segunda-feira, 21 de maio de 2012

Confira a correção do SIMULA ENEM


SIMULA ENEM DE HISTÓRIA DO BRASIL
COLÉGIO NOTRE DAME DE LOURDES (CNDL)
 PROF. EDENILSON MORAIS
 
PRIMEIRA SÉRIE

1. (PITÁGORAS) Analise as informações referentes ao processo de povoamento e urbanização da colônia brasileira apresentadas nos mapas.


NOVAIS, Fernando, Org. História da Vida Privada no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. Vol.I, p.19


Que transformações ocorridas na colônia justificam as variações apresentadas nos mapas?

a) A decadência das exportações de açúcar e o avanço da cafeicultura.
b) A elevada demanda externa pela borracha natural e o aumento da produção de algodão.
c) A expansão da pecuária extensiva e a descoberta de metais preciosos.
d) O esgotamento das minas e a ampliação das exportações de charque.
e) O surto manufatureiro para atender à demanda interna e a ampliação das exportações de tabaco.


resposta da questão 1: [C]

2. (ENEM) Os tropeiros foram figuras decisivas na formação de vilarejos e cidades do Brasil colonial. A palavra tropeiro vem de “tropa” que, no passado, se referia ao conjunto de homens que transportava gado e mercadoria. Por volta do século XVIII, muita coisa era levada de um lugar a outro no lombo de mulas. O tropeirismo acabou associado à atividade mineradora, cujo auge foi a exploração de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Goiás. A extração de pedras preciosas também atraiu grandes contingentes populacionais para as novas áreas e, por isso, era cada vez mais necessário dispor de alimentos e produtos básicos. A alimentação dos tropeiros era constituída por toucinho, feijão preto, farinha, pimenta-do-reino, café, fubá e coité (um molho de vinagre com fruto cáustico espremido). Nos pousos, os tropeiros comiam feijão quase sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que era servido com farofa e couve picada. O feijão tropeiro é um dos pratos típicos da cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos cozinheiros das tropas que conduziam o gado.
(Disponível em http://www.tribunadoplanalto.com.br. Acesso em: 27 nov. 2008).

A criação do feijão tropeiro na culinária brasileira está relacionada à

a) atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam nas minas.
b) atividade culinária exercida pelos moradores cozinheiros que viviam nas regiões das minas.
c) atividade mercantil exercida pelos homens que transportavam gado e mercadoria.
d) atividade agropecuária exercida pelos tropeiros que necessitavam dispor de alimentos.
e) atividade mineradora exercida pelos tropeiros no auge da exploração do ouro.


resposta da questão 2: [C]


Habilidade: Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.

Comentários: Nesta questão, se utiliza um elemento da culinária nacional – no caso, o feijão tropeiro – para abordar as origens do tropeirismo no Brasil. A questão é auto-explicativa e é relativamente fácil associar os tropeiros à atividade mercantil de transporte de gado e mercadorias.


3. (Ufpel) O mapa abaixo apresenta a economia brasileira em um determinado período:

 

Fonte: NIZZA da SILVA, Maria Beatriz. "Nova História da Expansão Portuguesa". Lisboa, Ed. Estampa, 1986.

Nele estão representadas as atividades econômicas do século
a) XVI, que apresenta exploração de pau-brasil, no litoral, e das drogas do sertão, na região amazônica, assim como a ocupação do interior brasileiro pelas atividades de mineração e pecuária.
b) XVIII, que já demonstra atividades de mineração, no Centro-Oeste brasileiro, e de pecuária, na zona nordeste do Rio Grande do Sul. Não pode ser de século posterior, por não indicar atividade cafeicultora.
c) XVII, que apresenta importações/exportações, antes proibidas na colônia, devido ao monopólio comercial.
d) XIX, em que, no Brasil Império, a economia tinha por base a cafeicultura voltada para a exportação.
e) XX, no qual a exportação de pau-brasil é preponderante na economia brasileira e se verifica a existência de áreas industriais, destacadas no mapa.


resposta da questão 3:[B]


4. (FGV) "(...) a terra que dá ouro esterilíssima de tudo o que se há mister para a vida humana (...). Porém, tanto que se viu a abundância de ouro que se tirava e a largueza com que se pagava tudo o que lá ia, (...) e logo começaram os mercadores a mandar às minas o melhor que chega nos navios do Reino e de outras partes, assim de mantimentos, como de regalo e de pomposo para se vestirem, além de mil bugiarias de França (...) E, a este respeito, de todas as partes do Brasil se começou a enviar tudo o que a terra dá, com lucro não somente grande, mas excessivo. (...) E estes preços, tão altos e tão correntes nas minas, foram causa de subirem tanto os preços de todas as coisas, como se experimenta nos portos das cidades e vilas do Brasil, e de ficarem desfornecidos muitos engenhos de açúcar das peças necessárias e de padecerem os moradores grande carestia de mantimentos, por se levarem quase todos aonde hão de dar maior lucro."

