ENEM VIRTUAL - REDE PITÁGORAS
SIMULADO PADRÃO ENEM REDE PITÁGORAS
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÃO 01
“Se o assassinato religioso foi um sacrifício, o massacre foi um assassinato ateu, inventado ou reinventado pelos espanhóis. As fogueiras da inquisição parecem-se mais com os sacrifícios. Certamente, os massacres são uma marca registrada da modernidade: ‘A barbárie dos espanhóis nada tem de atávico, ou de animal, é bem humana, pensada e anuncia a chegada dos tempos modernos’.”
SILVA FILHO, José Carlos Moreira. Da ‘invasão’ da América aos sistemas penais de hoje: o discurso da ‘inferioridade’ latino-americana. In: WOLKMER, Antônio Carlos (org.). Fundamentos de história do direito. 2ª ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2003, p. 291.
“Se o assassinato religioso foi um sacrifício, o massacre foi um assassinato ateu, inventado ou reinventado pelos espanhóis. As fogueiras da inquisição parecem-se mais com os sacrifícios. Certamente, os massacres são uma marca registrada da modernidade: ‘A barbárie dos espanhóis nada tem de atávico, ou de animal, é bem humana, pensada e anuncia a chegada dos tempos modernos’.”
SILVA FILHO, José Carlos Moreira. Da ‘invasão’ da América aos sistemas penais de hoje: o discurso da ‘inferioridade’ latino-americana. In: WOLKMER, Antônio Carlos (org.). Fundamentos de história do direito. 2ª ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2003, p. 291.
A leitura do texto nos permite AFIRMAR que:
a) a ação da inquisição é justificada pelo autor por considerá-la um sacrifício a favor da humanidade.
b) a modernidade é um fenômeno histórico marcado por massacres com teor religioso.
c) a conquista da América inaugura um período onde o massacre surge como um meio racional de alcançar objetivos determinados.
d) sacrifício e ateísmo são conceitos válidos para a Europa do período da conquista da América.
e) o massacre das populações indígenas da América, apesar da violência, se enquadra na perspectiva humanista européia.
a) a ação da inquisição é justificada pelo autor por considerá-la um sacrifício a favor da humanidade.
b) a modernidade é um fenômeno histórico marcado por massacres com teor religioso.
c) a conquista da América inaugura um período onde o massacre surge como um meio racional de alcançar objetivos determinados.
d) sacrifício e ateísmo são conceitos válidos para a Europa do período da conquista da América.
e) o massacre das populações indígenas da América, apesar da violência, se enquadra na perspectiva humanista européia.
QUESTÃO 02
“Nós dizemos à honrada Câmara [da Grã-Bretanha] que [...] as leis que criam a carestia dos alimentos e as que rareiam o dinheiro devem ser abolidas. Os impostos devem recair sobre a propriedade, não sobre a indústria. O bem-estar de grande número, único fim legítimo, deve ser a única preocupação também do governo. [...] Agrade, pois, à respeitável Câmara, [...] esforçar-se, [...] em fazer [...] uma lei que garanta a todo cidadão masculino maior, são de espírito e inocente de qualquer crime, o direito de votar para deputados do Parlamento, e que institua o voto secreto para todas as eleições parlamentares futuras.”
ARNAUT, Luiz D.H. Textos e documentos. Departamento de História/Fafich/UFMG. s.d. www.fafich.ufmg.br/- luarnaut/cartism.PDF 10/6/2005
“Nós dizemos à honrada Câmara [da Grã-Bretanha] que [...] as leis que criam a carestia dos alimentos e as que rareiam o dinheiro devem ser abolidas. Os impostos devem recair sobre a propriedade, não sobre a indústria. O bem-estar de grande número, único fim legítimo, deve ser a única preocupação também do governo. [...] Agrade, pois, à respeitável Câmara, [...] esforçar-se, [...] em fazer [...] uma lei que garanta a todo cidadão masculino maior, são de espírito e inocente de qualquer crime, o direito de votar para deputados do Parlamento, e que institua o voto secreto para todas as eleições parlamentares futuras.”
ARNAUT, Luiz D.H. Textos e documentos. Departamento de História/Fafich/UFMG. s.d. www.fafich.ufmg.br/- luarnaut/cartism.PDF 10/6/2005
O texto acima é representativo da história do movimento operário no século XIX POR:
a) defender mudanças na forma de conduzir políticas públicas no que diz respeito ao aumento de impostos para
os mais ricos.
b) promover a grande causa do operariado materializada no fim da luta de classes e criação de uma sociedade igualitária.
c) criticar a legislação vigente na Inglaterra, principalmente, em relação ao distanciamento entre sociedade e meios de produção.
d) afirmar a força do operariado através de ações violentas, mas com resultados efetivos, capazes de amedrontar a burguesia.
e) representar uma estratégia pacífica de reivindicação no intuito de conquistar mudanças na legislação.
a) defender mudanças na forma de conduzir políticas públicas no que diz respeito ao aumento de impostos para
os mais ricos.
b) promover a grande causa do operariado materializada no fim da luta de classes e criação de uma sociedade igualitária.
c) criticar a legislação vigente na Inglaterra, principalmente, em relação ao distanciamento entre sociedade e meios de produção.
d) afirmar a força do operariado através de ações violentas, mas com resultados efetivos, capazes de amedrontar a burguesia.
e) representar uma estratégia pacífica de reivindicação no intuito de conquistar mudanças na legislação.
