Teste seus conhecimentos
Mesopotâmia
28. (FUVEST 2015) A maior parte
das regiões vizinhas [da antiga Mesopotâmia] caracteriza-se pela aridez e pela
falta de água, o que desestimulou o povoamento e fez com que fosse ocupada por
populações organizadas em pequenos grupos que circulavam pelo deserto. Já a Mesopotâmia
apresenta uma grande diferença: embora marcada pela paisagem desértica, possui
uma planície cortada por dois grandes rios e diversos afluentes e
córregos.
(Marcelo Rede. A
Mesopotâmia, 2002.)
A partir do texto, é correto
afirmar que
(A) os povos mesopotâmicos
dependiam apenas da caça e do extrativismo vegetal para a obtenção de
alimentos.
(B) a ocupação da planície
mesopotâmica e das áreas vizinhas a ela, durante a Antiguidade, teve caráter
sedentário e ininterrupto.
(C) a ocupação das áreas vizinhas
da Mesopotâmia tinha características nômades e os povos mesopotâmicos
praticavam a agricultura irrigada.
(D) a ocupação sedentária das
regiões desérticas representava uma ameaça militar aos habitantes da
Mesopotâmia.
(E) os povos mesopotâmicos jamais
puderam se sedentarizar, devido às dificuldades de obtenção de alimentos na
região.
29. (IFSP 2014) Leia o texto, a
seguir, que explica os mecanismos de escravização na Assíria da Antiguidade.
Os pequenos cultivadores, que
tomavam valores ou mercadorias emprestados, deviam encontrar-se constantemente
na impossibilidade de reembolsar seus credores, os quais se ressarciam
escravizando-os. O resultado dessa situação é que pessoas arruinadas vendiam
seus filhos para subsistir. Entretanto, a grande massa de escravos provinha dos
prisioneiros de guerra, resultados de operações militares.
(GARELLI, Paul. Oriente
próximo asiático: impérios mesopotâmicos, Israel. São Paulo: EDUSP, 1982,
p.120. Adaptado)
Considerando as informações
apresentadas, é correto afirmar que a escravidão da Assíria antiga
(A) empregava predominantemente a
mão de obra de negros africanos escravizados em batalhas.
(B) estava relacionada às
práticas econômicas de empréstimos e às guerras de expansão territorial.
(C) resultava do excesso
populacional na Assíria durante o período de expansão do Império Islâmico.
(D) baseava-se na discriminação
racial aos povos de origem judaica que circulavam como nômades.
(E) organizava-se de acordo com o
modelo econômico mercantilista, visando à acumulação de capitais.
30. (UFRR 2015) O Iraque, país
localizado no Oriente Médio, atualmente, convivendo com instabilidade política
e social, bem como, ameaças de grupos terroristas, já foi palco de uma
importante civilização da antiguidade denominada Mesopotâmia.
Sobre esta importante civilização
pode se afirmar que:
A) foi a primeira civilização da
História, era formada de povos nômades que mudavam-se constantemente em busca
de alimentos;
B) é considerada o berço da
civilização, pois foi o primeiro povo que utilizou instrumentos importantes
que, posteriormente, deram origem à medicina;
C) foi a primeira civilização que
cultivou o milho e a cevada dando início assim a agricultura, e o sistema era
plantation;
D) foi pioneira na utilização da
escrita, da matemática e da astronomia;
E) foi a primeira civilização a
praticar o cultivo dos alimentos dando início ao que mais tarde chamou-se
agricultura, o primeiro e principal produto era o café.
GABARITO
Resposta da questão 28:[C]
Resposta da questão 29:[B]
Resposta da questão 30:[D]
Revolução Francesa
31. (ENEM 2010) Em nosso país
queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos
princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da
razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho,
a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa
companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio,
o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a
mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem.
HUNT, L. Revolução Francesa e
Vida Privada. In: PERROT, M. (Org.) História da Vida Privada: da Revolução
Francesa à Primeira Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991
(adaptado).
O discurso de Robespierre, de 5
de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual
dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa?
A) À alta burguesia, que desejava
participar do poder legislativo francês como força política dominante.
B) Ao clero francês, que desejava
justiça social e era ligado à alta burguesia.
