segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Confira a resolução do NOTREVEST (Primeiro ano)

Confira a resolução do NOTREVEST 
(terceiro bimestre)
Primeiro Ano
História do Brasil





1. (ENEM 2010) Eu, o Príncipe Regente, faço saber aos que o presente Alvará virem: que desejando promover e adiantar a riqueza nacional, e sendo um dos mananciais dela as manufaturas e a indústria, sou servido abolir e revogar toda e qualquer proibição que haja a este respeito no Estado do Brasil.
Alvará de liberdade para as indústrias (1º de Abril de 1808), in Bonavides, P.; Amaral, R. Textos políticos da História do Brasil. Vol. 1. Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado).

O projeto industrializante de D. João, conforme expresso no alvará, não se concretizou. Que características desse período explicam esse fato?
a) A ocupação de Portugal pelas tropas francesas e o fechamento das manufaturas portuguesas.
b) A dependência portuguesa da Inglaterra e o predomínio industrial inglês sobre suas redes de comércio.
c) A desconfiança da burguesia industrial colonial diante da chegada da família real portuguesa.
d) O confronto entre a França e a Inglaterra e a posição dúbia assumida por Portugal no comércio internacional.
e) O atraso industrial da colônia provocado pela perda de mercados para as indústrias portuguesas.


Resposta: [B]


Resolução:
Em abril de 1808, D. João decreta o Alvará de Liberdade Industrial, revogando os decretos que proibiam a instalação de manufaturas na Colônia. No entanto, o crescimento industrial é dificultado pela assinatura dos tratados de 1810, que concediam tarifas alfandegárias preferenciais aos produtos ingleses, de 15% sobre o valor, tornando-os mais vantajosos que os nacionais e os portugueses.



(Fuvest 2012) Fui à terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas inglesas, tais como celeiros e armazéns não diferentes do que chamamos na Inglaterra de armazéns italianos, de secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. (...) As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algodão estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil.
Maria Graham. Diário de uma viagem ao Brasil. São Paulo, Edusp, 1990, p. 230 (publicado originalmente em 1824). Adaptado.

Esse trecho do diário da inglesa Maria Graham referese à sua estada no Rio de Janeiro em 1822 e foi escrito em 21 de janeiro deste mesmo ano. Essas anotações mostram alguns efeitos
a) do Ato de Navegação, de 1651, que retirou da Inglaterra o controle militar e comercial dos mares do norte, mas permitiu sua interferência nas colônias ultramarinas do sul.
b) do Tratado de Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca regular de produtos portugueses por mercadorias de outros países europeus, que seriam também distribuídas nas colônias.
c) da abertura dos portos do Brasil às nações amigas, decretada por D. João em 1808, após a chegada da família real portuguesa à América.
d) do Tratado de Comércio e Navegação, de 1810, que deu início à exportação de produtos do Brasil para a Inglaterra e eliminou a concorrência hispano-americana.
e) da ação expansionista inglesa sobre a América do Sul, gradualmente anexada ao Império Britânico, após sua vitória sobre as tropas napoleônicas, em 1815.





resposta:[C]

Comentário:
O Bloqueio Continental, imposto por Napoleão, leva à invasão de Portugal por tropas francesas e à consequente fuga da família real para o Brasil.
Logo ao chegar, em 28/11/1808, D. João decreta a abertura dos portos às nações amigas. A principal beneficiária dessa medida foi a Inglaterra, que inundou o mercado brasileiro com seus produtos manufaturados.Essa supremacia iria se confirmar com a assinatura dos Tratados de 1810, que fixavam as tarifas para os produtos ingleses em apenas 15% do seu valor; para os portugueses, em 16%; para as mercadorias das demais nações, em 24%.



3. (Unesp) Leia os itens a respeito da Revolução Pernambucana de 1817.
I. Possuiu forte sentimento anti-lusitano, resultante do aumento dos impostos e dos grandes privilégios concedidos aos comerciantes portugueses.
II. Teve a participação apenas de sacerdotes e militares, não contando com o apoio de outros segmentos da população.
III. Foi uma revolta sangrenta que durou mais de dois meses e deixou profundas marcas no Nordeste, com os combates armados passando de Recife para o sertão, estendendo-se também a Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.
IV. A revolta foi sufocada apenas dois anos depois por tropas aliadas, reunindo forças armadas portuguesas, francesas e inglesas.
V. Propunha a República, com a igualdade de direitos e a tolerância religiosa, mas não previa a abolição da escravidão.

É correto apenas o afirmado em
a) I, II e III.
b) I, III e V.
c) I, IV e V.
d) II, III e IV.
e) II, III e V.




resposta:[B]
 A Revolução Pernambucana de 1817 foi o última tentativa emancipacionista ocorrida no período colonial, possuía um forte cunho anti-lusitano em razão dos elevados impostos cobrados pela Coroa portuguesa que custeavam o luxo dos nobres no Rio de Janeiro, além disso o movimento protestava também diante dos privilégios concedidos aos comerciantes portugueses no Recife. O citado movimento contou com a participação de vários setores da sociedade pernambucana, desde senhores de engenho, passando por segmentos das camadas médias e englobando também elementos das camadas populares. Teve a duração de aproximadamente dois meses, os revoltosos chegaram inclusive a tomar o poder em Pernambuco e proclamar uma República, entretanto as forças militares, enviadas por D. João, acabaram debelando a Revolução Pernambucana de 1817 que não previa a abolição da escravatura em suas proposituras.





(Puc-rio) Sobre as transformações político-sociais e econômicas ocorridas durante a permanência da Corte portuguesa no Brasil (1808-1821), estão corretas as afirmações a seguir, À EXCEÇÃO DE:
a) A vinda da família real para o Brasil transformou a colônia no principal centro das decisões políticas e econômicas do Império português.
b) A abertura dos portos favoreceu os interesses dos proprietários rurais produtores de açúcar e algodão, uma vez que se viram livres do monopólio comercial.
c) A permanência da Corte portuguesa no Rio de Janeiro satisfez os interesses dos diferentes grupos sociais da colônia e trouxe benefícios para todas as regiões do Brasil.
d) Durante o Período Joanino, organizaram-se novos órgãos e instituições, como o Banco do Brasil e a Casa da Moeda.
e) Dentre as medidas que mudaram o perfil político-econômico da colônia, destacaram-se os tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação, que deram benefícios aos ingleses.




resposta:[C]
O período Joanino (1808-1821) começa com a chegada ao Brasil da corte real portuguesa que se instalou na cidade do Rio de Janeiro, transformado posteriormente no centro do Império colonial português. Um dos primeiros atos de D. João no Brasil foi a decretação da Abertura dos Portos brasileiros às nações amigas, colocando fim definitivamente ao dito pacto colonial e permitindo a entrada de uma infinidade de mercadorias inglesas no Brasil. Nessa época ocorreram vários progressos na capital da colônia que se beneficiou com a criação do Banco do Brasil, Biblioteca real, Jardim Botânico, Museu real, calçamento das ruas, drenagem de pântanos, etc. Entretanto esses melhoramentos urbanos estiveram restritos ao Rio de Janeiro, local onde se hospedaram os nobres portugueses.








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