QUESTÃO 03
“Ao discursar sobre a administração da República, Robespierre, integrante do Comitê de Saúde Pública (nome nada fortuito, pois evidencia a entrada, para o primeiro plano do dado biológico como um fator a ser gerido - o que Giorgio Agamben chama de biopolítica, a suspensão soberana que permite uma regulação gerencial, oikonomica, da vida) da França revolucionária, faz uso de uma fórmula dual e total: a "premissa máxima" que propõe é "conduzir o povo pela razão, e os inimigos do povo pelo terror". Não só não há contradição, mas complementaridade entre as duas medidas - "A virtude, sem a qual o terror é funesto; o terror sem o qual a virtude é impotente", ou também, "o terror (...) é, portanto, uma emanação da virtude; ele é menos que um princípio particular que uma conseqüência do princípio geral da democracia aplicado às mais prementes necessidades da pátria"
Alexandre Nodari. O que é o Terror? In: http://www.culturaebarbarie.org/blog/2008/05/o-que-e-o-terror.html
“Ao discursar sobre a administração da República, Robespierre, integrante do Comitê de Saúde Pública (nome nada fortuito, pois evidencia a entrada, para o primeiro plano do dado biológico como um fator a ser gerido - o que Giorgio Agamben chama de biopolítica, a suspensão soberana que permite uma regulação gerencial, oikonomica, da vida) da França revolucionária, faz uso de uma fórmula dual e total: a "premissa máxima" que propõe é "conduzir o povo pela razão, e os inimigos do povo pelo terror". Não só não há contradição, mas complementaridade entre as duas medidas - "A virtude, sem a qual o terror é funesto; o terror sem o qual a virtude é impotente", ou também, "o terror (...) é, portanto, uma emanação da virtude; ele é menos que um princípio particular que uma conseqüência do princípio geral da democracia aplicado às mais prementes necessidades da pátria"
Alexandre Nodari. O que é o Terror? In: http://www.culturaebarbarie.org/blog/2008/05/o-que-e-o-terror.html
O texto revela uma dualidade na condução do governo jacobino conhecido como Terror durante a Revolução Francesa. De um lado temos o Terror com a morte de milhares de franceses considerados “traidores”, de outro, a preocupação de conduzir o povo pela razão. Podemos identificar como uma estratégia dos jacobinos no poder para atingir esse último objetivo:
a) o incentivo ao trabalho dos enciclopedistas.
b) a criação do ensino gratuito e obrigatório.
c) a elaboração da declaração dos direitos do homem e do cidadão.
d) a reafirmação dos privilégios do Terceiro Estado.
e) a aplicação da pena de morte para os anti-revolucionários.
a) o incentivo ao trabalho dos enciclopedistas.
b) a criação do ensino gratuito e obrigatório.
c) a elaboração da declaração dos direitos do homem e do cidadão.
d) a reafirmação dos privilégios do Terceiro Estado.
e) a aplicação da pena de morte para os anti-revolucionários.
QUESTÃO 04
“O Soviete baseia-se directamente nos trabalhadores nas fábricas e nos camponeses nos campos. Ao princípio, os delegados dos Sovietes de Operários, Soldados e Camponeses, eram eleitos consoante regras que variavam segundo as necessidades e a população das diferentes localidades. Em algumas vilas, os camponeses elegiam um delegado por cada cinqüenta eleitores. Os soldados nos quartéis tinham direito a um certo número de delegados por regimento, sem olhar à sua força; as tropas na frente, porém, elegiam os seus Sovietes de maneira diferente. Quanto aos trabalhadores nas grandes cidades, logo descobrírom que os Sovietes eram difíceis de gerir se não se limitavam os delegados a um por cada 25.000 votantes, embora de facto os delegados
representassem circunscriçõens de vários tamanhos. Essa dificuldade não foi sentida na formação das tropas revolucionárias que tomaram o poder em outubro e onde os sovietes puderam demonstrar sua força.”
http://primeiralinha.org/home/?p=206
“O Soviete baseia-se directamente nos trabalhadores nas fábricas e nos camponeses nos campos. Ao princípio, os delegados dos Sovietes de Operários, Soldados e Camponeses, eram eleitos consoante regras que variavam segundo as necessidades e a população das diferentes localidades. Em algumas vilas, os camponeses elegiam um delegado por cada cinqüenta eleitores. Os soldados nos quartéis tinham direito a um certo número de delegados por regimento, sem olhar à sua força; as tropas na frente, porém, elegiam os seus Sovietes de maneira diferente. Quanto aos trabalhadores nas grandes cidades, logo descobrírom que os Sovietes eram difíceis de gerir se não se limitavam os delegados a um por cada 25.000 votantes, embora de facto os delegados
representassem circunscriçõens de vários tamanhos. Essa dificuldade não foi sentida na formação das tropas revolucionárias que tomaram o poder em outubro e onde os sovietes puderam demonstrar sua força.”
http://primeiralinha.org/home/?p=206
O Soviete é considerado uma organização fundamental para o sucesso da Revolução Russa. A leitura do texto nos auxilia na compreensão da importância do Solviete nesse processo revolucionário ao:
a) mostrar que trata-se de uma organização de operários voltados para o interesse coletivo de sua categoria, portador de um discurso de união dos trabalhadores.
b) explicitar o papel dos militares nas organizações civis dentro de uma ótica revolucionária e transformadora da realidade social.
c) identificar diferentes categorias de trabalhadores em uma organização que com o lema “todo poder aos sovietes” tomou o poder na Rússia sob a liderança de Lenin.
d) explicar de forma detalhista a composição social dessa organização, responsável pelo surgimento do comunismo de guerra.
e) relacionar o papel dos operários, dentro da organização, ao dos militares no que diz respeito a forma de conceber o socialismo.
a) mostrar que trata-se de uma organização de operários voltados para o interesse coletivo de sua categoria, portador de um discurso de união dos trabalhadores.
b) explicitar o papel dos militares nas organizações civis dentro de uma ótica revolucionária e transformadora da realidade social.
c) identificar diferentes categorias de trabalhadores em uma organização que com o lema “todo poder aos sovietes” tomou o poder na Rússia sob a liderança de Lenin.
d) explicar de forma detalhista a composição social dessa organização, responsável pelo surgimento do comunismo de guerra.
e) relacionar o papel dos operários, dentro da organização, ao dos militares no que diz respeito a forma de conceber o socialismo.
QUESTÃO 05
As duas imagens são representativas de um período da história da China conhecido como Revolução Cultural que interferiu radicalmente na cultura. A partir da leitura das imagens e da história da China é possível inferir que:
As duas imagens são representativas de um período da história da China conhecido como Revolução Cultural que interferiu radicalmente na cultura. A partir da leitura das imagens e da história da China é possível inferir que:
www.radio.usp.br/imagens
a) as imagens são complementares por explicitar o lado festivo da revolução cultural liderada por Mao Tse Tung.
b) ao mesmo tempo em que proporcionou felicidade para os jovens, promoveu mudanças que levou a China ao socialismo de Estado.
c) o líder Mao Tse Tung utilizou estratégias de propaganda para conquistar a juventude e, também, reprimiu os opositores do regime.
d) o radicalismo de Mao Tse Tung se verifica através do livro vermelho que se tornou a referência teórica para os socialistas do mundo inteiro.
e) as reformas educacionais garantiram aos jovens chineses o livre acesso a cultura mundial, reprimindo aqueles que se opunham ao socialismo democrático.
b) ao mesmo tempo em que proporcionou felicidade para os jovens, promoveu mudanças que levou a China ao socialismo de Estado.
c) o líder Mao Tse Tung utilizou estratégias de propaganda para conquistar a juventude e, também, reprimiu os opositores do regime.
d) o radicalismo de Mao Tse Tung se verifica através do livro vermelho que se tornou a referência teórica para os socialistas do mundo inteiro.
e) as reformas educacionais garantiram aos jovens chineses o livre acesso a cultura mundial, reprimindo aqueles que se opunham ao socialismo democrático.