C) A militares oriundos da
pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e queriam
reorganizar a França internamente.
D) À nobreza esclarecida, que, em
função do seu contato, com os intelectuais iluministas, desejava extinguir o
absolutismo francês.
E) Aos representantes da pequena
e média burguesia e das camadas populares, que desejavam justiça social e
direitos políticos.
32. (ENEM) Algumas transformações
que antecederam a Revolução Francesa podem ser exemplificadas pela mudança de
significado da palavra "restaurante". Desde o final da Idade Média, a
palavra 'restaurant' designava caldos ricos, com carne de aves e de boi,
legumes, raízes e ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, um local onde se vendiam
esses caldos, usados para restaurar as forças dos trabalhadores. Nos anos que precederam
a Revolução, em 1789, multiplicaram-se diversos 'restaurateurs', que serviam
pratos requintados, descritos em páginas emolduradas e servidos não mais em
mesas coletivas e mal cuidadas, mas individuais e com toalhas limpas. Com a
Revolução, cozinheiros da corte e da nobreza perderam seus patrões, refugiados
no exterior ou guilhotinados, e abriram seus restaurantes por conta própria.
Apenas em 1835, o Dicionário da Academia Francesa oficializou a utilização da
palavra restaurante com o sentido atual.
A mudança do significado da
palavra restaurante ilustra
a) a ascensão das classes
populares aos mesmos padrões de vida da burguesia e da nobreza.
b) a apropriação e a
transformação, pela burguesia, de hábitos populares e dos valores da nobreza.
c) a incorporação e a
transformação, pela nobreza, dos ideais e da visão de mundo da burguesia.
d) a consolidação das práticas
coletivas e dos ideais revolucionários, cujas origens remontam à
Idade Média.
e) a institucionalização, pela
nobreza, de práticas coletivas e de uma visão de mundo igualitária.
33. (UECE 2014) “Quem era a
burguesia? Eram os escritores, os doutores, os professores, os advogados, os
juízes, os funcionários – as classes educadas; eram os mercadores, os
fabricantes, os banqueiros – as classes abastadas, que já tinham direitos e
queriam mais.
Acima de tudo, queriam – ou melhor,
precisavam – lançar fora o jugo da lei feudal numa sociedade que realmente já
não era feudal. Precisavam deitar fora o apertado gibão feudal e substituí-lo
pelo folgado paletó capitalista. Encontraram a expressão de suas necessidades
no campo econômico, nos escritos dos fisiocratas de Adam Smith; e a expressão
de suas necessidades, no campo social, nos trabalhos de Voltaire, Diderot e dos
enciclopedistas. O laissez-faire no comércio e indústria teve sua contrapartida
no ‘domínio da razão’ na religião e na ciência.”
HUBERMAN, Leo. História
da Riqueza do Homem. 21ª ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 1986, p. 149.
Essa Burguesia, descrita por Leo
Huberman, foi responsável por uma das principais transformações políticas e
sociais, que teve um impacto duradouro na história do país onde ocorreu e, mais
amplamente, em todo o continente europeu. Essa Burguesia está ligada à
a) Revolução Gloriosa, de 1688 a
1689.
b) Revolução Francesa, de 1789 a
1799.
c) Revolução Russa, de 1917.
d) Revolução de Avis, de 1383 a
1385.
34. (FUVEST 2013) Oh! Aquela
alegria me deu náuseas. Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e descontente. E eu
disse: tanto melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo comum estava tomando a
justiça em suas mãos. Aprovo essa justiça, mas poderia não ser cruel? Castigos
de todos os tipos, arrastamentos e esquartejamentos, tortura, a roda, o
cavalete, a fogueira, verdugos proliferando por toda parte trouxeram tanto
prejuízo aos nossos costumes! Nossos senhores colherão o que semearam.
Graco Babeuf, citado
por R. Darnton. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e revolução. São Paulo:
Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado.
O texto é parte de uma carta
enviada por Graco Babeuf à sua mulher, no início da Revolução Francesa de 1789.
