sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A música caipira nas aulas de história

A história do Brasil através da música sertaneja. A sina do caboclo na cidade grande, canção enfoca o problema do êxodo rural característico da década de 1980.

A música caipira nas aulas de História


Dino Franco e Mouraí
Caboclo na cidade
Composição: Dino Franco e Nhô Chico

Seu moço eu já fui roceiro
No triângulo mineiro
Onde eu tinha o meu ranchinho.

Eu tinha uma vida boa
Com a Isabel minha patroa
E quatro barrigudinhos.

Eu tinha dois boi carreiros
Muito porco no chiqueiro
E um cavalo bom, arriado.

Espingarda cartucheira
Quatorze vaca leiteira
E um arrozal no banhado.

Na cidade eu só ia
A cada quinze ou vinte dias
Para vender queijo na feira.

E no demais estava folgado
Todo dia era feriado, pescava a semana inteira.

Muita gente assim me diz
Que não tem mesmo raíz
Essa tal felicidade

Então aconteceu isso
Resolvi vender o sítio
Pra vir morar na cidade.

Minha filha Sebastiana
Que sempre foi tão bacana
Me dá pena da coitada.

Namorou um cabeludo
Que dizia Ter de tudo
Mas foi ver não tinha nada.

Se mandou para outras bandas
Ninguém sabe onde ele anda
E a filha está abandonada.

Como dói meu coração
Ver a sua situação
Nem solteira e nem casada.

Até mesmo a minha velha
Já está mudando de idéia
tem que ver como passeia.

Vai tomar banho de praia
Está usando mini-saia
E arrancando a sombrancelha.

Nem comigo se incomoda
Quer saber de andar na moda
Com as unhas todas vermelhas.

Depois que ficou madura
Começou a usar pintura
Credo em cruz que coisa feia.

Voltar "pra" Minas Gerais
Sei que agora não dá mais
Acabou o meu dinheiro.

Que saudade da palhoça
Eu sonho com a minha roça
No triângulo mineiro.

Nem sei como se deu isso
Quando eu vendi o sítio
Para vir morar na cidade.

Seu moço naquele dia
Eu vendi minha família
E a minha felicidade!


A música caipira nas aulas de História


Tião Carreiro e Pardinho
Pagode em Brasília

Quem tem mulher que namora
quem tem burro impacador

quem tem a roça no mato me chame
que jeito eu dou
eu tiro a roça do mato sua lavoura melhora
e o burro impacador eu corto ele de espora
e a mulher namoradeira eu passo o coro e mando embora

Tem prisioneiro inocente no fundo de uma prisão
tem muita sogra increnqueira e tem violeiro embruião
pro prisioneiro inocente eu arranjo adevogado
e a sogra increnqueira eu dou de laço dobrado
e os violeiro embruião com meus versos estão quebrado

Bahia deu Rui Barbosa
Rio Grande deu Getúlio
Em minas deu Juscelino
de São Paulo eu me orgulho
baiano não nasce burro e gauch é o rei das cochilhas
Paulista ninguém contesta é um brasileiro que brilha
Quero ver cabra de peito pra fazer outra Brasília

No Estado de Goiás meu pagode está mandando
No Bazar do Vardomiro em Brasília é o soberano
No repique da viola balancei o chão goiano
Vou fazer a retirada e despedir dos paulistano
Adeus que eu já vou me embora que Goiás tá me chamando

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