QUESTÃO 06
“No dia 03 de setembro (quinta-feira), às 17h, o Espaço Cinema Nosso apresenta a pré-estreia do filme “Mães da Praça de Maio” (Madres de La Plaza Del Mayo, 2009), documentário que retrata a luta de mães que perderam seus filhos nos confrontos durante a repressão da ditadura militar Argentina. Após a sessão, o diretor do filme, o
cineasta argentino Carlos Pronzato, conversa com a plateia. A exibição é gratuita e aberta ao público.
“No dia 03 de setembro (quinta-feira), às 17h, o Espaço Cinema Nosso apresenta a pré-estreia do filme “Mães da Praça de Maio” (Madres de La Plaza Del Mayo, 2009), documentário que retrata a luta de mães que perderam seus filhos nos confrontos durante a repressão da ditadura militar Argentina. Após a sessão, o diretor do filme, o
cineasta argentino Carlos Pronzato, conversa com a plateia. A exibição é gratuita e aberta ao público.
Há mais de trinta anos, a Praça de Maio é o palco que abriga durante todas as tardes de quinta feira, a marcha das mães que rondam a Casa Rosada, sede da presidência da Argentina. Durante o período da ditadura militar argentina, cerca de 30 mil pessoas desapareceram, e as mães ainda clamam pela memória dos filhos, pela verdade e por justiça. Hoje, elas se reúnem organizadas na Associação Madres de Plaza de Mayo e na Madres de Plaza de Mayo Linha Fundadora. O cineasta argentino e militante de causas populares, Carlos Pronzato, colheu depoimentos destas mães que, após mais de 30 anos, revelaram às câmeras o drama de suas lutas.”
http://www.cinemanosso.org.br/content/cineasta-argentino-apresenta-maes-da-praca-de-maio-no-espacocinema-nosso
http://www.cinemanosso.org.br/content/cineasta-argentino-apresenta-maes-da-praca-de-maio-no-espacocinema-nosso
O problema retratado pelo documentário anunciado no fragmento de texto acima REVELA:
a) o desejo de justiça por parte do governo que apóia o movimento das mães da praça de Maio.
b) a existência de um movimento de resistência a ditadura na Argentina, ainda na atualidade.
c) a preocupação de vítimas do regime militar em resgatar a memória da ditadura em todos os seus aspectos.
d) o caráter autoritário do regime Argentino, responsável pelo desaparecimento de milhares de pessoas.
e) que o desaparecimento de pessoas durante a ditadura militar é um fenômeno apenas argentino.
a) o desejo de justiça por parte do governo que apóia o movimento das mães da praça de Maio.
b) a existência de um movimento de resistência a ditadura na Argentina, ainda na atualidade.
c) a preocupação de vítimas do regime militar em resgatar a memória da ditadura em todos os seus aspectos.
d) o caráter autoritário do regime Argentino, responsável pelo desaparecimento de milhares de pessoas.
e) que o desaparecimento de pessoas durante a ditadura militar é um fenômeno apenas argentino.
QUESTÃO 07
"O dia 27 de julho de 1214 caiu num domingo. Domingo é o dia do Senhor, e como tal lhe deve ser inteiramente dedicado. Conheci camponeses que ainda estremeciam quando o mau tempo os forçava a fazer a colheita num domingo: sentiam pairar sobre si a cólera do céu. Para os fiéis do século XIII, ela era muito mais ameaçadora. E o pároco de sua igreja não proibia, nesse dia, apenas o trabalho manual. Tentava convencê-los a purificar integralmente o tempo dominical, a evitar as três máculas, as do dinheiro, do sexo e do sangue derramado. Daí que naquele tempo ninguém gostasse de lidar com dinheiro no domingo. Por esta razão os maridos, se fossem piedosos, evitavam aproximar-se de suas mulheres nesse dia, e os homens de armas, se fossem piedosos, sacar da espada."
"O dia 27 de julho de 1214 caiu num domingo. Domingo é o dia do Senhor, e como tal lhe deve ser inteiramente dedicado. Conheci camponeses que ainda estremeciam quando o mau tempo os forçava a fazer a colheita num domingo: sentiam pairar sobre si a cólera do céu. Para os fiéis do século XIII, ela era muito mais ameaçadora. E o pároco de sua igreja não proibia, nesse dia, apenas o trabalho manual. Tentava convencê-los a purificar integralmente o tempo dominical, a evitar as três máculas, as do dinheiro, do sexo e do sangue derramado. Daí que naquele tempo ninguém gostasse de lidar com dinheiro no domingo. Por esta razão os maridos, se fossem piedosos, evitavam aproximar-se de suas mulheres nesse dia, e os homens de armas, se fossem piedosos, sacar da espada."
(DUBY, G. "O domingo de Bouvines". Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993. p. 13.)
O texto de George Duby revela um aspecto da vida do homem medieval responsável pela normatização da sociedade. Comparando com a sociedade atual é possível AFIRMAR que:
a) o homem medieval tinha sua vida normatizada pelo Estado enquanto que hoje ele se encontra livre, agindo de acordo com sua vontade.
b) o homem medieval estava ligado a uma vida de máculas e, na sociedade atual, ele se encontra livre de concepções religiosas.
c) o trabalho estava associado ao tempo da Igreja enquanto que na sociedade atual está atrelado ao tempo do capital.
d) o trabalho era visto como benção divina, enquanto hoje é uma necessidade para a subsistência.
e) o pensamento teológico da época garantia o controle social e hoje o pensamento religioso não apresenta nenhuma interferência no comportamento da sociedade.
a) o homem medieval tinha sua vida normatizada pelo Estado enquanto que hoje ele se encontra livre, agindo de acordo com sua vontade.
b) o homem medieval estava ligado a uma vida de máculas e, na sociedade atual, ele se encontra livre de concepções religiosas.
c) o trabalho estava associado ao tempo da Igreja enquanto que na sociedade atual está atrelado ao tempo do capital.
d) o trabalho era visto como benção divina, enquanto hoje é uma necessidade para a subsistência.
e) o pensamento teológico da época garantia o controle social e hoje o pensamento religioso não apresenta nenhuma interferência no comportamento da sociedade.
