terça-feira, 9 de novembro de 2010

Confira as avaliações de História do quarto bimestre 2010

Avaliações de História
CNDL - Colégio Notre Dame de Lourdes

Primeiro Ano

Temas abordados:
* Processo de Independência do Brasil;
* Consolidação da Independência do Brasil;
* Constituição de 1824;
* O Primeiro Reinado (1822-1831)


1. (UFMG) Analise estas duas representações do chamado Grito do Ipiranga, de 7 de setembro de 1822:





A partir da análise dessas duas representações e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que, em ambas,
a) a disposição dos atores - coletivos e individuais -, bem como dos aspectos que compõem o cenário, é diferenciada e expressa uma visão particular sobre D. Pedro - na primeira, como o protagonista central; na segunda, como líder de uma ação popular.
b) as mesmas concepções históricas e estéticas fundamentam e explicam a participação dos mesmos grupos sociais e personagens históricos - o príncipe, militares, mulheres, camponeses e crianças.
c) D. Pedro, embora seja o protagonista, se destaca de modo diferente - na primeira, ele recebe o apoio de diversos grupos sociais; na segunda, a participação das camadas populares é mais restrita.
d) os artistas conseguem causar um mesmo efeito - descrever a Indepêndencia do Brasil como um ato solene, grandioso, sem participação popular e protagonizado por D. Pedro.

resposta da questão 1:[A]


2. (UFPEL) Art. 91 - Têm voto nestas eleições primárias: 1¡. - os cidadãos brasileiros que estão no gozo de seus direitos políticos. [...] Art. 92 - São excluídos de votar nas assembléias paroquiais: [...] 5¡. - os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos. [...] Art. 94 - Podem ser eleitores e votar nas eleições dos Deputados, Senadores e membros dos Conselhos de Província os que podem votar na Assembléia Paroquial. Excetuam-se: 1¡. - os que não tiverem de renda líquida anual duzentos mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou emprego. [...]. Art. 95 - Todos os que podem ser eleitores são hábeis para serem nomeados Deputados. Excetuam-se : 1¡. - os que não tiverem quatrocentos mil réis de renda líquida, na forma dos artigos 92 e 94. [...] 3¡. - os que não professarem a religião do Estado."

(Constituição Política do Império do Brasil, de 25 de março de 1824.)

De acordo com o texto e seus conhecimentos, é correto afirmar que a constituição
I. era democrática, considerando-se que os cargos para o poder Legislativo eram ocupados através do voto universal e secreto.
II. adotava o chamado "voto censitário".
III. garantia a liberdade religiosa a todos os residentes no Brasil, inclusive para os candidatos a cargos eletivos.
IV. foi outorgada por D. Pedro I.

Estão corretas apenas:
a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) III e IV.

Resposta da questão 2: [D]
3. (UNESP) Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de d. João VI, rei de Portugal, a quem vós por uma estúpida condescendência com os brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-nos (...). Não queremos um imperador criminoso, sem fé nem palavras; podemos passar sem ele! Viva a Confederação do Equador! Viva a constituição que nos deve reger! Viva o governo supremo, que há de nascer de nós mesmos! (Proclamação de Manuel Paes de Andrade, presidente da Confederação do Equador, 1824.) A proclamação de Manuel Paes de Andrade deve ser entendida
a) no contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assembleia Constituinte e da outorga, por D. Pedro I, da Carta Constitucional.
b) como um desabafo das lideranças da região norte do país, que não foram consultadas sobre a aclamação de D. Pedro.
c) no âmbito das lutas regionais que se estabeleceram logo após a partida de D. João VI para Portugal.
d) como resposta à tentativa de se estabelecer, após 1822, um regime controlado pelas câmaras municipais.
e) como reação à política adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua maioria por portugueses.
Resposta da questão 3: [A]

4. (UNESP) "Brasileiros! Salta aos olhos a (...) perfídia, são patentes os reiterados perjuros do Imperador, e está conhecida a nossa ilusão ou engano em adotarmos um sistema de governo defeituoso em sua origem e mais defeituoso ainda em suas partes componentes. As constituições, as leis e todas as instituições humanas são feitas para os povos e não os povos para elas. Eis, pois, brasileiros, tratemos de constituir-nos de um modo análogo às luzes do século em que vivemos (...), desprezemos as instituições oligárquicas, só cabidas na encanecida Europa."

(MANIFESTO DOS REVOLUCIONÁRIOS DA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR, 1824)

Com base no texto, indique:
a) o tipo de governo qualificado como "defeituoso";

b) o sistema de governo proposto pelos revoltosos.
resposta da questão 4:

a) Monarquia.

b) República.

