Simulado
EGITO ANTIGO
28. (FUVEST 2015) As imagens
revelam
a) o caráter familiar do cultivo
agrícola no Oriente Próximo, dada a escassez de mão de obra e a proibição, no
antigo Egito, do trabalho compulsório.
b) a inexistência de qualquer
conhecimento tecnológico que permitisse o aprimoramento da produção de alimentos,
o que provocava longas temporadas de fome.
c) o prevalecimento da agricultura
como única atividade econômica, dada a impossibilidade de caça ou pesca nas
regiões ocupadas pelo antigo Egito.
d) a dificuldade de acesso à água
em todo o Egito, o que limitava as atividades de plantio e inviabilizava a criação
de gado de maior porte.
e) a importância das atividades
agrícolas no antigo Egito, que ocupavam os trabalhadores durante aproximadamente
metade do ano.
29. (UEPA 2014) Os escribas do
Egito antigo ocupavam uma posição subalterna na hierarquia administrativa
governamental frente à aristocracia burocrática. Sua posição social era
inferior em relação aos conselheiros do Faraó, aos chefes da administração, à
nobreza territorial, à elite militar e aos sacerdotes. Mas as características
de seu ofício os afastavam de trabalhos forçados e das arbitrariedades das
elites, que subjugavam e exploravam camponeses livres e escravos de origem
estrangeira. Tal condição privilegiada se explicava:
a) pelas possibilidades de
ascensão social dos escribas que, em função do sucesso de suas carreiras,
poderiam ocupar posições no alto escalão da administração pública.
b) por serem provenientes do meio
social dos felás, camponeses livres, que investiam na formação educacional de
seus filhos mais inclinados ao serviço público.
c) pelo domínio dos escribas dos
segredos da escrita demótica e dos hieróglifos, do cálculo e, por conseguinte,
da organização das atividades da administração pública.
d) pelo domínio exclusivo dos
escribas do idioma escrito, da matemática, da agrimensura e dos processos
administrativos em geral.
e) pela dependência direta de
faraós e altos funcionários reais relativa aos conhecimentos dos escribas, que
formavam uma corporação intelectual dotada de poder político.
30. (UEA 2013) Os egípcios da
Antiguidade acreditavam que a vida continuava no além-túmulo e que, para isso,
era preciso que o ambiente social, em que os donos dos túmulos viveram, fosse
representado nas suas paredes.
(Tumba de Nakht, 1.400 a.C.)
Essas pinturas da tumba de Nakht,
escriba do Império, representam
a) as intervenções e modificações
realizadas pelos antigos egípcios no mundo natural, por meio de técnicas e
conhecimentos adquiridos.
b) as secas periódicas, que
afligiam os antigos egípcios e resultavam do baixo índice pluviométrico nas
cabeceiras do rio Nilo.
c) os conflitos sociais presentes
na antiga sociedade egípcia que opunham a nobreza aos altos funcionários
públicos.
d) o poder teocrático dos faraós
que eram considerados filhos do deus Sol e, devido a isso, justos e infalíveis.
e) a falta de habilidade dos
antigos pintores egípcios, incapazes de retratar a vida cotidiana da população.
GABARITO
Resposta da questão 28: [E]
As ilustrações referem-se às
práticas agrícolas no Antigo Egito, favorecidas pela fertilidade do solo,
decorrente das cheias do Nilo, e da evolução de técnicas para irrigar, arar e
ceifar.
Obs.: Usualmente, a história do
Antigo Egito é dividida em “Impérios” (Antigo, Médio e Novo), no lugar da
expressão “Reinos”.
Resposta da questão 29:[C]
Os escribas eram os únicos do
Egito Antigo a dominar a leitura e a escrita dos hieróglifos. Essa condição
dava a essa classe social certo privilégio dentro da organização social do
Estado, colocando os escribas acima dos camponeses e escravos.
Resposta da questão 30:[A]
Os egípcios realizaram grandes
intervenções no meio natural para melhor aproveitarem as potencialidades
hídricas do rio Nilo e assim conseguirem grandes realizações.
REVOLUÇÃO FRANCESA
31. (Mackenzie) A charge da
época, reproduzida abaixo, retrata o jogo de relações sociais da França
pré-revolucionária.
A esse respeito, é correto
afirmar que:
a) a França era estruturada em uma
sociedade estamental, dividida em três Estados, sendo o Terceiro Estado
composto, desde a alta burguesia até as camadas populares, incidindo sobre
estas todas as tributações.
b) apesar de a França ter uma
sociedade dividida em estamentos, não havia conflitos de classes, pois a
Igreja, por meio da teoria do direito divino, garantia a imobilidade social.
c) o povo permanecia obediente ao
seu monarca, havendo o respaldo da Igreja, que doutrinava seus fiéis a se
submeterem à vontade de Deus, que apoiava uma estrutura social hierarquizada.
d) o povo, que formava o Primeiro
Estado, arcava com as pesadas tributações impostas pelo monarca absoluto.
e) a estrutura social francesa
denunciava ser a divisão em Ordens correspondente à realidade existente no
país, na qual um indivíduo poderia ascender socialmente.