QUESTÃO 08
"Lamento profundamente" - afirmava um comissário de cercamento - "o mal que ajudei a fazer a dois mil pobres, a razão de 20 famílias por aldeia. Muitos deles, aos quais o costume permitia levar rebanhos ao pasto comum, não podem defender seus direitos, e muitos deles, pode-se dizer quase todos os que têm um pouco de terra, não
têm mais de um acre; como não é o bastante para alimentar uma vaca, tanto a vaca como a terra são, em geral, vendidos aos ricos proprietários. ““.
(Annals of Agriculture, Citado por MANTOUX PauI. A Revolução Industrial no século XVIII. São Paulo, Editora Hucitec, p.169.)
"Lamento profundamente" - afirmava um comissário de cercamento - "o mal que ajudei a fazer a dois mil pobres, a razão de 20 famílias por aldeia. Muitos deles, aos quais o costume permitia levar rebanhos ao pasto comum, não podem defender seus direitos, e muitos deles, pode-se dizer quase todos os que têm um pouco de terra, não
têm mais de um acre; como não é o bastante para alimentar uma vaca, tanto a vaca como a terra são, em geral, vendidos aos ricos proprietários. ““.
(Annals of Agriculture, Citado por MANTOUX PauI. A Revolução Industrial no século XVIII. São Paulo, Editora Hucitec, p.169.)
O aumento da miséria levou à revisão da Legislação dos Pobres, existente desde 1601 e que organizava o auxílio público aos desvalidos. A legislação tornou-se cada vez mais repressiva: todo indivíduo sem trabalho ou ocupação podia ser preso ou chicoteado e, em caso de furto, mesmo que fosse para matar a fome, ser marcado a ferro, ter as mãos decepadas ou ser enforcado.
(POLANY, Karl. A Grande Transformação. Rio de Janeiro, Editora Campus, 1988, P. 52.)
(POLANY, Karl. A Grande Transformação. Rio de Janeiro, Editora Campus, 1988, P. 52.)
O fenômeno retratado nos fragmentos de textos acima é considerado uma razão para o sucesso da Revolução Industrial na Inglaterra. Podemos APONTAR como causa e efeito desse fenômeno:
a) o aumento da produção manufatureira de tecidos e o grande contingente de desempregados nas cidades.
b) o aumento de indústrias movidas a energia a vapor e o aumento da violência nas grandes cidades.
c) o acumulo primitivo de capital com o tráfico negreiro e a revisão da legislação dos Pobres.
d) o surgimento da classe proletária e o surgimento de uma legislação cada vez mais repressiva.
e) o surgimento de uma produção artesanal e o nascimento de uma nova classe social de base operária.
a) o aumento da produção manufatureira de tecidos e o grande contingente de desempregados nas cidades.
b) o aumento de indústrias movidas a energia a vapor e o aumento da violência nas grandes cidades.
c) o acumulo primitivo de capital com o tráfico negreiro e a revisão da legislação dos Pobres.
d) o surgimento da classe proletária e o surgimento de uma legislação cada vez mais repressiva.
e) o surgimento de uma produção artesanal e o nascimento de uma nova classe social de base operária.
QUESTÃO 09
Considere:
“(...) Foram diversos os aportes civilizatórios da África para o Brasil, e algumas regiões tiveram especial relevância nesse processo, como é o caso de Angola. Práticas religiosas, conhecimentos técnicos agrícolas e de mineração, valores sociais, costumes na vida cotidiana e hábitos de alimentação fizeram parte da bagagem
cultural que os escravizados trouxeram para a formação de nosso país. (...) Os laços que ligam o Brasil a Angola existem há muito tempo. Remontam à formação do Império português, do qual fizeram parte, e se estendem por séculos, chegando aos nossos dias. (...) Após a década de 1980, surgiram novas rotas de migração. Inicialmente provenientes de Angola, hoje acrescidas de recentes levas vindas do Congo, essas populações de refugiados são formadas principalmente por jovens do sexo masculino. A nova diáspora centro-africana para o Brasil é fruto de guerras e das impossibilidades geradas por séculos de espoliação. E nós temos uma identidade e uma responsabilidade histórica com esses povos.”
Considere:
“(...) Foram diversos os aportes civilizatórios da África para o Brasil, e algumas regiões tiveram especial relevância nesse processo, como é o caso de Angola. Práticas religiosas, conhecimentos técnicos agrícolas e de mineração, valores sociais, costumes na vida cotidiana e hábitos de alimentação fizeram parte da bagagem
cultural que os escravizados trouxeram para a formação de nosso país. (...) Os laços que ligam o Brasil a Angola existem há muito tempo. Remontam à formação do Império português, do qual fizeram parte, e se estendem por séculos, chegando aos nossos dias. (...) Após a década de 1980, surgiram novas rotas de migração. Inicialmente provenientes de Angola, hoje acrescidas de recentes levas vindas do Congo, essas populações de refugiados são formadas principalmente por jovens do sexo masculino. A nova diáspora centro-africana para o Brasil é fruto de guerras e das impossibilidades geradas por séculos de espoliação. E nós temos uma identidade e uma responsabilidade histórica com esses povos.”
(LIMA E SOUZA, Mônica. “Venho de Angola, camará” in Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 4, n0 39, p. 15-17)
“Trago a minha banda /Só quem sabe onde é Luanda / Saberá lhe dar valor”
(Gilberto Gil, Palco)
A partir dos textos, é possível AFIRMAR que
I. as heranças congo-angolanas permitem perceber e reconhecer a influência da África em nossa formação cultural.
II. Angola alimentou o Brasil de braços, tradições e saberes, marcando uma interdependência histórica entre os dois países que chega aos dias de hoje.
III. as relações do Brasil com a África se limitam à memória da escravidão iniciada na época da formação do Império português.
IV. uma vez que a África pouco explica quem somos, não há motivos para aproximar a História do Brasil da História da África.