(Antonil, "Cultura e opulência do Brasil", 1711)


No texto, o autor refere-se a uma das consequências da descoberta e exploração de ouro no Brasil colonial. Trata-se

a) do desenvolvimento de manufaturas para abastecer o mercado interno.
b) da inflação devido à grande quantidade de metais e procura por mercadorias.
c) do incremento da produção de alimentos e tecidos finos na área das minas.
d) da redução da oferta de produtos locais e importados na região mineradora.
e) do desabastecimento das minas devido à maior importância das vilas litorâneas.



resposta da questão 4:[B]




5. (CNDL) Em 1703, foi assinado um tratado comercial entre Portugal e Inglaterra. Por esse acordo estipulou-se a compra de vinho português pela Inglaterra em troca da importação de tecidos ingleses por Portugal, o famoso tratado de “panos e vinhos”.
Esse acordo, segundo Celso Furtado, "significou para Portugal renunciar a todo o desenvolvimento manufatureiro e implicou transferir para a Inglaterra o impulso dinâmico criado pela produção aurífera no Brasil".

O texto se refere ao Tratado de:

a) Fontainebleau.
b) Madri.
c) Methuen.
d) Utrecht.
e) Londres.


resposta da questão 5:[C]


SEGUNDA SÉRIE

1. (PITÁGORAS) Em minha passagem de bonde por várias ruas da cidade, e de carro por outras, notei desde logo a profunda diferença que ela apresenta em relação ao tempo de minha residência aqui: o seu aspecto é sem dúvida bem outro.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             
O que, porém, mais atraiu minha atenção foi o movimento e a animação, a vida da cidade, fato inteiramente novo para mim; quando daqui retirei-me, as ruas eram pouco frequentadas, salvo nos dias de festas; as famílias só saíam a visitas, e com o chefe da casa ao lado; não havia em geral hábitos de passeios, nem por diversão ao espírito, nem por necessidade higiênica.

As transformações urbanas ocorridas nas principais cidades brasileiras, sobretudo, no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XIX, foram reflexos:

a) Da transferência da Corte para o Brasil em 1808.
b) Da vinda da missão cultural francesa ao Brasil no ano de 1816.
c) Da elevação do Brasil à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves.
d) Da transferência da Capital de Salvador para o Rio de Janeiro.
e) Da vinda dos imigrantes europeus para as grandes cidades brasileiras.

resposta da questão 1:[A]


2. (ENEM) No início do século XIX, o naturalista alemão Carl Von Martius esteve no Brasil em missão científica para fazer observações sobre a flora e a fauna nativas e sobre a sociedade indígena. Referindo-se ao indígena, ele afirmou: "Permanecendo em grau inferior da humanidade, moralmente, ainda na infância, a civilização não o altera, nenhum exemplo o excita e nada o impulsiona para um nobre desenvolvimento progressivo (...). Esse estranho e inexplicável estado do indígena americano, até o presente, tem feito fracassarem todas as tentativas para conciliá-lo inteiramente com a Europa vencedora e torná-lo um cidadão satisfeito e feliz."
Carl Von Martius. "O estado do direito entre os autóctones do Brasil". Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/EDUSP, 1982.