32. (FUVEST) O que é
o Terceiro Estado?
O plano desse escrito é muito
simples. Temos três questões a tratar:
1. O que é o Terceiro Estado? Tudo.
2. Que foi ele até a presente ordem
política? Nada.
3. Que solicita? Tornar-se alguma
coisa.
SIEYÈS, Abade. “O que é o
Terceiro Estado?”. Janeiro de 1789. In: MELLO, L.; COSTA, L. História moderna e
contemporânea. São Paulo: Scipione, 1999. p.155.
Esse trecho é parte do panfleto
"O que é o Terceiro Estado", escrito por Sieyès, em 1789, nos meses
que antecederam a eclosão da Revolução Francesa. No processo revolucionário
francês, o papel do Terceiro Estado, ou seja, dos segmentos sociais que não
pertenciam à nobreza e ao clero, foi fundamental porque
a) negociou com o Estado
absolutista a concessão de alguns direitos sem, no entanto, subverter a ordem
do Antigo Regime.
b) encaminhou ao Poder Judiciário
suas reivindicações e promoveu ações de conscientização de seus direitos em
todo o país.
c) defendeu seus direitos sem
atacar diretamente os privilégios que a nobreza e o clero desfrutavam desde os
tempos feudais.
d) reivindicou a supressão do
privilégio da isenção fiscal para a nobreza e o clero, o que permitiu o
reequilíbrio financeiro da nação.
e) lutou contra a ordem vigente
na França, precipitando uma insurreição armada que destruiu o Antigo Regime
naquele país.
33. A Revolução Francesa
representou um marco na História Ocidental por seu caráter de ruptura em
relação ao Antigo Regime.
Entre as características da crise
do Antigo Regime, na França, está:
a) a crescente mobilização do
Terceiro Estado, liderado pela burguesia, contra os privilégios do clero e da
nobreza.
b) o desequilíbrio econômico da
França, decorrente da Revolução Industrial.
c) a retomada da expansão
comercial francesa, liderada por Colbert.
d) o apoio da Monarquia às
sucessivas rebeliões camponesas contrárias à nobreza.
e) o fortalecimento da Monarquia
dos Bourbons, após a participação vitoriosa na Guerra de Independência dos EUA.
34. (PUCPR 2016) A Revolução
Francesa foi um dos momentos mais importantes no processo de formação do mundo
contemporâneo. Foi um movimento violento que sepultou o absolutismo na cena
política e o mercantilismo na economia, tendo um papel de grande destaque a
burguesia, interessada em instituir um regime que atendesse aos seus
interesses. Durante a revolução tomou forma um corpo legislativo denominado
Assembleia Nacional, que tomou parte central na consolidação das reformas
objetivadas pela revolução.
Dentre as principais reformas
realizadas na fase moderada da Revolução Francesa (1789-1791), pela Assembleia
Nacional, podemos citar CORRETAMENTE:
a) Abolição dos privilégios
especiais do clero e da nobreza; Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão;
subordinação da Igreja ao Estado; elaboração de uma constituição para a França;
reformas administrativas e judiciárias; e ajuda à economia francesa.
b) Declaração Universal dos
Direitos Humanos; elaboração do Edito de Nantes, que dava liberdade religiosa para
os não católicos; criação do Banco da França; legalização da anexação dos
territórios da margem esquerda do Reno; elaboração do Código Civil Francês.
c) Criação do Código Civil
Francês; criação do Banco da França; elaboração da Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão; elaboração das primeiras leis trabalhistas que proibiam o
trabalho infantil; concessão do direito ao voto às mulheres.
d) Direito de voto para todos os
homens, independente da renda; favorecimento de legislação que incentivava o
capitalismo comercial; reforma do sistema educacional com a criação dos liceus
clássicos e de ofícios; maior autonomia para as províncias históricas da
França; criação de uma estrutura descentralizada de governo na França.
e) Regulamentação das leis
trabalhistas na França; extensão do direito de voto para todos os homens e
mulheres maiores de 18 anos; reconhecimento do direito de minorias; criação do
Código Civil; a França se tornou uma confederação descentralizada, dividida em
cantões com alto grau de autonomia política; elaboração da Constituição Civil
do Clero.
GABARITO
Resposta da questão 31:[A]
Resposta da questão 32:[E]
O Terceiro Estado na França
pré-revolucionária incluía os setores sociais que não pertenciam à nobreza e ao
clero. Excluído de direitos políticos e arcando com a carga tributária do país,
o Terceiro Estado converteu-se em força revolucionária que insurgiu e derrubou
o Antigo Regime na França.