Estão corretas as afirmativas
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV
A partir dos textos, é possível AFIRMAR que
I. as heranças congo-angolanas permitem perceber e reconhecer a influência da África em nossa formação cultural.
II. Angola alimentou o Brasil de braços, tradições e saberes, marcando uma interdependência histórica entre os dois países que chega aos dias de hoje.
III. as relações do Brasil com a África se limitam à memória da escravidão iniciada na época da formação do Império português.
IV. uma vez que a África pouco explica quem somos, não há motivos para aproximar a História do Brasil da História da África.
Estão corretas as afirmativas
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV
QUESTÃO 10
“Em meados da década de 60, enquanto a violência racial e o conflito do Vietnã agitavam os Estados Unidos, surgia uma concentração de fenômenos a que os analistas sociais deram o nome de ‘contracultura’. A juventude de classe média começava a postular idéias e a conduzir-se de modo totalmente oposto aos valores apregoados por uma sociedade moralista, racista, consumista e tecnocrata.
(...) A partir da contracultura, a segunda metade da década de 60 trouxe em seu bojo um verdadeiro terremoto, difícil de ser atravessado por quem tinha idéias e objetivos pré-estabelecidos. A cultura ocidental foi amplamente questionada em seus valores políticos e morais, já que a contracultura estabelecera uma espécie de guerrilha cultural dentro do próprio sistema; um movimento espontâneo e insinuante que, se apossando dos meios de comunicação de massa ou criando uma imprensa alternativa, conquistou adeptos por toda a parte e ameaçou colocar a utopia no poder (...)”
(BRANDÂO, A. C. e DUARTE, M. F. Movimentos Culturais de Juventude. São Paulo, editora Moderna, 1990, p. 50-52 [Coleção “Polêmica”])
“Em meados da década de 60, enquanto a violência racial e o conflito do Vietnã agitavam os Estados Unidos, surgia uma concentração de fenômenos a que os analistas sociais deram o nome de ‘contracultura’. A juventude de classe média começava a postular idéias e a conduzir-se de modo totalmente oposto aos valores apregoados por uma sociedade moralista, racista, consumista e tecnocrata.
(...) A partir da contracultura, a segunda metade da década de 60 trouxe em seu bojo um verdadeiro terremoto, difícil de ser atravessado por quem tinha idéias e objetivos pré-estabelecidos. A cultura ocidental foi amplamente questionada em seus valores políticos e morais, já que a contracultura estabelecera uma espécie de guerrilha cultural dentro do próprio sistema; um movimento espontâneo e insinuante que, se apossando dos meios de comunicação de massa ou criando uma imprensa alternativa, conquistou adeptos por toda a parte e ameaçou colocar a utopia no poder (...)”
(BRANDÂO, A. C. e DUARTE, M. F. Movimentos Culturais de Juventude. São Paulo, editora Moderna, 1990, p. 50-52 [Coleção “Polêmica”])
Todas as imagens a seguir podem ser associadas ao contexto a que se refere o texto, EXCETO:
a)
b)
c)
d)
e)
e)
QUESTÃO 11
Observe a obra “Proclamação da Independência”, de autoria de François-René Moreaux, pintada em 1844.
FONTE: commons.wikimedia.org/wiki/File:Independencia. Acesso em 12/09/2009
A partir da análise da tela, é possível afirmar que essa representação pictórica sugere os seguintes significados:
I. O quadro foi resultado da observação direta do acontecimento histórico retratado. Nele, o príncipe D. Pedro está destacado de seus súditos, é o foco da ação e foi imortalizado como um monarca seguro de si e do país que tinha diante de si.
II. O futuro Imperador do Brasil não foi mostrado como o líder de uma população negra e mestiça.
Trata-se da representação de um país branco, uma vez que nela não há negros ou indígenas.
III. A imagem foi construída com o propósito de esvaziar a participação das elites agrárias e mercantis no processo de independência, colaborando para reforçar o mito de que a independência teria sido fruto da ação individual de D. Pedro.
IV. o pintor não esteve a serviço da versão das elites cariocas acerca da emancipação e do Império; sua preocupação maior foi representar o povo como participante ativo, sempre disposto a saudar o ato memorável de D. Pedro.
Está(ao) CORRETA(S):
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV
I. O quadro foi resultado da observação direta do acontecimento histórico retratado. Nele, o príncipe D. Pedro está destacado de seus súditos, é o foco da ação e foi imortalizado como um monarca seguro de si e do país que tinha diante de si.
II. O futuro Imperador do Brasil não foi mostrado como o líder de uma população negra e mestiça.
Trata-se da representação de um país branco, uma vez que nela não há negros ou indígenas.
III. A imagem foi construída com o propósito de esvaziar a participação das elites agrárias e mercantis no processo de independência, colaborando para reforçar o mito de que a independência teria sido fruto da ação individual de D. Pedro.
IV. o pintor não esteve a serviço da versão das elites cariocas acerca da emancipação e do Império; sua preocupação maior foi representar o povo como participante ativo, sempre disposto a saudar o ato memorável de D. Pedro.
Está(ao) CORRETA(S):
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV
QUESTÃO 12
Analise a tabela e assinale a alternativa que faz um balanço correto acerca da economia agrário-exportadora brasileira durante o período em questão:
BRASIL: PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM RELAÇÃO AO VALOR TOTAL DAS EXPORTAÇÕES, DE 1600 A 1900.
Décadas ------------Produtos -------------------- % do valor total
1600 ---------------Açúcar/ Pau-brasil ---------------------- 90 / 4
---------------------------------------------------------------------------
Analise a tabela e assinale a alternativa que faz um balanço correto acerca da economia agrário-exportadora brasileira durante o período em questão:
BRASIL: PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM RELAÇÃO AO VALOR TOTAL DAS EXPORTAÇÕES, DE 1600 A 1900.
Décadas ------------Produtos -------------------- % do valor total
1600 ---------------Açúcar/ Pau-brasil ---------------------- 90 / 4
---------------------------------------------------------------------------
1650 ---------------Açúcar /Pau-brasil ----------------------- 95 / 2
--------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------
1700 -------------Açúcar / Ouro e minérios ---------------- 75 / 13
---------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------
1750 -------------Açúcar / Ouro e minérios ----------------47 / 47
---------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------
1800 ------------Açúcar /Ouro e minérios ------------------31 /24
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1850-------------Café /Açúcar -------------------------------48 /21 ----------------------------------------------------------------------------1900 ------------Café /Borracha ------------------------------65 /15
(R. Simonsen. História Econômica do Brasil, 1937.)