5. (UFC) Em 07 de abril de 1831, o Imperador D. Pedro I renunciou ao trono do Brasil, deixando como herdeiro seu filho de apenas cinco anos de idade, o futuro D. Pedro II.

a) Cite quatro elementos que provocaram a renúncia de D. Pedro I.

b) Como ficou conhecido o sistema de governo que vigorou no período entre a abdicação de D. Pedro I e a coroação de D. Pedro II?


resposta da questão 5:

No início da década de 1830, a continuidade do reinado de D. Pedro I tornou-se insustentável. A crise financeira, desencadeada pelo declínio das exportações, pelo crescente endividamento externo e pelos gastos com a Guerra da Cisplatina, resultou em um aumento da inflação e no agravamento da pobreza. A isso somou-se a insatisfação com a centralização do poder e o autoritarismo do Imperador, levando a intensos conflitos entre facções favoráveis (em sua maioria ligados ao Partido Português) e contrárias (em sua maioria ligados ao Partido Brasileiro) ao Imperador. Outro fator importante foi o empenho do Imperador na luta a favor de seu irmão, D. Miguel, o qual disputava, com a própria filha, D. Maria II, a sucessão do trono português, após a morte de D. João VI. A junção destes elementos provocou a renúncia do Imperador ao trono brasileiro em favor de seu filho, o príncipe D. Pedro de Alcântara. A menoridade do herdeiro, que tinha, à época da abdicação, apenas cinco anos de idade, o impossibilitou de governar. Por esse motivo, foi estabelecido um governo regencial, que deveria dirigir o Império até que o príncipe atingisse a maioridade. Entrementes, alguns fatores ligados à disputa política entre Regressistas (depois chamados Conservadores) e Progressistas (depois chamados Liberais) e às revoltas e rebeliões que ocorriam nas províncias, fomentaram o "golpe da maioridade", antecipando a coroação do príncipe, que foi declarado Imperador do Brasil, sob o título de D. Pedro II, em 1840, quando tinha apenas 14 anos de idade. Foram causas imediatas disso: a ascensão dos Regressistas ao poder, com a regência de Pedro Araújo Lima (1837) e o conseqüente alijamento dos Progressistas; a limitação da autonomia provincial, com a aprovação da Lei de Interpretação do Ato Adicional (1840); a articulação entre liberais e palacianos ou áulicos em favor da antecipação da maioridade do príncipe herdeiro; o interesse dos grandes proprietários rurais em restabelecer a "ordem social", convulsionada pelos sucessivos levantes populares ocorridos no período regencial, como a Revolta dos Malês (1835); o desejo das elites políticas de evitar que a unidade territorial brasileira fosse quebrada por movimentos separatistas, como a Farroupilha (1835) e a Sabinada (1837).


AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA DO SEGUNDO ANO


Temas abordados:

* A Era Vargas (1930-1945)

1. (PUC) "O meu candidato é o Eurico. Mas, se houver oportunidade, eu mudo uma letra: Eu fico."
A anedota popular, muito em voga nos anos 40 no Brasil, quando estava em curso o processo de democratização do país, reflete:

a) vontade do ditador Getúlio Vargas de permanecer no poder com o apoio da população brasileira, diante da vitória dos países aliados na Segunda Guerra.
b) estratégia política de Vargas para conseguir o apoio da oposição liderada pela UDN (União Democrática Nacional) para sua candidatura à Presidência da República.
c) manobra do governo para anunciar ao povo brasileiro a ameaça representada pelo candidato Dutra, contrário à abertura democrática.
d) pretexto utilizado por Vargas para manter a ditadura do Estado Novo vencendo a resistência da oposição, que apoiava a candidatura Dutra.

resposta da questão 1: [A]

2. (Cftce) Getúlio Vargas foi normalmente considerado um governante populista. Explique o que foi o populismo.

resposta da questão 2:

O populismo foi uma prática política desenvolvida não somente no Brasil, mas em quase toda a América latina como forma de amenizar os avanços do movimento trabalhista em prol de mudanças consideráveis das suas condições de trabalho. Na transição de poder das oligarquias agrárias para o empresariado o populismo continha os ânimos do operariado. No Brasil, o populismo consistiu na concessão de relativos benefícios aos trabalhadores, na condição de paliativos, a fim de entretê-los e desviá-los das questões centrais dos seus problemas. Foi o que Getúlio Vargas fez, sendo daí chamado de "pai dos pobres", mas também "mãe dos ricos".


