quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Simulado de História Geral

SIMULADO DE HISTÓRIA GERAL
COLÉGIO NOTRE DAME DE LOURDES
COLEÇÃO PITÁGORAS
TERCEIRO ANO - CNDL 2010


(Unicamp/2010) Texto para as questões 1 e 2.
Para as artes visuais florescerem no Renascimento era preciso um ambiente urbano. Nos séculos XV e XVI, as regiões mais altamente urbanizadas da Europa Ocidental localizavam-se na Itália e nos Países Baixos, e essas foram as regiões de onde veio grande parte dos artistas.
(Adaptado de Peter Burke, O Renascimento Italiano. São Paulo: Nova Alexandria, 1999, p. 64.)

1. A relação entre o Renascimento cultural e o ambiente urbano na Europa dos séculos XV e XVI justifica-se porque
a) as cidades eram centros comerciais e favoreciam o contato com a cultura árabe, cujo domínio das técnicas do retrato e da perspectiva sobrepôs-se à arte europeia, dando origem ao Renascimento.
b) a presença de artistas nas cidades atraía os investimentos de ricos burgueses em busca de prestígio social, fazendo com que as regiões que concentravam os artistas, como a Itália e os Países Baixos, se urbanizassem mais que as outras.
c) nas cidades podia-se estudar a cultura artística em universidades, dedicadas ao cultivo da tradição clássica e ao ensino de novas técnicas, como o uso do estilo gótico na arquitetura e da perspectiva na pintura.
d) a riqueza concentrada nas cidades permitia a prática do mecenato, enquanto o crescimento do comércio estimulava o encontro entre as culturas europeia e bizantina, possibilitando a redescoberta dos valores da antiguidade clássica.


2. Podemos associar ao Renascimento importantes mudanças no pensamento filosófico europeu, tais como a valorização do conceito de
a) Humanismo, que colocava o ser humano no centro do conhecimento, valorizando o homem por este ser considerado uma criação divina.
b) Iluminismo, que considerava a razão, a observação e a experimentação superiores à fé como forma de conhecimento do universo sensível.
c) Antropocentrismo, que colocava o ser humano no centro do conhecimento, contrapondo-se à filosofia Escolástica baseada nos dogmas cristãos.
d) Geocentrismo, que colocava o estudo da Terra no centro do conhecimento, ao descobrir que o planeta descrevia uma trajetória elíptica em torno do sol.



3. (UFPEL) O mapa indica a formação de universidades na Europa
a) Latina, na Alta Idade Média.
b) Anglo-Saxônica, no Renascimento.
c) Oriental, entre os séculos XIII e XIV.
d) Ocidental, durante a Idade Média.
e) Renascentista, durante o início da Idade Moderna.



Execução na fogueira por ordem do Tribunal da Inquisição, Inglaterra – 1314.

“Arrancada a confissão do réu, os inquisidores proferiam a sentença em uma sessão pública denominada sermão geral. As sentenças previam três tipos básicos de penas: confiscação de bens, prisão e morte.
A maioria dos condenados à morte eram queimados vivos numa grande fogueira. Somente a alguns permitia-se o estrangulamento antes de serem lançados ao fogo.”
COTRIM, Gilberto. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

4. (UFPEL) O texto didático faz uma análise das ações do Tribunal da Inquisição, criado pela
a) Igreja Anglicana, durante a Reforma Religiosa.
b) Religião muçulmana, no período das Cruzadas.
c) França dos Huguenotes, no período da Contra-Reforma.
d) Reforma Protestante, liderada por Lutero, no fim da Idade Média.
e) Igreja Católica Romana, durante a Idade Média.


“Os clérigos devem por todos orar
os cavaleiros sem demora devem defender e honrar
e os camponeses, sofrer
cavaleiros e clero sem falha
vivem de quem trabalha
têm grande canseira e dor
pagam primícias, corvéias, orações ou talha
e cem coisas costumeiras
e quanto mais pobre viver
mais mérito terá
das faltas que cometeu
se paga a todos o que deve
se cumpre com lealdade a sua fé
se suporta paciente o que lhe cabe: angústias e sofrimentos”.

ESTEVÃO DE FOURÈGES. In: COTRIM, Gilberto. História global: Brasil e Geral. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

5. (UFPEL) O poema está diretamente relacionado
a) à Revolução Francesa, enfatizando as obrigações servis, como a corvéia – que era a entrega da primeira colheita ao senhor.
b) à estratificação social, no feudalismo europeu, justificada pela Igreja, e composta pelo clero, pela nobreza e pelo povo.
c) ao final da Idade Média, durante a expansão colonial européia na América, com o apoio da Igreja.
d) à ideologia burguesa, nas Cruzadas, quando os cavaleiros defenderam os valores cristãos ocidentais contra os muçulmanos.
e) ao período medieval, por referir a exploração dos camponeses através de trabalho escravizado, bem como pela talha – que era o pagamento pelo uso do moinho.


Texto 1:
Durante a Idade Média européia, as estratégias matrimoniais organizavam e sustentavam as relações sociais. O casamento era antes de tudo um pacto entre famílias. Nesse ato, a mulher era ao mesmo tempo doada e recebida, como um ser passivo. Sua principal virtude, dentro e fora do casamento, deveria ser a obediência, a submissão. Solteira, era identificada sempre como filia de, soror de. Casada, passava a ser personificada como uxor de. Filha, irmã, esposa: os homens deviam ser sua referência.
MACEDO, José Rivair. A mulher na Idade Média. 5ªed. São Paulo: Contexto, 2002. [adapt.].

Texto 2 :
“O que as revistas femininas aconselhavam às leitoras :
[...] - A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas, nada de incomodá-lo com serviços domésticos. (Jornal das Moças, 1959).
- Se o seu marido fuma, não arrume brigas pelo simples fato de cair cinzas no tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda a casa. (Jornal das Moças, 1957).
- O lugar de mulher é no lar, o trabalho fora de casa masculiniza. (Querida, 1955). [...].”
In: COTRIM, Gilberto. História e consciência do Brasil, 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 1999.

6. (UFPEL) Com base na leitura comparativa dos textos, constata-se que
a) o patriarcalismo medieval europeu influenciou, durante muito tempo, a cultura brasileira, tendo em comum a valorização da submissão feminina.
b) a ideologia patriarcal da Europa renascentista foi absorvida, sem alterações, pela sociedade brasileira na Ditadura Militar.
c) o Direito Romano, desde a Antigüidade, submeteu a mulher à uma inferioridade legal, que vigora na atual legislação brasileira.
d) as mulheres não possuíam direitos civis, tanto na Europa, na Idade Moderna, quanto no Brasil, na segunda metade do século XX.
e) o papel feminino está subordinado, nas duas conjunturas históricas, coisificando a mulher, contudo não existe a discriminação de gênero na sociedade brasileira atual.



Astecas vitimados por varíola. Desenho do século XVI.
“ ‘Naquele tempo, não havia doenças, nem febres, nem doenças dos ossos ou de cabeça (...). Naquele tempo, tudo estava em ordem. Os estrangeiros mudaram tudo quando chegaram.’ De fato, por mais saudosismo que possa expressar esse lamento, parece mesmo que as doenças do Velho Mundo foram mais freqüentemente mortais nas Américas do que na Europa. O missionário alemão chegou inclusive a escrever no finalzinho do século XVIII que ‘os índios morrem tão facilmente que só a visão ou o cheiro de um espanhol os fazem passar deste para outro mundo’. Umas quinze epidemias dizimaram a população do México e do Peru.”
FERRO, Marc. História das colonizações – das conquistas às independências – séculos XIII a XIX. São Paulo: Cia. das Letras,1996.

7. (UFPEL) Os documentos denunciam as doenças provocadas pelos agentes do
a) Colonialismo espanhol que dizimaram populações nativas na América, na Idade Moderna.
b) Colonialismo português em suas possessões, entre os séculos XVI e XVIII.
c) Imperialismo ibérico e dos Países Baixos exterminando as populações incas, maias e astecas, na Idade Contemporânea.
d) Mercantilismo europeu nas colônias anglo-saxônicas, desde o final da Idade Média.
e) Colonialismo lusitano no México e no Peru, a partir do século XVI.

“Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado do que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só se puder ser uma delas. [...]
Os homens hesitam menos em prejudicar um homem que se torna amado do que outro que se torna temido, pois o amor mantém-se por um laço de obrigações que, em virtude de os homens serem maus, quebra-se quando surge ocasião de melhor proveito. Mas o medo mantém-se por um temor do castigo que nunca nos abandona. Contudo, o príncipe deve-se fazer temer de tal modo que, se não conseguir a amizade, possa pelo menos fugir à inimizade, visto haver a possibilidade de ser temido e não ser odiado, ao mesmo tempo.”
MAQUIAVEL, Nicolau (1469-1527). O Príncipe. Lisboa: Europa- América, 1976.

8. (UFPEL) O documento embasa
a) a organização de uma sociedade liberal, precursora dos ideais da Revolução Francesa.
b) o direito divino dos reis, reforçando as estruturas políticas e religiosas medievais.
c) o absolutismo monárquico, sob a ótica de um escritor renascentista.
d) a origem do Estado Moderno, através do Contrato Social.
e) o republicanismo como regime político, apropriado para os Estados Modernos.

9. (UFV) Sobre a Revolução Científica do século XVII, é INCORRETO afirmar que:
a) houve a superação da visão de um universo finito com corpos celestes dispostos em círculos concêntricos em favor de um universo infinito.
b) Nicolau Copérnico e Galileu foram expoentes da Revolução Científica que desafiaram a Igreja, pois defenderam o geocentrismo.
c) os cientistas desenvolveram uma nova imagem de Deus como relojoeiro ou engenheiro, que teria construído o universo segundo leis matemáticas.
d) a razão e a experimentação tornaram-se gradualmente mais valorizadas que a tradição
e a autoridade.

GABARITO
resposta da questão 1. [D]

resposta da questão 2. [C]

resposta da questão 3. [D[

resposta da questão 4. [E]

resposta da questão 5. [B]

resposta da questão 6. [A]

resposta da questão 7. [A]

resposta da questão 8. [C]

resposta da questão 9. [B]

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