(R. Simonsen. História Econômica do Brasil, 1937.)
a) a exploração do pau-brasil, primeira atividade econômica empreendida por portugueses, contribuiu de forma significativa na pauta das exportações brasileiras durante os períodos colonial e imperial.
b) mesmo em tempos de exportação do ouro, o açúcar continuou a ser importante produto na pauta do total das exportações brasileiras, sendo superado apenas pelo café durante o Brasil - Império.
c) ao contrário do que ocorrera com a produção do açúcar entre 1650 e 1700, e a do café, entre 1850 e1900, a economia mineradora não conheceu diminuição da sua participação na pauta das exportações durante o século XVIII.
d) entre 1850 e 1990, o café não consegue se tornar o principal produto das exportações brasileiras devido à força da tradicional e imbatível produção açucareira.
e) a partir do início do século XX, a borracha figuraria como produto principal na pauta das exportações brasileiras, desbancando os gêneros agrícolas tradicionais.
b) mesmo em tempos de exportação do ouro, o açúcar continuou a ser importante produto na pauta do total das exportações brasileiras, sendo superado apenas pelo café durante o Brasil - Império.
c) ao contrário do que ocorrera com a produção do açúcar entre 1650 e 1700, e a do café, entre 1850 e1900, a economia mineradora não conheceu diminuição da sua participação na pauta das exportações durante o século XVIII.
d) entre 1850 e 1990, o café não consegue se tornar o principal produto das exportações brasileiras devido à força da tradicional e imbatível produção açucareira.
e) a partir do início do século XX, a borracha figuraria como produto principal na pauta das exportações brasileiras, desbancando os gêneros agrícolas tradicionais.
QUESTÃO 13
A política imigratória brasileira na segunda metade do século XIX apresentava o embate entre dois direcionamentos. De um lado, da parte do governo, havia a necessidade de uma nação mais “civilizada”, mais “branca”, e, para tanto, seria conveniente trazer pequenos proprietários que povoassem especialmente o sul do país, afastando a cobiça dos nossos vizinhos platinos pela região. De outro, havia a necessidade dos grandes proprietários de terra que desejavam perpetuar a agroexportação e que não estavam interessados na introdução de pequenos proprietários; pelo contrário, imigrantes deveriam entrar em larga escala no país para resolver o problema da escassez de escravos, iniciada a partir de 1850, com a proibição do tráfico de escravos.
Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que apresenta uma consequência da política imigratória que indica que os grandes proprietários conseguiram impor suas regras ao governo imperial.
a) O governo passou a se responsabilizar inteiramente pelas despesas de traslado e de assentamento dos imigrantes nos núcleos coloniais.
b) O governo desapropriou terras improdutivas dos grandes latifúndios para disponibilizá-las às levas de imigrantes europeus que entraram no Brasil a partir de 1850.
c) A exemplo dos Estados Unidos, o governo Imperial decretou lei que assegurava a qualquer chefe de família, maior de 21 anos, o acesso a terras públicas desocupadas. Tal fato atraiu milhares de europeus ao Brasil.
d) O Estado brasileiro criou lei que determinava uma associação entre o acesso à terra a um tipo de formação profissional do imigrante que ampliasse de maneira significativa as chances de sucesso do novo empreendimento.
e) A Lei de Terras de 1850, ao tornar públicas todas as terras devolutas e conferir-lhes valor imobiliário, acabou dificultando aos imigrantes o acesso à propriedade da terra.
A política imigratória brasileira na segunda metade do século XIX apresentava o embate entre dois direcionamentos. De um lado, da parte do governo, havia a necessidade de uma nação mais “civilizada”, mais “branca”, e, para tanto, seria conveniente trazer pequenos proprietários que povoassem especialmente o sul do país, afastando a cobiça dos nossos vizinhos platinos pela região. De outro, havia a necessidade dos grandes proprietários de terra que desejavam perpetuar a agroexportação e que não estavam interessados na introdução de pequenos proprietários; pelo contrário, imigrantes deveriam entrar em larga escala no país para resolver o problema da escassez de escravos, iniciada a partir de 1850, com a proibição do tráfico de escravos.
Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que apresenta uma consequência da política imigratória que indica que os grandes proprietários conseguiram impor suas regras ao governo imperial.
a) O governo passou a se responsabilizar inteiramente pelas despesas de traslado e de assentamento dos imigrantes nos núcleos coloniais.
b) O governo desapropriou terras improdutivas dos grandes latifúndios para disponibilizá-las às levas de imigrantes europeus que entraram no Brasil a partir de 1850.
c) A exemplo dos Estados Unidos, o governo Imperial decretou lei que assegurava a qualquer chefe de família, maior de 21 anos, o acesso a terras públicas desocupadas. Tal fato atraiu milhares de europeus ao Brasil.
d) O Estado brasileiro criou lei que determinava uma associação entre o acesso à terra a um tipo de formação profissional do imigrante que ampliasse de maneira significativa as chances de sucesso do novo empreendimento.
e) A Lei de Terras de 1850, ao tornar públicas todas as terras devolutas e conferir-lhes valor imobiliário, acabou dificultando aos imigrantes o acesso à propriedade da terra.
QUESTÃO 14
Para tratar das relações entre meios de comunicação e poder durante o Estado Novo, leia os textos a seguir:
TEXTO 1
“Impõe-se ampliar os trabalhos relativos à divulgação, sob os seus diversos aspectos. No interior, torna-se necessário realizar uma obra inadiável de educação cívico-política, reforçando o conhecimento do regime democrático do país, qual a orientação dos seus dirigentes e o alcance de suas medidas administrativas em curso. Seria conveniente e oportuno iniciar essa tarefa ainda no corrente ano. O governo da União procurará entenderse a propósito, com os estados e os municípios, de modo que, mesmo nas pequenas aglomerações, sejam instalados aparelhos rádio receptores, providos de alto-falantes, em condições de facilitar a todos os brasileiros, sem distinção de sexo e de idade momentos de educação política e social, (...)
A iniciativa mais se recomenda quando consideramos o fato de não existir no Brasil imprensa de divulgação nacional. (...) À radiotelefonia está reservado o papel de interessar todos por tudo quanto se passa no Brasil (...).”