Resposta da questão 33:[A]
Resposta da questão 34:[A]
A Assembleia Nacional, aprovou as
reformas elencadas, refletindo o caráter burguês da Revolução Francesa.
A CONQUISTA DA AMÉRICA PORTUGUESA
31. (ENEM 2013) De ponta a ponta,
é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista
do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra
com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber
que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos.
Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela
se pode tirar me parece que será salvar esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha. In:
MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São
Paulo: Contexto, 2001.
A carta de Pero Vaz de Caminha
permite entender o projeto colonizador para a nova terra.
Nesse trecho, o relato enfatiza o
seguinte objetivo:
a) Valorizar a catequese a ser
realizada sobre os povos nativos.
b) Descrever a cultura local para
enaltecer a prosperidade portuguesa.
c) Transmitir o conhecimento dos
indígenas sobre o potencial econômico existente.
d) Realçar a pobreza dos
habitantes nativos para demarcar a superioridade europeia.
e) Criticar o modo de vida dos
povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho.
32. (UEPB 2014) Considerando a
realidade da América Portuguesa nas três primeiras décadas do século XVI, é
correto afirmar:
a) A expedição exploradora de
Gaspar de Lemos, em 1501, implantou o sistema de Capitanias
Hereditárias para garantir o
desenvolvimento da cana de açúcar.
b) A Coroa Portuguesa proibiu o
estanco do pau-brasil, já que a madeira era contrabandeada por franceses e
ingleses.
c) As expedições guarda-costas de
Cristóvão Jacques, em 1516 e 1526 não tinham caráter militar, nem combateram
estrangeiros. Tinham a função específica de reconhecer o território e implantar
as feitorias.
d) A atividade desenvolvida com
autorização da Coroa Portuguesa foi a extração de pau-brasil, uma atividade
nômade e predatória, que não tinha a finalidade de promover o povoamento.
e) A mão de obra indígena foi
pouco explorada e bastante valorizada pelos portugueses, que presenteavam os
nativos com objetos de grande valor no mercado europeu.
33. (ENEM 2015) A língua de que
usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha nela
F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem
Rei, e essa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem
peso, nem medida.
GÂNDAVO, P M. A primeira história
do Brasil: história da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos
Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado)
A observação do cronista
português Pero de Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a ausência das letras F,
L e R na língua mencionada demonstra a
a) simplicidade da organização
social das tribos brasileiras.
b) dominação portuguesa imposta
aos índios no início da colonização.
c) superioridade da sociedade
europeia em relação à sociedade indígena.
d) incompreensão dos valores
socioculturais indígenas pelos portugueses.
e) dificuldade experimentada
pelos portugueses no aprendizado da língua nativa.
34. (IFSP 2013) Publicado em
Veneza, em 1556, o mapa abaixo é um dos primeiros a mostrar o Brasil
individualmente. Raro, ele faz parte de uma obra italiana, Atlas dele
navigazione e Viaggi (Atlas de navegação e Viagens), de Giovanni Battista
Ramusio.
Trata-se de uma pintura da época
sobre o Brasil, a qual revela pouca preocupação geográfica, mas que nos mostra:
a) uma terra de riquezas: a
exuberância das matas, a fartura de peixes nos mares e a existência de
povoadores fortes, sadios e trabalhadores.
b) indígenas extraindo troncos de
pau-brasil que, depois, eram empilhados nas feitorias. Chegando os portugueses,
os nativos eram recompensados através de um escambo com produtos europeus.
c) o início da colonização do
Brasil: os indígenas estão derrubando as árvores para formar os campos onde
seria feito o plantio da cana-de-açúcar e a construção dos engenhos.
d) o medo dos nativos brasileiros
com a chegada das naus portuguesas: eles estão abatendo árvores para construção
de fortificações e defesa da ameaça europeia.
e) homens nus, selvagens, que
conviviam pacificamente com animais de grande porte, o que causava grande
espanto e medo aos colonizadores.
GABARITO
Resposta da questão 31:[A]
Ao afirmar que "o melhor
fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar essa gente", Caminha
demonstra que o português buscaria, através da catequese, "civilizar"
o indígena, considerado selvagem por não ter "fé, lei nem Rei".
Resposta da questão 32: [D]
O ciclo do pau-brasil feito a
partir do trabalho voluntário indígena, não gerou a formação de núcleos de
povoamento, promovendo apenas a fundação de feitorias no litoral brasileiro.
Resposta da questão 33: [D]
A questão mostra um texto escrito
por um português sobre o Brasil no período colonial. Nele podemos perceber o
estranhamento do europeu ao chegar no Brasil. Ou seja, o português não entendia
bem os valores socioculturais indígenas dos portugueses.
Resposta da questão 34: [B]
Questão de interpretação da
imagem que, de fato, não tem precisão geográfica, mas que destaca uma das
atividades desenvolvidas pelos portugueses na América colonial, a exploração do
pau-brasil, através da prática do escambo.
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