 

EGITO ANTIGO

28. (FUVEST 2015) As imagens revelam

a) o caráter familiar do cultivo agrícola no Oriente Próximo, dada a escassez de mão de obra e a proibição, no antigo Egito, do trabalho compulsório.
b) a inexistência de qualquer conhecimento tecnológico que permitisse o aprimoramento da produção de alimentos, o que provocava longas temporadas de fome.
c) o prevalecimento da agricultura como única atividade econômica, dada a impossibilidade de caça ou pesca nas regiões ocupadas pelo antigo Egito.
d) a dificuldade de acesso à água em todo o Egito, o que limitava as atividades de plantio e inviabilizava a criação de gado de maior porte.
e) a importância das atividades agrícolas no antigo Egito, que ocupavam os trabalhadores durante aproximadamente metade do ano.


29. (UEPA 2014) Os escribas do Egito antigo ocupavam uma posição subalterna na hierarquia administrativa governamental frente à aristocracia burocrática. Sua posição social era inferior em relação aos conselheiros do Faraó, aos chefes da administração, à nobreza territorial, à elite militar e aos sacerdotes. Mas as características de seu ofício os afastavam de trabalhos forçados e das arbitrariedades das elites, que subjugavam e exploravam camponeses livres e escravos de origem estrangeira. Tal condição privilegiada se explicava:
a) pelas possibilidades de ascensão social dos escribas que, em função do sucesso de suas carreiras, poderiam ocupar posições no alto escalão da administração pública.
b) por serem provenientes do meio social dos felás, camponeses livres, que investiam na formação educacional de seus filhos mais inclinados ao serviço público.
c) pelo domínio dos escribas dos segredos da escrita demótica e dos hieróglifos, do cálculo e, por conseguinte, da organização das atividades da administração pública.
d) pelo domínio exclusivo dos escribas do idioma escrito, da matemática, da agrimensura e dos processos administrativos em geral.
e) pela dependência direta de faraós e altos funcionários reais relativa aos conhecimentos dos escribas, que formavam uma corporação intelectual dotada de poder político.


30. (UEA 2013) Os egípcios da Antiguidade acreditavam que a vida continuava no além-túmulo e que, para isso, era preciso que o ambiente social, em que os donos dos túmulos viveram, fosse representado nas suas paredes.

(Tumba de Nakht, 1.400 a.C.)

Essas pinturas da tumba de Nakht, escriba do Império, representam
a) as intervenções e modificações realizadas pelos antigos egípcios no mundo natural, por meio de técnicas e conhecimentos adquiridos.
b) as secas periódicas, que afligiam os antigos egípcios e resultavam do baixo índice pluviométrico nas cabeceiras do rio Nilo.
c) os conflitos sociais presentes na antiga sociedade egípcia que opunham a nobreza aos altos funcionários públicos.
d) o poder teocrático dos faraós que eram considerados filhos do deus Sol e, devido a isso, justos e infalíveis.
e) a falta de habilidade dos antigos pintores egípcios, incapazes de retratar a vida cotidiana da população.


GABARITO
Resposta da questão 28: [E]
As ilustrações referem-se às práticas agrícolas no Antigo Egito, favorecidas pela fertilidade do solo, decorrente das cheias do Nilo, e da evolução de técnicas para irrigar, arar e ceifar.
Obs.: Usualmente, a história do Antigo Egito é dividida em “Impérios” (Antigo, Médio e Novo), no lugar da expressão “Reinos”.

Resposta da questão 29:[C]
Os escribas eram os únicos do Egito Antigo a dominar a leitura e a escrita dos hieróglifos. Essa condição dava a essa classe social certo privilégio dentro da organização social do Estado, colocando os escribas acima dos camponeses e escravos.

Resposta da questão 30:[A]
Os egípcios realizaram grandes intervenções no meio natural para melhor aproveitarem as potencialidades hídricas do rio Nilo e assim conseguirem grandes realizações.







REVOLUÇÃO FRANCESA
31. (Mackenzie) A charge da época, reproduzida abaixo, retrata o jogo de relações sociais da França pré-revolucionária.