(‘Discurso de Getúlio Vargas em 1937’. Apud CABRAL, Sérgio. ‘Getúlio Vargas e a Música Popular Brasileira’ in Ensaios de Opinião - Vargas, Rio de Janeiro, Inúbia, 1975, p. 39)
Para tratar das relações entre meios de comunicação e poder durante o Estado Novo, leia os textos a seguir:
TEXTO 1
“Impõe-se ampliar os trabalhos relativos à divulgação, sob os seus diversos aspectos. No interior, torna-se necessário realizar uma obra inadiável de educação cívico-política, reforçando o conhecimento do regime democrático do país, qual a orientação dos seus dirigentes e o alcance de suas medidas administrativas em curso. Seria conveniente e oportuno iniciar essa tarefa ainda no corrente ano. O governo da União procurará entenderse a propósito, com os estados e os municípios, de modo que, mesmo nas pequenas aglomerações, sejam instalados aparelhos rádio receptores, providos de alto-falantes, em condições de facilitar a todos os brasileiros, sem distinção de sexo e de idade momentos de educação política e social, (...)
A iniciativa mais se recomenda quando consideramos o fato de não existir no Brasil imprensa de divulgação nacional. (...) À radiotelefonia está reservado o papel de interessar todos por tudo quanto se passa no Brasil (...).”
(‘Discurso de Getúlio Vargas em 1937’. Apud CABRAL, Sérgio. ‘Getúlio Vargas e a Música Popular Brasileira’ in Ensaios de Opinião - Vargas, Rio de Janeiro, Inúbia, 1975, p. 39)
TEXTO 2
“No carnaval de 1941, o compositor Rubens Soares, vendo-se em apuros com o DIP, que censurava o seu samba, pede auxílio a Mário [Lago]1. Falando da diferença entre a vida do rico e a do pobre, o samba já havia sido liberado para o cinema. Mas, ao pedir a licença da gravação, não passara pelo crivo da censura. O diretor do Departamento de Radiodifusão argumentara que, no rádio, a audiência era outra. Principalmente no carnaval lhe parecia problemático o fato de a multidão deixar-se empolgar por tal temática, propícia à subversão da ordem. Propunha, então que se fizesse outra letra para o samba, garantindo-se,assim, a sua pronta liberação. Não foi por acaso que Rubens Soares resolvera procurar Mário. Ele já era conhecido pela ‘arte da malandragem’, pois conseguia, frequentemente, driblar o controle dos poderes. (...)”
(FERREIRA, Jorge e REIS, Daniel Aarão (org.) A formação das tradições: 1889-1945. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2007, p. 547-548 [coleção “As esquerdas no Brasil”, vol1].
1 Mário Lago foi advogado, poeta, radialista, letrista e ator brasileiro. Formou-se em Direito pela Universidade do Brasil, em 1933, tendo nesta época se tornado marxista. A opção pelas idéias comunistas fez com que fosse preso em sete ocasiões - 1932, 1941, 1946, 1949, 1952, 1964 e 1969.
O confronto entre os textos acima PERMITE avaliar que
I. Getúlio Vargas entendia que a comunicação através do rádio tinha uma força sem precedentes, afinal, era o único veículo que poderia atingir a maior parte do país.
II. a inclusão de sambas em todas as programações do rádio era reivindicação dos compositores junto a Getúlio, uma vez que este as monopolizava com propagandas das realizações do governo.
III. os compositores desejavam apenas a aplicação da lei Getúlio Vargas que obrigava as emissoras de rádio a pagarem seus direitos autorais.
IV. os compositores sabiam que as forças políticas contrárias a Vargas enfrentavam um governo cada vez mais marcado pelo autoritarismo.
V. o projeto nacional defendido pelo Estado Novo incluía uma comunicação do governo com as massas que visava buscar a colaboração de todos brasileiros na defesa dos interesses nacionais.
Estão CORRETAS
a) I, II e IV
b) I, III e V
c) I, IV e V
d) II, III e IV
e) III, IV e V
“No carnaval de 1941, o compositor Rubens Soares, vendo-se em apuros com o DIP, que censurava o seu samba, pede auxílio a Mário [Lago]1. Falando da diferença entre a vida do rico e a do pobre, o samba já havia sido liberado para o cinema. Mas, ao pedir a licença da gravação, não passara pelo crivo da censura. O diretor do Departamento de Radiodifusão argumentara que, no rádio, a audiência era outra. Principalmente no carnaval lhe parecia problemático o fato de a multidão deixar-se empolgar por tal temática, propícia à subversão da ordem. Propunha, então que se fizesse outra letra para o samba, garantindo-se,assim, a sua pronta liberação. Não foi por acaso que Rubens Soares resolvera procurar Mário. Ele já era conhecido pela ‘arte da malandragem’, pois conseguia, frequentemente, driblar o controle dos poderes. (...)”
(FERREIRA, Jorge e REIS, Daniel Aarão (org.) A formação das tradições: 1889-1945. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2007, p. 547-548 [coleção “As esquerdas no Brasil”, vol1].
1 Mário Lago foi advogado, poeta, radialista, letrista e ator brasileiro. Formou-se em Direito pela Universidade do Brasil, em 1933, tendo nesta época se tornado marxista. A opção pelas idéias comunistas fez com que fosse preso em sete ocasiões - 1932, 1941, 1946, 1949, 1952, 1964 e 1969.
O confronto entre os textos acima PERMITE avaliar que
I. Getúlio Vargas entendia que a comunicação através do rádio tinha uma força sem precedentes, afinal, era o único veículo que poderia atingir a maior parte do país.
II. a inclusão de sambas em todas as programações do rádio era reivindicação dos compositores junto a Getúlio, uma vez que este as monopolizava com propagandas das realizações do governo.
III. os compositores desejavam apenas a aplicação da lei Getúlio Vargas que obrigava as emissoras de rádio a pagarem seus direitos autorais.
IV. os compositores sabiam que as forças políticas contrárias a Vargas enfrentavam um governo cada vez mais marcado pelo autoritarismo.
V. o projeto nacional defendido pelo Estado Novo incluía uma comunicação do governo com as massas que visava buscar a colaboração de todos brasileiros na defesa dos interesses nacionais.
Estão CORRETAS
a) I, II e IV
b) I, III e V
c) I, IV e V
d) II, III e IV
e) III, IV e V
QUESTÃO 15
A seguir, estão, respectivamente, afirmações de frei Bartolomé de Las Casas e do jurista espanhol Juan Ginés Sepúlveda sobre aspectos das relações entre europeus e indígenas no momento da conquista e colonização da América. Leia-os atentamente.