O autor
a) discorda dos propósitos
revolucionários e defende a continuidade do Antigo Regime, seus métodos e
costumes políticos.
b) apoia incondicionalmente as
ações dos revolucionários por acreditar que não havia outra maneira de
transformar o país.
c) defende a criação de um poder
judiciário, que atue junto ao rei.
d) caracteriza a violência
revolucionária como uma reação aos castigos e à repressão antes existentes na
França.
e) aceita os meios de tortura
empregados pelos revolucionários e os considera uma novidade na história
francesa.
GABARITO
Resposta da questão 31:[E]
Resposta da questão 32:[B]
Resposta da questão 33:[B]
Resposta da questão 34:[D]
Economia colonial na América Portuguesa
31. (ENEM) O açúcar e suas
técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante
a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII)
que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente
Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um
produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas
casadoiras.
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no
tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.
Considerando o conceito do Antigo
Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar início
à colonização brasileira, em virtude de
A) o lucro obtido com o seu
comércio ser muito vantajoso.
B) os árabes serem aliados
históricos dos portugueses
C) a mão de obra necessária para
o cultivo ser insuficiente.
D) as feitorias africanas
facilitarem a comercialização desse produto.
E) os nativos da América
dominarem uma técnica de cultivo semelhante.
32. (VUNESP 2012) Observe o
seguinte trecho do Tratado de Methuen.
Artigo 1º – Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal
promete admitir para sempre de aqui em diante, no Reino de Portugal, os panos
de lã e mais fábricas de lanifício da Inglaterra.
Artigo 2º – É estipulado que Sua sagrada e Real
Majestade Britânica será obrigada para sempre, de aqui em diante, de admitir na
Grã-Bretanha os vinhos de Portugal, de sorte que em tempo algum não se poderá
exigir direitos de Alfândega nestes vinhos.
Tratado de Methuen –
1703. In: Nelson Werneck Sodré, As Razões da Independência. Adaptado.
Entre outros fatores, foi devido
ao Tratado de Methuen que:
a) as manufaturas têxteis se
desenvolveram muito no Brasil.
b) Inglaterra e Portugal foram os
primeiros países a se industrializarem.
c) a burguesia portuguesa
enriqueceu e lutou contra a monarquia.
d) o ouro explorado no Brasil foi
transferido para a Inglaterra.
e) Portugal diminuiu o seu
interesse pela exploração da colônia.
33. (VUNESP) "E o pior é que
a maior parte do ouro que se tira das minas passa em pó e em moedas para os
reinos estranhos e a menor é a que fica em Portugal e nas cidades do Brasil,
salvo o que se gasta em cordões, arrecadas e outros brincos, dos quais se vêem
hoje carregadas as mulatas de mau viver e as negras, muito mais que as
senhoras".
(André João Antonil.
"Cultura e opulência do Brasil", 1711.)
No trecho transcrito, o autor
denuncia:
a) a corrupção dos proprietários de lavras no
desvio de ouro em seu próprio benefício e na compra de escravos.
b) a transferência do ouro
brasileiro para outros países em decorrência de acordos comerciais
internacionais de Portugal.
c) o prejuízo para o
desenvolvimento interno da colônia e da metrópole gerado pelo contrabando de
ouro brasileiro.
d) o controle do ouro por
funcionários reais preocupados em esbanjar dinheiro e dominar o poder local.
e) a ausência de controle fiscal
português no Brasil e o desvio de ouro para o exterior pelos escravos e
mineradores ingleses.
34. (FUVEST 2013) A economia das
possessões coloniais portuguesas na América foi marcada por mercadorias que,
uma vez exportadas para outras regiões do mundo, podiam alcançar alto valor e
garantir, aos envolvidos em seu comércio, grandes lucros.
Além do açúcar,
explorado desde meados do século XVI, e do ouro, extraído regularmente desde
fins do XVII, merecem destaque, como elementos de exportação presentes nessa
economia:
a) tabaco, algodão e derivados da
pecuária.
b) ferro, sal e tecidos.
c) escravos indígenas, arroz e
diamantes.
d) animais exóticos, cacau e
embarcações.
e) drogas do sertão, frutos do
mar e cordoarias.
GABARITO
Resposta da questão 31:[A]
Resposta da questão 32:[D]
Resposta da questão 33:[C]
Resposta da questão 34:[A]
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