3. (PUC) Leia atentamente trechos da entrevista que o jornalista Villas-Bôas Corrêa concedeu à revista Nossa História, em agosto de 2004 (n.10, p. 39-40): "Os jornais eram todos muito hostis a Vargas, faziam uma campanha extremamente violenta". "A notícia do suicídio [24 de agosto de 1954] explodiu quando eu estava na altura da [rua] Uruguaiana. Bem na minha frente estava uma senhora negra, baixota, gorda, com duas sacas na mão. Ela parou e parecia inchar. De repente, berrou com violência: Canalhas, ladrões, mataram nosso amigo, mataram o velhinho! ." O depoimento de Villas-Bôas Corrêa caracteriza algumas ambigüidades, explicitando rejeições e apoios, associadas à figura do Presidente Getúlio Vargas.

a) Caracterize UM motivo para a hostilidade de muitos órgãos de imprensa durante segundo Governo Vargas.

b) Caracterize UM motivo para o apoio popular a Vargas.
resposta da questão 3:

a) - o posicionamento político de boa parte da grande imprensa contra o nacionalismo econômico e o trabalhismo defendidos pelo Governo Vargas. - a crítica ao financiamento público, pelo Banco do Brasil, à criação do jornal varguista Última Hora. - a acusação e o temor generalizado na grande imprensa da retomada de práticas autoritárias provenientes do Estado Novo, com destaque para as ações de censura. b) - o reconhecimento em relação à implementação das leis trabalhistas advindas do 1º Governo Vargas e atualizadas neste momento. - o apoio às medidas relacionadas ao nacionalismo econômico, expresso, por exemplo, na criação da Petrobrás.



4. (UFMG) Observe esta figura:



(TEIXEIRA, Francisco M. P. "Brasil: História e sociedade". São Paulo: Ática, 2000. p. 274.)

Essa figura está relacionada
a) à campanha eleitoral de 1950, quando Getúlio se apresentou como um candidato democrático apoiado pela massa de trabalhadores.
b) à propaganda da Aliança Liberal, que defendia a coligação dos tenentes com a oligarquia gaúcha, tendo Getúlio Vargas como seu líder.
c) ao culto do regionalismo político, que os órgãos de propaganda do Estado Novo alimentaram usando a origem gaúcha de Getúlio Vargas.
d) ao movimento conhecido como queremismo, que, ao final do Estado Novo, uniu comunistas e trabalhistas na luta pela Constituinte com Getúlio.

resposta: [A]

5. (UFV) "Aos operários da construção civil: Companheiros - Que Deus e Vargas estejam convosco. A mim ambos desamparam; mas o momento não é de queixas, e sim de luta. Não me dirijo a toda a vossa classe, pois não sou um demagogo. Sou um homem vulgar, e vejo apenas (mal) o que está diante de meus olhos. Estou falando, portanto, com todos aqueles dentre vós que trabalham na construção em frente de minha janela. Um carrega quatro grandes tábuas ao ombro; outro grimpa, com risco de vida, a precária torre do enguiçado elevador; qual bate o martelo, qual despeja nas formas o cimento, qual mira a planta, qual usa a pá, qual serra (o bárbaro) os galhos de uma jovem mangueira, qual ajusta, neste momento, um pedaço de madeira na serra circular. ... Ouvi-me, pois, insensatos; ouvi-me a mim e não a essa infame e horrenda serra que a vós e a mim tanto azucrina. Vamos para a praia. E se o proprietário vier, se o banqueiro vier, se o governo vier, e perguntar com ferocidade: estais loucos? - nós responderemos: Não, senhores, não estamos loucos; estamos na praia jogando peteca. E eles recuarão, pálidos e contrafeitos."
(RUBEM BRAGA, julho de 1951)

Quais fatos históricos fizeram com que o autor da crônica anterior associasse a figura do Presidente Vargas a Deus e aos operários?
resposta:Paternalismo de Getúlio Vargas, em relação aos trabalhadores, sintetizado no título "Pai dos Pobres", em decorrência da instituição dos direitos trabalhistas durante a chamada Era Vargas , destacando-se a CLT e o Salário Mínimo.


2 comentários:

  1. Está tudo junto&misturado não dá para entender nada!!!
    BJS, mas mesmo assim, muito obrigado!!!!

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  2. Olá as avaliações abordam os seguintes temas:
    * Processo de Independência do Brasil;
    * Consolidação da Independência do Brasil;
    * Constituição de 1824;
    * O Primeiro Reinado (1822-1831)
    * A Era Vargas (1930-1945)

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