"A causa pela qual os espanhóis destruíram tal infinidade de almas foi unicamente não terem outra finalidade última senão o ouro, para enriquecer em pouco tempo, subindo de um salto a posições que absolutamente não convinham a suas pessoas; enfim, não foi senão sua avareza que causou a perda desses povos, que por serem tão dóceis e tão benignos foram tão fáceis de subjugar; e quando os índios acreditaram encontrar algum acolhimento favorável entre esses bárbaros, viram-se tratados pior que animais e como se fossem menos ainda que o excremento das ruas; e assim morreram, sem Fé e sem Sacramentos, tantos milhões de pessoas. [...]."
(LAS CASAS, Bartolomé de. O Paraíso Destruído. tradução de Heraldo Barbuy. Porto Alegre: L&PM, 1985. p. 30.)
“Aqueles que superam os outros em prudência e razão são os senhores; ao contrário, porém, os preguiçosos, os espíritos lentos, são, por natureza, servos. E é justo e útil que sejam servos. Pela própria lei divina, será sempre justo e conforme o direito natural que as nações bárbaras e desumanas, estranhas à vida civil e aos costumes pacíficos, estejam submetidas a príncipes e nações mais cultas e humanas, de modo que eles abandonem a barbárie e se conformem a uma vida mais humana e ao culto da virtude. E se eles recusarem esse domínio, pode-se impô-lo pelo meio das armas e essa guerra será justa, bem como o declara o direito natural que os homens honrados, inteligentes, virtuosos e humanos dominem aqueles que não têm essas virtudes.”
(SEPÚLVEDA, Juan Gines. Apud. MORAES, José Geraldo Vinci de. Caminhos das civilizações. São Paulo, Atual, 1998, p. 179.)
Comparando os pontos de vista acima expressos, é possível CONCLUIR que
a) Bartolomé de Las Casas e Sepúlveda estavam de acordo quanto a incapacidade dos indígenas de se adaptarem aos padrões culturais do colonizador, por isso defendiam que a Igreja Católica e a Coroa Espanhola deveriam somar esforços no projeto de colonização.
b) Sepúlveda e Bartolomé de Las Casas estavam de acordo quanto ao fato de que os indígenas deveriam ser identificados como escravos naturais, encontrando argumentos do ponto de vista jurídico e religioso para promover a destruição das suas culturas.
c) Sepúlveda defendia os indígenas, questionando a superioridade da civilização européia porque estava a serviço da Coroa Espanhola, ao passo que Bartolomé de Las Casas defendia os indígenas porque representava a Igreja Católica no serviço de evangelização dos nativos.
d) Bartolomé de Las Casas ressaltou as atrocidades cometidas contra os indígenas pelos espanhóis, ao passo que Sepúlveda as justificou, defendendo a superioridade da cultura européia em relação a dos povos nativos.
e) Sepúlveda e Bartolomé de Las Casas afirmavam que, muito embora os indígenas não fossem bárbaros, deveriam receber uma educação européia a fim de compreenderem a destruição que estaria implicada no projeto colonizador dos espanhóis.
A seguir, estão, respectivamente, afirmações de frei Bartolomé de Las Casas e do jurista espanhol Juan Ginés Sepúlveda sobre aspectos das relações entre europeus e indígenas no momento da conquista e colonização da América. Leia-os atentamente.
"A causa pela qual os espanhóis destruíram tal infinidade de almas foi unicamente não terem outra finalidade última senão o ouro, para enriquecer em pouco tempo, subindo de um salto a posições que absolutamente não convinham a suas pessoas; enfim, não foi senão sua avareza que causou a perda desses povos, que por serem tão dóceis e tão benignos foram tão fáceis de subjugar; e quando os índios acreditaram encontrar algum acolhimento favorável entre esses bárbaros, viram-se tratados pior que animais e como se fossem menos ainda que o excremento das ruas; e assim morreram, sem Fé e sem Sacramentos, tantos milhões de pessoas. [...]."
(LAS CASAS, Bartolomé de. O Paraíso Destruído. tradução de Heraldo Barbuy. Porto Alegre: L&PM, 1985. p. 30.)
“Aqueles que superam os outros em prudência e razão são os senhores; ao contrário, porém, os preguiçosos, os espíritos lentos, são, por natureza, servos. E é justo e útil que sejam servos. Pela própria lei divina, será sempre justo e conforme o direito natural que as nações bárbaras e desumanas, estranhas à vida civil e aos costumes pacíficos, estejam submetidas a príncipes e nações mais cultas e humanas, de modo que eles abandonem a barbárie e se conformem a uma vida mais humana e ao culto da virtude. E se eles recusarem esse domínio, pode-se impô-lo pelo meio das armas e essa guerra será justa, bem como o declara o direito natural que os homens honrados, inteligentes, virtuosos e humanos dominem aqueles que não têm essas virtudes.”
(SEPÚLVEDA, Juan Gines. Apud. MORAES, José Geraldo Vinci de. Caminhos das civilizações. São Paulo, Atual, 1998, p. 179.)
Comparando os pontos de vista acima expressos, é possível CONCLUIR que
a) Bartolomé de Las Casas e Sepúlveda estavam de acordo quanto a incapacidade dos indígenas de se adaptarem aos padrões culturais do colonizador, por isso defendiam que a Igreja Católica e a Coroa Espanhola deveriam somar esforços no projeto de colonização.
b) Sepúlveda e Bartolomé de Las Casas estavam de acordo quanto ao fato de que os indígenas deveriam ser identificados como escravos naturais, encontrando argumentos do ponto de vista jurídico e religioso para promover a destruição das suas culturas.
c) Sepúlveda defendia os indígenas, questionando a superioridade da civilização européia porque estava a serviço da Coroa Espanhola, ao passo que Bartolomé de Las Casas defendia os indígenas porque representava a Igreja Católica no serviço de evangelização dos nativos.
d) Bartolomé de Las Casas ressaltou as atrocidades cometidas contra os indígenas pelos espanhóis, ao passo que Sepúlveda as justificou, defendendo a superioridade da cultura européia em relação a dos povos nativos.
e) Sepúlveda e Bartolomé de Las Casas afirmavam que, muito embora os indígenas não fossem bárbaros, deveriam receber uma educação européia a fim de compreenderem a destruição que estaria implicada no projeto colonizador dos espanhóis.
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