Com base nessa descrição, conclui-se que o naturalista Von Martius
a) apoiava a independência do Novo Mundo, acreditando que os índios, diferentemente do que fazia a missão européia, respeitavam a flora e a fauna do país.
b) discriminava preconceituosamente as populações originárias da América e advogava o extermínio dos índios.
c) defendia uma posição progressista para o século XIX: a de tornar o indígena cidadão satisfeito e feliz.
d) procurava impedir o processo de aculturação, ao descrever cientificamente a cultura das populações originárias da América.
e) desvalorizava os patrimônios étnicos e culturais das sociedades indígenas e reforçava a missão "civilizadora européia", típica do século XIX.


resposta da questão 2:[E]

3. (UFV) Segundo Renato Ortiz, em meados do século XIX, o movimento romântico brasileiro tentou construir um modelo de "ser nacional", porém faltavam àqueles escritores condições sociais que lhes possibilitassem discutir de forma mais abrangente a problemática proposta.
(ORTIZ, Renato. Cultura brasileira & identidade nacional. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 37.)
Com base nessa interpretação e nos conhecimentos sobre a sociedade brasileira do século XIX, assinale a afirmativa CORRETA:
a) Os escritores românticos brasileiros fundiam o índio idealizado com o branco de origem europeia, descartando o negro, na tentativa de aproximar o país do padrão europeu de civilização.
b) A pressão exercida pelos abolicionistas contra a escravização de índios e negros fez com que a sociedade brasileira se caracterizasse, desde o período colonial, pela ausência de desigualdades étnicas.
c) A existência de um amplo público leitor no Brasil do século XIX permitiu que os literatos estabelecessem em suas obras uma crítica contundente à dominação exercida pelas elites agrárias.
d) A construção da identidade nacional era uma questão superada em meados do século XIX, uma vez que a colonização portuguesa não criara obstáculos ao desenvolvimento do sentimento de brasilidade.
e) A economia brasileira se caracterizou, desde o período colonial, pela dependência em relação ao mercado europeu, mas em termos artísticos e culturais o país sempre preservou sua soberania.

resposta da questão 3: [A]

4. (PITÁGORAS) Leia o trecho:
“O Brasil colônia (e Império) foi uma sociedade escravista não meramente devido ao óbvio fato de sua força de trabalho ser predominantemente cativa, mas principalmente devido às distinções jurídicas entre escravos e livres, aos princípios hierárquicos baseados na escravidão e na raça, às atitudes senhoriais dos proprietários e à deferência dos socialmente inferiores. Através da difusão desses ideais, o escravismo criou os fatos fundamentais da vida brasileira. (...)”
S. Schwartz, 1988. (Adaptado)
ASSINALE, dentre as gravuras abaixo, aquela que NÃO É COMPATÍVEL com as informações do texto.
a)
www.portalsaofrancisco.com.br


b)
c)
d)
e)



resposta da questão 4: [D]

5. (Ufc) Leia atentamente o texto. "A capoeira - reprimida pela polícia do final do século passado e incluída como crime no Código Penal de 1890 - é oficializada como modalidade esportiva nacional em 1937. Também o samba passou da repressão à exaltação, de dança de preto a canção brasileira para exportação. Definido na época como uma dança que fundia elementos diversos, nos anos 30 o samba sai da marginalidade e ganha as ruas, enquanto as escolas de samba e desfiles passam a ser oficialmente subvencionados a partir de 1935."
(SCHWARCZ, Lilia M. "Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na intimidade." ln: NOVAES, Fernando A. (org.) "História da Vida Privada no Brasil. Contrastes da Intimidade Contemporânea. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 196.)
Sobre as formas de integração das manifestações culturais negras no Brasil, é correto afirmar que:
a) os elementos da cultura negra no Brasil são, a partir da década de 1930, incorporados à cultura nacional, perdendo grande parte de suas características originais.
b) assim como o samba e a capoeira, o futebol é um elemento da cultura negra desenvolvido a partir da herança africana trazida pelos escravos.
c) as manifestações da cultura africana foram incorporadas pela cultura brasileira em sua forma integral e com suas peculiaridades sendo respeitadas.
d) os elementos afro-brasileiros foram aceitos como parte da cultura brasileira logo após a abolição da escravatura, a partir de um programa estatal de integração cultural.
e) a segregação racial manteve-se como a base da formação da cultura brasileira, especialmente a partir da década de 1930, quando é estabelecido um projeto de cultura nacional.
resposta da questão 5:[A]


TERCEIRA SÉRIE


1.  (ENEM 2010 2ª aplicação)
A sensualidade foi assunto recorrente no Brasil colonial. Opiniões se dividiam quando o tema afrontava diretamente os "bons costumes". Nesse contexto, contribuía para explicar essas divergências
a) a existência de associações religiosas que defendiam a pureza sexual da população branca.
b) a associação da sensualidade às parcelas mais abastadas da sociedade.
c) o posicionamento liberal da sociedade oitocentista, que reinvindicava mudanças de comportamento na sociedade.
d) a política pública higienista, que atrelava a sexualidade a grupos socialmente marginais.
e) a busca do controle do corpo por meio de discurso ambíguo que associava sexo, prazer, libertinagem e pecado.