A esse respeito, é correto afirmar que:
a) a França era estruturada em uma sociedade estamental, dividida em três Estados, sendo o Terceiro Estado composto, desde a alta burguesia até as camadas populares, incidindo sobre estas todas as tributações.
b) apesar de a França ter uma sociedade dividida em estamentos, não havia conflitos de classes, pois a Igreja, por meio da teoria do direito divino, garantia a imobilidade social.
c) o povo permanecia obediente ao seu monarca, havendo o respaldo da Igreja, que doutrinava seus fiéis a se submeterem à vontade de Deus, que apoiava uma estrutura social hierarquizada.
d) o povo, que formava o Primeiro Estado, arcava com as pesadas tributações impostas pelo monarca absoluto.
e) a estrutura social francesa denunciava ser a divisão em Ordens correspondente à realidade existente no país, na qual um indivíduo poderia ascender socialmente.


32. (FUVEST)  O que é o Terceiro Estado?
          O plano desse escrito é muito simples. Temos três questões a tratar:
          1. O que é o Terceiro Estado? Tudo.
          2. Que foi ele até a presente ordem política? Nada.
          3. Que solicita? Tornar-se alguma coisa.
SIEYÈS, Abade. “O que é o Terceiro Estado?”. Janeiro de 1789. In: MELLO, L.; COSTA, L. História moderna e contemporânea. São Paulo: Scipione, 1999. p.155.

Esse trecho é parte do panfleto "O que é o Terceiro Estado", escrito por Sieyès, em 1789, nos meses que antecederam a eclosão da Revolução Francesa. No processo revolucionário francês, o papel do Terceiro Estado, ou seja, dos segmentos sociais que não pertenciam à nobreza e ao clero, foi fundamental porque
a) negociou com o Estado absolutista a concessão de alguns direitos sem, no entanto, subverter a ordem do Antigo Regime.
b) encaminhou ao Poder Judiciário suas reivindicações e promoveu ações de conscientização de seus direitos em todo o país.
c) defendeu seus direitos sem atacar diretamente os privilégios que a nobreza e o clero desfrutavam desde os tempos feudais.
d) reivindicou a supressão do privilégio da isenção fiscal para a nobreza e o clero, o que permitiu o reequilíbrio financeiro da nação.
e) lutou contra a ordem vigente na França, precipitando uma insurreição armada que destruiu o Antigo Regime naquele país.


33. A Revolução Francesa representou um marco na História Ocidental por seu caráter de ruptura em relação ao Antigo Regime.
Entre as características da crise do Antigo Regime, na França, está:
a) a crescente mobilização do Terceiro Estado, liderado pela burguesia, contra os privilégios do clero e da nobreza.
b) o desequilíbrio econômico da França, decorrente da Revolução Industrial.
c) a retomada da expansão comercial francesa, liderada por Colbert.
d) o apoio da Monarquia às sucessivas rebeliões camponesas contrárias à nobreza.
e) o fortalecimento da Monarquia dos Bourbons, após a participação vitoriosa na Guerra de Independência dos EUA.

34. (PUCPR 2016) A Revolução Francesa foi um dos momentos mais importantes no processo de formação do mundo contemporâneo. Foi um movimento violento que sepultou o absolutismo na cena política e o mercantilismo na economia, tendo um papel de grande destaque a burguesia, interessada em instituir um regime que atendesse aos seus interesses. Durante a revolução tomou forma um corpo legislativo denominado Assembleia Nacional, que tomou parte central na consolidação das reformas objetivadas pela revolução.

Dentre as principais reformas realizadas na fase moderada da Revolução Francesa (1789-1791), pela Assembleia Nacional, podemos citar CORRETAMENTE:
a) Abolição dos privilégios especiais do clero e da nobreza; Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; subordinação da Igreja ao Estado; elaboração de uma constituição para a França; reformas administrativas e judiciárias; e ajuda à economia francesa.
b) Declaração Universal dos Direitos Humanos; elaboração do Edito de Nantes, que dava liberdade religiosa para os não católicos; criação do Banco da França; legalização da anexação dos territórios da margem esquerda do Reno; elaboração do Código Civil Francês.
c) Criação do Código Civil Francês; criação do Banco da França; elaboração da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; elaboração das primeiras leis trabalhistas que proibiam o trabalho infantil; concessão do direito ao voto às mulheres.
d) Direito de voto para todos os homens, independente da renda; favorecimento de legislação que incentivava o capitalismo comercial; reforma do sistema educacional com a criação dos liceus clássicos e de ofícios; maior autonomia para as províncias históricas da França; criação de uma estrutura descentralizada de governo na França.
e) Regulamentação das leis trabalhistas na França; extensão do direito de voto para todos os homens e mulheres maiores de 18 anos; reconhecimento do direito de minorias; criação do Código Civil; a França se tornou uma confederação descentralizada, dividida em cantões com alto grau de autonomia política; elaboração da Constituição Civil do Clero.


GABARITO
Resposta da questão 31:[A]

Resposta da questão 32:[E]
O Terceiro Estado na França pré-revolucionária incluía os setores sociais que não pertenciam à nobreza e ao clero. Excluído de direitos políticos e arcando com a carga tributária do país, o Terceiro Estado converteu-se em força revolucionária que insurgiu e derrubou o Antigo Regime na França.

Resposta da questão 33:[A]

Resposta da questão 34:[A]
A Assembleia Nacional, aprovou as reformas elencadas, refletindo o caráter burguês da Revolução Francesa.

A CONQUISTA DA AMÉRICA PORTUGUESA
31. (ENEM 2013) De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001.

A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra.
Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo:
a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos.
b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa.
c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico existente.
d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a superioridade europeia.
e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho.


32. (UEPB 2014) Considerando a realidade da América Portuguesa nas três primeiras décadas do século XVI, é correto afirmar:
a) A expedição exploradora de Gaspar de Lemos, em 1501, implantou o sistema de Capitanias
Hereditárias para garantir o desenvolvimento da cana de açúcar.
b) A Coroa Portuguesa proibiu o estanco do pau-brasil, já que a madeira era contrabandeada por franceses e ingleses.
c) As expedições guarda-costas de Cristóvão Jacques, em 1516 e 1526 não tinham caráter militar, nem combateram estrangeiros. Tinham a função específica de reconhecer o território e implantar as feitorias.
d) A atividade desenvolvida com autorização da Coroa Portuguesa foi a extração de pau-brasil, uma atividade nômade e predatória, que não tinha a finalidade de promover o povoamento.
e) A mão de obra indígena foi pouco explorada e bastante valorizada pelos portugueses, que presenteavam os nativos com objetos de grande valor no mercado europeu.


33. (ENEM 2015) A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e essa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem peso, nem medida.
GÂNDAVO, P M. A primeira história do Brasil: história da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado)
A observação do cronista português Pero de Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a ausência das letras F, L e R na língua mencionada demonstra a

a) simplicidade da organização social das tribos brasileiras.
b) dominação portuguesa imposta aos índios no início da colonização.
c) superioridade da sociedade europeia em relação à sociedade indígena.
d) incompreensão dos valores socioculturais indígenas pelos portugueses.
e) dificuldade experimentada pelos portugueses no aprendizado da língua nativa.

34. (IFSP 2013) Publicado em Veneza, em 1556, o mapa abaixo é um dos primeiros a mostrar o Brasil individualmente. Raro, ele faz parte de uma obra italiana, Atlas dele navigazione e Viaggi (Atlas de navegação e Viagens), de Giovanni Battista Ramusio.

Trata-se de uma pintura da época sobre o Brasil, a qual revela pouca preocupação geográfica, mas que nos mostra:
a) uma terra de riquezas: a exuberância das matas, a fartura de peixes nos mares e a existência de povoadores fortes, sadios e trabalhadores.
b) indígenas extraindo troncos de pau-brasil que, depois, eram empilhados nas feitorias. Chegando os portugueses, os nativos eram recompensados através de um escambo com produtos europeus.
c) o início da colonização do Brasil: os indígenas estão derrubando as árvores para formar os campos onde seria feito o plantio da cana-de-açúcar e a construção dos engenhos.
d) o medo dos nativos brasileiros com a chegada das naus portuguesas: eles estão abatendo árvores para construção de fortificações e defesa da ameaça europeia.
e) homens nus, selvagens, que conviviam pacificamente com animais de grande porte, o que causava grande espanto e medo aos colonizadores.

GABARITO
Resposta da questão 31:[A]
Ao afirmar que "o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar essa gente", Caminha demonstra que o português buscaria, através da catequese, "civilizar" o indígena, considerado selvagem por não ter "fé, lei nem Rei".

Resposta da questão 32: [D]
O ciclo do pau-brasil feito a partir do trabalho voluntário indígena, não gerou a formação de núcleos de povoamento, promovendo apenas a fundação de feitorias no litoral brasileiro.

Resposta da questão 33: [D]
A questão mostra um texto escrito por um português sobre o Brasil no período colonial. Nele podemos perceber o estranhamento do europeu ao chegar no Brasil. Ou seja, o português não entendia bem os valores socioculturais indígenas dos portugueses.

Resposta da questão 34: [B]
Questão de interpretação da imagem que, de fato, não tem precisão geográfica, mas que destaca uma das atividades desenvolvidas pelos portugueses na América colonial, a exploração do pau-brasil, através da prática do escambo.




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