resposta da questão 1: [E]


2. (Unesp) Observe o quadro
Pode-se afirmar que a representação de Pedro Américo do inconfidente mineiro
a) data dos primeiros anos da República, sugerindo a semelhança entre o drama de Tiradentes e o de Cristo.
b) foi elaborada durante o período da Independência, como expressão dos ideais nacionalistas da dinastia de Bragança.
c) caracteriza-se pela denúncia da interferência da Igreja católica nos destinos políticos e culturais nacionais.
d) foi censurada pelo governo de Getúlio Vargas porque expressa conteúdos revolucionários e democráticos.
e) foi proibida de ser exposta publicamente por incitar o preconceito contra o governo português, responsável pela morte de Tiradentes.

resposta da questão 2:[A]


3. (Ufg) Leia os fragmentos a seguir.
"Não corram tanto ou pensarão que estamos fugindo!"
("REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL". Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, jul. 2005, p. 24.)
"Preferindo abandonar a Europa, D. João procedeu com exato conhecimento de si mesmo. Sabendo-se incapaz de heroísmo, escolheu a solução pacífica de encabeçar o êxodo e procurar no morno torpor dos trópicos a tranqüilidade ou o ócio para que nasceu".
(MONTEIRO, Tobias. "História do Império: a elaboração da Independência". Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1981. p. 55. [Adaptado].
O embarque da família real para o Brasil, em 1807, deu origem a contraditórias narrativas. A frase acima, atribuída à rainha D. Maria I, tornou-se popular, passando a constituir uma versão narrativa ainda vigorosa. Nos anos de 1920, os estudos sobre a Independência refizeram o percurso do embarque, assegurando uma interpretação republicana sobre esse acontecimento, tal como exemplificado no trecho do jornalista e historiador Tobias Monteiro.
Sobre essa versão narrativa em torno do embarque, pode-se dizer que pretendia
a) conquistar a simpatia da Inglaterra, ressaltando a importância do apoio inglês no translado da corte portuguesa para o Brasil.
b) associar a figura do rei ao pragmatismo político, demonstrando que o deslocamento da corte era um ato de enfrentamento a Napoleão.
c) ridicularizar o ato do embarque, agregando à interpretação desse acontecimento os elementos de tragédia, comicidade e ironia.
d) culpabilizar a rainha pela decisão do embarque, afirmando-lhe o estado de demência lamentado por seus súditos.
e) explicar o financiamento do ócio real por parte da colônia, comprovando que o embarque fora uma estratégia articulada pelo rei.


Resposta da questão 3:[C]

4. (ENEM) No tempo da independência do Brasil, circulavam nas classes populares do Recife trovas que faziam alusão à revolta escrava do Haiti:

Marinheiros e caiados
Todos devem se acabar,
Porque só pardos e pretos
O país hão de habitar.

(AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos pernambucanos. Recife: Cultura Acadêmica, 1907).

O período da independência do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende

a) dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti, que circulavam entre a população escrava e entre os mestiços pobres, alimentando seu desejo por mudanças.
b) da rejeição aos portugueses, brancos, que significava a rejeição à opressão da Metrópole, como ocorreu na Noite das Garrafadas.
c) do apoio que escravos e negros forros deram à monarquia, com a perspectiva de receber sua proteção contra as injustiças do sistema escravista.
d) do repúdio que os escravos trabalhadores dos portos demonstravam contra os marinheiros, porque estes representavam a elite branca opressora.
e) da expulsão de vários líderes negros independentistas, que defendiam a implantação de uma república negra, a exemplo do Haiti.

Resposta da questão 4:[A]

Habilidade: Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.

Comentários: Mesmo com exemplo da revolução dos escravos no Haiti, o escravismo no Brasil só acabou oficialmente em 1888. As alternativas B, C e D são anacrônicas, pois se refere a fatos que só ocorreram depois da Independência do Brasil. A alternativa E é incorreta pois não houve um movimento sólido em prol da existência de uma república negra no Brasil.

5. (ENEM) Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à divisão internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se na produção, com braço escravo importado da África, de plantas tropicais para a Europa e a América do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo menos uns oitenta anos. Éramos um país essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores cativos. Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que os mais toscos e baratos. O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham os bens de consumo que fundamentavam um padrão de vida "civilizado", marca que distinguia as classes cultas e "naturalmente" dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também os capitais que permitiam iniciar a construção de uma infra-estrutura de serviços urbanos, de energia, transportes e comunicações.
Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional. In: I. Sachs; J. Willheim; P. S. Pinheiro (Orgs.). "Brasil: um século de transformações". São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80.

Levando-se em consideração as afirmações anteriores, relativas à estrutura econômica do Brasil por ocasião da independência política (1822), é correto afirmar que o país
a) se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no período colonial.
b) extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção no trabalho livre.
c) se tornou dependente da economia europeia por realizar tardiamente sua industrialização em relação a outros países.
d) se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no país sem trazer ganhos para a infra-estrutura de serviços urbanos.
e) teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu capitais em vários setores produtivos.


Resposta da questão 5:[C]




6. (Fuvest) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) As distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígenes e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e
hierarquias baseadas na cultura e na cor."

(Stuart B. Schwartz, SEGREDOS INTERNOS)


A partir do texto pode-se concluir que:

a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da sociedade brasileira colonial.

b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade européia nos séculos XV e XVI.

c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.

d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros, tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade colonial.

e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos XVI e XVII.



resposta da questão 6:[D]

7. (ENEM – 2010) “Pecado nefando” era expressão correntemente utilizada pelos inquisidores para a sodomia. Nefandus: o que não pode ser dito. A Assembléia de Clérigos reunida em Salvador, em 1707, considerou a sodomia “tão péssimo e horrendo crime”, tão contrário à lei da natureza, que “era indigno de ser nomeado”, e, por isso mesmo, nefando.


NOVAIS, F.; MELLO E SOUZA, L. História da vida privada no Brasil. V.1.São Paulo.Companhia das Letras, 1997 (adaptado)


O número de homossexuais assassinados no Brasil bateu o recorde histórico em 2009. De acordo com o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais (LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis) nesse ano foram registrados 195 mortos por motivação homofóbica no País.


Disponível em: www.alemdanoticia.com.br/ultimas_noticias.php?codnoticia=3871 .

Acesso em: 29 adr. 2010 (adaptado).


A homofobia é a rejeição e menosprezo à orientação sexual do outro e, muitas vezes, expressa-se sob a forma de comportamentos violentos. Os textos indicam que as condenações públicas, perseguições e assassinatos de homossexuais no País estão associadas:


a) à baixa representatividade política de grupos organizados que defendem os direitos de cidadania dos homossexuais.

b) à falência da democracia no País, que torna impeditiva a divulgação de estatísticas relacionadas à violência contra homossexuais.

c) à Constituição de 1988, que exclui do tecido social os homossexuais, além de impedi-los de exercer os seus direitos políticos.

d) a um passado histórico marcado pela demonização do corpo e por formar recorrentes de tabus e intolerância.

e) a uma política eugênica desenvolvida pelo Estado, justificada a partir dos posicionamentos de correntes filosófico-científicas.

resposta da questão 7:[D]

A homofobia e suas manifestações discriminatórias e violentas são antigas e sólidas expressões de preconceito nas sociedades. Ainda que relativamente recentes, e apesar da frequente omissão do Estado, os grupos homossexuais vêm se articulando para enfrentar o segregacionismo e se autoafirmar no âmbito dos direitos da cidadania


8. (PITÁGORAS) O século XVIII, na América Portuguesa, foi marcado por conjurações cuja ocorrência, naquele contexto, pode ser explicada

a) pela adoção, por parte das elites brasileiras, das chamadas “infames ideias francesas”, que criticavam a dominação colonial portuguesa e pregavam a liberdade e a igualdade universal.
b) pela diversificação social vivenciada na colônia naquele século, acompanhada pela penetração dos ideais liberais entre os grupos sociais mais letrados.
c) pelo processo de desenvolvimento natural da colônia, o que iria lhe conferir um caráter emancipatório mais cedo ou mais tarde.
d) pela conjugação de interesses entre os colonos das áreas litorâneas com as novas diretrizes metropolitanas, expressas no reinado de D. José I.
e) pela transferência da Corte Portuguesa para a colônia, que levou a elite brasileira a adotar o ideário liberal como bandeira emancipacionista

 
resposta da questão 8: [B]


Um comentário: